segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Igreja Católica, liberdade e Estado laico

Segundo o escritor e teólogo católico, George Weigel , "a existência de Cristo e de sua Ressurreição é o que a Igreja pede aos políticos que levem em consideração" (por trás dessa ênfase na Ressurreição está a doutrina da santificação do domingo, sinal de autoridade da Igreja Romana que a maioria dos protestantes aceita sem questionar).

Três conceitos (e práticas) da teologia católica deveriam ser motivo de preocupação para toda a sociedade. Todas os três foram imortalizados pelo papa Gregório XVI (1831-1846), na Encíclica
Mirari Vos :

1- O desprezo pela liberdade de consciência (veja item nº 10).

2- O ódio à liberdade de expressão (item nº 11).

3- A defesa da união entre a Igreja e o Estado (item nº 16).

Digno de nota também é a semelhança dos pronunciamentos daqueles tempos com os atuais: o que Gregório XVI chamava de "indiferentismo", o atual papa chama de "relativismo". Além disso, se alguém acha que essa Encíclica é antiga e que a ICAR mudou seu modo de pensar está redondamente enganado. Em algum momento, quando é forçada a se pronunciar, a ICAR bem que
tenta dissimular suas intenções , mas a verdade é que, desde então, nenhum outro documento de importância igual (ou superior) a esse foi publicado que viesse a modificá-lo.

"E, convém lembrar, Roma jacta-se de que nunca muda. Os princípios de Gregório VII e Inocêncio III ainda são os princípios da Igreja Católica Romana. E tivesse ela tão-somente o poder, os colocaria em prática com tanto vigor agora como nos séculos passados. Pouco sabem os protestantes do que estão fazendo ao se proporem aceitar o auxílio de Roma na obra da exaltação do domingo. Enquanto se aplicam à realização de seu propósito, Roma está visando a restabelecer o seu poder, para recuperar a supremacia perdida".
O Grande Conflito , p. 581.

"A Igreja de Roma apresenta hoje ao mundo uma fronte serena, cobrindo de justificações o registro de suas horríveis crueldades. Vestiu-se com roupagens de aspecto cristão; não mudou, porém. Todos os princípios formulados pelo papado em épocas passadas, existem ainda hoje. As doutrinas inventadas nas tenebrosas eras ainda são mantidas. Ninguém se deve iludir. O papado que os protestantes hoje se acham tão prontos para honrar é o mesmo que governou o mundo nos dias da Reforma, quando homens de Deus se levantavam, com perigo de vida, a fim de denunciar sua iniqüidade. Possui o mesmo orgulho e arrogante presunção que dele fizeram senhor sobre reis e príncipes, e reclamaram as prerrogativas de Deus. Seu espírito não é menos cruel e despótico hoje do que quando arruinou a liberdade humana e matou os santos do Altíssimo".
Ibidem , p. 571.

Um fato, porém, muito deve nos alegrar - a misericórdia (e paciência) de Deus ao tratar com os seres humanos pecadores:
"E hoje existem verdadeiros cristãos em todas as igrejas, não excetuando a comunhão católica romana, que crêem sinceramente ser o domingo o dia de repouso divinamente instituído. Deus aceita a sinceridade de propósito de tais pessoas e sua integridade. Quando, porém, a observância do domingo for imposta por lei, e o mundo for esclarecido relativamente à obrigação do verdadeiro sábado, quem então transgredir o mandamento de Deus para obedecer a um preceito que não tem maior autoridade que a de Roma, honrará desta maneira ao papado mais do que a Deus. Prestará homenagem a Roma, e ao poder que impõe a instituição que Roma ordenou. Adorará a besta e a sua imagem" . Ibidem , p.449.

"Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e para não participardes dos seus flagelos". (Ap 18:4).

 

Marcadores: Catolicismo , Igreja/Estado , Lei dominical , Liberdade religiosa , Liberdades civis , Vaticano

FONTE: http://www.minutoprofetico.blogspot.com/

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