
Ao receber seu divino chamado, Amós deixou Judá para ir a Israel, provavelmente sediando seu trabalho em Betel, onde estava localizado o principal templo de adoração do bezerro e palácio de verão do rei. Lá, ele denunciou a adoração do bezerro. Amazias, o sumo sacerdote idólatra, opôs-se a ele e o acusou perante o rei como sendo um perigoso conspirador. Essa é a vida de um profeta. Chamado pelo Senhor para dar uma mensagem, mas sofrendo oposição de quase todos os lados pelos que (supostamente) estavam trabalhando para o mesmo Senhor. Amós provavelmente teria achado mais fácil ser vendedor de seguros de vida do que ser um profeta (apesar de que alguns poderiam discordar, dizendo que, em alguns aspectos, os trabalhos não são tão diferentes assim). Sua tarefa não foi fácil, especialmente no ambiente em que foi chamado a cumpri-la. Só compreendendo o tempo de seu ministério é que podemos entender por que seu nome significa " portador de fardos", pois esse servo fiel do Senhor com certeza tinha fardos para carregar. Deus chamou Amós para testemunhar a um povo que sentia tranqüilidade e bem-estar. Ele não era " ninguém" aos olhos dos poderosos. Mas ainda assim, Deus lhe confiou a tarefa de levar uma mensagem de arrependimento para Seu povo. Como cristãos, Deus nos encarrega de testemunhar para as pessoas ao nosso redor. Devemos ajudar nossos amigos e vizinhos a reconhecer sua necessidade e procurar supri-la a fim de firmarem um relacionamento pessoal com Cristo. O Profeta não Profeta- (Amós 1:1; 7:14)- Foi um grande salto- ele colhia figos de sicômoro e tratava de animais, e passou a coloca-se á frente a elite política e religiosa da nação, denunciando seus pecados e advertindo sobre os juízos de Deus. O que piorou ainda mais a situação para Amós foi que aquela era uma época de riqueza e prosperidade nacional, quando ninguém queria ouvir as previsões de desastre de um alarmista. Leia o que estes versos revelam sobre a fonte de sua autoridade e poder (Amós 1:3,6 e 9). Deus o chamou- isso era tudo que importava. "Eu não sou nenhum profeta, nem filho de profeta". Os filhos dos profetas eram aqueles jovens formados nas escolas dos profetas, fundadas por Samuel. Em outras palavras, ele não era um "profissional", mas isso não o amedrontou. O profeta Amós não é o mais importante no livro de Amós. São mais importantes Deus e Sua mensagem. É a mensagem que faz o mensageiro, e não o inverso. Os que foram chamados para o privilégio de levar essa mensagem devem lembrar-se de que nada são sem a mensagem. A autenticidade da proclamação não surge da qualificação do profeta, mas da percepção de que '"o Senhor, o Soberano, falou". A mensagem de Amós é a mesma que ecoou por todas as épocas: Deus existe! Como eram os tempos nos dias de Amós? Tanto Judá como Israel estavam passando por prosperidade sem paralelo, tendo sido derrotados os seus inimigos, poderia esperar-se que o povo do concerto vivesse em harmonia com o Senhor, que sempre os lembrou: "Eu mesmo tirei vocês do Egito, e os conduzi por quarenta anos no deserto" (Amós 2:10). Porém, prosperidade econômica não garante maturidade espiritual, responsabilidade moral nem social. Os ricos ficavam mais ricos, e os pobres ficavam mais pobres, de tal forma que a nação se tornou espiritualmente fraca e moralmente corrompida (Amós 2:6 e 7). E, o que é pior, eles nem mesmo percebiam suas deficiências. Amós 2:7 Tempos como Estes- Amós viveu em uma época de relativa paz, prosperidade e busca de prazeres. Sob o governo de Jeroboão II, Israel estava no auge do poder. Havia um aumento sem precedentes de pessoas ricas que viviam no luxo e despreocupadas com o futuro. Sua tranqüilidade e extravagância contrastavam com o sofrimento e a miséria dos pobres. As cidades estavam rapidamente crescendo em tamanho, às custas do desenvolvimento do campo. Os juízes eram desonestos e o governo corrupto. Extorsão, crime e ódio de classes eram vistas em toda parte. As mulheres vestiam roupas caras. O abuso do álcool contribuía para o crime e a degradação. A imoralidade era excessiva, e era comum o incesto. As pessoas, em sua maioria, afirmavam serem religiosas, mas viviam de uma maneira que negava uma verdadeira experiência com Deus. Embora variedades de formas religiosas atraíssem as pessoas, a religião principal era a adoração própria. De muitas formas, os tempos de Amós se parecem com os nossos. A História Sagrada mostra que em tempos de provação e desordem, tanto em nível nacional como pessoal, as pessoas estão mais abertas ao evangelho. Mas, quando a vida vai bem, fica mais difícil alcançar as pessoas. Amós trabalhou quando o ímpio Jeroboão II governava Israel, mais ou menos em 760 a.C. Ele começou seu trabalho apenas dois anos antes de um importante terremoto que deve ter deixado uma impressão forte, porque o povo começou a datar os eventos a partir desse desastre. Amós não foi o único profeta a atuar em ambiente político e religioso corrompido. Leia sobre alguns profetas que denunciaram pecados (Isa.1:3 e 4; Osé.2:12 e 13; Miq.1:3-5). Amós era um pastor em um tempo em que os pastores eram considerados inferiores; ele era um "colhedor de sicômoros" (Amós 7:14). Ele vivia na extremidade do deserto, onde os habitantes não tinham acesso ao leite e mel da terra mais ao norte. Os chamados "figos" da árvore de sicômoro eram usados pelos mais pobres para sustentar a vida. Esse homem rude do deserto não tinha problemas para descrever as faltas do povo em linguagem clara, mas direta, extraída do ambiente de sua origem. Leia sobre as figuras de linguagem que Amós usou (Amos 3:12; 4:9 e 5:19). As palavras são ferramentas poderosas. Amós, sem dúvida, conhecia a importância das palavras que falava. Se não escolhesse corretamente suas palavras, muitos poderiam se perder. Amós 3:7 - O cristianismo é uma religião revelada. Em outras palavras, as coisas que realmente precisamos conhecer, Deus as revela. No contexto específico da mensagem de Amós, o Senhor não iria trazer esses terríveis juízos sobre o povo sem avisá-los antes, assim, dando-lhe uma oportunidade, se não de evitar o juízo, pelo menos de preparar-se para ele. A iniqüidade em Israel durante o último meio século antes do cativeiro assírio era comparável à dos dias de Noé, e de qualquer outro século em que os homens tenham rejeitado a Deus e se entregado inteiramente á prática do mal. Amós, o portador de fardos, tinha uma mensagem para transmitir que muitas pessoas não queriam ouvir. Sem credenciais terrestres, sem apoio terrestre, Amós disse o que precisava ser dito, não importava quanto seu trabalho fosse doloroso e ingrato. |
FONTE http://www.bibliaonline.net/estudos/?lang=BR
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