ESCOLA NO AR
4º Trimestre de 2008 - A Doutrina da Expiação
Comentário da Lição 05 - Expiação anunciada
sábado, 25/10/2008
› Introdução
"Mas Ele foi transpassado pelas nossas transgressões e moído, pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos sarados". – Is. 53:5.
Com o surgir do pecado veio a conseqüência - a morte. O que Deus fez então? Abriu a cortina de outro compartimento desconhecido para todo o Universo, o Santuário, contendo a revelação do "mistério mantido oculto desde sempre nele, o criador do universo… segundo o projeto eterno que ele executou em Jesus Cristo, nosso Senhor". – Ef. 3:9 e 11 – TEB.
Desvendando este mistério para os anjos não caídos, em perplexidade pela queda de Adão; para os mundos atônitos e para Satanás e seus demônios surpresos e desconsertados, proclamou a promessa do Salvador. "Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar". - Gên. 3:15 - ARA.
De Adão a Abraão como o pecador tomava conhecimento do plano de expiação provido por Deus? Pela fé no Salvador tipificado na morte do cordeiro. Um sistema simples, sem regulamentação, sem lei elaborada, mas claro suficiente para definir a conduta do pecador em seu procedimento para obter graça e perdão. O pecador sabia sem a menor dúvida que necessitava apresentar um cordeiro substituto quando em situação de pecado. De Abraão ao Sinai tivemos o período no Egito. O sistema simples perdeu-se ao longo do tempo do cativeiro. Foi abandonado e esquecido.
No Sinai, o sistema, ou o plano de expiação foi regulamentado. Veio como lei para orientar e instruir. Esta regulamentação – lei cerimonial - teria a validade até que viesse o prometido Salvador. Foi dada por meio de um Mediador que era o líder do povo - Moisés.
Pense: "O plano pelo qual poderia unicamente conseguir-se a salvação do homem abrangia o Céu todo em seu infinito sacrifício. Os anjos não puderem regozijar-se ao desvendar-lhes Cristo o plano da redenção; pois viram que a salvação do homem deveria custar a indizível mágoa de seu amado Comandante… Cristo assegurou aos anjos que pela Sua morte resgataria a muitos, e destruiria aquele que tinha o poder da morte… Então alegria, inexprimível alegria, encheu o Céu. A glória e bem-aventurança de um mundo remido sobrepujaram mesmo a angústia e sacrifício do Príncipe da vida". - PP. págs. 58. 59 e 60.
Desafio: "No dia seguinte João viu Jesus aproximando-se e disse: 'Vejam! É o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!'" – João 1:29 – NVI.
domingo, 26/10/2008
› Uma Promessa para Adão e Eva
Depois de tornar este mundo mais um lindo jardim, como já o fizera com muitos outros mundos espalhados por Seu imenso Universo, Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança e colocou-o neste jardim para viver vida eterna e feliz. O Universo prorrompeu em cântico de júbilo e exaltação ao Criador quando engalanou este planeta e nele colocou o homem. Nas perguntas de Deus para Jó, está contida esta explosão de alegria de todo o Universo: "Onde estavas, quando fundei a terra… ao canto coral das estrelas matutinas e a aclamação dos Filhos de Deus?" - Jó 38:7 - TEB.
Havia abundância de delícias que poderiam e deveriam ser desfrutadas pelo casal recém criado. Apenas uma restrição foi estabelecida: a árvore do conhecimento do bem e do mal. Ali estava a prova de seu amor e lealdade a Deus. Adão não passou pela prova e cedeu às seduções do tentador. Desobedeceu à ordem de Deus e pecou. Adão devia morrer.
No entanto, Deus revelou a Adão o plano da salvação por meio da aliança eterna de Sua graça: "Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar". - Gên. 3:15
No animal morto como substituto, estava a revelação da graça de Deus para o problema do pecado. Pela graça, Adão teria desfrutado vida eterna e abundante se não pecasse; pela graça, seria liberto da condenação à morte eterna, se revelasse fé no Substituto. "Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor". - Rom. 6:23.
Pense: "Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar. E o Senhor Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás". - Gên. 2:15-17. – ARA.
Desafio: "Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna". – João 3:16 – NVI.
segunda-feira, 27/10/2008
› Abraão Viu Meu Dia
Aspectos significativos e importantes são ensinados em relação ao plano da expiação, no relacionamento entre Deus e Abraão. Deus pediu o filho como sacrifício e não deu para Abraão a liberdade de escolha. Se houvesse dito a Abraão que entre toda a sua riqueza e o filho, deveria definir sua dádiva, fora de qualquer dúvida, teria dado tudo, poupando o filho. Se o pedido condicionasse a resposta à entrega de si mesmo ou o filho, seguramente pouparia o filho, dando-se a si mesmo para o sacrifício.
Deus pediu o filho. Por que Deus não respeitou o princípio do livre arbítrio, neste caso, com Abraão? A resposta está em Gênesis 22:1 e 12: "... pôs Deus Abraão à prova " e "... agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho."
A dura e angustiante experiência do longo caminho para o monte Moriá, nunca teria existido na vida de Abraão, se Ismael não houvesse nascido. Deus não aceitou a escolha de Abraão em Ismael, porque este não era o filho da fé, mas o filho da incredulidade.
Todavia, como todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus, foi legado às gerações posteriores esta página repleta de ensinamentos espirituais. Experiências com dramáticos e vibrantes lances de amor, fé, luta, confiança, sacrifício e provisão salvadora. No momento decisivo e crucial Deus proveu o cordeiro.
Para expiar o pecado do homem não havia o cordeiro entre arbustos no Calvário. A única maneira para expiar o pecado era a dádiva máxima, de valor máximo. O Filho foi oferecido como a dádiva do amor para vindicar a justiça de Deus e derramar graça sobre o culpado e condenado. Esta foi a grande mensagem comunicada para Abraão e à sua posteridade espiritual.
Pense: "Deus pôs à prova a fé e a obediência de Abraão" e "Bem sei que Deus está acima de tudo em sua vida. Pois você não me negou nem mesmo o seu amado filho, o seu único filho". – Gên. 22:1 12 – BV.
Desafio: "Abraão creu no Senhor, e isso lhe foi creditado como justiça". – Gên. 15:6 – NVI.
terça-feira, 28/10/2008
› Moisés e a Revelação da Salvação
Moisés, em meio ao tremendo fardo de sua tarefa, pede a Deus: "Rogo-te que me mostres a tua glória". - Êx. 33:18. O Senhor mostrou a Sua glória, e Moisés teve uma impressiva revelação do caráter de Deus: compassivo, clemente, longânimo, misericordioso, fiel, pleno de graça, amor, perdão e justiça justificadora. ( Êx. 34:6 e 7).
Nos atributos assim revelados, teve Moisés a visão de um ser glorioso, uma Pessoa. Não um igual a ele, mas alguém: "Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz". - Is. 9:6.
Ele recebeu a revelação de Deus como uma Pessoa que na grandeza de Seu amor pelo homem caído, o filho a quem Ele ama, que na eternidade, "antes da criação do mundo", (I Ped. 1:20) estabeleceu o plano da salvação pelo processo da expiação, perdoando o pecado e apagando a culpa pela transferência. A revelação atuou como um raio fulminante sobre Moisés, dobrando-o humilde e contrito ante a Majestade eterna: "E imediatamente, curvando-se Moisés para a terra, o adorou". - Êx. 34:8.
A gloriosa revelação era a de Alguém infinitamente maior do que ele. A contemplação da glória do caráter de Deus, mostrou-lhe em cores vivas, a pecaminosidade e dependência do homem e a graça e a justiça perdoadora e justificadora de Deus. Tocado por esta visão gloriosa, suplica em profunda contrição: "Perdoa a nossa iniqüidade e o nosso pecado, toma-nos por tua herança". - v. 9. A rendição foi total.
Pense: "Mas agora, eu te rogo, perdoa-lhes o pecado; se não, risca-me do teu livro que escreveste". – Ex. 32:32 – NVI.
Desafio: "Senhor, Senhor, Deus compassivo e misericordioso, paciente, cheio de amor e de fidelidade". – Ex. 34:6 – NVI.
quarta-feira, 29/10/2008
› O Servo do Senhor
O profeta Isaias descreve as reações de Jesus em Sua missão para consumar o plano da expiação, valendo-se do símbolo do cordeiro, levado ao matadouro para ser executado: "Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro, e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca". - Is. 53:7 - ARA.
As reações de Jesus em face da morte foram do mais perfeito equilíbrio emocional. Nenhuma reação de ansiedade, de incerteza, de pavor, ou qualquer outro sentimento que pudesse destruir a Sua estabilidade emocional. Quando o profeta declara que Jesus não abriu a sua boca, não está falando dos muitos momentos de silêncio perante seus acusadores e algozes. Mas está se referindo às Suas reações emocionais conservadas em perfeito equilíbrio quando submetido à mais terrível e dramática morte. Não houve lamentos, expressões de medo e gritos de pavor.
Lembrando em todos os aspectos o símbolo que o tipificava, Ele nasceu em curral de ovelhas e seu primeiro leito foi uma manjedoura, porque Ele nasceu para morrer a morte-sacrifício. A Sua morte era substituta, morrendo para pagar a culpa de pecados que não eram dEle e oferecer graça e perdão amorosos para salvar pecadores que são Seus.
O diabo levou os castigos infligidos a Jesus até o máximo clímax das conseqüências. Ele tentou até o último momento induzir Jesus ao pecado, ao desequilíbrio emocional. Ele tentou de todas as formas obter a vitória sobre Cristo.
Pense: "Apesar disso, Ele colocou sobre Si mesmo as nossas dores, Ele mesmo carregou nosso sofrimento. E nós ficamos pensando que Ele estava sendo castigado por Deus por causa de Seus próprios pecados! A verdade, porém, é esta: Ele foi ferido por causa de nossos pecados; seu corpo foi maltratado por causa de nossas desobediências. Ele foi castigado para nós termos paz; Ele foi chicoteado – e nós fomos curados!" - Is. 53:4 e 5 – BV.
Desafio: "Apesar disso, o plano perfeito do Senhor exigia a sua morte e o seu sofrimento. Mas depois de dar a sua vida como oferta pelo pecado, Ele vai ressuscitar…". – Is.53:10 – BV.
quinta-feira, 30/10/2008
› Anunciado em Daniel
O que Daniel deixa muito bem evidente em sua oração? "Senhor, tu és justo, e hoje estamos envergonhados.... por causa de nossa infidelidade para contigo... porque pecamos contra ti... Inclina os teus ouvidos, ó Deus, e ouve; abre os teus olhos e vê a desolação da cidade que leva o teu nome... Por amor de ti, meu Deus, não te demores, pois a tua cidade e o teu povo levam o teu nome". – Dan. 9:7-19 – NVI.
Gabriel vem até Daniel e em suas explicações não falou sobre o fim do cativeiro judeu, mas iluminou a sua mente com a revelação do desenvolvimento de importantes acontecimentos contidos na visão das 2.300 tardes e manhãs, trazendo em seu conteúdo a revelação do plano da salvação por meio de Cristo Jesus.
Haveria então um período de 62 semanas ou 434 anos, e o final desse período seria assinalado pelo acontecimento mais importante para a história da humanidade, Jesus seria revelado como o Messias, o Ungido, o Cristo, o Redentor prometido.
A demonstração inequívoca de que Jesus é o cumprimento deste acontecimento da profecia, encontra-se nos fatos de que Ele fez cessar a transgressão - morrendo em lugar do transgressor; assumiu os pecados - como sacrifício substituto; removeu a culpa - trazendo a graça por sua morte; trouxe a justiça eterna – a sentença da lei foi executada nEle; deu validade à visão e credibilidade ao profeta, por seu inquestionável cumprimento; e revelou-se como Aquele que executa o plano da salvação, com a unção do santíssimo. Todo o serviço do santuário é um tipo de Cristo, o Ungido, o Redentor.
Pense: "Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniqüidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia e para ungir o Santo dos Santos". – Dan. 9:24 – ARA.
Desafio: "No meio da semana ele dará fim ao sacrifício e à oferta". – Dan. 9:27 – NVI.
sexta-feira, 31/10/2008
› Estudo Adicional
No dia em que o pecado entrou em nosso mundo, Deus revelou o plano da redenção. O pecador culpado recebeu a oferta do perdão, mediante a morte substituta de Jesus em lugar do condenado. O símbolo escolhido por Deus para tipificar o sacrifício substituto de Jesus foi o cordeiro, o símbolo mais perfeito.
O cordeiro nada tinha a ver com o pecado de Adão. Era inocente e não merecia morrer. Mas a sua morte, como sacrifício substituto, tipificando Jesus, o Deus-Homem perfeito, inocente e vitorioso sobre o pecado, devolveu em Sua morte, ao homem caído a oportunidade de escolha entre a escravidão de Satanás e a morte eterna e a liberdade e vida eterna oferecidas por Deus por meio de Cristo.
A morte de Jesus não foi a morte comum a todos os homens e muito menos a morte de um fora da lei. Para ser mais correto, Jesus não morreu a morte que todos os humanos morrem como conseqüência do pecado, porque Ele não foi vencido pelo pecado. Dentro do contexto de que o salário do pecado é a morte, Jesus não podia morrer, porque Ele viveu "sem pecado". – Heb. 4:15 - ARA
Jesus também não morreu a morte de quem foi condenado e, portanto, seus algozes Lhe tiraram a vida, matando-O. Jesus mesmo declarou: "Ninguém me tira a vida". – João 10:148 – TEB.
Na seqüência declara: "Mas eu a dou livremente. Tenho poder de entregá-la e poder de retomá-la". – João 10:18 – BJ. Jesus entregou-se a Si mesmo, por livre escolha e foi oferecido por Deus o Pai como o sacrifício substituto para expiar a culpa do pecado do homem caído. Para tipificar esta morte-sacrifício, Deus escolheu o símbolo mais perfeito existente em nosso mundo – o cordeiro.
Pense: "Assim como houve muitos que ficaram pasmados diante dele, sua aparência estava tão desfigurada, que ele se tornou irreconhecível como homem; não parecia um ser humano". – Is. 52:14 – NVI. "Mas muitos ficarão espantados quando O virem – até mesmo reis e nações distantes ficarão sem fala por causa dEle, verão e entenderão coisas das quais nada sabiam. Eles verão o meu Servo coberto de sangue, com suas feições completamente deformadas, a ponto de nem parecer mais gente!" - BV.
Desafio: "Contudo, foi da vontade do Senhor esmagá-lo e fazê-lo sofrer, e, embora o Senhor tenha feito da vida dele uma oferta pela culpa, ele verá Sua prole e prolongará seus dias, e a vontade do Senhor prosperará em suas mãos". – Is. 53:10 – NVI.
Conheça nosso autor:
Pr. Albino Marks
Especialista em aconselhamento familiar e profundo estudioso da Bíblia, o pastor Albino Marks já atuou como preceptor (IAP, IACS, IAE-SP); capelão (IACS e Hospital do Pênfigo); diretor geral do IAP; departamental em várias associações e na UCB.