2 º Trimestre de 2008 - Maravilhoso Jesus
Comentário da Lição 04 - A sabedoria de Seus ensinos
Sábado, 19/4/2008 | |
"Maravilhavam-se da sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas". – Mc. 1:22
A graça de Deus revelada em favor do pecador por meio de Cristo é o inesgotável tema da Escritura Sagrada. É o tema de Jesus em todos os Seus ensinos. Precisa ser o centro de toda mensagem evangelística. "Seja a ciência da salvação o tema central de todo sermão, de todo hino. Seja ele manifestado em toda súplica. Não introduzais em vossas pregações coisa alguma que seja um suplemento a Cristo, a sabedoria e o poder de Deus... Revelai o caminho da paz à alma turbada e acabrunhada, e manifestai a graça e suficiência do Salvador". - OE. pág. 160.
O que o pecador necessita não é sabedoria e conhecimento humanistas. Sim, precisa deles sem dúvida, neste mundo em vivemos, mas não é o básico. Paulo, o grande mensageiro do plano da salvação do primeiro século, argumenta: "... e que tenham a preciosa experiência de conhecerem a Cristo com real convicção e clara compreensão. Porque o plano secreto de Deus, agora finalmente revelado, é o próprio Cristo. NEle estão escondidos todos os tesouros poderosos e inexplorados da sabedoria e do conhecimento." - Col. 2:2 e 3 - BV.
Este é o conhecimento do qual cada pecador precisa estar revestido: Jesus veio em Pessoa revelar os atributos do caráter de Deus: Seu amor, Sua graça, compaixão, misericórdia, santidade, pureza, justiça, Seu perdão e tudo mais que dEle possamos dizer.. Jesus veio ensinar e fazer compreender aos pecadores as verdades eternas do plano redentor como estabelecido por Deus na eternidade na eternidade e manifestado para solucionar o problema do pecado.
Pense: "Minha mensagem e minha pregação não consistiram de palavras persuasivas de sabedoria, mas consistiram de demonstração do poder do Espírito, para que a fé que vocês têm não se baseasse na sabedoria humana, mas no poder de Deus". – I Cor. 2:4 e 5 – NVI.
Desafio: "Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste". – João 17:3 - NVI.
Domingo, 20/4/2008 |
O tema é tão vasto e, portanto, difícil de analisar em espaço tão pequeno. Avaliaremos neste tópico o que Jesus ensina sobre a lei, um tema controverso.
Na boca do profeta Isaias o Senhor colocou estas palavras a respeito da Sua lei e elas aplicam-se à maneira de Jesus apresentá-la para os seus ouvintes: "O Senhor se comprouve, por causa da sua justiça, em tornar a Lei grande e magnífica". - Is. 42:21.
Como Jesus engrandeceu, magnificou e glorificou a lei moral? Apresentando o seu verdadeiro significado, não na letra, mas no espírito. Ele declara: "Pois eu vos digo: se a vossa justiça não ultrapassar a dos escribas e fariseus, de modo algum entrareis no Reino dos céus". – Mat. 5:20 – TEB.
Prosseguindo, Jesus estabelece a diferença entre a justiça dos fariseus e a justiça estabelecida por Deus para o pecador que aceita a graça: Faz declarações como estas: "Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás;... Não adulterarás. Eu, porém, vos digo: Qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração já adulterou com ela". - Mat. 5:21, 27 e 28 - ARA.
É preciso compreender que a religião do amor faz uma troca importante em sua maneira de expressão. Não mais se assenta sobre tábuas de pedra, mas interioriza-se para fundamentar-se sobre as tábuas do coração. "Porei nos seus corações as minhas leis, e sobre as suas mentes as inscreverei". - Heb. 10:16.
Não pode ser diferente, pois, quando o pecador aceita a graça em Jesus, aceita Jesus e tudo o que determina para a conduta no reino da graça. Ora, se aceitar a Jesus significa que a lei moral é escrita no coração, ou na mente, quando alimentada qualquer idéia pecaminosa, mentalmente ela já está sendo praticada. Isto significa que Jesus realçou um novo e verdadeiro sentido espiritual da observância da lei moral. Não só acusa como pecado a ação consumada, mas a idéia alimentada.
Pense: "Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem, para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus". – Mat. 5:44 e 45 – NVI.
Desafio: "Não pensem que vim abolir a Lei e os Profetas; não vim abolir, mas cumprir". – Mat. 5:17 – NVI.
Segunda-feira, 21/4/2008 |
Sobre os vários aspectos que Jesus falou sobre a pessoa de Deus, Ele ensinou que Deus é digno de nossa adoração. Somos Suas criaturas e Seus filhos e como tal é nosso dever prestar-Lhe culto e adoração.
Para adorar de maneira correta e com satisfação plena, é preciso compreender duas condições básicas: adorar em espírito e em verdade. Deus espera pelo culto inteligente e profundamente espiritual e expresso em sentimentos reais de amor.
Em espírito, significa que o trivial desta terra, o banal e transitório, cederá lugar para a compreensão e a vivência dos planos de Deus. Em verdade, é a adoração totalmente isenta de toda a especulação humana e aceitação submissa de toda a vontade e orientação divina. A adoração genuína será expressa em reverente e respeitoso amor à Quem adoramos. Nós conhecemos Aquele a Quem adoramos, declarou Jesus
Como é o ambiente da adoração genuína? Elias necessitava muito a revelação de Deus. Necessitava muito de uma experiência de adoração. Estava fugindo da ira de uma déspota.
Houve um vendaval em fúria violenta agitando os elementos da natureza. Mas Deus não estava no vendaval. Houve um terremoto sacudindo as rochas onde Elias estava abrigado. Mas o Senhor não estava no terremoto. Labaredas crepitantes de fogo espalharam-se pela montanha. Mas o Senhor não estava no fogo. "Depois do fogo o murmúrio de uma brisa suave," e"quando Elias ouviu a voz, cobriu o rosto com a capa." - I Reis 19:12 e 13 - BJ. e BLH. Estava na presença do Deus vivo em espírito de adoração.
Pense: "Quando todas as outras vozes silenciam e em sossego esperamos perante Ele, o silêncio da alma torna mais distinta a voz de Deus. Ele nos manda: aquietai-vos, e sabei que Eu sou Deus. Somente assim se pode encontrar o verdadeiro descanso. E é essa a preparação eficaz para todo trabalho que se faz para Deus." - DTN. pág. 363.
Desafio: "Se trabalharmos para criar excitação do sentimento, teremos tudo quanto queremos, e mais do que possivelmente podemos saber como manejar. Calma e claramente 'prega a palavra.' Importa não considerar nossa obra criar excitação.
"Unicamente o Espírito de Deus pode criar um entusiasmo sadio. Deixai que Deus opere, e ande o instrumento humano silenciosamente diante dÊle, vigiando, orando, olhando a Jesus a todo momento, conduzido e controlado pelo precioso Espírito que é luz e vida." - ME. vol. 2, págs. 16 e 17.
Terça-feira, 22/4/2008 |
Se escrava fora do pecado, escrava já não seria nunca mais. Nunca mais, aquela vida que já fora manchada pela podridão imoral, serviria aos propósitos indignos da imoralidade, porque maculada já não seria nunca mais. O toque do amor de Jesus reconstruiu sua vida e ali estava uma nova criatura, nascida espiritualmente.
Jesus devolveu a Maria o respeito próprio, a dignidade pessoal e o amor por si mesma. Nunca mais olhares famintos pelo pecado receberiam a resposta dos olhares de Maria. O amor incomensurável e o perdão ilimitado operaram o milagre. Maria passou a odiar e rejeitar o pecado, mas através dos olhos transmitia uma mensagem de enternecido amor e irrefutável certeza de perdão para o pecador. Milagre que só o amor e o perdão recebidos podiam operar.
Essa nova vida de Maria, com seu olhar de pureza imaculada, envolveu com poder irresistível o seu endurecido sedutor, Simão. No seu banquete oferecido a Jesus, procurando apaziguar a consciência transtornada e turbulenta, encontrou nos olhos e no semblante de Maria o poder do perdão transformador de Jesus. A manifestação do amor de Jesus, agora refletindo-se no olhar de compaixão e amor de Maria, atuaram como um raio fulminante sobre a soberba e a justiça própria de Simão. "Viu a magnitude do débito que tinha com seu Senhor. Seu orgulho humilhou-se, ele se arrependeu, e o altivo fariseu tornou-se um humilde e abnegado discípulo". – DTN. Pág. 568.
Sim, aos pés de Jesus encontravam-se o sedutor e a seduzida. Duas vidas que foram degradadas e atormentadas pelo arqui-inimigo de Deus e dos homens. No entanto, o acontecimento que se tornou uma dupla tragédia sob o poder do grande enganador, envolvendo estas vidas no pecado, foi transformado em dupla vitória pelo poder do Amor, da graça e do perdão derramados sem limites.
Pense: "Maria fora considerada grande pecadora, mas Cristo sabia as circunstâncias que lhe tinham moldado a vida. Poderia haver-lhe extinguido n'alma toda centelha de esperança, mas não o fez. Fora Ele que a erguera do desespero e da ruína. Sete vezes ouvira ela Sua repreensão aos demônios que lhe dominavam o coração e a mente. Ouvira-Lhe o forte clamor ao Pai em benefício dela. Sabia quão ofensivo é o pecado à Sua imaculada pureza, e em Sua força vencera". - DTN. págs. 568.
Desafio: "Sobretudo, amem-se sinceramente uns aos outros, porque o amor perdoa muitíssimos pecados". – I Ped. 4:8 – NVI.
Quarta-feira, 23/4/2008 |
Jesus assim definiu o relacionamento que deseja que desenvolvamos com Ele: "Pois quem faz a vontade de meu Pai que está nos céus, este é meu irmão, minha irmã e minha mãe". – Mat. 12:50 – NVI.
Somos irmãos do Rei do universo, e ser irmão significa desenvolver caráter semelhante ao Seu, porque o Seu reino é espiritual e é formado no caráter. Somos feitos semelhantes, transformados de glória em glória em nosso caráter, à Sua semelhança pela atuação do Espírito Santo.
Fazer a vontade de Deus é servir os outros, é compreender que todos somos irmãos, promovendo a fraternidade, o companheirismo da comunhão mútua. "Mas vocês não devem ser chamados 'rabis'; um só é o Mestre de vocês, e todos vocês são irmãos". – Mat. 23:8 – NVI.
Foi esta a grande lição da vida e ensinos de Cristo. Na véspera de Sua partida, na noite do lava-pés ensinou-a mais uma vez. Como sempre, primeiro por atos, depois por palavras.
Já estavam todos reunidos em torno da mesa, quando se deram conta da falta do servo para a cerimônia do lava-pés.
Entreolharam-se interrogativamente, aqueles doze homens que, no caminho da Galiléia, haviam gasto muito tempo contendendo sobre qual deles seria o mais importante no reino de Cristo. Se algum deles agora se humilhasse a ponto de lavar os pés aos outros, não estaria deste modo declarando publicamente negar seu direito à honra e preferência? Não se sujeitaria por este ato a ser o menor de todos?
"Eu não o faço", certamente cada um, disse de si para si. E lá ficaram eles como meninos amuados.
Mas não haviam eles ouvido o claro ensino de Cristo: "Não será assim entre vocês. Ao contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo; e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo de todos". – Marc. 10:43 e 44 – NVI.
Que oportunidade para obter a aprovação do Mestre! A sua atitude confirma a inquestionável verdade: uma coisa é ouvir, e outra é praticar. E não foram os discípulos os últimos cristãos a zombar desta lei.
Pense: "Pois todo aquele que a si mesmo se exaltar será humilhado, e todo aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado". – Mat. 23:12 – NVI.
Desafio: "Portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no reino dos céus". – Mat. 18:4 – NVI.
Quinta-feira, 24/4/2008 |
A tradução King James Version, usa a palavra righteousness para traduzir o grego dikaiosune em Mateus 5:20. O termo usado em inglês comunica uma idéia muito mais ampla do que o nosso vernáculo: justiça. Ter e praticar a justiça é aceito como observar com zelo leis estabelecidas para a conduta. O que na letra está certo, mas no espírito é limitado. Righteousness comunica uma idéia muito mais profunda, idéia que é comunicada pelo termo grego. O termo grego, dikaiosune, qualifica o caráter moral da pessoa. Quando o inglês declara que a righteousness de Deus é, está dizendo que o caráter moral de Deus é… Portanto, em harmonia com o termo grego, Jesus está declarando que se o caráter moral não atingir a semelhança do caráter de Deus, é impossível entrar no Seu reino.
Para obter o caráter moral semelhante ao caráter de Deus, é preciso entender outra idéia contida na palavra grega dikaiosune, e aceitar o ato que ela define no contexto de Romanos 1:17: De fato, é nele que a justiça – dikaiosune – de Deus se revela, pela fé e para a fé, segundo o que está escrito: Aquele que é justo pela fé viverá". – TEB.
O evangelho eterno que revela a dikaiosune de Deus é Jesus. Por meio de Jesus, Deus revelou a Sua graça justificadora e santificadora que é o poder de Deus para transformar pecadores em santos, habilitados para viver eternamente na presença de Deus. Portanto, a nossa justiça somente ultrapassará a justiça dos fariseus quando aceitarmos a dikaiosune de Deus: graça justificadora e santificadora que nos confere caráter moral semelhante ao de Deus. Isto é pela fé em Jesus. É dom de Deus.
Pense: "A vida cristã não é uma modificação ou melhoramento da antiga, mas uma transformação da natureza. Tem lugar a morte do eu e do pecado, e nasce uma vida toda nova. Essa mudança só se pode efetuar mediante a eficaz operação do Espírito Santo". - DTN. pág. 172.
Desafio: "Portanto, sejam perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês". – Mat. 5:48
Sexta-feira, 25/4/2008 |
É possível, para nós, entender a grandeza do amor de Jesus por Maria? Ele não podia abandoná-la. O profeta Oséias retrata este amor que luta com irresistível determinação para salvar, nestas angustiantes perguntas: "Como te deixaria?... Como te entregaria", (Os. 11:8) para o inimigo que quer destruir-te? Tirou-a do profundo do poço da imoralidade, da podridão do pecado, para torná-la participante da natureza divina. Do mesmo modo Ele não abandona a você e a mim. O mesmo amor tem poder para transformar todo pecador em um grande vencedor, quando contrito se entrega à Sua ação restauradora.
Sim, Maria, chamada Madalena, de quem Jesus expulsou sete demônios, pois o inimigo não queria perder esta batalha por esta vítima em suas garras, foi reconquistada pelo poder do amor conquistador e do perdão transformador.
Como, uma vida dominada pelo pecado, unida à depravação "como o imã ao ferro, como a lepra ao leproso, como o verme à podridão", (Judas Isgorogota), pôde ser liberta deste jugo cruel e opressor, tornando-se um vaso de bênçãos? Como, esta vida passou a espalhar o suave perfume do amor, da graça, do perdão e da alegria da salvação? Somente pelo poder da graça, do perdão e do Amor.
Pense: "Pois se perdoarem as ofensas uns dos outros, o Pai celestial também lhes perdoará. Mas se não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não lhes perdoará". – Mat. 6:14 e 15 – NVI.
Desafio: "Se tu, Soberano Senhor, registrasses os pecados, quem escaparia? Mas contigo está o perdão para que sejas temido". – Salmo 130:3 e 4 – NVI.
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