sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Lição 7 – Luta pelo Poder - Auxiliar Para a Lição da Escola Sabatina - Casa Publicadora Brasileira

A Lição em resumo

TEXTO-CHAVE: Números 16:47, 48

O aluno deverá...

Conhecer: O motim dos líderes e do povo contra os escolhidos de Deus.
Sentir: A natureza insidiosa e mortal da rebelião e as medidas extremas necessárias para conter sua expansão.
Fazer: Recapitular e reavivar os memoriais que Deus estabeleceu para nos guardar em Seus caminhos.

ESBOÇO DO APRENDIZADO
I. Conhecer: Rebelando-se contra a liderança escolhida de Deus

A. O espírito de rebelião começou com Corá, um levita, e se estendeu a outros líderes. A quem mais o espírito de revolta afetou, e o qual foi o resultado?
B. A punição atribuída a Corá, Datã, Abirão e suas famílias foi dramática e terrível, mas a disciplina não parou aí. Que outras medidas disciplinares se seguiram? 
C. Que memorial foi criado para ilustrar a importância do respeito ao plano divino de governança, e onde foi colocado?

II. Sentir: O perigo da natureza mortal da rebelião

A. Por que a rebelião contra os líderes de Deus é um assunto tão sério? Que outros exemplos de rebelião contra a liderança ilustram a malignidade desse pecado?
B. Que exemplos de graça e intercessão são evidentes nessa história?

III. Fazer: Mantendo memoriais de Deus diante de nós

Como podemos manter viva a lembrança da supremacia de Deus em nossa vida? O que podemos fazer nesta semana para renovar e fortalecer os memoriais que Deus estabeleceu pessoalmente para nós e para a igreja?

Resumo: A rebelião contra a liderança de Deus tem consequências terríveis para nós e para os que nos rodeiam, mas Deus nos chama para ajudá-Lo intercedendo e oferecendo Sua graça aos pecadores.

CICLO DO APRENDIZADO

Motivação

Motivação 
Conceito-chave para o crescimento espiritual:
 O ciúme e a cobiça pelo poder demonstram falta de confiança de que Deus está no controle e tem no coração nosso melhor interesse.
Só para os professores: A cobiça pelo poder e autoridade é um dos pecados mais sérios, porque frequentemente é difícil de descobrir e normalmente está envolto pelos "mais nobres" motivos. Muito raramente as pessoas são suficientemente ousadas para admitir que buscam poder para sua própria satisfação. Os políticos querem poder "a fim de ajudar o povo". Os executivos querem poder "a fim de beneficiar a empresa". É possível que até mesmo os líderes da igreja possam cair na mesma armadilha?

Leia o seguinte trecho do artigo de Steve Walikonis sobre o poder e comente estas perguntas: (1) Que tipos de poder Deus tem o direito de usar? (2) Que tipos de poder Deus realmente escolhe usar? Dê exemplos específicos para apoiar sua resposta. (3) Que tipos de poder são usados legitimamente pelos líderes cristãos? Dê motivos para suas respostas.

Trecho: "Como um líder de igreja deve se relacionar com o fenômeno do poder? J.R.P. French e B. Raven identificaram cinco tipos de poder:

1. "Poder especializado: baseado na percepção que B tem da competência de A.
2. "Poder referente: baseado na identificação, ou amizade de B com A.
3. "Poder-recompensa: baseado na habilidade de A em recompensar B.
4. "Poder coercivo: baseado na percepção de B no sentido de que A pode aplicar castigos, caso A seja vítima de falhas por parte de B.
5. "Poder legítimo: baseado na internalização de normas ou valores comuns" ("O Pastor e o Poder", Ministério, maio/junho de 2008, p. 13).

Sugestão: Faça cópias do trecho para que os membros da classe possam utilizá-lo enquanto discutem as perguntas para reflexão dadas acima.

Compreensão

Compreensão

COMENTÁRIO BÍBLICO

I. Rebelião (novamente) e memoriais
(Recapitule com a classe Nm 16:1-40 e Sl 106:16-18.)

Quem foi longe demais? O verdadeiro culpado pode se levantar?

Corá e seus associados afirmaram que Moisés e Arão haviam ido muito longe no exercício da autoridade. Como a maioria das alegações, a questão não era "preto no branco". Normalmente, na aparência, as pessoas que procuram poder e autoridade podem apresentar certo grau de respeitabilidade ao motivo para sua busca. Corá argumentava que (1) todos em Israel eram parte do povo de Deus e (2) Deus está com todos. Agora, quem poderia contradizer isso? Não podemos concordar que este argumento provê uma base filosófica sólida para uma democracia na Bíblia?

No entanto, a verdadeira motivação de Corá se tornou aparente quando, em seguida, ele acusou Moisés e Arão de não estarem dispostos a compartilhar com outros a liderança. Isso era verdade? Os fatos parecem contradizer a acusação. Primeiramente, Moisés aceitou de boa vontade a sugestão de Jetro de distribuir a liderança com a nação. Moisés também havia cooperado com a distribuição da liderança para os "setenta", sob a ordem de Deus, defendendo até o direito à liderança aos que haviam perdido a "posse". Nada nos registros parece indicar que Moisés ou Arão haviam tentado aproveitar sua exaltada posição como líder e sumo sacerdote para algum tipo de lucro ou vantagem pessoal.

Essa evidência nos leva a suspeitar dos motivos de Corá e seus associados. Moisés se opôs a Corá, usando suas próprias palavras: "Agora chega, levitas" (veja Nm 16:3, 7, NVI). Moisés sugeriu que o verdadeiro motivo por trás do movimento de Corá era o descontentamento com o grau de liderança já exercida por ele. Não satisfeito com o papel de líder levítico, ele aspirava ao sacerdócio. Como homem de considerável habilidade e influência em sua posição atual, ele naturalmente conquistou um auditório simpatizante entre muitos dos líderes de Israel.

Deve-se notar que Datã e Abirão, conspiradores juntamente com Corá, nem chegaram a discutir com Moisés face a face. Ao invés disso, eles dirigiram mais acusações contra Moisés por meio de mensageiros. Disseram que Moisés os havia iludido, tirando-os de uma existência fácil no Egito. Usaram termos descritivos que Deus havia reservado para a Terra Prometida. Existência fácil! Quão depressa eles haviam esquecido as exigências de trabalho irrazoável, os espancamentos abusivos, até mesmo a matança de seus próprios filhos. Então, à luz da acusação e das réplicas, como a nação poderia discernir qual partido estava certo?

Moisés e Corá concordaram em participar de um teste que lembrava os sacrifícios de Caim e Abel, ou a contenda entre Elias e os profetas de Baal. Aqueles que apoiavam Corá trariam seus incensários cheios de incenso, assim como Moisés e Arão. Então, o Senhor demonstraria quem havia escolhido, em verdade. No momento designado, Corá e os 250 líderes que o apoiavam compareceram com Moisés e Arão à entrada do pátio do tabernáculo.

O fato de que Corá chamou a congregação para testemunhar o evento deixa claro que ele acreditava sinceramente estar defendendo uma causa religiosa em que esperava triunfar. Esta era a ilusão de um coração invejoso e ansioso pelo poder! Ao invés disso, uma sentença de morte sobrenatural foi imposta sobre Corá, Datã e Abirão: um terremoto os tragou vivos e a suas famílias, e seus 250 partidários foram queimados até a morte. Deus falou claramente, mas a rebelião ainda não estava extinta.

Pense nisto: Quando as igrejas se dividem, e os líderes estão em desacordo, como podemos discernir quem está verdadeiramente seguindo a guia de Deus?

 II. Entre os vivos e os mortos, e o bordão florescido de Arão
(Recapitule com a classe Nm 16:41-5017.)

A Eleazar, filho de Arão, foi atribuída a tarefa de coletar os incensários dos rebeldes e convertê-los em lâminas para a cobertura do altar, que serviria como lembrança constante das consequências da rebelião. Foi um fracasso imediato. No dia seguinte, os descontentes dentro da congregação acusaram Moisés e Arão de assassinar aqueles que haviam morrido na véspera. Que insensato! Eles realmente acreditavam que Moisés e Arão tinham o poder de criar terremotos e chamar fogo do céu? Se não, por que a acusação? Nesse caso, como seria tolo desafiar alguém com tanto poder!

Pelo segundo dia seguido, Moisés e Arão intercederam pela congregação rebelde, quando Deus os advertiu a se afastar para que Ele pudesse destruir Israel. Arão correu através da congregação com seu incensário, símbolo da oração intercessora. Mesmo assim, quase 15 mil pessoas pereceram antes que a praga amainasse. No bordão florescido, Deus ofereceu misericordiosamente mais um exemplo da indisputável evidência de haver escolhido Arão como sacerdote. Cada tribo apresentou um bordão representativo, e todos foram colocados diante da arca da aliança. Apenas o bordão de Arão floresceu, significando a escolha de Deus. A rebelião estava terminada, mas que preço difícil a pagar pela educação!

Pense nisto: Como podemos ser intercessores efetivos por aqueles em nossa família ou em nossa igreja que se rebelam contra Deus?

Aplicação

Aplicação
Só para os professores:
 A rebelião de Corá e seus simpatizantes apresenta um exemplo claro do que acontece quando os servos designados de Deus são desafiados por aqueles que buscam somente poder e prestígio para si mesmos. Porém, às vezes os que foram nomeados para algum ofício sagrado se provam indignos de seu chamado. Os filhos mais velhos de Arão, os filhos de Eli, Caifás e Ananias são exemplos notáveis daqueles que não viveram à altura de seu chamado. Todos os reis de Israel, e muitos dos reis de Judá, viveram também em rebelião contra Deus. Como um cristão deve lidar com as situações em que alguém em posição de autoridade acima dele é infiel a Deus? Como o cristão pode evitar as armadilhas de Corá mas, ainda assim, se erguer contra a apostasia institucional?

Pense nisto:

A. Como Cristo nos instruiu a nos aproximar dos outros quando temos diferenças? (Mt 18:15-19)
B. Como Paulo interagiu com o sumo sacerdote que conduzia seu interrogatório? (At 23:1-5)
C. Que instruções Paulo deu a respeito das autoridades civis quando um dos regimes mais opressores da história estava no poder? (Rm 13:1-7)
D. Respeito à autoridade significa que somos desculpados de alguma responsabilidade moral pessoal em direção a Deus? (At 5:27-29)
E. Como Elias lidou com a liderança espiritual imperfeita? (1Rs 18) Que dizer de Natã? (2Sm 12) E Jeremias? (Jr 20:1-628).

Criatividade

Criatividade 
Só para os professores:
 Certamente, nenhum líder terrestre é perfeito e infalível. Se a perfeição fosse critério para liderança, não haveria nenhum líder, a não ser Jesus. Com a falta de perfeição, todo líder está sujeito a alguma crítica; porém, os cristãos são chamados a encorajar os líderes religiosos que, embora humanos e falíveis, ainda fazem seu melhor pela graça de Deus para levar avante Sua causa. Isso é não apenas um encorajamento para o instrumento humano que lidera, mas também uma expressão de confiança de que o verdadeiro Líder, aquele que faz a História, está ainda no controle.

Encoraje os membros da classe a fazer uma das seguintes tarefas nesta semana:

(1) Escrever uma carta encorajadora a um líder cívico que você pode honestamente elogiar por alguma realização, posição moral ou característica pessoal.
(2) Escrever ou ligar para um líder da igreja (pastor, ancião, funcionário da associação, etc.) para expressar apreciação por seu serviço.