A Arca da Aliança
Façam também uma arca de madeira de acácia. A arca deverá medir 1,20 m de comprimento, 0,75 m de largura, e 0,75 m de altura. Êxodo 25:10, BV
Observe comigo a principal maravilha do tabernáculo: a arca da aliança. Ela era a jóia mais preciosa e sagrada do edifício santo. Por quê? Porque no Céu é que foi traçado seu desenho original. Ainda hoje, ela pode ser vista, na habitação de Deus, pelos olhos da fé. O apóstolo João a viu e ficou extasiado. Ele registrou sua visão: "Abriu-se, então, o santuário de Deus, que se acha no Céu, e foi vista a arca da aliança no Seu santuário" (Ap 11:19).
A arca era uma caixa de madeira de acácia revestida de ouro por dentro e por fora. Os cofres geralmente são destinados a guardar tesouros valiosos. Com efeito, ela "fora feita para ser o receptáculo das tábuas de pedra, sobre as quais o próprio Deus escrevera os Dez Mandamentos" (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 348).
A arca foi depositada no lugar mais sagrado do tabernáculo, o lugar santíssimo, "onde se centralizava o serviço simbólico da expiação e intercessão, e que formava o elo de ligação entre o Céu e a Terra" (ibid., p. 348). Voltaremos a esse assunto em outras meditações.
Hoje, onde está a arca da aliança? Nos dias do rei Zedequias, enquanto Nabucodonosor levava os judeus para o exílio em Babilônia, alguns dos justos, entre os remanescentes em Jerusalém, resolveram colocar longe do alcance de mãos ímpias e de líderes depravados "a sagrada arca que continha as tábuas de pedra sobre as quais haviam sido traçados os preceitos do decálogo [...] Com lamento e tristeza esconderam a arca numa caverna, onde devia ficar oculta do povo de Israel e de Judá por causa dos seus pecados, não mais sendo-lhes restituída. Esta sagrada arca ainda está oculta. Jamais foi perturbada desde que foi escondida" (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 453).
No entanto, a Lei de Deus em nossos dias não é menos sagrada do que quando estava dentro da arca da aliança, nos tempos do Antigo Testamento. Quem considera seus princípios normas ultrapassadas e "coisas do passado" ficarão confusos no dia do Juízo final, quando ela for confirmada como o padrão de julgamento da humanidade. Imagine a surpresa dos incrédulos que a desprezaram!
Ainda há tempo para o ser humano se reconciliar com Deus por meio de Jesus. No dia do Juízo será tarde demais.
REFLEXÃO: "Dentro da Arca você, Moisés, vai colocar o Testemunho – a prova da Minha presença e de que dei a Israel a Minha Lei" (Êx 25:16, BV).
O Propiciatório
[Bezalel] fez uma prancha de ouro puro, medindo 1,20 m de comprimento por 0,75 m de largura. É o propiciatório, ou seja, o assento da misericórdia, pelos pecados do povo. Êxodo 37:6, BV
A cobertura ou a "tampa" da arca da aliança era denominada propiciatório, que significava lugar ou sede da reconciliação e da misericórdia de Deus. Era de puríssimo ouro e, em cada extremidade, havia um querubim, tudo formando uma só peça de ouro "batido". Por sobre o propiciatório estava o shekinah, demonstração visível da presença de Deus entre Seu povo. Essa tampa protegia as duas tábuas de pedra da Lei de Deus no interior da arca. A Lei, dentro da arca, e o propiciatório, sobre a arca, representavam a justiça e a misericórdia, ambas unidas em favor da reconciliação do pecador com Deus.
A lei de Deus, dentro da arca, tinha voz severa; sentenciava à morte o transgressor. Entretanto, "acima da lei estava o propiciatório, sobre o qual se revelava a presença de Deus, e do qual, em virtude da obra expiatória, se concedia o perdão ao pecador arrependido" (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 349).
Louvemos sempre a Jesus, porque Sua misericórdia pode anular a maldição que a lei pronuncia contra o pecador. O propiciatório aponta para o trono da graça no Céu, de onde Deus nos ouve, nos responde e abençoa.
A arca da aliança tinha varais por meio dos quais os sacerdotes a conduziam. Esses varais não podiam ser retirados do seu lugar porque a arca devia sempre estar preparada para marchar. Ela era o centro constante das atenções do povo peregrino e ia sempre à frente do grande cortejo, transportada pelos sacerdotes, rumo à Canaã, que era a Terra Prometida.
Não deixemos a arca falar em vão ao coração, durante a nossa jornada rumo à Canaã celestial. Vamos recebê-la e apreciá-la com todo amor, e as bênçãos de Obede-Edom (1Cr 13:14) enriquecerão nossa casa.
Após a cansativa caminhada pelos desertos deste mundo, chegaremos às margens do Jordão desta vida. Cristo, o grande Sumo Sacerdote, à frente do Seu povo, abrirá caminho por entre as águas revoltas e nos fará atravessar o rio, conduzindo-nos ao País de eterna paz, o Lar dos salvos, a Canaã celestial. Você gostaria de passar por essa maravilhosa experiência? A resposta é sua!
REFLEXÃO: "Para com as suas iniqüidades usarei de misericórdia, e dos seus pecados jamais Me lembrarei" (Hb 8:12).
Os Dois Querubins
Ali, virei a ti e, de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins que estão sobre a arca do Testemunho, falarei contigo acerca de tudo o que Eu te ordenar para os filhos de Israel. Êxodo 25:22
Tudo no tabernáculo era pleno de significado e apontava para o grande Plano da Redenção que seria consumado pelo "Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo", séculos mais tarde, sobre o Calvário. O propiciatório simbolizava o trono de Deus, sede da Sua misericórdia. Era o reflexo do Seu amor, a expressão da Sua graça.
Em cada uma de suas extremidades havia um querubim fundido do mais puro ouro. Olhemos para essas duas figuras místicas colocadas sobre o propiciatório por ordem de Deus. Não estavam ali para serem adoradas, mas para simbolizar sua função diante do trono de Deus.
"Acima do propiciatório", entre os querubins, "estava o shekinah, manifestação da presença divina; e entre os querubins, Deus tornava conhecida a Sua vontade [...] Algumas vezes, uma luz caía sobre o anjo à direita, para significar aprovação ou aceitação; ou uma sombra ou nuvem repousava sobre o que ficava ao lado esquerdo, para revelar reprovação ou rejeição" (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 349). Esses anjos representavam também "a reverência com que a hoste celestial considera a lei de Deus e seu interesse no plano da redenção" (ibid., p. 349).
Todo aquele ritual simbólico realizado diariamente e, de modo especial, uma vez ao ano, apontava para a obra redentora de Cristo. Ali, no lugar santíssimo, a lei, dentro da arca da aliança, e a graça, manifestada sobre o propiciatório, se uniram para a salvação da raça humana; "a misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram" (Sl 85:10, ARC).
Talvez, alguém diga que a arca de Moisés desapareceu, e isso é verdade. Ela foi escondida por orientação divina e ninguém mais a viu. Entretanto, Cristo, o centro de todo aquele cerimonial simbólico, vive para sempre. O trono da graça, nos Céus, jamais será abalado. Os símbolos desapareceram, mas ficou a realidade. Aqueles rituais representativos perderam-se no passado, mas as bênçãos essenciais de todo aquele simbolismo têm duração eterna. Enquanto tivermos necessidades de perdão, voltemo-nos para aquele trono onde Deus nos espera, por meio de Cristo, com braços abertos, para que recebamos graça, pois Ele é a nossa justiça.
REFLEXÃO: "Esta Boa Nova [...] é tão notável [...] que os anjos do Céu dariam tudo para saber mais a respeito" (1Pe 1:12, BV).
A Mesa com os Pães da Proposição
Porás sobre a mesa os pães da proposição diante de Mim perpetuamente. Êxodo 25:30
O tabernáculo era composto de dois ambientes: o ambiente santo e o ambiente santíssimo, ambos separados por uma cortina ricamente bordada e decorada com figuras de querubins, "obra de artista".
Vamos passar juntos, você e eu, a soleira do edifício sagrado e entrar no primeiro ambiente, o lugar santo. Logo, à nossa direita, está a mesa com os pães da proposição; à esquerda, vemos o castiçal com sete lâmpadas e, à nossa frente, junto às cortinas que separam o lugar santo do lugar santo dos santos, está o altar do incenso.
Hoje, vamos nos deter apenas diante da mesa dos pães da proposição, ricamente coberta de ouro puríssimo, e participar desse banquete espiritual.
Sobre a mesa estão os doze pães da proposição, isto é, da Presença, dispostos em duas fileiras de seis pães cada. Da Presença, porque estavam sempre presentes diante da face do Senhor, como uma oferta permanente. Pela fé, conhecemos muito bem esse emblema: "Eu sou o Pão Vivo que desceu do Céu", disse Jesus. Além do mais, eram uma lembrança constante de que dependemos de Deus, como provisão tanto para o pão material como para o pão espiritual.
O pão é formado do grão de trigo que é moído, transformado em farinha, amassado, cozido e, depois, triturado por nós quando nos alimentamos dele. Assim, também Jesus. "Ele foi traspassado pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades" (Is 53:5). O pesado fardo de nossas culpas O conduziu ao túmulo. Ele foi o Pão oferecido por Deus, como o alimento espiritual perfeito e salutar para saciar a fome de pessoas famintas.
Nenhum grão podre, nenhuma impureza deveria macular esse Pão. Não vemos aqui uma representação da humanidade de Cristo sem pecado?
Os doze pães representavam as doze tribos de Israel. As doze tribos eram uma imagem alusiva à igreja de Deus em todos os tempos. Como filhos da fé, temos também o privilégio de participar desses pães que representam Jesus, o Pão da Vida.
Não importa qual seja nossa necessidade, nossa miséria, nossa culpa, o defeito de nosso caráter e a feiúra de nosso pecado, voltemo-nos para a mesa dos pães da Presença, pois Cristo ali está para nos representar perante o Pai e interceder por nós.
REFLEXÃO: "Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a Mim, jamais terá fome" (Jo 6:35).
O Castiçal de Ouro
[Bezalel] fez também o castiçal de ouro puro; de obra batida fez este castiçal. Êxodo 37:17
Hoje vamos, novamente, entrar no tabernáculo com santos pensamentos. Corre-se a cortina do mais rico bordado e das cores mais brilhantes e descortina-se diante dos nossos olhos o mais lindo e impressivo quadro.
Uma luz suave ilumina o ambiente sacro, fazendo refletir o puríssimo ouro que ornamenta com profusão todo o lugar sagrado. Estamos outra vez no primeiro compartimento do santuário do deserto.
Mas, de onde vêem esses raios de luz? Olhando, então, para o lado esquerdo vemos que a luz tem origem nas sete lâmpadas acesas do castiçal de ouro, ali colocado por ordem divina.
Não é difícil, pela fé e pelas Escrituras, percebermos seu significado, lembrando das palavras de João, em Apocalipse 21:23: "A cidade não precisa nem do sol, nem da lua, para lhe darem claridade, pois a glória de Deus a ilumina, e o Cordeiro é a sua lâmpada." Assim, o simbolismo que mais se destaca no castiçal é a figura de Jesus Cristo como a luz do mundo. Mas também pode representar o povo de Deus, de forma individual e coletiva, como a luz moral e espiritual que se deve refletir no meio da sociedade em que vivemos, cumprindo, com o nosso testemunho e exemplo, as palavras de Jesus: "Vós sois a luz do mundo" (Mt 5:14). Então, vemos um último simbolismo muito lindo e significativo: o óleo da oliveira que alimenta as lâmpadas, mantendo-as sempre acesas, representando o Espírito Santo que mantém a igreja sempre viva para cumprir sua missão.
É Cristo o Castiçal que ilumina a sua alma? Como está a chama santa em seu coração? Está viva ou bruxuleando? Deus preparou os instrumentos de ouro para o cuidado das lâmpadas, para limpar os resíduos e avivar a chama. Você tem ao seu alcance esses instrumentos. Use-os com zelo. A oração, a leitura e meditação das Escrituras, os cultos de oração e de adoração, a Santa Ceia e o testemunho pessoal são alguns dos instrumentos para cuidar das lâmpadas e alimentar em você a santa chama.
Seu coração ainda não é um tabernáculo consagrado ao Senhor? Sente que sua luz se amortece? Levante-se e deixe cair sobre você o óleo do Espírito Santo. Revolva as cinzas (pecados) do seu coração, e a luz reaparecerá trazendo-lhe alegria e paz de espírito.
Cristo é o Sacerdote e o Cordeiro; é o Castiçal e a Luz. Que no dia de hoje recebamos essa luz e sejamos dela o reflexo! Amém!
REFLEXÃO: "Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará" (Ef 5:14).
O Altar de Ouro Para o Incenso
[Bezalel] fez de madeira de acácia o altar do incenso [...] De ouro puro o cobriu. Êxodo 37:25, 26
A imagem de nosso Redentor como Mediador está personificada em todo o serviço sagrado do santuário, mas no altar do incenso ela se apresenta de modo muito impressivo. Dele, dia e noite, emanavam os mais delicados e valiosos aromas.
A posição em que fora colocado era privilegiada, pois Deus determinou que ele fosse posto precisamente diante da cortina que separava o lugar santo do santíssimo, exatamente ao lado de Sua imediata presença. Isso mostra que Deus deseja estar próximo do pecador arrependido, ouvir sua confissão e perdoá-lo.
Nenhuma imaginação humana concorreu para a sua feitura. Deus, que nos concedeu Jesus Cristo, o "Sacrificador" supremo, foi quem ordenou cada um dos seus detalhes simbólicos. "Sobre este altar o sacerdote devia queimar incenso todas as manhãs e tardes; suas pontas eram tocadas com sangue da oferta pelo pecado, e era aspergido com sangue no grande dia de expiação. O fogo neste altar fora aceso pelo próprio Deus, e conservado de maneira sagrada" (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 348).
Tudo ali apontava para a obra redentiva de Cristo, especialmente o sangue do cordeiro inocente colocado nas extremidades do altar. Alguém deveria morrer em nosso lugar, e este Alguém foi Cristo, que é igual a Deus, na grandeza de Deus, e igual ao homem. Na escala da humilhação, revestiu-Se voluntariamente com os andrajos do pecador. Assim é o Salvador que Deus nos concedeu; assim é o Salvador que o pecador necessita.
O precioso incenso ali usado foi escolhido pelo Santo Espírito para simbolizar os méritos e intercessão de Cristo que sobem ao Pai com as nossas orações.
Que esse delicioso incenso seja a nossa constante alegria! Que nossas orações sejam uma demonstração de certeza e confiança nas promessas de Deus! Muitas vezes, o inimigo segreda aos nossos ouvidos que nossas preces são fracas e indignas, e que são um insulto aos ouvidos de Deus. Não demos atenção a ele. Nossa esperança não repousa nas nossas preces, e sim na mais santa das obras: a intercessão de Cristo.
Agradeçamos, pois, a Deus pelos lindos ensinamentos que o altar do incenso nos legou. Ele nos indica que, pelos méritos de Cristo e pelo Seu sangue remidor, um dia, que não está longe, poderemos passar além do véu e estar para sempre com o Senhor.
REFLEXÃO: "Suba à Tua presença a minha oração, como incenso" (Sl 141:2).
Nós Não O Vemos, mas Ele Está ao Lado
[Bezalel] fez também [...] o incenso aromático, puro, de obra de perfumista. Êxodo 37:29
Vamos tirar mais algumas lições do altar de ouro preparado para queimar perfumes. O Senhor, que tudo determina com a maior sabedoria, ordenou a Moisés que colocasse esse altar defronte do véu que separava os dois ambientes, perante a arca do testemunho.
Repare a posição em que ficava o sacerdote incumbido do sagrado ofício. Atrás dele, no pátio, ficava o altar do sacrifício expiatório; do outro lado do véu, à sua frente, no lugar santíssimo, ficava o propiciatório, onde a presença de Deus Se manifestava; e, no meio de ambos, junto ao véu, o altar da intercessão. E, justamente ali, ao lado do altar do incenso, voltado para a presença de Deus, postava-se o sacrificador para interceder pelo pecador arrependido.
O sangue da vítima inocente já havia sido derramado e o pecador já havia confessado seus pecados; o sangue já havia sido transferido para as pontas do altar e, naquele instante, o sacerdote intercedia por ele, pedindo que Deus o perdoasse. Enquanto o incenso sagrado era queimado, ondas de perfume, em meio à fumaça, se espalhavam pela tenda transformando todo aquele ambiente sagrado num verdadeiro "jardim de oração".
Atente, agora, para esta descrição de Ellen White: "Quando o sacerdote oferecia incenso perante o Senhor, olhava em direção à arca; e, subindo a nuvem de incenso, a glória divina descia sobre o propiciatório e enchia o lugar santíssimo, e muitas vezes, ambos os compartimentos. [...] Como naquele cerimonial típico o sacerdote olhava pela fé ao propiciatório que não podia ver, assim o povo de Deus deve hoje dirigir suas orações a Cristo, seu grande Sumo Sacerdote que, invisível aos olhares humanos, pleiteia em seu favor no santuário celestial. O incenso que subia com as orações de Israel representa os méritos e intercessão de Cristo" (Patriarcas e Profetas, p. 353).
Nosso Pai do Céu Se regozija no amor de Seu Filho; Suas mãos estão estendidas para distribuir as Suas bênçãos e "assinar" a absolvição do pecador; o Espírito Santo é concedido; os anjos se apressam em nos ajudar e o maravilhoso rebanho de Deus é recolhido no aprisco da graça, a ante-sala do aprisco da glória.
Queira Deus que esse suave incenso seja a nossa constante alegria, a esperança e a certeza de perdão, pelos méritos e graça de Cristo!
REFLEXÃO: "Com efeito, [...] sem derramamento de sangue, não há remissão" (Hb 9:22).
O Pátio do Tabernáculo
Farás também o pátio do tabernáculo. Êxodo 27:9, ARC
A tenda sagrada era montada dentro de um pátio espaçoso e descoberto, circundado de cortinas do melhor material e de rico feitio.
Logo após a entrada para esse recinto externo, estava o altar dos holocaustos feito em madeira de acácia e todo recoberto com cobre. Nesse altar ardia um fogo sem interrupção, "continuamente; não se apagará", diz a Bíblia. Um sangue perpétuo era derramado, porque ali se ofereciam sacrifícios perpétuos "feitos com fogo ao Senhor".
De manhã, ao meio dia e à tarde, podiam ser vistas chamas subindo no meio de turbilhões de fumaça. Todo o ritual simbólico do Plano da Redenção tinha início nesse altar. O pecador comparecia trazendo a vítima para ser imolada. Tudo começava com tristeza, lágrimas, confissão e, finalmente, com o sofrimento e a morte de um ser inocente que apontava para o "Cordeiro de Deus que tira o pecado mundo". Tudo era muito solene.
Por ventura, nesse altar do sacrifício, não vemos um símbolo em miniatura do monte Calvário, onde o Cordeiro inocente foi crucificado e morto por causa dos nossos pecados?
Às vezes, penso que não temos uma idéia exata da miséria e da gravidade do pecado. "Brincamos" de aceitar Jesus como nosso Salvador; "fazemos de conta" que somos de Cristo; "brincamos" de ser cristãos. Não percebemos que o pecado era o combustível para aquele fogo do altar; que se não houvesse pecado não haveria aquele fogo nem o sacrifício de vítimas inocentes. Então, o que fazer? Só há uma esperança: buscar perdão!
Olhemos para aquele altar, símbolo do Calvário onde o Cordeiro divino foi crucificado. Contemplemos o "altar" de Deus e o sacrifício de Deus. Cristo é o Sacrificador, mas também é o Cordeiro imolado. No Gólgota, a justiça divina reclamou seus direitos; a Lei requereu justiça. Então, o holocausto foi preparado e a Vítima imolada. O pecado do pecador arrependido foi expiado. Cristo suportou tudo.
Eis aí o remédio para todos os nossos pecados. São grandes as nossas necessidades, mas a expiação sacrifical foi ainda maior!
Essa é a grande lição que podemos tirar das cerimônias realizadas no altar dos holocaustos, no santuário do deserto. O altar da salvação, que é a cruz de Cristo, ainda não está fora do nosso alcance.
REFLEXÃO: "Por isso, também [Jesus] pode salvar totalmente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles" (Hb 7:25).
__._,_.___
-----------------------------------------------------------
www.advir.com.br - Seu Site Adventista na Internet
------------------------------------------------------------
A Meditação Diária é uma publicação da CASA PUBLICADORA BRASILEIRA e pode ser adquirida através do endereço www.cpb.com.br
***************
FONTE: www.cpb.com.br
Receba GRÁTIS as mensagens do Messenger no seu celular quando você estiver offline. Conheça o MSN Mobile! Crie já o seu!