CAPÍTULO 15
O Falso Selo de Deus
No capítulo 11 aprendemos que o selo de Deus é o sábado. O selo de Deus não é um sinal externo que os outros possam ver. Ninguém senão os anjos do Céu, o pode ver porque é algo que tem a ver com o caráter moral da pessoa e revela a quem ela serve. Assim como o selo de Deus está escrito na fronte ou na testa daqueles que constituem o seu fiel e leal povo, o nome "Mistério, a grande Babilônia, a mãe das prostituições" está escrito na fronte da prostituta, e os seus seguidores, conhecidos pela sua falsa adoração e dedicação, receberão a marca da besta na fronte e na mão. Cito agora o livro O Trovão da Justiça, p. 329, para que o leitor veja como definem os seus autores o que é o selo de Deus: "E clamou aos meus ouvidos com grande voz, dizendo: 'Acercai-vos os que haveis de castigar a cidade!' E eis que vinham seis homens a caminho da porta superior, que olha para o norte, e cada um com a sua arma destruidora na mão, … e chamando o homem vestido de linho, que levava o tinteiro de escrivão, disse-lhe: 'Passa pelo meio de Jerusalém, e põe por sinal uma cruz na fronte dos que suspiram por todas as abominações que se cometem no meio dela'. E aos outros disse ele, ouvindo eu: Passai pela cidade após ele, e feri; não poupe o vosso olho, nem vos compadeçais: matai velhos, jovens, virgens, meninos e mulheres, até exterminá-los; mas não vos achegueis a nenhum dos que levam a cruz. Começai pelo meu santuário' (Ezequiel 9:1-6)".
Notemos que os autores citam Ezequiel 9:1-6. Peço ao leitor que agora mesmo tome a Bíblia e abra no capítulo 9 de Ezequiel. Encontra-se ali porventura a palavra "cruz" em alguns dos versículos? A Bíblia simplesmente diz "…marca com um sinal as testas dos homens que suspiram e gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela" (versículo 4) e "matai velhos, jovens e virgens, meninos e mulheres, até exterminá-los, mas a todo homem que tiver o sinal não vos achegueis…" (versículo 6). Não importa qual seja a versão da Bíblia que se esteja a consultar; mas aparece porventura a palavra "cruz" nestas passagens? Não! E porque não? Simplesmente porque ela não se encontra lá! Como é possível que confiemos em partidários do Movimento Mariano que têm a ousadia de acrescentar palavras à Bíblia que não aparecem nos idiomas originais?
A única explicação que pude encontrar do sinal mencionado pelo profeta Ezequiel são as notas de rodapé de algumas bíblias que em resumo dizem que o sinal era literalmente um Tau, última letra do alfabeto hebraico que na antiga escrita tinha a forma de uma cruz. Segundo o New Catholic Version [Nova Versão Católica] da Doway Confraternity Bible, esta foi a conclusão de S. Jerônimo e outros intérpretes.
Mas esta conclusão é totalmente absurda porque se investigarmos bem a origem do vocábulo Tau e da cruz descobrimos algo verdadeiramente surpreendente. Mais uma vez citamos o livro The Two Babylons de Alexander Hislop para vermos a seguinte explicação: "O mesmo sinal da cruz que Roma atualmente venera era empregado nos Mistérios babilônicos na prática pagã da magia e reverenciado da mesma maneira. O que agora se chama cruz cristã, não foi na sua origem um símbolo cristão, mas a Tau mística dos caldeus e egípcios –a verdadeira forma original da letra T — a inicial do nome de Tamuz que aparece seladas em moedas em hebraico, idioma muito próximo do caldeu. A Tau mística colocava-se como marca na frente daqueles que se iniciavam nos Mistérios [é curioso que os sacerdotes católicos fazem o sinal da cruz na frente das crianças que batizam] e usava-se de diversas maneiras como símbolo sagrado. Para identificar a Tamuz com o sol, empregava-se juntamente com um círculo que era uma representação do sol, e por vezes era posta dentro desse mesmo círculo. É duvidoso que a cruz maltesa que acompanha a assinatura dos bispos romanos como símbolo da dignidade do seu cargo episcopal seja a letra tau. Todavia, a cruz maltesa é sem dúvida alguma um símbolo exato do sol porque Layard [autor do livro Nineveh and Babylon] a encontrou em Nínive onde o seu uso sagrado particular a tornou possível identificar com o sol. Como símbolo de uma grande divindade, a Tau mística era conhecida como 'sinal da vida'. Utilizava-se como amuleto sobre o coração e levavam-na gravada nas suas vestimentas os sacerdotes romanos. Os reis levavam-na na mão como sinal da autoridade que divinamente lhes havia sido outorgada. As virgens vestais [relativas a deusa Vesta] levavam-na em seus colares tal como fazem as freiras atualmente. Os egípcios e muitas das nações bárbaras com as quais se relacionavam faziam o mesmo, do qual dão testemunho os seus grande monumentos…Foi venerada no México durante séculos antes da chegada dos missionários católicos romanos. Construíam-se enormes cruzes de pedra provavelmente em honra do 'deus da chuva'. A cruz, adorada em tantos lugares ou considerada como símbolo sagrado, era uma representação de Baco, o messias babilônico que levava na cabeça uma cinta coberta de cruzes. Este símbolo do deus babilônico venera-se hoje em dia nos desertos da Tartária onde domina o budismo" (The Two Babylons, p. 197-199). Será possível que Deus coloque a marca "T" de Tamuz na fronte daqueles que pertencem ao seu fiel e leal povo? "Era um princípio essencial do sistema babilônico que o Sol ou Baal [deus na natureza] era o seu único deus. Portanto, quando Tamuz era venerado como deus encarnado, isso significava que era uma encarnação do sol. (Id., p. 96).
Recordemos as palavras do profeta Elias quando se enfrentou com o rei Acabe e os quatrocentos "profetas de Baal" sobre o monte Carmelo. O rei perguntou-lhe: "És tu o perturbador de Israel?" [Elias era um profeta reformador, uma voz que clamava no deserto para repreender o pecado e conter a onda de maldade, e procurava que Israel despertasse e se arrependesse e abandonasse a idolatria em favor dos mandamentos do Senhor]. Elias replicou: "Eu não tenho perturbado a Israel, mas tu e a casa de teu pai, porque deixastes os mandamentos do SENHOR, [violando o primeiro e o segundo] e seguistes a Baalim… Elias se chegou a todo o povo, e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o SENHOR é Deus, segui-o, e se Baal, segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu". (1 Reis 18:17, 18, 21). Mais adiante é relatado que Elias matou os falsos profetas de Baal porque se recusaram arrepender da sua idolatria e continuaram a adorar o deus-sol, à criatura em lugar do próprio criador. A cruz ou o "T" é um sinal ou marca de Tamuz ou Baal, o deus da natureza, e por conseguinte de Satanás, o falso deus que fez com que Cristo morresse suspenso numa cruz pagã em forma de "T"! Quantos cristãos não há no mundo que praticam a idolatria, em forma de imagens ou estátuas, ou de "mortos vivos" como a Virgem Maria ou os santos, vacilando assim entre 2 pensamentos! Dizem que amam ao Senhor de todo o coração, mas dedicam-se à idolatria que é terminantemente proibida.
Outro moderno costume pagão derivado dos mistérios é o Zodíaco, que os gregos receberam dos caldeus. Encontra-se este abominável sinal em alguma parte do sistema católico? Sim. A roda solar pode encontrar-se não somente nos templos budistas da Índia, mas também nos altares e tetos das catedrais da Igreja Católica Romana — no Notre Dame de Paris, França, e no mosteiro de S. Inácio de Loyola em Espanha. O sistema católico está fundado sobre a astrologia — o estudo do sol, da lua, dos planetas e das estrelas com o propósito de adivinhar o futuro- e remonta-se aos tempos dos caldeus e babilônicos. Dizer "caldeu" ou "babilônico" equivale a dizer astrólogo. "Indubitavelmente, a maior roda solar da Terra encontra-se na Praça de S. Pedro no Vaticano. Por vista aérea pode-se observar uma roda dentro da outra em oito raios, um símbolo pagão da energia cósmica. Do centro sobressai um obelisco, antigo símbolo pagão de Osíris, a deidade solar fálica do Egito" [informação obtida do livro The New Ilustrated Great Controversy]. A astrologia e os signos do zodíaco têm que ver com a adivinhação, os augúrios da boa ou da má sorte e a observância dos tempos; portanto, estão classificados juntos com os feiticeiros e aqueles que consultam os mortos e estes são igualmente considerados como uma abominação perante Deus. (Ver Deuteronômio 19:10-12; Levítico 19:26).
Prezados amigos, voltando agora ao tema do selo de Deus, pode ver-se claramente que o dito selo não é uma tatuagem da cruz pagã que se há de gravar na testa dos santos, mas sim a lei de Deus, o caráter divino que com justa razão estará escrito nas suas testas. Especificamente, o sábado ou quarto mandamento é o sinal ou selo de Deus (ver Ezequiel 20:12 e compare com Romanos 4:11 para ver que as palavras sinal ou selo de Deus se usam de maneira mutável nas Sagradas Escrituras) porque o sábado os separa como um povo verdadeiro que adora "aquele que fez o Céu, Terra, o mar e as fontes das águas" (Apocalipse 14:7). É o mandamento que assinala a Deus como criador, o único ser em todo o universo que merece ser adorado, e ao seu verdadeiro povo que santifica o dia de sábado! Porque é que milhões de pessoas seguem as tradições de Roma em vez de seguirem um "Assim diz o Senhor"? No livro de Deuteronômio lemos o seguinte: "Para que temas ao SENHOR teu Deus, e guardes todos os seus estatutos e mandamentos que ordeno… Estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração. Tu as inculcarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por frontais entre os teus olhos". (Deuteronômio 6:2, 6-8).
Um aspecto importante que deve ser assinalado é que o livro O Trovão da Justiça diz que Cristo proclamou a seguinte mensagem em Julka, Zagreb, ex Iugoslávia: "Este será o Pequeno Rebanho e Eu o cobrirei. Nesses dias haverá um só Pastor e uma só Fé, a fé da Igreja Católica Romana, a que eu estabeleci quando andava visivelmente na Terra. Depois das calamidades que estou agora a permitir que passem meus filhos obstinados na Terra, levantar-se-á uma raça justa e pura e a Terra abundará os meus dons. Os meus filhos e filhas obedecerão aos meus mandamentos, portanto, tudo viverá e crescerá com as minhas bênçãos durante trinta anos. Prontamente, o meu povo se inclinará novamente para o mal e para o pecado. Então enviarei a meus mensageiros Elias e Enoque do Céu, para instruir o povo na verdadeira fé" (O Trovão da Justiça p. 354).
Estimados amigos, notaram porventura algum engano no parágrafo anterior? Em primeiro lugar, estabeleceu Cristo a Igreja Católica Romana quando esteve na Terra, ou foi esta resultado da apostasia segundo havia profetizado o apóstolo S. Paulo? Em segundo lugar, os mandamentos de que se fala na passagem não são os Dez Mandamentos dados por Deus, mas os mandamentos de Roma, que incluem a mudança do sábado ou quarto mandamento para o domingo, classificado por ela como o terceiro mandamento. Em terceiro lugar, em que parte da Bíblia existe uma referencia a um período de trinta anos no final dos tempos? Em quarto lugar, este falso Cristo disse que enviaria os seus mensageiros Elias e Enoque, dois guardadores do sábado, para ensinar ao povo as doutrinas de Roma! Elias e Enoque eram ambos notáveis inimigos da apostasia e jamais apoiariam as falsas doutrinas romanas. E, além disso, não haveria que iluminá-los a eles com respeito ao descanso do domingo — "venerável dia do sol" estabelecido pelo papado como o novo dia para louvar a Deus? Elias estaria a enfrentar-se novamente com os profetas de Baal! Que coisa mais absurda! Mas não se poderá dar o caso desses "mensageiros" serem na realidade demônios? Não esqueçamos o que já foi dito: Satanás misturará sempre o erro com a verdade assim como se oculta o veneno numa boa comida. O veneno torna-se então mais pernicioso do que nunca porque a pessoa ingere-o sem se dar conta!
É bom notar que aqueles que são destruídos por não terem a "marca" ou o selo de Deus (ver Ezequiel 9:4) são os que têm estado a praticar a abominável idolatria que se registra no capítulo anterior, Ezequiel 8. Em Ezequiel 8, o profeta descreve alguns dos costumes atrozes dos "anciãos de Judá" — os sacerdotes que ofenderam o Deus verdadeiro. Ezequiel vê na entrada ou porta do altar (ou seja, na igreja, lugar dedicado ao culto do Deus verdadeiro) imagens de falsos deuses, e duma em particular que provocava a ira de Deus — "a imagem que provoca ciúmes" (versículo 3). Esta imagem que provocava o "ciúme" ou zelo de Deus era a Virgem babilônica, rainha do Céu, que levava o seu menino nos braços. Hislop afirma que a Igreja Católica não pode mitigar ou atenuar "o caráter execrável daquele culto idolátrico" identificando esta imagem com a Virgem Maria e o Menino Jesus (The Two Babylons p. 88). Entendamos bem que o equivalente moderno ao antigo culto babilônico da Deusa Mãe e seu Filho é a adoração dentro da Igreja Católica Romana à imagem da Virgem (chamada Nossa Senhora) e o Menino Jesus. Porque é execrável ou abominável este culto? Porque a falsa "Nossa Senhora", em nome de Jesus, o Filho de Deus, conduz multidões de pessoas à perdição. Todavia, é a vontade de Deus que estas mesmas vítimas extraviadas recebam a eterna salvação por meio do sacrifício infinito de Cristo, nosso verdadeiro Redentor. O que está a ocorrer é um sacrilégio e uma blasfêmia! Mas deve notar-se que as vítimas em Ezequiel 9 são os mesmos idólatras, incluindo aqueles que fazem parte do Movimento Mariano que tem perpetuado a mentira de que o selo de Deus é o sinal da cruz na fronte das pessoas! Querido leitor, nunca esqueça que Deus mediante o Seu Santo Espírito quer restaurar em nós a Sua própria imagem que o homem perdeu no Éden (ver Gênesis 1:26; 2 Pedro 1:3, 4; 2 Coríntios 3:18).
Autor: Danny Vierra
A Virgem Maria: Está Morta ou Viva?
Por
DANNY VIERRA
Publicado e distribuído gratuitamente por
MODERN MANNA MINISTRIES
1997
Primeira edição em português.
Todas as ênfases deste livro são fornecidas pelo autor.
Contato: P.O Box 28 - Lodi, CA 95241 - 209-334-3868