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Gostaria antes de qualquer coisa sugerir que o leitor desse uma olhada no item TIPOS-ANTÍTIPOS no link da página principal deste site, para que possamos ter uma boa base para o que irá ser dito aqui. Já dizia Frank B. Holbrook em seu livro Sacerdócio Expiatório de Jesus Cristo: 'Visto que o santuário terrestre era cópia e sombra do celestial, onde Jesus oficia atualmente, um estudo de seus serviços pode nos ajudar a conhecer de forma mais exata a natureza de seu ministério sacerdotal. Essa instituição típica tem muito a nos ensinar'.
O santuário celestial foi estabelecido para fazer frente ao problema do pecado. Cristo começou sua obra mediadora logo depois de sua ressurreição. Estava preparado para assumir seu ministério sacerdotal por ter obtido a redenção por nós mediante seu sangue. O santuário terrestre aponta para o celestial. Será que existe um Santuário hoje em plena atividade? Estudemos algo que está além do humano, que está no centro do universo. Vamos estudar o céu e o que ocorre lá. Um santuário celestial não é meramente fruto da imaginação, mas real. C. S. Lewis, teólogo britânico afirma que o céu é mais real do que aqui.
Os serviços do santuário terrestre eram uma parábola para a época presente até o tempo da primeira vinda de Cristo.
Quando falamos sobre esse assunto, sobre um santuário no céu, devemos lembrar que estamos tratando de coisas celestiais, portanto, além da compreensão do homem. Lembremo-nos que Deus em sua infinita sabedoria sempre tem criado meios pelos quais possa comunicar-se com o homem, assim, Ele precisou mostrar coisas celestiais de forma que o humano pudesse entender, em sua própria linguagem. O que Moisés viu foi algo compreensível e perfeitamente adequado para se compreender o fato de como Deus trata com o pecado. O santuário dado a Moisés foi no entanto a forma que Deus utilizou para mostrar como as coisas aconteceriam no santuário celestial, antitípicamente falando.
Não é de admirar, pois o próprio plano da redenção parece ser coisa absurda aos olhos humanos, pois como um Deus é capaz de morrer por suas criaturas?
O Santuário no céu é bem real, já existia antes do Éden, algumas evidências como Ez 28:12 quando fala que Lúcifer era o querubim cobridor, porque logo querubim? E porque justamente o termo cobridor?. Em Jr 17:12 fala de um trono glorioso de um Santuário e Is 14:12 e 13 fala de um lugar onde todos vinham adorá-lo.
Temos que entender que Deus em sua onipresença está em todo lugar, contudo, para os seres humanos finitos, faz-se necessário um lugar de habitação (santuário celestial) onde possam os adoradores buscá-lo e adorá-lo em espírito e em verdade. Foi Deus quem escolheu estar em um lugar para encontrar seus filhos. Pois todos sabemos que o Senhor não limita-se a espaço e tempo. Com a entrada do pecado Deus tem se manifestado, de acordo com sua palavra, através do santuário. Entendemos que o santuário é de fato o local de onde governa e administra o vasto universo. No êxodo Moisés vê uma cópia do santuário celestial, Daniel fala sobre o santuário no céu, em Hebreus vemos uma continuidade de Levítico mostrando a superioridade de Cristo e uma realidade celestial, João, o autor de apocalipse, escreve o livro relatando expressões e descrevendo todo o ambiente que é bem próprio.
Quando chegarmos no céu e estivermos constantemente diante da presença de Jeová, entenderemos melhor o porquê da existência de um santuário lá, sem dúvida. A íntima comunhão com Deus será direta e constante, por isso a referência a Deus como sendo o Santuário da cidade. O que caracteriza o Santuário (seja ele qual for) é a presença de Deus. Isso quer nos dizer que não existirá um templo noutro lugar para se ir à parte, ou fora da cidade, pois a cidade é o lugar onde Deus está. Toda ela é o santuário. Portanto, a cidade é o tabernáculo (no gr.=lugar de habitação) de Deus com os homens (Ap 21:3) ou, em outras palavras não há nela Templo, Deus e o Cordeiro, que nela estão em pessoa e plenitude são o Templo da cidade (Ap 21:23). Que o Templo é tratado como lugar real e não como um símbolo espiritualizado de Deus veja Ap 7:15; ; 11:19; ; 14:15, 17; 15:5-8; ; 16:1, 17, entre outros textos e em várias outras partes da Bíblia.
Em Ap 4:4-5 nos mostra o Santuário celestial em plena atividade. Neste texto vemos os 24 anciãos e o castiçal.
Em Ap 8:3 vemos o altar do incenso e Ap 11:19 o Santuário e a arca da Aliança comprovando a relação com Ex 20:18 e 19 onde vemos terremotos, vozes e trovões. O convite do Senhor ao povo de Israel em habitar no seu meio, era a sombra da existência do Santuário no céu.
Vejamos algumas passagens bíblicas que mostram a existência de um santuário no céu:
Ex 25:8-9 - E me farão um santuário, e habitarei no meio deles. Conforme tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo o fareis.
Comentário: Deus deu a Moisés um modelo, esse era o santuário celestial, ou seja, Moisés viu em linguagem humana uma reprodução do santuário celestial.
Hb 8:1-2,5 - Ora, a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da Majestade, ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem. Os quais servem de exemplar e sombra das coisas celestiais, como Moisés divinamente foi avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que, no monte, se te mostrou.
Comentário: O sumo-sacerdote do santuário celestial é Cristo, no qual Ele mesmo fundou. Este, a bíblia diz serve de exemplo, quando foi que o santuário serviu de exemplo? Justamente como o verso diz: 'como Moisés divinamente foi avisado...'. Quando no monte ele recebia as instruções para fazer o santuário terrestre. É muito claro.
Hb 9:24 - Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer, por nós, perante a face de Deus.
Comentário: Perceba que o verso fala da existência de um verdadeiro santuário, '...figura do verdadeiro...' que foi tirado como modelo, este, segundo o próprio verso está '...no mesmo céu...'.
2Co 5:1 - Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus.
Comentário: Este verso está afirmando que existe um santuário no céu e ele tem origens e uma localização, '...eterna, nos céus...' e não foi feito por homem algum.
Hb 9:11 - Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação.
Comentário: Cristo é sumo-sacerdote de um tabernáculo perfeito, maior e não desta criação, ou deste mundo porque ele está exatamente no céu.
Nota: Você já percebeu que em Hb 9:12 o autor fala que Jesus 'entrou no santo dos santos' mas o grego contém aqui 'santo' bem como em outras passagens. A despeito disso, porém, é preciso lembrar que não devemos 'isolar' Jesus do Pai por cerca de 1800 anos (desde sua ascensão) até 1844 para poder chegar à Sua presença. Aliás, a expressão 'lugar santo' traduzida conforme o contexto pode estar referindo-se não apenas a uma parte mas também a todo o santuário. Portanto, Jesus subiu para o santuário independente do lugar santo ou santíssimo mas desenvolveu, até onde a Revelação nos informa, o ministério relativo ao lugar santo até 1844 a.D, e isso sem criar isolamento entre Deus e o Filho e sem confinar Jesus a um lugar específico por quase dois milênios. Dessa forma Ele pode estar, como Estevão o viu, 'à direita de Deus' pois Ele declarou 'Eu e o Pai somos um' e 'tudo o que o Pai tem é meu', e, ao mesmo tempo estar cumprindo o ministério relativo ao lugar santo. Esse tipo de duplo significado e ação é muito comum quando se trata da natureza e ação da divindade (Trindade, natureza de Cristo, morte de Jesus, sua tentação etc). Assim, Jesus cumpre duas etapas em (para compreensão do universo) lugares diferentes, épocas diferentes, com significados diferentes, conforme simbolizado pelo Santuário terrestre, mas sem literalizar todos os detalhes e sem desprezá-los, afinal, o problema não está na revelação mas na imperfeição da compreensão humana. As duas etapas: intercessão, purificação do santuário são reais; as duas ocasiões: após a ressurreição e após 1844 são reais; os dois lugares: santo e santíssimo, são reais. O santuário é onde Deus está, onde realmente tudo acontece, de onde todas as ações divinas procedem, centro de nossa esperança, de onde Jesus virá.
Ap 15:5 - E depois disto olhei, e eis que o templo do tabernáculo do testemunho se abriu no céu.
Comentário: O apóstolo João olha e vê o templo do tabernáculo celestial abrindo-se, imagine que visão!
Ap 11:19 - E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca do seu concerto foi vista no seu templo; e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos, e grande saraiva.
Comentário: O profeta João vê no céu algo que só encontramos no santuário, a arca do concerto, que ficava exatamente no local onde apenas o sumo-sacerdote (Cristo) é quem tem acesso, no santíssimo.
Hb 1:3 - Essa é a passagem usada por muitos para dizer que Jesus está sentado a direita de Deus e por esse motivo não pode haver santuário no céu, pois o sumo-sacerdote não senta enquanto oficia. Embora pareça ridículo dizer algo assim, vamos entender esse verso. Essa é uma expressão figurada que indica a nova e exaltada posição do salvador, sugere uma posição de honra, ao lado de Deus, e não uma localização geográfica da presença de Cristo. Se formos pegar esse verso de forma literal, então devemos encontrar outro verso que diga que ele levantou dali, pois assim, estaria sempre sentado no céu, entende? O próprio Cristo refere-se aos redimidos glorificados de maneira similar quando promete que eles também irão sentar-se com Ele no trono do seu Pai, não o ato de sentar-se fisicamente, o que seria impraticável para milhões de salvos terem que sentar.
Conclusão: A maioria das igrejas não admitem a existência de um santuário no céu não porque não existe base teológica para isso, mas porque não podem admitir João vendo a arca do concerto no céu, onde dentro encontra-se a santa lei de Deus, que mostra como 4º mandamento o sábado de descanso, este sim é um grande motivo, pois admitir que existe um santuário é admitir que existe um lugar santíssimo, onde está a lei eterna, que tem como 7º dia o sábado de descanso, a lei não passou, mas está no céu (símbolo de eternidade).
- É impossível ler o capítulo 9 de Hebreus e não perceber a existência de um santuário celestial.
Is 6:1 – Alto e sublime trono. Enquanto adorava no templo terrestre, contempla Deus em seu Santuário Celestial. Suas vestes enchiam todo o santuário. Acima do trono estavam os serafins. Que visão maravilhosa.
Sabe... Aguardo o grande dia em que o santuário não será mais para resolver o problema do pecado, mas sim servir apenas para adoração ao nosso Deus.
Alguns podem perguntar se o Santuário Celestial continuará para sempre após o pecado. Veja como João diz que viu o santuário...
Ap 21:22 – Leia com muita atenção. Será que o verso está dizendo que não haverá mais santuário? A única coisa que encontramos neste texto é que João não viu um Santuário Celestial. Não diz que não haverá mais. Ele diz que não viu nem sol e nem lua. Será que eles não mais haverão? A questão é que a glória de Deus era tão grande que ofuscará o sol. Em Isaias 66:22-23 diz que '...de uma lua nova a outra virá toda a carne a adorar perante mim'. A resposta para a existência do Santuário Celestial está em Ap 21.
Ap 21:2 - João vê a Cidade Santa. Geralmente em Apocalipse, João vê alguma coisa e depois vem a voz explicando para ele.
V. 3 – A grande voz explica para ele. O que estava ali com os homens? O tabernáculo de Deus. João vê a cidade de Deus, mas a voz mostra o Tabernáculo. O que João vira era não a cidade, mas sim o Santuário Celestial.
V. 16 – Encontramos a medida da cidade. É um cubo. Em qual outro lugar encontramos a forma de um cubo? No lugar santíssimo. Talvez o que João esteja dizendo é que o santíssimo é a cidade santa, onde o trono está no centro, de onde flui o rio. De fato, o nosso lar será no Santuário Celestial.
FAZENDO UMA COMPARAÇÃO ENTRE OS DOIS SANTUÁRIOS
A natureza e função do santuário terrestre nos ajuda a compreender o santuário celestial
SANTUÁRIO TERRESTRE | SANTUÁRIO CELESTIAL |
Lugar de habitação | Lugar de habitação de Deus |
Um local de encontro | Local de encontro |
Um lugar de Adoração | Um lugar de Adoração |
Lugar do qual Deus governa | Lugar do qual Deus governa |
Lugar onde se concede perdão | Local onde se concede perdão |
Purificado com sangue de animais | Purificado com o sangue de Jesus |
O que mais precisamos ler para nos convencer da existência de um santuário no céu?
O santuário terrestre simboliza a obra para salvar a mim e a você, esta obra continua até hoje, Cristo permanece no papel de Sumo Sacerdote, como mediador diante de Deus no lugar santíssimo, no santuário celestial, intercedendo por cada um de nós. Sua pureza diante de Deus tem os méritos que nossa natureza pecaminosa não é capaz de oferecer, sendo assim confie em Jesus, entregue a ele seus trapos de imundícia, seja honesto com Ele, converse com seu advogado que esta diante do pai para te defender, e com certeza receberás o perdão.
Se você ainda não leu o tópico TIPOS e ANTÍTIPOS, sugiro que veja para complementar.
FONTE: http://www.osantuario.com.br/santceu.php
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