quarta-feira, 9 de julho de 2008

MEDITAÇÕES MATINAIS - Casa Publicadora Brasileira

Tudo Permanece Igual

Jesus prometeu voltar, não foi? Então, onde está Ele? Ele não virá nunca! Ora, até onde qualquer um pode lembrar-se, tudo tem permanecido exatamente como era desde o primeiro dia da criação. 2 Pedro 3:4, BV

"Servos de Deus, a trombeta tocai: Breve Jesus voltará!" Assim começa o tão cantado e tradicional hino, marca registrada do programa radiofônico A Voz da Profecia, desde os tempos do saudoso Pastor Roberto Rabelo até os nossos dias. E isso já faz sessenta e seis anos e Jesus ainda não veio. Ele virá?

A mensagem deste hino é uma realidade que, mesmo sendo aceita quase que universalmente por todos os cristãos e particularmente pelos adventistas do sétimo dia, para a maioria não é uma verdade muito real. Cremos porque a Bíblia afirma inequivocamente. Porém, é algo vago sua aplicação à nossa própria vida e às prioridades que regem nosso comportamento em nosso dia-a-dia. Quantos dos nossos amigos, colegas de estudos nas universidades e companheiros de trabalho sabem que estamos nos preparando para a volta de Jesus? Será que eles percebem, pelo nosso exemplo, que nossa vida é compatível com essa realidade?

A segunda vinda de Cristo é algo mais do que necessário para a própria sobrevivência da humanidade. É incontestável a necessidade de uma reforma da Terra, pois o ser humano está pondo tudo a perder! Quando observamos o desastre ecológico, a que a natureza de Deus está sendo submetida, para mim pelo menos, a segunda vinda de Cristo tem um novo significado.

Quanto mais contemplamos a ruína e o aviltamento de nosso planeta, a contaminação de suas águas e a destruição do nosso verde, coisas imprescindíveis para a vida, tanto mais grata e desejada é a perspectiva da breve volta de Jesus.

No Novo Testamento, não há outra doutrina da qual se fale com maior insistência. "Mas se é assim, por que Jesus está demorando tanto?" alguns questionam. Acredito que, com essa aparente tardança, Deus está brindando os habitantes da Terra concedendo a todos uma oportunidade extra de chegar a Ele e alcançar misericórdia. Quem sabe você e eu ainda estejamos precisando desse tempinho. Pense nisso!

Breve Jesus voltará! Essa é uma esperança segura e bendita!

REFLEXÃO: "Não retarda o Senhor a Sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, Ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento" (2Pe 3:9).


A Oração da Fé

Está alguém entre vós aflito? Ore. Tiago 5:13, ARC

Hoje vou narrar mais uma experiência vivida pela irmã Ernestina Pereira Leite e pelas crianças do seu orfanato, lá de Araguacema, estado do Tocantins, como resposta à sua oração da fé. Ernestina já descansa no Senhor e o seu orfanato não mais existe.

Logo que a irmã Ernestina tomou posse do orfanato, após a morte do marido, sofreu toda sorte de privações, por ela ser adventista. Todos os auxílios e verbas foram cortados, bem como os créditos nas casas comerciais da cidade.

Então, chegou o dia crítico. Toda a comida havia acabado e dezenas de crianças não tinham o que comer. Nesse dia, almoçaram muito mal. Para o jantar não tinham mais nada e, conseqüentemente, não jantaram. No dia seguinte, não tomaram a refeição matinal. As horas foram passando e chegou a hora do almoço. Mas, comer o quê?

A irmã Ernestina não desanimou. A mesa foi arrumada como de costume. Tudo estava em ordem. Cada criança tomou seu lugar, só que faltava o principal: o alimento... onde estaria? Então, todos se ajoelharam e a irmã Ernestina, com toda a fé e confiança em Deus, orou fervorosamente. Na oração, ela pediu que Deus tivesse compaixão daquelas crianças, pois elas estavam famintas. Não haviam jantado no dia anterior e de manhã não tiveram nada para comer. Que Deus não Se esquecesse delas. Que Ele lhes desse o pão de cada dia, pois, somente Ele poderia valer-lhes naquela hora de angústia. Estavam sem dinheiro, sem crédito, sem nenhum recurso e não tinham mais a quem recorrer em busca de socorro. E que aquelas crianças pudessem crer que há no Céu um Pai amoroso e bondoso que atende às orações de Seus filhos.

Terminada a oração, todos se levantaram e a irmã Ernestina pediu que todos permanecessem em seus lugares aguardando a resposta de Deus, porque ela estava certa de que algo iria acontecer e Ele iria mandar o alimento tão esperado.

Como agiria você numa hora assim? Teria fé suficiente para esperar pela providência divina? Por um pouco ainda, Deus provou a fé daquela nossa querida irmã, mas não por muito tempo mais. Amanhã, você saberá o que aconteceu e como Deus é maravilhoso.

REFLEXÃO: "Amo o Senhor, porque Ele ouve a minha voz e as minhas súplicas" (Sl 116:1).


Resposta à Oração da Fé

Não me desampares, Senhor, Deus meu, não Te ausentes de mim. Apressa-Te em socorrer-me, Senhor, salvação minha. Salmo 38:21, 22

Ontem, eu disse que Deus ainda provou a fé da irmã Ernestina, mas não por muito tempo. Todos estavam ali ao redor da mesa, aguardando uma resposta à oração da fé, quando, em menos de uma hora, alguém bateu à porta. Era um sobrinho de Ernestina que acabava de chegar com um barco carregado de alimentos para o orfanato.

Contou que estava navegando rio acima, em direção a Araguacema, com o barco vazio quando, naquela manhã, ao passar próximo de uma charqueada sentiu dentro de si um impulso inexplicável de contar ao seu dono, que era seu amigo, sobre as necessidades de sua tia em manter aquelas crianças e que, às vezes, nem comida suficiente havia para alimentá-los. Sem pensar muito, desviou o barco, ancorando-o na frente daquele estabelecimento comercial.

Ao ouvir a história, aquele senhor sentiu que devia ajudar as crianças e mandou carregar o barco com alimentos. E, justamente no momento da oração da irmã Ernestina, menos de uma hora antes de sua chegada, o sobrinho dessa bondosa senhora já estava navegando em direção ao orfanato com a carga preciosa. Ainda estavam ao redor da mesa aguardando a resposta da oração, quando ele chegou e pediu que as crianças e outras pessoas o ajudassem a descarregar o barco.

Que alegria para as crianças e para a irmã Ernestina! Depois de uma oração de gratidão a Deus, começaram a descarregar a embarcação: sacos de farinha de mandioca, sacos de arroz, polvilho, carne seca, açúcar, latas de bolachas, feijão, sabão e uma peça de roupa para cada criança. E o dono da charqueada ainda mandou dizer à irmã Ernestina que, quando estivesse em dificuldades, mandasse avisá-lo, pois ele estava pronto a ajudá-la em outras ocasiões.

Aquela carga de mantimentos, que veio como resposta à oração da fé, foi suficiente para alimentar aquelas quarenta crianças por mais de um mês.

Um dos fatores mais importantes quanto à oração autêntica é a paciência, isto é, a capacidade de esperar. Quem espera a resposta a suas orações e está aberto às orientações de Deus, verá a maneira maravilhosa como Ele prepara a sua ajuda. E quase sempre muito melhor do que esperamos.

REFLEXÃO: "Não vos inquieteis com nada; mas apresentai a Deus todas as vossas necessidades, pela oração e pela súplica, em ação de graças" (Fp 4:6, Edição Paulina).


Verdadeiramente Instruído

Filipe correu, ouviu o que ele estava lendo e perguntou: "O senhor entende isso?" "Claro que não [...] como posso entender, se não há ninguém para ensinar? [...]" Então Filipe começou com esta mesma Escritura a falar a respeito de Jesus [...] "Veja água! Por que não posso ser batizado?" Atos 8:30, 31, 35, 36, BV

Aquele etíope foi verdadeiramente instruído antes de ser batizado. O Espírito Santo não enviou Filipe para apenas batizar aquele homem e em seguida acrescentar seu nome no rol de membros da igreja. Ele precisava ser instruído para depois ser batizado.

Não sei quanto tempo Filipe viajou com o etíope, se foram horas ou se foram dias, mas quando eles chegaram onde havia água e ele falou da possibilidade de ser batizado, veja a resposta de Filipe: "É lícito, se crês de todo o coração." Então, ele fez ali a sua profissão de fé de maneira consciente, quando confessou: "Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus." Ele ficou convicto porque alguém o instruiu de maneira responsável, e não às pressas. Aquele etíope foi, verdadeiramente, instruído. E não podia ser diferente, pois Filipe foi enviado pelo Espírito Santo.

Essa história pode servir de modelo para as congregações modernas que introduzem em seu rol de membros pessoas não devidamente instruídas nas doutrinas bíblicas. Tal descuido pode gerar igrejas fracas e grande número de apostasia. Será que estamos, de fato, zelando pela pureza da fé, pelo doutrinamento responsável e pela beleza da vida cristã de nossos candidatos ao batismo?

Diz Ellen White: "A aquisição de membros que não foram renovados no coração nem reformados na vida é uma fonte de fraqueza para a igreja. Esse fato é muitas vezes passado por alto. Alguns pastores e igrejas acham-se tão desejosos de assegurar um aumento de membros, que não dão testemunho fiel contra hábitos e costumes não cristãos. Aos que aceitam a verdade não é ensinado que eles não podem, sem perigo, ser mundanos em sua conduta, ao passo que de nome sejam cristãos [...] Daí muitos se unem à igreja sem primeiro se haverem unido a Cristo" (Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 172).

Muitos candidatos ao batismo são batizados com água como se fosse uma limpeza exterior, em vez de ser uma demonstração da transformação interior já operada pela atuação do Espírito Santo. A mudança desse procedimento é mais que desejável para conservarmos igrejas fortes e dinâmicas.

REFLEXÃO: "Quando saíram de dentro da água, o Espírito do Senhor levou Filipe para outro lugar, e o oficial não o viu mais" (At 8:39, BV). A missão estava cumprida!


O Arco-íris

Porei nas nuvens o Meu arco. Gênesis 9:13

O arco-íris é um dos mais belos espetáculos em cores da natureza. Sentimos um certo encanto todas as vezes que o vemos.

Quando eu administrava a Missão Brasil-Central, o Dr. Clayton Rossi, nosso irmão em Cristo que já descansa no Senhor, doou para a Missão uma linda área de terra numa das mais belas regiões do Distrito Federal, para ser a sede de acampamentos culturais da juventude adventista.

Próximo desse local, há uma elevação de onde se descortina um maravilhoso cenário. Certo dia, resolvi subir essa colina para contemplar a soberba paisagem, mesmo percebendo que nuvens pesadas prenunciavam chuva para bem logo. Em pouco tempo, a chuva, lá bem distante, começou a cair e o vento a soprar.

Foi então que se formou, por inteiro, de um ao outro lado do horizonte, um belo arco-íris com cores bem definidas, uma amostra do que o Deus das coisas belas é capaz de fazer. Além da beleza, aquele arco-íris trouxe uma mensagem de Deus para mim. As brilhantes cores, tendo como pano de fundo nuvens escuras e ameaçadoras, falaram-me da manifestação do braço protetor de Deus.

O pastor H. M. S. Richards, citou este pensamento de alguém: "A alma não teria arco-íris, se os olhos não tivessem lágrimas." E continuou: "Quantas vezes deixamos de pensar nas promessas de Deus, até que nos encontramos em algum dos ensombrados dias da vida!... Quando o céu se escurece, iguais a um arco-íris resplandecem as preciosas promessas de Deus acima das nossas aflições" (Promessas de Deus [MD 1957], p. 9).

Embora as tempestades da vida estejam constantemente nos ameaçando e os fortes ventos das lutas diárias tentem continuamente desestabilizar nossa confiança em Deus, olhando para Cristo podemos sentir paz em meio às tempestades, pois o arco da promessa fala que dias melhores virão para o povo de Deus.

Ao surgir um arco-íris num dia de chuva, enfeitando o céu, lembremo-nos de que em torno do trono de Deus também há um arco-íris (Ap 4:3). Ele comunica uma mensagem de conforto e esperança para nós.

REFLEXÃO: "Como o aspecto do arco que aparece na nuvem em dia de chuva, assim era o resplendor em redor [do trono de Deus]. Esta era a aparência da glória do Senhor" (Ez 1:28).


Água da Fonte – 7

Chegaram a Elim, onde havia doze fontes de água e setenta palmeiras; e se acamparam junto das águas. Êxodo 15:27

Em Elim, nos dias de Moisés havia doze fontes e setenta palmeiras. Atualmente, esse oásis que leva o nome de Wadi Gharandel, é um lugar de parada e descanso das caravanas. E nós também, por ocasião de nossa viagem ao Monte Sinai, em 1962, paramos ali para descansar.

Na sua caminhada pelo deserto, o povo hebreu acampou em Elim, permanecendo ali por vários dias, sendo esse o segundo lugar de descanso em sua jornada pelo deserto. Tomaram novo alento para continuar a longa jornada rumo à Terra Prometida. Aquela água era fonte de vida. Se ela lhes faltasse, toda a nação estaria condenada a desaparecer no deserto. Mas, sob a proteção de Deus, os descendentes de Jacó vaguearam ao longo do deserto de fonte em fonte, de oásis em oásis, de milagre em milagre, durante quarenta anos.

Quando falamos em fonte de água, falamos em vida. E de onde vem a vida senão de Deus? Ele é a fonte! Tudo o que temos e somos é dádiva de Deus. A sobrevivência daquele povo dependia exclusivamente de Deus. Onde não havia água, como no caso de Horebe, e o povo começou a se desesperar, Deus ordenou a Moisés que ferisse a rocha e jorrou água em abundância. Aquela Rocha era Cristo (1Co 10:4).

Um fazendeiro queria canalizar a água de uma nascente até a sede de sua fazenda. Contratou um trabalhador rural para limpar o terreno por onde passaria o encanamento. Feita essa parte, começou a limpar o lugar onde estava a nascente. Removeu todo o mato que a envolvia e a água cristalina e refrescante borbulhava livre vindo do fundo da terra. Então, apoiado no cabo da sua enxada e observando aquela água que vinha do fundo da terra com tanta fartura, comentou com o dono da fazenda: "Não posso entender como tem gente que não acredita em Deus. Será que essas pessoas não entendem que é Deus quem faz essa água brotar do fundo da terra para matar a sede e trazer vida?"

Na verdade, da superfície da terra brotam as fontes sem parar e com fartura. Essas águas representam bem a graça e a misericórdia de Deus que destroem barreiras para alcançar todas as pessoas, cujo anseio do coração e da consciência é beber na fonte da água que satisfaz "para a vida eterna". A água que Jesus dá é dom inesgotável. É Água da Fonte!

REFLEXÃO: "No deserto, abriu as rochas e deu ao povo muita água para beber, como se a água brotasse de uma fonte. Das rochas quentes do deserto Ele fez correrem verdadeiros rios de água" (Sl 78:15, 16).


Cristianismo Acomodado

Eu conheço a sua fama de igreja viva e ativa, mas você está morta. Portanto, acorde! Fortaleça o pouco que resta – porque até mesmo o que restou está a ponto de morrer. As suas obras estão longe de ser corretas aos olhos de Deus. Apocalipse 3:1, 2, BV

Essa é uma melancólica radiografia da igreja de Sardes. Como igreja cristã ela estava acomodada. Cristo disse que ela estava morta (v. 1). A igreja de Sardes descansava na reputação externa e na aparência de piedade, mas sem o correspondente poder para transformar pecadores em santos. Havia no seio da igreja contaminação mundana e decadência espiritual.

Sardes vivia num clima de "auto-satisfação". Estava confortavelmente acomodada. "Essa igreja se caracterizava pela hipocrisia; não era o que pretendia ser. Em vez de estar viva em Cristo, como pretendia, em verdade estava morta". Essa comunidade cristã da Ásia Menor tinha fama de boas obras perante o mundo cristão, mas não perante Deus. Sua reputação ultrapassava seus merecimentos. Sardes representa a condição de muitas igrejas que se dizem cristãs. A verdade é que sempre desejamos parecer melhores do que realmente somos.

Sardes se desviou da fonte da vida, e Deus não aceita esse comportamento. Deus quer fidelidade, autenticidade e produtividade. O sinal de uma igreja viva são membros levando outros a Cristo. Só há reprodução onde há vida.

A igreja de Sardes pode representar a fase da igreja cristã que deu início e continuidade à Reforma Protestante, que se tornou em alguns lugares uma grande e poderosa organização religiosa, mas que, em seu desempenho como comunidade cristã, não correspondeu à expectativa dos princípios bíblicos.

Esse é um dos perigos que rondam as igrejas evangélicas, inclusive a nossa: a institucionalização. Isso ocorre quando a igreja perde o foco, a meta, o objetivo da sua existência. Podemos nos envolver de tal maneira com a organização, ao ponto de esquecer a missão e a razão de ser da igreja.

Temos que estar atentos para que a igreja de hoje não se transforme numa instituição acomodada à semelhança de Sardes, amando mais o sucesso que a Cristo, tornando-se uma grande e bem estruturada organização, mais institucional que missionária.

REFLEXÃO: "Mesmo aí em Sardes alguns não mancharam suas roupas com a imundícia do mundo; eles andarão Comigo vestidos de branco, porque são dignos" (Ap 3:4, BV).

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