domingo, 13 de julho de 2008

O Domingo e a Lei Dominical

O Domingo e a Lei Dominical

Ronaldo:
Citação de: "Marcio"

Qual a base bíblica para a definição da guarda do domingo ESPECIFICAMENTE como o sinal da besta? Ou esta é uma interpretação que só é possível dentro dos escritos de Ellen G. White? Sendo os E.U.A. um país que tem em sua Constituição expressamente definida a liberdade de expressão e a separação entre Igreja e Estado, onde posso eu encontrar evidências de que há uma lei dominical prestes a ser aprovada? Não é esta Lei algo muito longe de ser auferido por um Congresso que tem como base de sua existência a salvaguarda da liberdade de expressão e de culto? Há algum fato, notícia, ou mesmo site na Internet que me faça crer nesta possibilidade que me parece, no mínimo, remota ( ao menos num futuro próximo )? Devo confiar nesta profecia da Lei Dominical ainda hoje, no século XX? Pergunto de forma sincera, pastor, não como alguém que contesta, mas alguém que procura honestamente a Verdade."
Prezado Márcio,
Há quase dois meses que sua pergunta espera uma resposta. Há duas razões para essa demora:

1. Primeira, sua pergunta é difícil e bem complexa e exige uma resposta completa. Na realidade, não se trata de uma pergunta, mas de várias perguntas inteligentes que não poderão ser respondidas com generalidades.

2. Segundo, sou uma pessoa bem ocupada e não me foi possível tomar o tempo antes. Mesmo agora sinto-me insatisfeito porque não pude fazer uma pesquisa mais completa. Mas, aqui está o melhor que posso fazer atualmente com os recursos que tenho.


Passemos às perguntas:

1. Base Bíblica para a lei dominical. Se você quer uma base bíblica explícita para a lei dominical, eu vou decepcioná-lo porque tal base bíblica não existe de forma explícita. Todavia, ela existe baseada na interpretação que fazemos do Apocalipse, particularmente a aplicação que Ellen G. White fez de Apocalipse 12 a 16. Se todavia aceitarmos que ela foi inspirada por Deus, nós aceitamos que tal interpretação tem origem divina.

Aqui está o raciocínio que foi utilizado:

a) Naqueles capítulos encontramos as seguintes imagens: "o dragão," "a besta que sai do mar," "a besta que sai da terra parecida com um cordeiro, mas que fala como um dragão," "a imagem da besta," "os fiéis perseguidos," e "o sinal da besta." No capítulo 7 todavia, nós encontramos o conceito do "selo de Deus," que os fiéis receberão em oposição à marca da besta.

b) Nossa compreensão tradicional é a seguinte:

O dragão = Satanás

A besta que sai do mar = sistema papal (águas símbolo de gente)

A besta que sai da terra = Estados Unidos (parecido com um cordeiro, mas falando como um dragão, característica deste país que proclama o cristianismo, parece ser o país preocupado com todos, com direitos humanos, mas às vezes fala como um dragão tomando prerrogativas que não lhe pertence).

A imagem da besta = protestantismo apóstata (um sistema parecido com a besta -- sistema papal -- mas assim mesmo diferente.

Os fiéis = o povo de Deus que mantém uma relação de comunhão com ele.

O selo de Deus = o sábado (o único mandamento que foi dado como um sinal de fidelidade e obediência)

A marca da besta = uma contrafação do selo, portanto o domingo criado pelo poder papal

Nota: Como o sábado foi-nos dado como "sinal" de fidelidade a Deus (Ex 31:13; Ezeq 20:12, 20), ele deve conseqüentemente ser o equivalente do selo de Deus mencionado em Apocalipse 7. Em oposição, a marca da besta deve ser uma contrafação do sábado.

O sábado foi a última criação de Deus. Em Gen 2:2 é-nos dito que Deus terminou sua obra de criação no sétimo dia (não no sexto). Todavia, nada é mencionado como tendo sido criado no sétimo dia exceto o sábado. Deus criou o descanso do sábado. Ora, o domingo é uma instituição humana (portanto uma contrafação) da criação de Deus .

O selo de Deus: A primeira mensagem angélica (Apoc 14:6-7 ) nos convida a adorar aquele que fez o céu, a terra e o mar, portanto o criador. O quarto mandamento é o único mandamento entre os dez que contém as características do selo tal como ele era conhecido no Oriente Médio antigamente, ou seja: com o nome do monarca, o seu domínio, e a sua função. Aqui nós encontramos: o nome do monarca = Deus ; sua função = criador; seu domínio = os céus, a terra, o mar.

Essa interpretação é baseada em E.G. White e é aceita pela igreja adventista como de inspiração divina. O problema é saber como e quando será que o dragão vai incitar a besta e a imagem da besta a tornar obrigatório a aceitação da marca da besta.

2. Os Estados Unidos - país de liberdade religiosa.

Sua pergunta é lógica: Como imaginar que esse país -- berço da liberdade religiosa, criado por pais peregrinos que sofreram intolerância religiosa em seus países -- venha a tornar-se uma dia o patrocinador de tal intolerância, especialmente no campo religioso, quando esse país mantém total separação entre igreja e estado? Será que tal cenário possa ser concebível?

Resposta: Eu não tenho resposta absoluta para sua pergunta, mas proponho algumas reflexões:

a) PAÍSES MUDAM COMPLETAMENTE - Quem imaginaria há 12 anos atrás que a União Soviética seria o que ela é hoje? O comunismo caiu repentinamente. Vários países se independeram. O muro de Berlim foi derrubado em pouco tempo. Tudo isso mostra como mudanças podem ocorrer repentinamente, levando países a mudarem totalmente sua política ou mesmo seus princípios.

(Nota: Em dezembro de 1990, quando a União Soviética se desmantelava, e que a guerra fria tinha acabado, eu estava de passagem pelo Brasil. Falando com um primo que é político, eu mencionei a situação explosiva do Golfo com a invasão do Kueit, e minha apreensão de uma nova guerra. Sua resposta foi: "esqueça primo, o tempo de guerra terminou. Com o poder das Nações Unidas e a queda da União Soviética, do muro de Berlim e com o término da guerra fria, não mais haverá guerra." Ele falava com sinceridade, mas desconhecendo a natureza do homem. Poucos dias depois, em Janeiro de 1991, a região do Golfo estava em guerra. Depois disso, tivemos o genocídio do Ruanda, e os genocídios da Bósnia e agora no Kosovo. Somente Cristo poderá trazer o fim de sofrimento para este planeta).

b) JÁ HOUVE PRECEDENTE NO FIM DO SÉCULO PASSADO -- Sabe-se que nos anos no fim da década de 1880 e início de 1890, a despeito da constituição americana que garante os direitos humanos, alguns estados do sul promulgaram uma lei dominical. Consulte SELECTED MESSAGES, vol. 3, pp 381-402. Aqui está um extrato da introdução feita pelos compiladores antes de apresentarem o texto da irmã White:

"À medida que o assunto da lei dominical se intensificava no fim do século XIX e crescia a comoção nos Estados Unido sobre a lei dominical, Ellen G. White escreveu sobre o "Conflito Iminente" nos Testemunhos, vol. 5, pp. 711-718, discutindo a importância do assunto que os Adventistas enfrentavam, insistindo também no fato que a igreja não estava preparada para enfrentar a crise.

À medida que as leis que requeriam a observância do domingo em alguns dos estados do sul eram postas em vigor e adventistas eram detidos e aprisionados, acorrentados em grupos, e obrigados a trabalhos forçados por não observarem estas leis, o assunto da sábado e domingo tornou-se muito importante e foi estudado diligentemente durante a sessão da Conferência Geral de 1889.

Essa agitação sobre a lei dominical perdeu sua importância gradualmente, mas nos anos que se seguiram É. G. White continuou a enfatizar o assunto do conflito final."

Note que essa lei não obrigava a trabalhar no sábado, mas apenas a não trabalhar no domingo. Foi durante esse tempo que Ellen G. White escreveu bastante sobre o assunto.

c) TENTATIVAS RECENTES -- Há poucos anos, a chamada "Moral Majority" (Maioria moral), um grupo religioso que tentou controlar a política americana, tinha na sua agenda uma ênfase na observância do Dia do Senhor (o domingo para eles). Atualmente, um movimento semelhante, a Christian Coalition (Coalição Cristã) tenta influenciar sobretudo o partido republicano. Há pouco tempo, li um artigo interessante (creio que no Times) sobre esse assunto. (Infelizmente não anotei a referência, mas se encontrar enviar-lhe-ei. Também não conheço nenhum site da Internet que possa recomendar).

d) A ENCÍCLICA RECENTE DO PAPA -- Recentemente, o papa escreveu sua carta pastoral fazendo um apelo para a guarda do domingo (Carta pastoral Dies Domini (cerca de 30 páginas) pelo Papa João Paulo II em 31 de Maio de 1998). Em vários países do mundo, essa carta é debatida. Veja documento sobre a reação no Brasil, USA, etc. Será que não estamos vivendo nesses dias críticos em que os poderes religiosos estão tentando de estabelecer essa lei dominical?

Nota: recebi recentemente um documento em português de líderes católicos no Brasil sobre a interpretação da carta papal. Infelizmente eu não a guardei. Estou solicitando o Cleandro para enviar-lhe. Todavia, muita discussão teve lugar, mas só conheço fontes em inglês. Creio que tenha conhecimento do inglês, portanto sugiro que visite: www.sdanet.org/  Veja sobretudo "The sdanet archive.'' Procure: "sunday law" (mais de 160 artigos), "Liberty Magazine", ou mesmo "Pastoral letter of the pope." Infezlimente não encontrei a carta do papa, mas se procurar no site: www.catholic.org/ talvez a encontre.


Bem amigo, diante do que aconteceu na União Soviética, do que se passou nos Estados Unidos no fim do século passado, e de algumas tendências atuais e da recente encíclica do papa, seria difícil imaginar que um dia (talvez mais perto do que se pensa) tal possibilidade tenha lugar? Lembremo-nos que últimos acontecimentos serão rápidos.

Eu creio não somente que tal possibilidade existe, mas que nós devemos estar espiritualmente em comunhão com Cristo para quando tal acontecer. Ao dizer isso, não creio que devemos ser alarmistas, nem vivermos sob a influência do temor. Nossa única preocupação cada dia é de estarmos em comunhão com Cristo. Todo o resto é secundário.

O apóstolo Paulo afirmava: "estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura (eu ajuntaria: nem lei dominical, nem perseguição, nem pena de morte ) nos poderá separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus nosso Senhor."

Que Deus o dirija na sua busca.

Pastor Nilton

http://www.cvvnet.org/cgi-bin/pastor?Portuguese+QUESTION+por+leid1

Ronaldo:
Igreja Católica decidida em tornar os seus Dias Santos em feriados nacionais.

http://www.adventista-aconselho.com/Artigos/Art_dia_santo_ou_feriado.htm

Ronaldo:
O texto original dessa notícia que circula na web se encontra em
http://www.biblicalperspectives.com/endtimeissues/eti_100.html  e data de junho de 2003. Pelo que pudemos entender no texto, o Dr.Samuelle Bacchiocchi, professor aposentado da Andrews University, tomou conhecimento de uma lei dominical na Holanda e solicitou a confirmação de um amigo daquela região. Esse amigo localizou a notícia no Nederlands Dagblads de dezembro de 2002 e a traduziu para o inglês.

Não temos notícias sobre o que possa ter ocorrido com essa lei desde 2002. Parece-nos que não houve muita relevância sobre esse tema, pois nossos irmãos de fala portuguesa que residem na Holanda, com os quais tivemos contato depois dessa data, não nos fizeram qualquer menção sobre o assunto. O que seria de esperar se a lei dominical, tal como revelada nas profecias, já houvesse sido promulgada por lá. Adicionalmente, nos parece que as profecias apontam os EUA e não a Holanda como o principal agente de promulgação do decreto dominical.

Postado por www.advir.com.br/ em Wednesday, December 07 @ 10:22:00 CST

Ronaldo:
Façamos uma análise sobre as constituições brasileiras para ver a forma que elas trataram o Domingo:-

A constituição de 1891 nada falava a respeito, e estabelecia a total separação entre Religião e Estado.

http://www.presidencia.gov.br/CCIVIL/Constituicao/Constituiçao91.htm

Já na constituição de 1934 o Domingo aparece:

o inciso "e" do parágrafo 1 do artigo 121 diz: e) repouso hebdomadário, de preferência aos domingos;

Verificaremos mais abaixo que a frase - de preferência aos domingos é meramente um eufemismo, pois as exigências legais para que se trabalhe aos domingos são bastante onerosas.

Na Constituição de 1937 o texto aparece um pouco modificado dando mais aberturas as empresas.

Artigo 137 inciso "d"

d) o operário terá direito ao repouso semanal aos domingos e, nos limites das exigências técnicas da empresa, aos feriados civis e religiosos, de acordo com a tradição local;

A Constituição de 1946 praticamente mantém o mesmo texto:

Artigo 157

VI - repouso semanal remunerado, preferentemente aos domingos e, no limite das exigências técnicas das empresas, nos feriados civis e religiosos, de acordo com a tradição local;

A Constituição de 1967 tem o mesmo teor

Artigo 158

VI - repouso semanal remunerado, preferentemente aos domingos e, no limite das exigências técnicas das empresas, nos feriados civis e religiosos, de acordo com a tradição local;

Na emenda constitucional seguinte há uma reestruturação e o assunto tem a seguinte redação:

emendas n.1 de 17/10/1969; 2/72 a 21/81

Art. 165 inciso VII

VII - O repouso semanal remunerado e nos feriados civis e religiosos, de acordo com a tradição local.

Note que aqui já não se fala em Domingo.

Na constituição seguinte com as emendas até 24/83 a redação é a mesma.

Em seguida temos a constituição chamada de Cidadã de 1988.

Nesta constituição, talvez por influência católica do então presidente da Câmara DR. Ulisses Guimarães, o texto voltou ao antigo.

Capítulo II - Dos direitos sociais

Art. 7 inciso XV

XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

COMENTÁRIOS

Como se pode observar, essa lei Dominical esteve incorporada a lei magna do Brasil durante a maior parte de sua história republicana.

Somente no período do regime militar tal situação foi relativamente aliviada.

Seguramente muitos questionarão que o texto fala em "preferencialmente" e que isso não é uma imposição.

Convém lembrar que é uma imposição sim e que muito embora possa haver exceções essas são muito complicadas e regulamentadas por leis especiais, algumas das quais consolidadas nas leis trabalhistas.

http://geocities.yahoo.com.br/vozdovelho/domingoconstitucional.htm

Ronaldo:
Segue abaixo o que diz Ellen White, sobre este assunto:

Os protestantes dos Estados Unidos, serão os primeiros a estender as mãos através da voragem para apanhar a mão do espiritismo; estender-se-ão por sobre o abismo para dar mãos ao poder romano; e, sob a influência desta tríplice união, este país seguirá as pegadas de Roma, desprezando os direitos da consciência. O Grande Conflito, pág. 588.

De qualquer forma acreditamos no que disse EGW: "Mais cedo ou mais tarde serão aprovadas leis dominicais". Review and Herald, 16 de fevereiro de 1905.

E também acreditamos que nossa ênfase deve ser dada ao preparo para os futuros dias. Novamente em EGW:

"Fui instruída de que os importantes livros que contêm a luz dada por Deus com respeito à apostasia de Satanás no Céu, deveriam ter vasta circulação justamente agora; porque por meio deles a verdade atingirá muitas mentes. Patriarcas e Profetas, Daniel e Apocalipse e O Grande Conflito são agora mais necessários do que nunca antes. Deveriam circular amplamente, porque as verdades a que dão ênfase, abrirão muitos olhos cegos. ... Muitos dentre nosso povo têm estado cegos quanto à importância dos livros mais necessários. Se tivessem sido manifestados tato e habilidade na venda destes livros, o movimento das leis dominicais não estaria no pé em que está hoje". Review and Herald, de 16 de fevereiro de 1905.

Segue abaixo o capítulo LEIS DOMINICAIS, extraído do livro Eventos Finais de Ellen White.

Profecias: Eventos atuais a luz dos escritos de Ellen White
Postado por advir em Friday, September 23 @ 09:02:27 CDT (3545 visualizações)

Ao ouvir das terríveis calamidades que semana a semana estão ocorrendo, pergunto-me a mim mesma: Que significam estas coisas? As mais terríveis catástrofes seguem-se umas às outras em rápida sucessão. Com que freqüência ouvimos de terremotos e furacões, de destruição por fogo e inundações, com grandes perdas de vida e propriedade! Aparentemente essas calamidades são caprichosas irrupções de forças desordenadas, irregulares, mas nelas se pode ler o propósito de Deus. São um dos meios pelos quais Ele procura despertar homens e mulheres, levando-os a reconhecer o seu perigo.

FONTE: http://foroadventista.com/index.php/topic,270.0/wap2.html



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