
Chamamos de idealistas aqueles que aspiram a uma sociedade utópica, acreditando na boa vontade inerente aos homens. Talvez a caracterização sirva como uma luva para o filósofo e
best-seller Luc Ferry. Ele é o entrevistado da revista Veja desta semana. Em seu livro
Famílias, Amo Vocês, que chegou ao Brasil, o autor francês propõe que a família preencha na atualidade o requisito de único bem sagrado. Apesar de interessante, a definição do autor sobre o que seja sagrado ("algo pelo qual vale a pena morrer") tem sua aplicação restringida às relações familiares. Para Ferry, ocorreu a sacralização do gênero humano, porque todos nós "arriscaríamos a vida" por "aqueles próximos de nós: a família, os amigos e, em um número bem menor, pessoas mais distantes que nos causam grande comoção", ao contrário de outros tempos, quando se dava a vida em nome da Religião ou do Estado.
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