A Lição em resumo
Texto-chave: Efésios 1:9, 10
desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo, de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu, como as da terra; (Efés. 1:9-10)
O aluno deverá...
Conhecer: Que Deus escolheu salvar a raça humana.
Sentir: Que a separação provoca dor tanto em Deus como em nós.
Faça: Medite diariamente no mistério da encarnação de Cristo e no que significa para nós o amor e o caráter de Deus.
Esboço do aprendizado
I. Da perfeição até a morte eterna (Ec 7:29)
Eis o que tão-somente achei: que Deus fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias. (Ecles. 7:29)
Deus criou seres perfeitos, e eles escolheram criar o caos. Em resposta, Deus escolheu limpar a confusão que os seres humanos fizeram. Comente as soluções que Deus poderia ter escolhido em vez de oferecer a redenção. Depois de examinar esses outros resultados potenciais, como entendemos melhor o caráter de Deus? Suponha que Ele tivesse decidido nos entregar ao próprio destino, sem a opção da salvação.
II. Um resgate em ação (Rm 5:6-8)
Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. Dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer. Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. (Rom. 5:6-8)
Não merecemos ser resgatados. Deus poderia ter simplesmente permitido que nos atolássemos na sujeira do pecado e na eterna ruína que ele traz. Mas Ele executou uma operação de salvamento. Sob que condições você morreria por outra pessoa? Por quem você morreria – seus filhos, cônjuge ou pais? Você morreria por um ditador faminto de poder, um terrorista, um traficante de drogas ou uma prostituta? O que sua resposta lhe diz sobre o caráter de Deus?
Resumo: Não precisamos entender perfeitamente a escolha de Deus de nos salvar. Ele só quer que aceitemos e creiamos que Ele ofereceu uma saída. Simplesmente precisamos decidir aceitá-Lo.
| Motivação |
Apesar de ter criado os anjos e as pessoas com poder de escolha, Deus não só sabia que eles poderiam rejeitá-Lo mas sabia que alguns o fariam. Ele também sabia que a única resposta para o mal que surgiria no Universo seria uma demonstração de Sua verdadeira natureza: Sua justiça inflexível, por um lado, e Seu amor abnegado e sacrifical pelo outro. "Visto que unicamente o serviço de amor pode ser aceito por Deus, a fidelidade de Suas criaturas deve repousar em uma convicção de Sua justiça e benevolência" (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 42).
Peça que alguns membros da classe descrevam por que é importante para eles ser agentes morais livres. Qual seria a alternativa? Por que Deus deveria planejar salvar as pessoas? Elas não fizeram sua escolha?
Alternativa: Levante uma planta florida em um vaso. Pergunte se a planta tem escolha sobre o tipo de flores que produz. Pergunte se alguém na classe tem escolha sobre sua altura ou se tem um temperamento agitado. Sobre algumas coisas não temos escolha. Podemos nascer com um temperamento agitado, mas, ao contrário de uma flor, temos a escolha de exibir o temperamento ou não. Porém, devemos ser educados quanto às nossas alternativas. Como Deus Se propõe a fazer isso?
| Compreensão |
Comentário bíblico
I. Amor misterioso
(Leia Romanos 3:19, 20; 5:6-8.)
Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus, visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado. (Rom. 3:19-20)
Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. Dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer. Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. (Rom. 5:6-8)
Quando criou Lúcifer e Adão e Eva perfeitos em um ambiente perfeito, Deus tomou todas as providências possíveis para sua felicidade e sucesso. A lei é um retrato perfeito de como são as coisas em um mundo perfeito. Mas quando os pecadores escolhem se desviar da perfeição do ambiente de Deus, nem eles nem a lei podem consertar o que foi quebrado. Deus ofereceu mais que um ambiente perfeito: Ele ofereceu a Si mesmo, um oferecimento perfeito de amor que se esquece de si mesmo, muito tempo antes de nossa criação e de nosso pecado.
Pense nisto: Examine Romanos 5:6-8 juntamente com Filipenses 2:6.
Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. Dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer. Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. (Rom. 5:6-8)
pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; (Filip. 2:6)
O amor humano tende a ser limitado. Como Jesus ultrapassou a maioria dos limites que podemos entender?
II. Graça misteriosa
(Leia Romanos 5:20, 21.)
Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça, a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor. (Rom. 5:20-21)
"Que Aquele que passara de uma estrela para outra, de um mundo para outro, dirigindo tudo, suprindo pela Sua providência as necessidades de toda a ordem de seres em Sua vasta criação – que Ele consentisse em deixar Sua glória e tomar sobre Si a natureza humana, era um mistério que os seres sem pecado de outros mundos desejavam compreender" (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 69).
Graça é o oferecimento de algo que não merecemos. Deus já forneceu tudo o que era possível. Além disso, Ele ofereceu mais. Tendo já sido o provedor de todas as necessidades, Ele ofereceu a Si mesmo como demonstração pessoal da imutabilidade de Sua lei, o resultado final do pecado e as profundezas de Sua misericórdia em tomar sobre Si mesmo a punição pelo pecado.
Pense nisto: Que mais Deus poderia fazer por nós? (Veja Rm 8:32.)
Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? (Rom. 8:32)
III. Plano eterno
assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor (Efés. 1:4)
de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu, como as da terra; (Efés. 1:10)
na esperança da vida eterna que o Deus que não pode mentir prometeu antes dos tempos eternos (Tito 1:2)
Antes de termos sido criados e antes de pecarmos, Deus havia decidido que fôssemos santos, inocentes e vivêssemos eternamente. Isso só foi possível porque Cristo foi escolhido para ser morto pelos nossos pecados, antes mesmo que esses pecados fossem cometidos (1Pe 1:20; Ap 13:8), e para nos fornecer o que não poderíamos prover por nós mesmos – uma vida sem pecado, merecedora da vida eterna.
conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós (1 Ped. 1:20)
e adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. (Apoc. 13:8)
Pense nisto: Neste contexto, explique Gálatas 2:20 em suas próprias palavras.
logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim. (Gál. 2:20)
IV. Por via da cruz
o qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai, (Gál. 1:4)
logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim. (Gál. 2:20)
Somos elevados a uma vida que não merecemos, unicamente porque Cristo "Se fez nada" (Fp 2:7, NIV), tornando-Se um servo em carne humana e tomando sobre Si mesmo a maldição da morte que merecemos, mesmo que fosse a morte em uma cruz.
Pense nisto: Filipenses 2:8 continua a descrever Cristo como "obediente até a morte".
a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. (Filip. 2:8)
Explique esse conceito em relação a Lucas 22:42 e Gálatas 1:4.
dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua. (Luc. 22:42)
o qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai, (Gál. 1:4)
V. Jesus devia fazer isso
Pois vos digo que importa que se cumpra em mim o que está escrito: Ele foi contado com os malfeitores. Porque o que a mim se refere está sendo cumprido. (Luc. 22:37)
É necessário que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar. (João 9:4)
Pense nisto: Por que Jesus considerava tão necessário para Sua missão aquilo que Ele fez? Por que Ele dizia tão freqüentemente que não estava fazendo Suas obras, mas as de Seu Pai?
A comunhão entre o Pai e Filho é tão íntima que Jesus, quando nos amou e morreu por nós, estava expressando o amor do Pai por nós, em obediência íntima à vontade do Pai. Mas nossa relação com Jesus é tão íntima que Jesus diz que nos conhece assim como o Pai O conhece. "Que declaração esta! É Ele o Filho unigênito, Aquele que Se acha no seio do Pai, Aquele que Deus declarou ser 'o Varão que é o Meu companheiro' (Zc 13:7), e apresenta a união entre Ele e o eterno Deus como figura da que existe entre Ele e Seus filhos na Terra!" (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 483).
Desperta, ó espada, contra o meu pastor e contra o homem que é o meu companheiro, diz o SENHOR dos Exércitos; fere o pastor, e as ovelhas ficarão dispersas; mas volverei a mão para os pequeninos. (Zac. 13:7)
| Aplicação |
Perguntas para consideração
1. Visto que Deus sabia que algumas de Suas criaturas, um dia, iriam voltar as costas para Ele, elaborou um plano de emergência. Por que esse plano de contingência funcionou para as pessoas na Terra mas não para Satanás e seus anjos seguidores?
2. Ao longo da vida, Jesus reconheceu que não viera para fazer Sua própria vontade e obras mas as obras de Seu Pai. Compare essas declarações com aquelas em que Ele afirmou que entregava Sua própria vida para a reassumir? (Veja Jo 10:14, 15, 17, 18.)
Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim, assim como o Pai me conhece a mim, e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas. (João 10:14-15)
Por isso, o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai. (João 10:17-18)
Transformação da vida
1. Em Lucas, Jesus dizia freqüentemente do que era "necessário" que Ele fizesse. O que você considera necessário fazer, como sua missão de vida? Escreva uma declaração de missão que defina o que é mais importante para você fazer.
2. Sua vida ajuda a revelar os mistérios do amor e da graça de Deus? Como você pode ser parte desse processo?
| Transformação |
Pense nisto: Comente as sugestões abaixo como atividades possíveis para a semana que vem. Você pode escolher terminar com a número 3.
1. Examine João 17, a oração de consagração de Jesus por Si mesmo e por Seus discípulos. Levando em conta sua compreensão de missão pessoal a serviço de Cristo, escreva uma oração de consagração por si mesmo em resposta à oração de Cristo.
2. Escreva um pequeno drama sobre a primeira vez em que Adão e Eva ofereceram um sacrifício fora do portal do Éden.
3. Organize uma leitura responsiva de Efésios 1, enfatizando o plano de Deus desde antes de o mundo ser criado, de fazer convergir todo o Universo em Cristo. Use essa leitura como encerramento de sua classe.
FONTE: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2008/frlic442008.html