O aumento da população idosa em todo o mundo é uma realidade, e no Brasil não é diferente. A gerontologia e a geriatria têm crescido no Brasil, mas novos passos devem ser dados para assegurar a população idosa uma boa qualidade de vida e o bem estar que eles necessitam.
Em se tratando de qualidade de vida, podemos citar o desconforto que a constipação intestinal provoca. Constipação intestinal ou prisão de ventre (com é conhecida em geral) é uma queixa constante na população idosa, seja na situação ambulatorial, seja em pacientes acamados por longos períodos, em seu domicílio ou em instituições.
Embora a constipação intestinal seja uma condição prevalente e de morbidade importante na população geriátrica, e que pode acarretar várias complicações como impactação fecal (fecaloma), incontinência, dilatação, complicações hemorroidárias, risco de fístula anal, câncer de cólon, obstrução intestinal e até perfuração do cólon, é freqüentemente abordado de forma simplista tanto pelos profissionais da área de saúde quanto por alguns pacientes. A associação freqüente de atonia muscular geral com o envelhecimento tem levado à suposição de que a constipação intestinal funcional no idoso seja devida à diminuição da motilidade colônica e portanto uma condição normal com a idade. Mas na verdade esta é uma condição de perda importante na qualidade de vida, de origem multifatorial.
As causas da constipação intestinal são numerosas e variadas, a tensão e a correria do mundo moderno são fatores que contribuem. As repetidas negligências ao estímulo da evacuação, algumas patologias, a falta de exercício, o uso prolongado de laxativos irritantes, dietas inadequadas, ingestão insuficiente de água e certos medicamentos são as causas mais comuns. Entretanto a fibra pode se constituir como um componente primordial na terapêutica e principalmente na prevenção da constipação intestinal.
O hábito alimentar de um indivíduo, principalmente de um idoso, se faz através dos anos de sua vida e depende de alguns fatores como país em que vive, costumes regionais, hábitos familiares, situação sócio-econômica, o marketing cada vez mais forte sobre determinados produtos, a falta de informação sobre a importância da alimentação correta, e muitas outras variáveis que podem influenciar os costumes de cada pessoa.
Uma dieta rica em fibras aumenta o volume fecal, torna o bolo fecal mais macio e reduz a pressão sobre as paredes do cólon. Portanto é muito importante uma dieta rica em fibras na doença diverticular e na constipação intestinal.
Uma alimentação rica em fibras consiste em uso diário de verduras, legumes, cereais integrais, pães integrais, aveia, frutas (especialmente quando consumidas com bagaço e casca), leguminosas, como os feijões, soja, lentilha, ervilha e grão de bico. É recomendo também o farelo de trigo na dose de 2 colheres de sopa diariamente misturado aos alimentos ou a sucos. Pode ser usado ainda granola e semente de linhaça.
Não se deve esquecer, o que é de suma importância, a ingestão de 1,5 a 2 litros de líquidos por dia, que podem ser fornecidos através de água, água de coco, sucos e chás. Em especial nas pessoas idosas têm sido mostrado uma diminuição dos mecanismos da sede, o que pode levar a constipação intestinal. Nestes casos deve ser oferecido líquidos com freqüência em pequenas quantidades. Outra medida que poderá ser benéfica é o treinamento intestinal, ou seja, o idoso deve ter acesso ao banheiro nos momentos de maior motilidade intestinal, ou seja, pela manhã ao se levantar e 30 minutos após as refeições, o que favorecer o desejo de evacuar.
Não se esqueça que estes hábitos proporcionará a você uma vida mais saudável. |