terça-feira, 29 de abril de 2008

A maravilha de Suas obras

Quarta

Ano Bíblico: 2Rs 24, 25

Sinal de um novo dia (Mt 11:2-6)

Quando João ouviu, no cárcere, falar das obras de Cristo, mandou por seus discípulos perguntar-lhe: És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro? E Jesus, respondendo, disse-lhes: Ide e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho. E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço. (Mat. 11:2-6)

De sua cela na prisão, João Batista enviou uma mensagem urgente a Jesus: "És Tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro?" (Mt 11:3).

És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro? (Mat. 11:3)

Para o leitor dos Evangelhos, essa é uma pergunta assombrosa e inesperada. Não era esse o mesmo João que, com tanta confiança, no Jordão, havia anunciado Jesus como o Messias (Jo 1:29-36)?

No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! É este a favor de quem eu disse: após mim vem um varão que tem a primazia, porque já existia antes de mim. Eu mesmo não o conhecia, mas, a fim de que ele fosse manifestado a Israel, vim, por isso, batizando com água. E João testemunhou, dizendo: Vi o Espírito descer do céu como pomba e pousar sobre ele. Eu não o conhecia; aquele, porém, que me enviou a batizar com água me disse: Aquele sobre quem vires descer e pousar o Espírito, esse é o que batiza com o Espírito Santo. Pois eu, de fato, vi e tenho testificado que ele é o Filho de Deus. No dia seguinte, estava João outra vez na companhia de dois dos seus discípulos e, vendo Jesus passar, disse: Eis o Cordeiro de Deus! (João 1:29-36)

E por que ele havia feito a pergunta justamente depois de ouvir, na prisão, o que Cristo estava fazendo (Mt 11:2)?

Quando João ouviu, no cárcere, falar das obras de Cristo, mandou por seus discípulos perguntar-lhe: (Mat. 11:2)

Porém, o mais importante para nosso estudo aqui é resposta de Jesus: "Ide e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho" (v. 4-5).

E Jesus, respondendo, disse-lhes: Ide e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho. (Mat. 11:4-5)

A mensagem cifrada de Jesus a João era que Seu ministério era o sinal de um novo dia que amanhecia. Realmente, o Messias havia chegado. Seguramente, por trás das palavras de Jesus estavam as gloriosas profecias messiânicas do livro de Isaías, entre outras.

5. Como o ministério de Jesus se relacionou com estas profecias messiânicas? Is 29:18-19; 35:5-6; 61:1-3

Naquele dia, os surdos ouvirão as palavras do livro, e os cegos, livres já da escuridão e das trevas, as verão. Os mansos terão regozijo sobre regozijo no SENHOR, e os pobres entre os homens se alegrarão no Santo de Israel. (Isa. 29:18-19)

Então, se abrirão os olhos dos cegos, e se desimpedirão os ouvidos dos surdos; os coxos saltarão como cervos, e a língua dos mudos cantará; pois águas arrebentarão no deserto, e ribeiros, no ermo. (Isa. 35:5-6)

O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados; a apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os que choram e a pôr sobre os que em Sião estão de luto uma coroa em vez de cinzas, óleo de alegria, em vez de pranto, veste de louvor, em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem carvalhos de justiça, plantados pelo SENHOR para a sua glória. (Isa. 61:1-3)

A idéia do ministério de Jesus como cumprimento da profecia e o amanhecer da era messiânica aparece claramente na interpretação de Mateus dos eventos, na maneira de ele ligar as atividades de Jesus com o contexto mais amplo, messiânico: "Para que se cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta Isaías: Ele mesmo tomou as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças" (Mt 8:17; citando Is 53:4).

para que se cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta Isaías: Ele mesmo tomou as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças. (Mat. 8:17)

Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. (Isa. 53:4)

Vemos esta mesma idéia se destacando na descrição resumida de Mateus sobre o ministério global de Jesus: "E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades. Vendo Ele as multidões, compadeceu-Se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor" (Mt 9:35-36; veja também Mt 4:23-25).

E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades. Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor. (Mat. 9:35-36)

Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo. E a sua fama correu por toda a Síria; trouxeram-lhe, então, todos os doentes, acometidos de várias enfermidades e tormentos: endemoninhados, lunáticos e paralíticos. E ele os curou. E da Galiléia, Decápolis, Jerusalém, Judéia e dalém do Jordão numerosas multidões o seguiam. (Mat. 4:23-25)

Considerando o passado, ficamos admirados pelo fato de João e os outros terem sido tão lentos em ver quem era Jesus. Naturalmente, o que compreendemos depois fica muito mais claro. E como acontece conosco hoje? Como podemos ser igualmente cegos para o que deveriam ser verdades óbvias? Mais importante, como podemos mudar?


FONTE: www.cpb.com.br/