sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Comentário complementar ao estudo da lição

Estudos da Bíblia: Quarto trimestre de 2007 - Semana de 02 à 10/11/2007

Tema geral: O fogo do Ourives - Estudo nº 06 – Lutando com toda a energia

 

Comentário complementar ao estudo da lição

Sugerimos que a lição seja estudada antes e só depois se faça a leitura deste comentário

Verso para memorizar : "Para isso é que eu me afadigo, esforçando-me o mais possível, segundo a Sua eficácia que opera eficientemente em mim" (Cl 1:29).

  1. Introduçãosanto sábado, dia do Senhor, da vida e da felicidade

Se um traficante da pior espécie matasse um ente-querido seu, você o perdoaria? Ou melhor, você desejaria estar com ele no Céu? Ou então, você oraria por ele? Você faria alguma coisa para que ele se restabelecesse de sua condição miserável?

Se a alguma das perguntas acima respondeu não, saiba que você não está preparado para ser salvo para a vida eterna. O nosso cristianismo deve chegar a tal ponto como o de JESUS, ser capaz de perdoar a todos, até mesmo os piores inimigos e os mais cruéis seres humanos que nos prejudicaram.

Vamos olhar esse assunto por outra ótica. A hipótese é a seguinte: um homem matou um querido seu (poderia ser seu filho ou filha por exemplo). Ele foi condenado e preso. Mas você orou por ele. A oração não é para livrá-lo da prisão, esse castigo todos os condenados devem cumprir. Mas a oração é para que ele se arrependa, e que seja salvo para a vida eterna. Então, um dia desses acontece alguma dessas coincidências, ou seja, é coincidência aos nossos olhos, mas sempre há DEUS dirigindo as coisas. O preso recebe uma literatura. Ele lê, e inicia uma caminhada até a sua conversão.

Bem, vocês nunca mais se encontram, mas no dia da segunda vinda, você, ele, e a pessoa que ele matou são salvos para a vida eterna. Imagine só que coisa linda. Tal coisa acontece só mesmo pelo poder do amor de DEUS. E você desejar que ele se arrependa também. Antes havia inimizade mortal, ou indiferença pela vida. Depois, arrependimento, transformação e vida eterna. Amizade por toda a eternidade.

Que fique bem claro o seguinte: uma coisa é a inimizade ou o senso de violência antes da transformação, outra, bem diferente, a humildade e mansidão depois da transformação . Isso faz que uma mesma pessoa seja na realidade duas pessoas diferentes entre o antes e o depois. Não há nada de errado que um assassino seja transformado em outra pessoa, para ser salvo. Ele será um novo homem, a partir de um novo nascimento. Embora tenha perdoado, o sentimento de perda e de dor, podem continuar, o que certamente acontecerá. Porém, quem perdoa, supera muito mais facilmente esses sentimentos. Quem não perdoa alimenta o sentimento de vingança e isto prejudica em primeiro lugar ele mesmo. Em alguns casos o assassino poderá ser salvo e o parente da vítima poderá se perder, porque não soube perdoar.

Não é agradável o pensamento de ter os inimigos da terra como amigos do Céu? Terão sido inimigos temporários, até que se arrependeram e foram transformados. Todo bom cristão quer isso, a exemplo de JESUS.

Agora, se esses inimigos impedem que tal desejo nosso se transforme em realidade, aí já não é responsabilidade nossa. Mesmo assim, devemos desejar o bem a eles, não o mal. Devemos ser capazes de separar perdão dos sentimentos que os atos maus dessas pessoas geraram. Podemos perdoar, e isto devemos fazer, e até devemos orar por estas pessoas. E isto não quer dizer que o sentimento de dor, perda, saudades desapareçam, são duas coisas diferentes. Mas, repetimos, ao perdoarmos, esses outros sentimentos ruins que não são de vingança, serão minimizados, e viver-se-á melhor do que não perdoar.

  1. Primeiro dia: O Espírito de verdade

Vamos aproveitar a questão que a lição propõe. É o tal pedido: " Senhor DEUS, faze-me bom". Pedido feito às vezes em muitas ocasiões, e nada muda. Nada mesmo. O que está acontecendo?

Não é assim que se deve pedir algo a DEUS. Você, adorador, deve descobrir o que deve ser mudado em sua vida. Isso deve ser algo consciente. É você quem deve decidir se vai ou não mudar isso ou aquilo.

Veja bem, nós somos seres livres e racionais. Devemos tomar nossas decisões. E quanto a mudanças em nossas vidas, é nós que devemos decidir.

Mas, o ESPÍRITO SANTO então faz o quê? Ele nos convence do pecado (João 16:8). E ele nos guia à toda verdade (João 16:13). Com essas informações devemos decidir o que fazer. A decisão sempre é nossa. Ao descobrirmos que algo está errado em nossa vida, então é oportunidade de orar, e pedir para vencer AQUELE pecado. E o ESPÍRITO SANTO nos ajudará a vencê-lo, isto é, nos dará as forças que necessitamos para a obtenção da vitória. Se pedirmos para vencer sobre alguma fraqueza que temos, algum mau hábito, então isso nos será concedido (João 16:23).

As provações existem para que nós possamos descobrir o que deve ser mudado em nossas vidas . Isso é muito importante, pois se somos livres, nem mesmo podemos fazer pedidos tão genéricos, do tipo, Senhor, faze-me bom. Ou, Senhor, livre-me de todas as tentações. Se o Senhor atender esses pedidos cabalmente, nós mesmos podemos um dia desses reclamar de certas coisas que Ele mudou em nossas vidas e que nem queríamos. E satanás muito mais, acusará de DEUS estar desrespeitando Suas próprias leis, de dar liberdade de decisão às suas criaturas.

Seria algo como alguém dizer a seu patrão, podem me mandar fazer qualquer coisa. Um dia desses o patrão manda esse empregado entrar na fossa do esgoto e fezes para procurar algo que caiu no fundo. Vai fazer isso? Não vai querer não é mesmo?

Assim é com os pecados. Pediu que DEUS o livre de todos eles. Mas há um ou dois dos quais gosta muito. E se DEUS o livra deles, como fica? Foi contra o seu gosto, algo que acariciava muito, e queria continuar fazendo, seria um ato arbitrário de DEUS, pois esses não estariam na lista das mudanças! Portanto, precisa pedir a vitória um por um.

A propósito, aqui vai algo para nossa reflexão. É muito importante. Somos nós que devemos mudar, não DEUS. Nós é que devemos nos converter, não DEUS. Nós devemos adorá-Lo como Ele quer, não como nós queremos. O louvor é Ele que escolhe como deve ser, não nós. É nós que precisamos ser salvos, não DEUS.

Por que essas afirmações? Muitas pessoas não mudam sua vida porque pensam que não há necessidade de mudança. Então fazem esses pedidos genéricos que na verdade não podem alterar nada em suas vidas. E vivem pensando que assim como estão vivendo, está tudo bem. Mas não é assim. Todos nós temos muitas coisas para serem mudadas, e devemos orar e estudar na Bíblia, e nos demais escritos proféticos para que ao lermos, o ESPÍRITO SANTO nos guie para as descobertas do que devemos realmente mudar.

Nós todos precisamos de mais Bíblia e mais oração em nossas vidas. Precisamos de mais humildade, mais simplicidade e mais mansidão em nossas vidas. Precisamos disso para aceitarmos as informações que vierem sobre a necessidade de mudança disso ou daquilo. O mais comum é a pessoa se retrair quando, por exemplo, um pregador chama atenção para algo que deve ser mudado. Ela pensa assim, o que ele(a) está dizendo não faz sentido, ou, ele é radical . Isso não é importante, não há necessidade de mudança. Aí, na vida dessa pessoa, nada muda. Esse é o princípio de ser joio e permanecer sendo até que seja queimado.

  1. Segunda-feira: A combinação divino-humana

Vamos entender bem a lição de hoje. Ela é muito importante para compreendermos como andar com DEUS e como viver o dia-a-dia. Ela está nos dizendo que tudo o que fizermos DEUS quer e precisa estar junto conosco. Ou seja, em todas as nossas realizações, evidentemente as lícitas, DEUS quer nos ajudar. Vamos transcrever um trecho de Ellen G. White sobre como isto funciona. "Quando tomamos em nossas mãos o manejo das coisas com que temos de lidar, e confiamos em nossa própria sabedoria quanto ao êxito, chamamos sobre nós um fardo que Deus não nos deu, e estamos a levá-lo sem Sua ajuda . Estamos tomando sobre nós mesmos a responsabilidade que pertence a Deus, pondo-nos, na verdade, assim, em Seu lugar" (O maior discurso de CRISTO, 100, negrito acrescentado).

Perceba bem o seguinte. Paulo disse que se afadigava no trabalho pela salvação, que se esforçava o mais possível, segundo a Sua eficácia que opera eficientemente nele (Col. 1:28 e 29).

O que ele estava dizendo? Ele se afadigava e se esforçava segundo a eficácia de DEUS que operava nele. E essa eficácia é o quê? É a sabedoria de DEUS no homem, orientando-o a fazer as coisas de modo certo para que sejam obtidos os resultados mais elevados.

Trabalhar com eficiência é fazer as coisas do modo certo, e trabalhar com eficácia é obter bons resultados. Ora, pode-se fazer as coisas certas mas não obter resultados, por isso devemos ser eficientes e eficazes. Por exemplo, um homem fabricou uma cadeira com todo o capricho. Ele trabalhou com eficiência, caprichou. Mas ninguém comprou a cadeira, porque não era funcional. O trabalho dele foi bom, mas não eficaz, e não obteve o resultado desejado.

Podemos fazer uma bela série de conferências e não obter batismo algum. Agimos com eficiência, mas talvez sem o poder de DEUS nosso trabalho não foi eficaz.

É aí que entra a citação de Ellen G. White. Muitas vezes nos colocamos no lugar de DEUS. Outras vezes nem fazemos o que nos compete fazer.

Quando é que nos colocamos no lugar de DEUS? Quando tomamos as coisas que temos para fazer e nem consultamos a DEUS como o devemos fazer. Ou seja, em palavras bem diretas e simples, devemos orar sem cessar enquanto estamos trabalhando, sempre trocando idéias com DEUS em tudo o que fazemos. Isso quer dizer que a oração deve ser elevada a DEUS a cada pouco, assim como a cada pouco conversamos com algum colega de trabalho. Com o tempo nos habituamos a isso.

O esforço físico é nosso, isso nos afadiga. Mas ao planejarmos o que fazer, devemos chamar a DEUS para nos orientar com Sua sabedoria. E ao realizarmos as tarefas, devemos tê-Lo conosco com Sua sabedoria. E, veja bem, muitas vezes até o esforço físico Ele torna mais leve. Qual o bom cristão que não sentiu em sua vida algumas coisas acontecerem sem que fizesse alguma coisa, ou mesmo tendo feito pouco. Mas, atenção, aquele que nada faz, pode esperar sentado a vida toda, mesmo que esteja em oração o tempo todo. Nós devemos "trabalhar seis dias", esse é o mandamento, e o que não conseguirmos com o nosso trabalho, se no planejamento do que queremos fazer sempre consultarmos a DEUS, muitas coisas que nos eram difíceis demais, DEUS providenciou para que se tornassem mais leves. Foi o caso da guerra contra Jericó, foi DEUS quem derrubou os muros.

Resumindo tudo. Na combinação divino-humana devemos aliar nossos esforços físicos e capacidade mental com a sabedoria de DEUS, ao planejarmos e ao executarmos nossas atividades diárias. Para isto, devemos nos acostumar a freqüentemente orar a DEUS. Orar no início de uma tarefa, durante a execução, e no final. Então tudo o que fizermos faremos com eficiência e eficácia. Ou seja, seremos bem sucedidos.

  1. Terça-feira: A vontade disciplinada

A vontade é o que em nossa vida? A vontade é o mesmo que anseio ou desejo. A vontade nos influencia a tomarmos certas decisões. Estas podem ser corretas ou erradas. Vontade não é o mesmo que decisão, é uma preferência por algum tipo de decisão.

Ilustremos esse assunto. Suponha que uma determinada pessoa tenha vontade de assistir uma partida de futebol. Ela sabe que esse não é um lugar para quem deseja viver um dia no Céu, um lugar não competitivo. Mas essa é a sua vontade. Para decidir não assistir o jogo deverá vencer a sua vontade e decidir em sentido contrário.

Agora outra coisa são os sentimentos. Eles surgem em nossas sensibilidades e resultam em emoções, que podem ser agradáveis ou desagradáveis. Vamos a uns exemplos de sentimentos agradáveis: sentimentos de alegria, de felicidade, de segurança, de paz interior, de esperança etc. há os sentimentos desagradáveis como o nojo, tristeza, raiva e ódio, perplexidade, medo, etc.

Os sentimentos exercem forte influência sobre a vontade e muitas vezes definem que decisão iremos tomar. Isso é muito perigoso decidir com base nas emoções dominando nossa vontade. Não são decisões racionais, analisadas, ponderadas, onde se avalia as conseqüências. São decisões geralmente de natureza precipitada. Por exemplo, uma decisão bem freqüente dominada pro sentimentos é a escolha do parceiro ou parceira da vida. Um dia desses a pessoa encontra outra, gosta dela, e logo se une em casamento, ou apenas moram juntos. Por uns dias tudo é novidade e alegria. Mas, logo se descobrem os inconvenientes, e a alegria dá lugar aos problemas, e por fim, a separação.

As decisões baseadas e afetadas pelos sentimentos tem resultado em grandes desastres. Nós estamos nessa situação danada nessa Terra porque Eva decidiu comer do fruto da árvore porque lhe pareceu boa e agradável (Gen. 3:6). Ela deve ter imaginado essa fruta bem gostosa. Adão, por sua vez, sentiu pela esposa e comeu por amor a ela, não queria separar-se dela. A sua análise racional foi superada pelos sentimentos pela esposa.

Como diz Pedro em I Pedro capítulo um: devemos desenvolver o domínio próprio. Isso significa saber controlar a vontade e os sentimentos. Significa exercer controle sobre a mente para que ela não seja influenciada pelos sentimentos em momentos que devemos tomar decisões. Só tendo DEUS em nossa vida conseguiremos tal capacidade.

Atenção, hoje em dia o sentimento que cada vez mais domina as pessoas é o ódio. Devido a tensão do dia-a-dia, aos filmes que muitos assistem, ao apelo competitivo em nossa sociedade (ao apelo de crueldade e destruição normalmente encontrado na mídia) facilmente as pessoas 'perdem a cabeça' e agem de acordo com os sentimentos mais radicais e destrutivos. É nesses dias que os verdadeiros cristãos devem demonstrar que seguidor de CRISTO é ser manso e humilde de coração, capaz de perdoar até mesmo os piores inimigos.

Isso requer ter amor no coração. Amor não é sentimento, é um princípio de vida e de relacionamento com DEUS e com os semelhantes. Mas amor gera sempre bons sentimentos. Por exemplo, quem decide pelo princípio do amor sempre procura fazer o bem e tem o desejo de produzir bons sentimentos nas outras pessoas, principalmente felicidade.

  1. Quarta-feira: Compromisso radical

"Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno" (Mt. 5:29).

JESUS estava tratando do adultério imaginário e visual. Quem estivesse olhando para uma mulher e tendo pensamentos impuros, já estava pecando. Foi então que Ele disse que quem tivesse esse problema, melhor seria arrancar o olho mas ser salvo.

Era para arrancar mesmo o olho? É evidente que não. Se fosse, seriam os dois olhos, afinal, é normal se olhar com os dois. E o culpado na verdade não é o olho, ou os olhos, pois quem decide o que olhar ou imaginar é a mente. O que JESUS estava fazendo era uma forte ilustração na necessidade de mudança numa situação dessas. Ou seja, é imprescindível que eliminemos os pecados em nossa vida. Esse é um ato da nossa parte.

Vamos ser francos e diretos. Em lições passadas já estudamos que não temos capacidade de nos purificar de nossa má natureza, da natureza pecaminosa. Isso é impossível. Portanto, não adianta fazermos votos de mudanças, por exemplo, nas viradas de ano.

Outra coisa que não melhora nossa condição é só orar. Pode orar e orar, e pode dar-se o caso de nada mudar.

É necessário que se façam as duas coisas, orar e agir. É preciso decidir pela mudança e ela deve ser radical. Não há condição de sermos salvos se, por exemplo, tendo 100 pecados para abandonar, e SÓ abandona os 99 piores. Só resta um, o menor, mas esse não é abandonado. Não vai ser salvo nessa condição. Foi o que JESUS quis dizer, ou a reforma é radical, ou não foi suficiente.

Outra situação difícil é quando o pecado da pessoa envolve devolver alguma coisa. Por exemplo, soube de uma caso em que alguém, muito rico, adquiriu por leilão a casa de uma pessoa que estava perdendo tudo. Vivia ali com sua esposa e seu filho. Situação dramática. Adquirir bens em leilão é algo legal segundo as leis dos homens, mas é imoral segundo as leis de DEUS. Basta estudar as histórias do ano jubileu. Pois bem, o homem rico exigiu que saíssem da casa, sob risco de despejo. Ora, se um dia ele vier a se converter, terá que devolver o que obteve de maneira como DEUS não aprova. Se não devolver, não se salva, sabemos disso.

Então, qual a moral da história de nosso estudo de hoje? É nós que devemos querer a mudança, devemos sentir essa necessidade. Devemos orar pedindo que DEUS nos ajude a mudar. Devemos lutar objetivamente em relação ao que mudar. DEUS dará todas as condições necessárias, desde que façamos a nossa parte. Nesses casos, muitas vezes mudanças que nos parecem intransponíveis podem simplesmente acontecer como desaparece a nuvem de fumaça. Noutros casos a luta é maior. Cada situação é diferente, mas todas elas, se houver oração e vontade de verdade, a reforma ocorre.

  1. Quinta-feira: A necessidade de perseverar

Vamos estudar o caso de Jacó. O que houve com ele? Jacó, ainda novo, tomou uma série de decisões desastrosas. Uma delas foi pôr-se em lugar de DEUS, por instrução de sua zelosa mãe, enganou seu irmão Esaú e se colocou em lugar dele para receber a bênção da primogenitura. Se ele não fizesse isso certamente DEUS teria agido no momento certo e evitado que Esaú a recebesse.

Feito isso, começaram os problemas. Teve que fugir, mas no segundo dia de fuga, DEUS aparece em sonho e o anima com a reafirmação da promessa. Na terra distante Jacó tem evidências e provas de que DEUS está com ele. Mas, outra vez foge de seu sogro para retornar. DEUS disse que estaria com ele. Então, ao aproximar-se do encontro com Esaú tem grande medo, ao ponto de tornar-se em extrema angústia, isso quer dizer, agonia.

O que se passava com Jacó? Jacó havia praticado grave ingerência. Ele substituíra DEUS na questão da promessa de que a bênção iria para ele, não para Esaú. E cometera outro erro enganando seu irmão. E mais um erro mentindo a seu pai. E ainda outro tramando com sua mãe a questão da bênção. E mais um erro, não pedindo a direção divina sobre esse assunto.

Será que ele ainda era digno dessa primogenitura? Será que DEUS iria mesmo dar continuidade à promessa de uma grande nação por meio de alguém assim? E vindo o seu irmão, com 400 homens, disposto a matá-lo, como ficaria a promessa? Todos aqueles erros agora mostravam seus efeitos: a possibilidade da promessa ir a lugar nenhum, ou seja, acabou tudo. Ele seria morto e o plano de DEUS se interromperia. Parecia ser o fim.

É ou não é de dar medo uma situação dessas? Para que tudo retornasse outra vez ao normal, isto é, que a promessa se restabelecesse, alguém teria que mudar o coração de Esaú. Passaram-se 20 anos, e ele continuava determinado a matar Jacó. Esaú mudaria de um dia para outro? Quem iria convencê-lo disso? A situação chegara a tal ponto que, se DEUS não agisse, não só Jacó, suas mulheres e seus filhos seriam mortos como a promessa se interromperia. Esse era o motivo da angústia de Jacó.

A nossa angústia final será parecida. Será que nos arrependemos de tudo o que nos afetava negativamente nesse mundo? Vai se dar o caso de muitos não se terem libertado de pequenas coisas. Estes se terão ligado ao mundo por meio de pequenos detalhes. Daremos um só exemplo: desleixo na santificação do sábado. É o pôr do sol que não é respeitado, são as conversas inadequadas para as horas do santo dia, e assim por diante. Isso nunca é motivo para alguma disciplina na igreja, mas é motivo para se perder a vida eterna. Pois bem, naqueles dias de angústia o povo de DEUS ficará em dúvida se realmente conseguiu fazer uma reforma completa em sua vida. E se não fez, não fará mais. Será tarde!

Essa é a grande questão: hoje é o dia de providenciar o passaporte para a vida eterna. Hoje é o dia de reformar por completo a nossa vida.

  1. Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:

Vamos estudar mais um pouco sobre a vontade do ser humano. Transportemo-nos pela imaginação ao Jardim do Éden, antes da queda. Adão e Eva moravam ali, e eram totalmente felizes. Nem sequer possuíam alguma informação do que era o mal nem de suas conseqüências. Eles não imaginavam o que é viver numa situação em que nos encontramos hoje.

Eles possuíam pelo menos vinte vezes mais inteligência que nós hoje. Portanto, eram incomparavelmente superiores a nós, pois eram não só mais capazes mas também eram perfeitos. Como você acha que era a vontade deles? Pode ter certeza, a vontade desses dois seres humanos era justa, pura e jamais tendente a errar. Eles não conheciam o que era cometer erros.

E o que aconteceu ao pecarem? Bem, com o tempo a capacidade humana se degenerou, especialmente após o dilúvio. Perdeu talvez uns 95% de sua capacidade de poder intelectual. Veja o que diz Ellen White em relação ao estado de Adão ao sair das mãos de DEUS: "Se Adão, ao ser criado, não houvesse sido dotado de vinte vezes maior vitalidade do que os homens possuem (Pág. 9) agora, a humanidade, com seus presentes métodos de vida que constituem uma violação da lei natural, já estaria extinta. Por ocasião do primeiro advento de Cristo, o gênero humano degenerara tão rapidamente que um acúmulo de doenças pesava sobre aquela geração, suscitando uma torrente de aflição e uma carga de sofrimento indescritível." ( Conselhos sobre educação, p. 9)

Agora imaginemos outra coisa. O ser humano perdeu sua vitalidade, mas não perdeu nada da vontade. Esta não depende da vitalidade e do poder mental, vontade sempre existe no ser humano. Mas uma coisa é a vontade em seres perfeitos, outra, em seres degenerados. Naqueles a vontade obedece bons princípios, nestes obedece aos seus gostos degenerados e influências externas piores ainda. Mas a vontade existe nos dois, certamente em igual intensidade.

Então aqui temos um problema complicado. Se nas pessoas perfeitas a vontade serve para gozarem de uma vida em harmonia com DEUS e para serem felizes, noutra situação ela serve para a desgraça daquele mesmo que tem a vontade, e de seus semelhantes . A vontade existe nos seres perfeitos e imperfeitos, mas nos imperfeitos, por terem-se degenerado nos princípios de vida, é ela que comanda influenciada pelas paixões, desejos e pelas influências. Nos seres perfeitos a vontade é controlada pelos princípios de caráter. Ou seja, nestes a vontade se forma a partir de bons princípios de vida, e se forma para o bem, mas nos degenerados ela se forma a partir de sensações, desejos do ser e de influências externas, todas estas coisas de alguma forma apimentadas por satanás. Note que a situação da vontade, que existe tanto nos dois tipos de seres, se origina de modo bem diferente. Essa é a questão porque devemos depositar nossa vontade em DEUS, pois, no nosso caso, só Ele sabe como deve ser essa que seria a 'nossa' vontade, mas que na prática é tão afetada por influências ruins que já nem é nossa . A nossa vontade nem sempre é o que realmente queremos. Nós somos uma confusão de influências e de uma história de coisas ruins aprendidas que nos é impossível ter uma vontade correta o tempo todo. Essa é a nossa fraqueza. Pela nossa vontade decidimos muitas coisas que são prejudiciais a nós e a nossos semelhantes, mas em muitos casos nem percebemos isto. Por uma vontade assim só uma coisa é certa, a perda da vida eterna.

É por isso que Ellen White diz: "Na vida de muitos cujo nome está nos livros da igreja não tem havido mudança genuína. A verdade tem sido deixada no pátio externo. Não houve conversão legítima, positiva obra de graça feita no coração. Seu desejo de fazer a vontade de Deus baseia-se em sua própria inclinação, não na profunda convicção do Espírito Santo. Sua conduta não foi posta em harmonia com a lei de Deus"   (Nos lugares celestiais, MM, 1968, 148, grifos acrescentados)

                "Mesmo os pensamentos têm de serem postos em sujeição à vontade de Deus, e os sentimentos sob controle da razão e da religião. Nossa imaginação não nos foi dada para que lhe déssemos rédea solta e ela seguisse sua própria vontade, sem nenhum esforço nosso para restringi-la e discipliná-la. Se os pensamentos não são corretos, incorretos serão também os sentimentos; e os sentimentos e pensamentos combinados perfazem o caráter moral " (Nos lugares celestiais, MM, 1968, 164. grifos acrescentados).

O que devemos fazer então? Leia mais um pouco do Espírito de Profecia: "Estes obreiros abrem seu coração para receberem a verdade, e se tornam sábios em Cristo e mediante Ele. Sua vida inala e exala a fragrância da santidade. Suas palavras são ponderadas antes de serem proferidas. Suas ações são modeladas segundo as ações de seu Líder . Eles lutam para promover o bem-estar de seus semelhantes. Levam alívio e felicidade ao sofredor e angustiado. Sentem a necessidade de permanecer constantemente sob a instrução de Cristo, para que possam atuar de acordo com a vontade de Deus. Estudam como podem melhor imitar abnegação e tribulação de seu Salvador . São testemunhas de Deus, seguindo Seu exemplo de compaixão e amor, atribuindo-Lhe toda glória, Àquele a quem amam e servem." (Olhando para o alto, MM, 1983, 180, grifos acrescentados )

escrito entre:   30/08/2007 a 05/09/007 - corrigido em    05/09/2007

 

Declaração do professor Sikberto R. Marks

O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos .

 

Prof. Sikberto Renaldo Marks – marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (0xx55) 3332.4868 - Ijuí – RS, Brasil – Visite o site: http://www.cristovoltara.com.br/

A MENSAGEM DO PRIMEIRO ANJO

APOCALIPSE (14:6-7) - E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo, Dizendo com grande voz: Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é vinda a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.

Eu convido você a se tornar um mensageiro do SENHOR, ajudando a divulgar a Palavra de Deus. Leia mais a sua Bíblia. Procure colocar em prática os Seus mandamentos. Você será transformado pelo Espírito Santo. Preparar-se-á cada vez mais para a breve volta de Jesus. Certamente levará mais alguém aos pés do nosso Senhor e Salvador. Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém. Ora vem, Senhor Jesus. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós. Amém. ( Apocalipse 22:20-21).

Pense nisto!

Nenhum comentário:

Postar um comentário