Estudos da Bíblia: Primeiro trimestre de 2008 - Semana de 1º à 08/03/2008
Tema geral: Discipulado cristão
Estudo nº 10 – Desvios no discipulado
Comentário complementar ao estudo da lição da Escola Sabatina
Este comentário não dispensa o estudo do texto original
Verso para memorizar: "Se te fatigas correndo com homens que vão a pé, como poderás competir com os que vão a cavalo? Se em terra de paz não te sentes seguro, que farás na floresta do Jordão?" (Jeremias 12:5)
- Introdução – santo sábado, dia do Senhor, da vida e da felicidade
A lição apresenta uma das leis de Murphy. São leis pessimistas, ou seja, bem típicas das condições do contexto de pecado. São leis satíricas. Elas brincam com a realidade da vida. Muitos as lêem para darem risada. Aqui temos mais algumas: "Tudo que começa bem, acaba mal." "Tudo que começa mal, acaba pior." "Se você perceber que ha quatro maneiras de uma coisa dar errada, e driblar as quatro, uma quinta maneira surgira do nada." "Deixadas a sua sorte, a tendência das coisas e ir de mal a pior."
Nesse mundo é mais ou menos assim. Ao natural, tudo tende a piorar. O fim desse processo é o caos, e não estamos longe. A natureza, após o dilúvio, vem envelhecendo. A estrutura do planeta está se decompondo, pois há cada vez mais terremotos e maremotos.
Mas há algo que se dirige em sentido contrário. São os crentes em DEUS, que estão sendo transformados, recriados. São os discípulos de CRISTO.
No entanto, nem sempre um discípulo está subindo, sendo santificado. Há quedas, e muitas delas são feias. É isso que estudaremos nessa semana, as quedas que podem ocorrer com os discípulos, ou seja, quando parece que as leis de Murphy passam a funcionar em nossa vida. Ao verdadeiro cristão, essas leis não deveriam fazer efeito. Mas, vez por outra, somos atingidos. Então, o que fazer? É muito importante o estudo dessa semana!
- Primeiro dia: O modelo do poder
Poder é o que a maioria dos seres humanos buscam. Vamos traduzir essa palavra para outra mais comum, e adequada: força para mandar nos outros. Ou simplesmente, mandar. Isso é poder. Há também a autoridade, que em termos mais comuns seria o direito de mandar nos outros.
Portanto, poder é ter força para mandar, autoridade é ter o direito de mandar. Ou seja, alguém com uma arma na mão tem poder, outro com o voto popular, tem autoridade. A autoridade tem o poder legítimo de se fazer respeitar. Ela tem direito a mandar e o exército bem como a polícia garantem o poder para que possa mandar e ser obedecida.
Então, DEUS tem o quê? Poder ou autoridade? Ou tem os dois? Sim, Ele tem os dois, mas não dessa forma. O poder de DEUS é o que a maioria dos seres humanos não busca. Esse poder vem do amor, é o poder não para mandar, mas para servir. Foi o que JESUS veio aqui demonstrar e fazer. Ele veio para ajudar as pessoas. Veio para salvá-las. E a igreja que Ele fundou por meio dos apóstolos deve ter idêntico intento.
Qual a finalidade da igreja que CRISTO fundou? A mesma pela qual Ele veio ao mundo: salvar pessoas para a vida eterna. Mas (e que mas!) o que fizeram com a igreja de CRISTO? Transformaram-na num instrumento de poder político.
Entenda o seguinte: há dois tipos de poder político envolvendo a igreja, ou melhor, a religião. Esse tipo de poder vem do modo da ligação da Religião com o Estado. O primeiro tipo é a ligação do Estado com a Religião, o segundo tipo é a ligação da Religião com o Estado. É parecido, mas radicalmente diferente. Depende da ordem das palavras.
Nos antigos reinos e impérios sempre, em todos eles, o sistema de poder era uma ligação do Estado com a Religião, evidentemente religião pagã. Ou seja, o Estado usava a Religião para exercer poder. Eram os sacerdotes a serviço do rei para submeter o povo. A população tinha medo dos deuses, que eram, no entanto, familiares ao poder do Estado uma vez que os sacerdotes trabalhavam para o Estado. Isso quando o próprio Rei não se fazia passar por DEUS ou algo assim. Veja bem, os políticos antigos usavam a mitologia para sujeitar o povo por um poder místico que fazia as pessoas obedecerem por meio do medo.
Na Idade Média, já no tempo do cristianismo, houve o contrário. Foram os sacerdotes cristãos que dominaram o Estado colocando-o a seu serviço, segundo os seus intentos de poder. E você sabe disso, o Estado usando a Religião para exercer poder não é algo tão nocivo quanto a Religião usando o Estado para exercer poder. No primeiro caso, o interesse era conquistas de terras, conquistas políticas, domínio sobre outros povos, fazer guerra, etc. Mas no segundo caso, além disso tudo, acrescenta-se o super nocivo interesse de separar as pessoas do DEUS Criador e submetê-las ao demônio, impondo pela força uma forma de adoração pela qual se concretiza esse interesse. Nesse caso, as maiores atrocidades são cometidas, desde queimar pessoas vivas até votá-las para o inferno, sujeitando-as pelo medo. Todos aqueles que adorassem de modo diferente da oficial eram severamente perseguidas. A ligação da Religião com o Estado resulta em cruel violência contra a consciência, contra a liberdade. Nem mesmo estados fundamentados em ideologia de esquerda conseguiram ser mais cruéis que a Igreja dominando o Estado.
Hoje o uso da religião para fins de poder, e de enriquecer é algo impressionante. Relato num caso típico. Certa vez pregando sobre profecias (meu assunto predileto) na cidade de Passo Fundo (RS), soube de uma igreja que nem nome possuía. De fato, em seu prédio não havia nenhuma identificação. E alguém freqüentaria uma igreja assim?
Ela, pelo visto, fora 'inventada' por algum esperto. Era freqüentada por pessoas da classe média, apareciam muitas pessoas com carros bons. Agora veja só, certo dia havia uma gritaria que chamou a atenção da vizinhança. Sabe o que estavam fazendo? Uma mulher, supostamente endemoninhada estava sendo submetida a uma seção para expulsar o mau espírito. E sabe como? Alguns homens tiraram cada um a sua cinta, e tentavam expulsar o demônio a laço. Ora, é muito mais fácil enganar as pessoas que ensinar a elas a verdade. Se os próprios apóstolos de CRISTO não O entenderam quando lhes ensinava a verdade, imagina então como é fácil ensinar mentiras baseadas no que as pessoas desejam ouvir. As igrejas que "vendem" riquezas, poder, prestígio, soluções terrenas e coisas assim, estão sempre lotadas, mas uma pregação sobre o evangelho da vida eterna capta pouca atenção.
O que as multidões buscavam em JESUS? Buscavam curas, milagres, palavras sábias, alimento, e principalmente um reino terrestre que os libertasse do poder romano. Procuravam o mesmo que as populações procuram hoje nas igrejas que vendem milagres, cujos proprietários enriquecem em poucos anos. Os judeus queriam um rei que os levasse à prosperidade material terrestre. Sonhavam o tempo todo com isso, incluindo os Seus discípulos. É o que o povo em geral procura ainda hoje, por isso que os falsos pregadores logo conseguem muitos adeptos.
Então, o que aconteceu com JESUS logo após multiplicar os pães? Eles não puderam conter-se, prepararam-se para arrebatá-Lo (raptá-Lo) e forçando a situação, queriam proclamá-Lo rei de Israel. Assim interpretavam as profecias, o que meteu muito medo em Herodes quando JESUS nasceu.
Aqueles de maior capacidade de liderança entre o povo achavam que JESUS andava meio devagar, que Ele era demais modesto e humilde. Era, sim, poderoso, sábio, inteligente e capaz de resolver tudo, mas não tomava a iniciativa necessária para a proclamação da independência de Israel. Devem ter pensado, vamos dar-lhe uma ajuda. Esse era o melhor momento, tendo Ele enchido as barrigas de milhares.
Imagine a situação. Milhares de pessoas reunidas em lugar distante de qualquer cidade. Era hora da alimentação. Onde comprar alimento? Estava ali um menino que certamente se valia da situação para faturar alguns trocados, tendo uma cesta com cinco pães e dois peixinhos. Isso parece que era para vender. Mas os discípulos disseram, o que é essa pequena quantidade para tantos?
JESUS multiplicou esse pouco, e sobrou muito mais do que havia inicialmente. Pois bem, o plano já estava pronto, e perceberam que essa era a ocasião. Teriam o apoio popular de milhares. Certamente marchariam sobre Jerusalém, e a revolução em poucos dias, com o poder de JESUS seria vitoriosa.
O que foi que JESUS fez? Despediu o povo, mandou os discípulos para o outro lado do lago e Ele subiu ao monte para orar e pedir que DEUS cuidasse da situação. Por pouco os seus discípulos estragam a Sua missão.
Uma coisa é buscar poder e prestígio terrestre. Outra é buscar servir as pessoas para salvá-las, é completamente diferente. As duas coisas são incompatíveis entre si, uma exclui a outra. Há igrejas criadas para gerar poder aos seus criadores, para enriquecê-los e para dar prestígio a seus líderes. Essas igrejas são falsas. E na igreja verdadeira, inclusive, há líderes buscando poder e prestígio. Estes são líderes falsos, inimigos na trincheira. Não são poucos. Mas nós devemos ser humildes e mansos, como foi JESUS. Nós devemos buscar servir, fugindo da corrida pelo prestígio. Essa é uma condição para a vida eterna.
- Segunda-feira: O modelo da cobiça
Continuamos o assunto de ontem. "Se quiser ficar rico, funde uma igreja." Igrejas não pagam impostos sobre o que vendem, angariam grandes somas em dinheiro por meio de ofertas, prometendo bênçãos. Ou seja, os homens aqui na Terra ganham o dinheiro e o DEUS do Céu recompensa os doadores. Nada mais falso.
Isso não é religião verdadeira, elas não ligam com O Criador. Ou seja, igrejas que agem assim, não seguem a CRISTO. São aquelas que JESUS advertiu, falsos profetas, e Ele os repreenderá no final dizendo que nunca os conheceu.
Essas são igrejas cujos líderes, disfarçadamente, pois não parece, seguem os motivos de Judas. Esse apóstolo reclamou em voz audível, para que todos ouvissem, do desperdício de Maria ao derramar um frasco de perfume de 300 denários nos pés de JESUS. Quanto foi que ela gastou, ou melhor, que ela investiu? Pelo salário mínimo no Brasil, de R$380,00, um denário valeria R$13,00, logo, se fosse no Brasil, ela teria gasto a soma de R$3.900,00. Não é pouco dinheiro, é bastante!
O que motivou Judas a essa observação? Cobiça! Esse apóstolo daria um bom empresário para comercializar a salvação. Ele enriqueceria vendendo ilusões com a Bíblia aberta na mão.
Mas qual foi o motivo de Maria ao derramar o ungüento nos pés de JESUS? Gratidão. Pense bem, dias atrás o seu irmão foi ressuscitado. Lembra que tempos antes JESUS se hospedou em sua casa, e ela O ouvia enquanto Marta servia? Dessa vez, Marta estava lá, servindo outra vez (não aprendeu a lição), Lázaro, que deveria estar no túmulo, estava vivo, também presente ali, e Maria, percebeu-se diante de um homem capaz de devolver a vida. Ela percebeu em JESUS O Salvador da humanidade. Ela entendeu o significado de ter JESUS em sua casa. Viu-se como uma pecadora diante do Salvador. Portanto, quem pôde devolver a vida a Lázaro, poderia devolver a vida a outros, todos que quisessem. Nada para ela era mais importante do que estar com JESUS. Ela gastou uma pequena fortuna para honrar a quem poderia dar-lhe nada menos que a vida eterna! E quanto vale a vida eterna? Um frasco de perfume? Não tem preço.
Enquanto isso, Judas era movido por outros motivos: o de querer tudo de bom daqui da Terra e também herdar a vida eterna. Essa é a fórmula das igrejas cujos "donos" as fundam para se enriquecer. Acha que eles não desejam a salvação? Desejam sim, e como Judas, querem também dinheiro, para si. Eles ouvirão a severa sentença: "apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniqüidade."
- Terça-feira: O modelo do trovão
Ora, imagine-se andando com JESUS, indo para Jerusalém. Então JESUS lhe pede para ir à frente e conseguir hospedagem entre os samaritanos. Mas eles são severos e hostis, e negam o pouso. Como reagiria?
Pois bem, Tiago e João ficaram indignados. Foram relatar o fato a JESUS, certamente o fizeram do modo que gerasse revolta em JESUS. Devem ter pensado, JESUS vai vingar-Se. Então, querendo agradar a JESUS, foram propondo, perguntando a Ele se queria que eles mandassem descer fogo do Céu para consumir os samaritanos.
Já imaginou se nós reagíssemos assim toda vez que a nossa pregação pela salvação das pessoas resultasse em negativas. Já teríamos eliminado a maioria dos seres humanos! Não é esse o caminho. Nós devemos alcançar o plano da salvação às pessoas, se elas não querem, a justiça final cuidará desse assunto, não nós.
Ou seja, compete-nos cuidar de nossa vida. Se outros não querem seguir, afaste-se deles, e deixe-os seguirem seus caminhos. Assim é até na igreja. Se há pessoas que não atendem às admoestações, e preferem continuar vivendo sua vida sem fazer as reformas necessárias, deixe-as viver dessa maneira. Mas continue dando o seu exemplo de verdadeiro cristão, pois fora da igreja é pior, bem pior. A igreja é como um hospital. Há doentes que colaboram, e seguem as recomendações do tratamento. Estes ficarão bons. Mas há outros que recusam o tratamento. Se não querem mesmo mudar de vida, deixe-os em paz, logo eles morrerão. A opção é deles mesmos.
Mas não deixe de orar por eles, e tendo oportunidade, de fazer algo pela salvação deles.
- Quarta-feira: O modelo de Pedro arrependido
Cada um dos doze apóstolos serve de modelo, mesmo que aproximado, a algum de nós. Inclusive Judas. Esse serve de modelo como não seguir a JESUS. Judas é modelo negativo daqueles que não se arrependem. Ele demonstra o final deles. Muitos tiram a sua vida, outros morrem para sempre.
Pedro é outro modelo. É aquele discípulo determinado, impetuoso e sempre decidido, pronto para dar respostas imediatas. Essas características são excelentes se submissas a DEUS, e, como em todos os outros casos, são um desastre se controladas pela própria pessoa.
Vamos estudar o caso de Pedro quando negou conhecer JESUS por três vezes. Ora, ele era tão determinado a apoiar JESUS que não se imaginava fracassando. A sua determinação se originava de seu íntimo, mas faltava uma humilde submissão a JESUS. A determinação era boa, porém, destituída de uma entrega do indivíduo a Quem dependia para viver. Logo, a força para cumprir a determinação se limitava àquela que Pedro possuía, que, como todo ser humano, era bastante limitada.
Pedro pensava que com sua determinação e força de vontade conseguiria seguir a JESUS pelos lugares e situações mais penosas. Grande engano! Ao esse discípulo encontrar-se sob as condições de julgamento de JESUS, ficou perplexo. Sentindo medo e vergonha ao mesmo tempo, negou saber quem era JESUS e que era seu seguidor. Pedro estava decepcionado com JESUS. Como é que aquele homem tão poderoso não fazia nada contra aquela gente maldosa que o prendeu? E Pedro também estava com medo, poderia também ser preso. Ele esqueceu que JESUS dissera várias vezes que Ele seria morto pela humanidade, isso incluía os seus discípulos. E Pedro, sempre tão corajoso, dessa vez perdeu toda a coragem. Não entendia o que se passava ali, pois sempre que JESUS falava ele ouvia e entendia suas palavras conforme o seu plano para JESUS. Aliás, assim agiram todos os discípulos, incluindo Judas, e até João.
Decepcionado e com medo, Pedro observava o que se passava. Enquanto isso, foi pego de surpresa. Na situação em que se encontrava, estava totalmente despreparado para uma reação ao uma criada lhe dizer que ele também era um dos que estavam com JESUS.
Atente só ao seguinte: antes as multidões apreciavam estar com JESUS, afinal, Ele era interessante para eles. Agora, que estava preso, nas mãos das autoridades, até uma criada ousava falar contra JESUS e seus seguidores. E Pedro disse que não entendia o que ela estava falando. Mas, por via das dúvidas, antes que a inoportuna criada continuasse falando, segundo Pedro, o que não devia, preventivamente retirou-se dali. No entanto, em outro lugar, outra criada o interpelou e disse a mesma coisa. Então Pedro foi mais duro e enfático, dizendo que nem conhecia o tal homem, cujo nome parecia nem saber qual era.
Logo a seguir, vieram a ele pessoas que ali estavam reafirmando o que as duas criadas já haviam dito, que ele era um deles. Aí Pedro perdeu a paciência e a compostura. Diz o relato que ele começou a praguejar e a jurar, querendo convencer a todos que não conhecia esse homem. Pedro nem ousava pronunciar o nome de JESUS. No entanto, todas essas pessoas haviam visto Pedro sempre junto a JESUS, e afinal, fora ele quem afirmara segui-Lo onde quer que fosse.
Vamos aprender aqui umas lições.
ð quando tudo vai bem, todos, aparentemente são amigos e aliados, mas, muitos são oportunistas e aproveitadores, como aqueles que só queriam as bênçãos de JESUS;
ð muitas vezes, como Pedro e como todos os seus discípulos, temos os nossos planos e metas, em lugar dos planos e metas de JESUS, por isso, quando a realidade se torna mais intensa, é bem fácil a decepção com o nosso Salvador;
ð o Reino de DEUS é radicalmente diferente dos reinos da Terra, por isso, precisamos aprender a diferenciar um do outro;
ð no Reino de DEUS vale a lógica do amor, que requer pessoas humildes como cidadãos, nos reinos desse mundo, vale a lógica do ódio, que produz cidadãos que buscam poder, prestígio e riquezas materiais;
ð todos nós, para sermos salvos, precisamos ser transformados, isto significa, ser modificados por aqu`Ele que nos projetou.
Como Pedro, afinal, começou a ser transformado? Após a ressurreição, JESUS encontra um Pedro arrependido, envergonhado de seu passado. Agora era um Pedro que ganhou nojo do que ele era. Sentia a necessidade de ser outro Pedro, de ser transformado. Queria entregar-se a JESUS. Agora ele sabia que a sua determinação de seguir JESUS, unicamente com suas forças, não resistia a primeiro teste. Assim, viriam novos fracassos.
Três vezes JESUS perguntou a Pedro: tu Me amas? Uma vez para cada negação. Pedro não foi repreendido por JESUS, ele foi perdoado. Foi para perdoar que JESUS morreu. Daquilo que Pedro sentia tanta vergonha, medo e repulsa, daquilo agora dependia o perdão de seu passado, para poder ter a vida eterna. Agora ele entendeu de vez! Pedro sentiu-se humilhado pelo que fez a Quem o amava tanto. Foi ali que Pedro tornou-se outro homem, outro discípulo, pois ali recebeu a incumbência de cuidar do rebanho.
- Quinta-feira: O modelo de fuga
Aqueles homens que estiveram com JESUS por 3,5 anos foram privilegiados. Quantas vezes me passou no pensamento o desejo de ter sido um deles. De qualquer maneira, nós, desses últimos dias, também somos privilegiados. Eles viram JESUS operando maravilhas que só o Criador é capaz, nós não O veremos fazendo sinais, mas veremos os sinais, como eles. Ou seja, não veremos JESUS, mas os sinais, estes veremos. Assim como por meio dos discípulos se fizeram maravilhas, assim, por nosso meio, também grandes maravilhas se farão.
E o que aconteceu a eles no momento da crise? Fugiram. Eis o alerta. Há uma forte crise a nossa frente, também fugiremos? Não sejamos como Pedro que garantiu permanecer ao lado de JESUS não importa o que acontecesse. Não só fugiu, além disso, negou conhecê-Lo.
Como foi que fugiram? Talvez fosse melhor dizer, eles O abandonaram. De três deles sabemos o que fizeram. Judas, que O traiu, ainda tentou dissuadir JESUS de ser sacrificado, não conseguindo, fugiu para se enforcar. Pedro, que O negou, fugiu, chorando, para o Getsêmani. João, o discípulo amado, ficou por ali, tanto que JESUS o encarregou de cuidar de Sua mãe Maria. Mas João não, permaneceu ao lado de JESUS, solidário com seu Mestre, dando o seu apoio e defendendo-O. Os demais discípulos se tornaram discretos ausentes.
Por quê os discípulos agiram assim? Vejamos as possibilidades:
ð não aprenderam os ensinamentos de JESUS sobre a necessidade da Sua morte, motivo pelo qual se tornou ser humano;
ð eles estavam interessados em outro objetivo, o deles, de JESUS Se tornar rei dos judeus;
ð inclusive queriam cargo com Ele;
ð tudo o que JESUS ensinava sobre a Sua missão, entendiam conforme suas idéias pré-concebidas (e erradas);
ð chegando o momento da verdade sobre JESUS, tiveram medo do que pudesse acontecer a eles;
ð o ambiente era estranho, não estavam ali em ação agentes humanos, mas todos os poderosos agentes espirituais do mal coligaram-se com os homens;
ð isso tornava o ambiente terrível e moralmente negro, algo parecido como será após o fechamento da porta da graça;
ð parecia que JESUS tinha perdido, de um momento para outro, todo aquele poder que todos os dias demonstrava ter, a agora, tornou-se estranhamente submisso aos piores inimigos;
ð a população, sempre muito beneficiada por JESUS, agora gritava palavrões apavorantes contra o grande Mestre (influência dos demônios em ação);
ð por não terem entendido os ensinamentos de JESUS sobre como seriam Seus últimos momentos como guerreiro contra satanás, sobre como seria essa última batalha d'Ele, sobre a necessidade d'Ele morrer, e como morreria, ficaram desconcertados com a sucessão dos acontecimentos, e perderam completamente a segurança em relação ao futuro;
ð então, todos eles O abandonaram, cada um do seu jeito.
Resumindo, responda: por quê eles fugiram? Estavam despreparados para a situação. A expectativa deles era outra. Quando a rápida sucessão de fatos, todos em direção contrária a expectativa deles se desencadeou, apavoraram-se e perderam a capacidade de sustentação de suas estruturas emocionais. Eles ficaram apavorados com algo que deveriam saber. Enquanto eles deveriam permanecer no mínimo solidários com aqu'Ele que veio para os salvar, e que para isso deveria morrer vitorioso, ao contrário, O abandonaram totalmente. Ele teve que enfrentar a batalha decisiva sem o amparo moral de ninguém. Isso aumenta a dimensão da vitória de JESUS, por outro lado, nos serve de alerta quanto ao nosso comportamento quando vier a perseguição final. Se hoje não desenvolvermos uma experiência com JESUS, é bem provável que nos ocorra o mesmo. Só que dessa vez, abandonar JESUS é o mesmo que optar pela morte eterna.
E o que é experiência com JESUS? É ter conhecimento posto em prática. Em resumo, vigiar (estudar para saber), orar e trabalhar.
- Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Para seguir o Mestre deve haver, naturalmente, harmonia de pensamento e de ação. Não se pode seguir o Mestre em desacordo com Ele. Aliás, nem mesmo se pode seguir mestres da Terra em desacordo com eles. Ou há harmonia entre os pensamentos do Mestre e os nossos pensamentos, entre as ações do Mestre e as nossas ações, ou não O estaremos seguindo.
O que isso quer dizer? Não significa que devemos a todo tempo cumprir ordens d'Ele. Nós somos seres livres, temos racionalidade para tomarmos nossas decisões por iniciativa própria. E é esse o ponto em que devemos nos habilitar a seguir o Mestre: termos os mesmos critérios de pensamento e de ações que Ele possui. Assim estaremos vivendo em harmonia como Ele vive e seremos felizes, saudáveis e bons cristãos. Viveremos em harmonia entre nós.
Ou seja, é tudo uma questão de adoção dos princípios de vida que são necessários para que sejamos bem sucedidos na vida social, econômica e principalmente espiritual, ou ainda, para que tenhamos a vida eterna.
Que princípios são esses que nos colocam em harmonia com nosso Criador e entre todos nós? Estamos acostumados de saber que são os Dez Mandamentos. A Lei é completa, é a Lei do Amor, que nos ensina os procedimentos essenciais para amarmos a DEUS e ao nosso próximo como a nós mesmos. Eis, então, o elemento fundamental para sermos discípulos de JESUS: amar a DEUS e amar o nosso próximo, como desejamos também ser amados por DEUS e pelos nossos semelhantes.
escrito entre: 28/01/2008 a 1º/02/2008 - corrigido em 06/02/2008
Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos.
Prof. Sikberto Renaldo Marks – marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (0xx55) 3332.4868 - Ijuí – RS, Brasil – Visite o site: http://www.cristovoltara.com.br/
A MENSAGEM DO PRIMEIRO ANJO
APOCALIPSE (14:6-7) - E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo, Dizendo com grande voz: Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é vinda a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.
Eu convido você a se tornar um mensageiro do SENHOR, ajudando a divulgar a Palavra de Deus. Leia mais a sua Bíblia. Procure colocar em prática os Seus mandamentos. Você será transformado pelo Espírito Santo. Preparar-se-á cada vez mais para a breve volta de Jesus. Certamente levará mais alguém aos pés do nosso Senhor e Salvador. Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém. Ora vem, Senhor Jesus. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós. Amém. (Apocalipse 22:20-21).
Pense nisto!