sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Estudo nº 10 – Expiação na cruz - Comentário Sikberto Marks

Estudos da Bíblia: Quarto Trimestre de 2008

Tema geral:  A doutrina da Expiação

Estudo nº 10   Expiação na cruz

Semana de   29/11 a 06/12/2008

Comentário auxiliar elaborado pelo prof. Sikberto Renaldo Marks

marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (0xx55) 3332.4868

Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil

 

Comentário complementar ao estudo da lição da Escola Sabatina

Com a atenção dos leitores: CRISTO está perto de voltar! Veja comentários sobre fatos proféticos em www.cristovoltara.com.br

 

Verso para memorizar: "Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do Seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados" (Col. 1:13 e 14).

 

  1. Introdução – santo sábado, dia da aliança entre criaturas e o Criador

Como na semana passada, voltemos outra vez a considerar o caso do Lindenberg, o rapaz que matou sua ex. namorada Eloá? Quem tem a culpa dos delitos que ele praticou? É flagrante que foi ele, não parece? Perante a justiça dos homens é assim, mas perante a justiça divina é bem diferente.

Quem é o culpado daqueles delitos perante DEUS? O próprio é um dos culpados, mas não o único. Há muitos outros. Satanás é um dos outros, que faz com que a sociedade seja incapaz de gerar cidadãos equilibrados. Mas têm ainda outros. Aquele que vendeu ou forneceu aquela arma também é, e até o fabricante da arma, bem como o que fabricou a munição. E os produtores de filmes violentos que moldam a mente das pessoas? Esses também são. E a mídia que todo dia divulga violência e incentiva vingança e imoralidade, ela também é culpada. E talvez muitos dos amigos do Lindenberg, que ao longo de sua vida deram maus exemplos ou o guiaram por caminhos maus, esses também são culpados da tragédia. Talvez também os pais que, naquilo que sabiam, não o educaram devidamente. Pois bem, deve haver muitos mais. Muitas pessoas tem parcela de culpa por essa tragédia.

Imagina aqui na Terra realizar um processo de justiça considerando todos esses culpados? A sociedade estaria presa na cadeia, incluindo os juízes e os policiais. Por aqui todo mundo transgride as leis! Bem, a justiça aqui nem tem capacidade de julgar em tal abrangência. Ela é apenas um trapo de imundícia, mais nada.

Mas na justiça celeste todos serão responsabilizados se não se arrependerem. Na Terra só mesmo os atos flagrantes não escapam da justiça, os ocultos nem são considerados. As pessoas fabricam armas para matar e essa é considerada até uma atividade legal, que gera empregos. Aqui, sendo possível, as pessoas não assumem sua responsabilidade ou sua parcela de culpa pelas tragédias. Aqui aumenta cada vez mais a impunidade, que provoca ainda mais abertura para novos delitos de todo tipo.

Na justiça celeste é bem diferente. Há quase dois mil anos atrás JESUS morreu pelo que o Lindenberg fez há poucos dias. E morreu também pelo que fizeram todos os outros agentes que de alguma forma contribuíram para que aqueles delitos fossem cometidos, com a exceção de satanás e seus anjos. Portanto, todos eles (exceto satanás e seus anjos) podem ser perdoados. Na justiça celeste não há impunidade, ou seja, perdão sem pagamento pelo que foi feito. JESUS pagou em Seu sofrimento e em Sua morte.

 

  1. Primeiro dia: Angústia: caminhando para o Getsêmani

Como foi que JESUS Se sentiu ao assumir os nossos pecados sobre Si? Tentemos imaginar com algumas ilustrações.

Coloque-se na situação que iremos descrever. É apenas ilustrativo, mas poderia ser real. Na verdade, coisas parecidas ou diferentes ocorrem em nosso mundo todos os dias.

Imagine-se numa festinha de aniversário, de uma criança de dois anos. Lá pelas tantas, você vai brincar com a criança. Ergue-a bem alto e por um descuido a deixa cair e ela se machuca muito. Fica desacordada. Como você se sentiria? Loucura não. Levam-na para o hospital, mas a criança não resiste, e vai a óbito. E agora, como se sente? Muito pior. Deve ser uma sensação muito intensa de culpa, de auto-recriminação, de arrependimento, de raiva de si mesmo, de vergonha, de mil desejos e repreensões, e assim por diante. Passa por uma confusão mental de sentimentos contraditórios e profundamente perturbadores. E aparecem muitas pessoas o condenando. Vem a mídia e o condena. Vem muitos repórteres e fazem mil perguntas. Você está cada vez pior, até que desmaia tamanha a sua angústia.

Porém, só cometeu um erro, na verdade, um descuido. Agora imagina se fossem duas crianças, de duas famílias diferentes, na mesma ocasião. É de se ir à loucura não é mesmo? Mas, imagine se por um erro seu, atropelou dezenas de pessoas, crianças, adultos, idosos, e assim por diante, matando-as. Como se sentiria? Nem dá para imaginar, quem dera isso nunca aconteça, pois sua vida jamais será normal. Só sofrimento todos os dias da vida.

Vamos piorar a situação, pois isso é possível. Digamos que tenha feito alguma das coisas acima, e que não se tenha arrependido. Vamos agora imaginar como estará se sentindo lá no final do milênio, em pé, diante de DEUS, ao lado de satanás e outros milhares de pessoas, prestes a serem tragadas pelo fogo eterno. Ali mesmo, dá para se imaginar a angústia que estaria sentindo? Não é possível, não é mesmo? Mas seria pior que loucura. As pessoas ali, no momento da condenação certamente enlouquecerão, e farão coisas inimagináveis, fora da razão. Poder-se-ia imaginar como seriam os seus gritos de desespero?

Pois bem, por que intensidade de angústia JESUS passou quando chegou ao Getsêmani? Ele sentiu o que você sentiria ao ter feito aquilo tudo que acima ilustramos. Mas sentiu como sentiria lá no final do milênio, pois JESUS estava com Sua alma profundamente triste até a morte, isto é, a segunda morte. Ele estava Se sentindo como diante da ira do Juiz nos instantes do pronunciamento da condenação eterna. Mas tem ao menos duas agravantes. JESUS estava sentindo não só um ou outro pecado, em Sua mente pesavam os sensos de culpa de todos os pecados de bilhões de pessoas ao longo da história humana. Imagine isso numa situação como será aquela da condenação eterna? Podemos dizer com firmeza que nenhum ser humano suportaria o que JESUS teve que suportar. Chegou a verter sangue tamanha pressão em seu íntimo emocional. Tamanha a culpa que sentia, e contudo era inocente. Na cruz, JESUS estava sendo condenado sabe por quem? Pode ser incrível, mas pelo Seu Pai celeste! Aquele que deverá proceder a eliminação de todos os seres que não se arrependerem, e JESUS estava bem diante d'Ele. É por isso que Se sentiu abandonado pelo Seu Pai. Veja só em que situação JESUS foi jogado, por nossa culpa!

Há mais outra agravante. Ele nem era culpado. Ele não era acostumado a ser frio e calculista, como se tornam os criminosos. Ele era Um que amava as pessoas. Era acostumado a amar, a ter sentimentos bons para com todos. Uma pessoa assim, ao se sentir culpada sofre muito mais que aquelas que se tornam frias sentimentalmente. Foi por isso que JESUS morreu naquele dia mesmo. Ou melhor, Ele depôs a Sua vida, pois havia chegado a hora. O seu íntimo emocional não suportou mais que algumas horas, além do que, ao mesmo tempo, perdia todo o seu sangue.

Nessas condições, inimagináveis e indescritíveis, Ele manteve o Seu amor por nós até Seu último pensamento e suspiro. Aliás, após a parada respiratória, Ele ainda teve um ou dois minutos de razoável lucidez, até que sua mente se apagou por completo. Nem mesmo nesses momentos Ele teve um resquício de ódio contra algum de nós pelo que estava passando. A sua mente era um conjunto contraditório de emoções de terror que não podemos entender, no entanto, Ele, nessas condições pronunciou as palavras que definem a segura possibilidade de nosso futuro: "Pai, perdoa-os porque não sabem o que fazem."

Embora tudo o que passava, Ele perdoou.

 

  1. Segunda-feira: O cálice: submissão voluntária

"...não se faça a minha vontade, e, sim, como Tu queres" (Mat. 26:39).

JESUS veio para servir, não para ser servido. Aliás, na perfeição todos existem para servir, não para serem servidos. É no ambiente de pecado que as pessoas exigem submissão por parte de outras pessoas. É nesse ambiente que alguns seres humanos se percebem superiores a outros seres humanos.

O Filho de DEUS veio para tomar o cálice de DEUS. Que cálice é este? É o cálice da ira de DEUS. "Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da Sua ira" (Apoc. 14:9 e 10). A ira de DEUS é a justa punição do pecado, a eliminação, para sempre do pecado. E aquelas pessoas, ou anjos, que se aliarem com o mistério do pecado, serão eliminadas juntamente com o pecado. DEUS separa pecado de pecador. Um pecador poderá ser salvo para a vida eterna. Desde que queira ser liberto da prática do pecado. No entanto, pecadores que não desejam separar-se de seus pecados, a ira de DEUS, isto é, a sua eliminação definitiva será para eles também. "A ira de Deus não é declarada contra pecadores impenitentes, apenas por causa dos pecados por eles cometidos, mas porque, quando chamados a arrepender-se escolhem continuar em resistência, repetindo os pecados do passado em desafio à luz que lhes era dada" (Atos dos Apóstolos, 62).

Quando JESUS estava a caminho da cruz, a partir dos instantes em que entrou no Getsêmani, ele sentiu essa ira. Agora JESUS era um pecador, ou, pelo menos, como um deles. Ele não poderia ser salvo dos pecados se desejasse salvar outros desses pecados. Na Sua angústia, bem que Ele tentou, apelando para DEUS Pai que, se fosse possível (isto é, se houvesse outra alternativa de última hora para salvar os seres humanos) que fosse poupado de tomar o cálice da ira de DEUS. Mas Ele ajuntou que não se fizesse a vontade d'Ele, mas a do Pai, que era salvar a raça humana.

O silêncio foi a resposta: não havia possibilidade. Se houvesse alguma idéia de última hora, DEUS teria falado. Mas como Ele nada falou, isso foi uma resposta: JESUS deveria ir em frente pela salvação da raça humana, enfrentando a astúcia de satanás, o desprezo dos seres humanos que Ele estava desde então salvando e também a ira de DEUS.

 

  1. Terça-feira: Trevas: entregue ao inimigo

Chegou a hora da despedida. JESUS logo iria partir para a guerra. Estava com seus discípulos, e fizera a última refeição antes da tremenda batalha. Um dos discípulos, simbolizando a traição da raça humana em sua maioria, deixa-O e vai negociar seu Salvador por trinta moedas de prata. Então O Mestre convida os discípulos para irem com Ele ao Getsêmani. Ainda eles alimentavam ambições de prestígio e poder num reino aqui na Terra. Que decepção teriam logo mais!

Agora vem a despedida do Pai. Ele ora para se possível, que fosse mudada a estratégia do plano de salvação. Mas só ouviu o silêncio, nada mais. Daí em diante, sentiu o que sentirão as pessoas quando aqui na Terra houver a completa ausência do ESPÍRITO SANTO: terror e sensação de ruína. É o fim eterno se aproximando. Foi o que JESUS sentiu.

Cabia a Ele entrar no território de satanás. Ali dentro, no império das trevas deveria enfrentar, só, sem nenhuma ajuda, o poder das trevas, este, com milhares de anjos maus e também seres humanos.

Como JESUS deveria lutar? Ele deveria provar a todos os seres que, sendo atacado de todos os lados, que era mesmo assim capaz de não odiar a nenhum deles, nem mesmo a satanás. Em lugar do ódio, Ele deveria amar o ser humano (não mais a satanás, o inimigo declarado) e morrer pelo ser humano para com Seu sangue obter o direito de perdoá-lo.

Como era o cenário da batalha de JESUS? Por decisão eterna, o Pai e Ele mesmo resolveram que houvesse a entrega d'Ele aos demônios e aos homens a estes aliados, para que tentassem destruí-Lo moralmente. Agora a Lei de DEUS estava em jogo. A grande questão era: será mesmo que DEUS é capaz de cumprir a Lei que Ele requer que seus seres criados cumpram? Para saber, a JESUS foi permitido passar pelo teste mais severo possível de se realizar: jogar sobre JESUS as culpas de todos os seres humanos e ainda por cima permitir que os demônios o torturassem como bem desejassem. Além disso, se voltava contra Ele a ira de DEUS, pois Se tornara pecador. Ou seja, tudo agora estava contra aquele homem. O que normalmente chamamos de tentação, no caso de JESUS poder-se-ia mais adequadamente chamar de destruição. Ou seja, por meio de estratagemas de tentação JESUS deveria ser exposto a ser eliminado para sempre e satanás deveria ter a oportunidade de se tornar o imperador desse planeta, para sempre. E o pior, vencendo a JESUS, deveria evidentemente ser sustentado por DEUS, uma vez que adquirira o direito disso. Portanto, só, como homem, e nenhum aliado a mais, JESUS deveria enfrentar milhões ou bilhões de seres maléficos. Sabe-se lá que balbúrdia e tortura psicológica esses seres faziam sem que os homens percebessem. O que sabemos é que esses seres jogaram contra JESUS os seres humanos e separaram dele os Seus seguidores, inclusive os discípulos. A humanidade que viera salvar estava contra Ele. Mas Ele não os poderia odiar, pelo contrário, Ele os deveria amar, mesmo depois de perder a respiração, nos poucos minutos em que a mente ainda se mantém consciente. Aliás, se JESUS tivesse tido apenas um pensamento de desconforto contra apenas um ser humano, e mesmo que nem satanás o percebesse, O Pai celeste não poderia proclamar a vitória de JESUS. Em meio ao poder das trevas Ele deveria amar aqueles que ali viviam para dali os tirar quando vier pela segunda vez. Ele conseguiu!

 

  1. Quarta-feira: O grito: explorando o mistério

Esse foi o dia em que o Universo parou. Os seres perfeitos, não caídos, sabiam o que se passava aqui na Terra. Se nós, que somos um mínimo em relação a eles, conseguimos ver o que se passa, por exemplo, em fatos importantes em algum lugar do mundo por meio da televisão, imagine eles, seres perfeitos. Penso que eles acompanhavam os fatos daqui em tempo real. Penso que estavam apreensivos pelo que aqui se passava. Havia ao menos dois grandes motivos para agirem assim: era o rei deles que estava nessa Terra Se arriscando por uma raça caída, e em segundo lugar, fosse o que acontecesse aqui, eles também seria afetados. O interesse deles era de que a problemática do pecado fosse resolvida ali naquela batalha titânica. Esses dois motivos eram expandidos pelo amor que aprenderam a sentir pelo seu Senhor que estava aqui em forma humana. Eles estavam separados d'Ele.

E DEUS, o Pai? O que Ele estava sentindo? É aqui que ocorreu a maior ruptura. Entre os membros da divindade se manifesta da forma mais intensa o poder do amor eterno. Ou seja, o amor que é a fonte da felicidade dos seres do Universo se manifesta numa atração íntima entre os membros da Trindade. Eles são tão íntimos que jamais se contradizem, tão íntimos que são três, mas como sendo um só. A força que os torna como um único é o amor. Foi então que teve que haver a separação, para um deles ser entregue aos poderes das trevas, para que esse poder fizesse o que bem desejasse, até que O conseguisse matar. Não há como imaginar como DEUS se sentia diante dessa situação, porque Ele ama mais do que qualquer outro ser.

Vamos tentar ilustrar. Se você é casado, imagine isso em relação a seu cônjuge. Melhor se houver plena harmonia entre os dois. Amam-se tanto que desejam estar sempre juntos. Estão casados há muito tempo, já fizeram bodas de ouro. Imagine a situação seguinte, que um dos dois foi preso, mas é inocente. Aí vem o clamor popular, como frequentemente acontece, e resolve fazer a tal da justiça pelas próprias mãos (a tendência agora é essa, e assim continuará até o fim). Então você é obrigado a assistir o seu eterno amor, parceiro(a) de alegrias e momentos felizes, ser humilhado em via pública. Você vê o seu amor, uma pessoa de mais de 80 anos de idade, sendo cuspido, chutado, caindo ao chão, sem roupas sendo humilhado e massacrado por centenas de pessoas iradas e indomáveis. E você tendo que assistir a tudo sem poder fazer nada. Essa pessoa era tão íntima sua que você não ousava sequer tocá-la de forma desajeitada, e se acontecesse, pedia mil perdões. Vocês dois amavam-se em total intensidade, e eram indescritivelmente felizes. Então o povo resolve partir para extremo ainda pior. Decidem crucificar o seu cônjuge, e deixa-lo ali pendurado até que morra. E o povo todo fica ali zombando, rindo e falando coisas nojentas. Como você se sentiria?

Algo assim passou DEUS. Aliás, bem pior, pois o amor entre eles é infinitamente mais intenso que entre um casal de idosos daqui da Terra. É da intensidade do amor entre os membros da Trindade que depende o funcionamento do Universo. É dessa intensidade que depende a felicidade dos seres do Universo. É nessa relação que se manifesta a estabilidade de toda a criação. Pois ela fora rompida, e o Universo estava em perigo. Portanto, todo o Universo estava sofrendo, assim como DEUS Pai e JESUS também estavam.

Aliás, podemos até mesmo imaginar os sentimentos em relação aos demônios. Como foi que eles se sentiram quando JESUS clamou aquelas pavorosas palavras: "DEUS Meu, DEUS Meu, por que Me abandonaste?" (Mat. 27:46). Ali, certametne ninguém mais que os demônios tremeram ao pronunciamento dessas palavras. Eles bem sabem que pavor sentirão quando diante do pronunciamento da sentença daqu'Ele que estava ali prestes a morrer, por culpa deles, que deram início a todo esse sofrimento em nosso planeta. Aquelas palavras revelavam a sensação de JESUS, sofrendo ante a sentença de eterna separação pela morte eterna, a segunda morte. Foi essa angústia sentida por JESUS. Essa será a angústia que os demônios sentirão, e eles entenderam que será assim, que passarão pela mesma experiência. Eles sabem o que os aguarda, e sabem também que não serão mais ressuscitados. Morrer daquela forma como estavam levando o Salvador do mundo a morrer será a tortura que eles não irão querer passar, mas terão que suportar. Eles irão querer morrer sem sofrer, mas isso será inevitável. Só escaparão desse sofrimento aqueles que crerem em JESUS, esses serão salvos, e para sempre. Eles serão poupados porque JESUS foi seu substituto.

 

  1. Quinta-feira: Está consumado: da morte para a vida

Às nova horas da manhã JESUS foi pregado na cruz. Dali só sairia morto. Agora seriam Suas seis últimas horas de vida e provação. Precisava manter-se fiel aos mandamentos, isto é, amando a todas as criaturas embora estas ali O odiassem. O odiavam, mas ninguém sabia a verdadeira razão. Aliás, os sacerdotes e os mestres da lei, bem estes que deveriam encaminhar o povo a JESUS, mas que faziam exatamente o contrário, é que tramaram a morte de JESUS e que persuadiram o povo a se voltarem contra O Salvador. Irônico foi que na história de Israel os guias do povo, via de regra, com raras exceções, em vez de guiarem o povo, o levavam na verdade a caminhos de desobediência. Nessas ocasiões, que eram muito freqüentes, DEUS recorria aos poucos e raros profetas para mensagens de advertência, mas estes eram também severamente perseguidos pelos guias espirituais, os sacerdotes e os doutores da lei. Incrível contradição. Então chegou o tempo do próprio Senhor, O Filho de DEUS que enviava os profetas, Ele mesmo vir como um profeta, e assim como os enviados, aquele que os enviou também foi perseguido e morto. Ele que viera para os salvar. Profetas sempre foram perseguidos, não tanto por forças estrangeiras, mas por aqueles que mais os deveriam ouvir. Assim foi até com Ellen G. White, aliás, até em nossos dias, pois os seus escritos estão em processo de rejeição, explícita ou velada, bem nos dias em que mais necessitamos deles. Nessas ocasiões os líderes espirituais do povo de DEUS sempre estavam aliados com os poderes das trevas. Em todos os tempos foi assim, e não será diferente nesses últimos dias. Os mais severos perseguidores da igreja sairão das fileiras da igreja.

Ao meio-dia DEUS, O Pai, parece que não suportava mais a vergonha que o Filho passava fixado na cruz. E a natureza revelou os sentimentos da divindade. O sol não deu mais a sua luz, e um gelado e completo negror tomava conta do lugar. Simbolizava o poder das trevas reinando. Um poder que nada mais poderia suprir, senão trevas. Quer dizer, no império de satanás, que é das trevas, o futuro não passa de trevas eternas. JESUS estava entregue ao poder das trevas. Foi em trevas que Ele entregou o Seu espírito.

Da escuridão do meio-dia até o momento do sacrifício da tarde, faltavam três horas. Essas foram as horas mais pavorosas de JESUS. Foram horas como passarão os filhos da obediência durante o tempo das pragas. Serão dias de pavor, de escuridão espiritual, pois se terá retirado o ESPÍRITO SANTO dessa Terra. Então os homens, bons e maus, sentirão a diferença entre a presença e a ausência de DEUS nesse mundo. Verão a livre ação de satanás e seus demônios sobre a humanidade. Nesses dias sofrerão muito mais aqueles que chegaram a pecaram contra O ESPIRITO SANTO, e mais ainda aqueles que O combateram, aqueles que tentaram rebaixá-Lo de seu status de divindade. Cada um sofrerá segundo a luz que possuía, mas que rejeitou. E os homens maus combaterão os filhos da luz, pois não mais haverá luz, e sim, trevas. Será um ano de terror e desespero, de lutas e conflitos, de confusão, em meio a sucessão dos juízos de DEUS sobre o império da iniqüidade. JESUS passou pela experiência, e assim, aqueles que n'Ele creram, e que se entregaram a Ele, e que permitiram serem transformados pelo ESPÍRITO SANTO, vencerão na esteira da vitória do Grande Comandante. Esses dias não estão mais muito longe, mais próximos que podemos imaginar. As presentes sucessões de crises no mundo de hoje anunciam essa crise final.

Chegava o momento decisivo. No templo preparavam pela última vez conforme o ritual do santuário o sacrifício da tarde. O cordeiro já estava lá, como sempre. O fogo aceso, e o cerimonial em andamento. E no cenário da cruz, JESUS respirava com extrema dificuldade. Seus pensamentos aos poucos se apagavam pela perda de sangue, mas Ele lutava com suas últimas energias para manter-Se ao lado daqueles que viera salvar. Ofegante, em desespero, ouvindo de longe os gritos dos homens misturados aos uivos, gritos e rizadas dos demônios, a Sua vida estava pedindo para ser entregue ao Pai. Mas Ele ainda precisava mantê-la. Cabia a Ele depor a Sua vida no momento exato, quando o tempo indicasse exatamente o momento de se matar o cordeiro da tarde, às 15 horas.

Chega esse momento. Lá no santuário o cordeiro é posicionado para ser morto pelo sacerdote. Seria o sacrifício pelos pecados do povo. Mas na cruz, em paralelo, estava posicionado O Cordeiro de DEUS. Ninguém tiraria a Sua vida, senão Ele mesmo, pela Sua vontade. Por mais que os demônios tivessem o desejo de tê-Lo por troféu, isso não lhes foi concedido. Se fosse, eles O matariam em qualquer outro momento, para que a profecia nesse ponto não se cumprisse. E se assim acontecesse, o seu sacrifício seria nulo, pois, sendo um plano de DEUS, que é perfeito, teria que se cumprir em todos os detalhes previstos. Assim foi.

De acordo com o plano da redenção, nessa sexta-feira, nesse sacrifício da tarde, não mais um animalzinho deveria ser morto, mas o verdadeiro Cordeiro, sempre manso e humilde. No instante exato, em seus derradeiros momentos de lucidez, Lhe cabia a decisão fatal. Foi o que Ele fez. Bradou em altíssima voz: "Pai, em Tuas mãos entrego o Meu espírito. Está feito." E reclinando a cabeça, parou de respirar e morreu. O que deveria ser feito, estava feito, e para sempre, em definitivo.

Lá no santuário, uns 700 metros de distância da cruz, o cordeiro, pela primeira vez, fugiu do sacerdote, e escapou em vida. Agora aquele cordeiro não representava mais a morte de JESUS na cruz, e sim, a salvação do pecador por meio dessa morte. O pecador poderia sair com vida de diante do altar de sacrifícios. Os salvos podem ser representados pelo cordeiro que fugiu da morte, porque o verdadeiro sacrifício finalmente ocorreu. E no Templo de Jerusalém, o véu que separava o santo do santíssimo foi rasgado de alto a baixo. Aquela seção ali nada mais valia. Podia-se agora olhar para dentro. É que o Cordeiro de DEUS, JESUS, se tornava o sacrifício que valia pela morte de todos, no santuário celeste. De agora em diante, logo após a ressurreição, quem oficiaria no santuário seria o Senhor JESUS CRISTO, e não aqui na Terra, mas sim, no santuário celeste. Faria isso até o dia do fechamento da porta da graça. Estamos bem perto disso acontecer. Logo Ele retorna, agora sim, para levar consigo aqueles que Ele salvou naquele momento em que entregou voluntariamente a Sua vida.

No domingo pela manhã, bem cedo como o costume de um bom trabalhador, Ele ressuscitou. Ressuscitou para ser salvador daqueles que crêem n'Ele. Ele havia cumprido a lei, todas as leis, especialmente a que, se desobedecida, torna o ato em pecado, que são os Dez Mandamentos. É muito lógico que, depois de ter sofrido o que sofreu para se manter obediente aos mandamentos até morrer, não iria, após a Sua ressurreição, Ele mesmo trair o Seu sofrimento e desprezar a Lei que havia seguido à risca, e que viera cumprir, e então mudá-la em alguns pontos. Dizer isso é caçoar de Seu sacrifício e tornar irrelevante a Sua ressurreição. Ou seja, agora temos Um que tem capacidade moral de nos ajudar a obedecer os mandamentos que Ele mesmo obedeceu e deu o exemplo de como obedecer. Crermos que pela Sua ressurreição se mudaria o dia de santificação, para homenagear o evento, é o mesmo que dizer: Senhor JESUS, todo o Teu sofrimento para manter-se firme na obediência aos mandamentos, para cumpri-los, não serviu de nada, pois nós continuamos rebeldes e inventamos agora outro motivo para nos manter em rebelião. Tomamos a Tua ressurreição como motivo para alterar-mos o dia de guarda do sábado para o domingo.

Ou seja, satanás, vendo-se derrotado porque não conseguiu fazer com que o Cordeiro de DEUS desobedecesse os mandamentos, vindo assim ser vitorioso contra o inimigo, em desforra, tomou a Lei de DEUS e a anulou para todos efeitos práticos, e fez com que os cristãos se tornassem pagãos, adorando o demônio mas pensando ainda estarem adorando ao Criador.

A nós que somos o povo da Bíblia compete esclarecer todos esses fatos. Para isso precisamos, não tanto dos planos de homens, mas do poder do ESPÍRITO SANTO. Esse poder já está sendo derramado em intensidade gradativamente cada vez maior.

 

  1. Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:

Ellen G. White afirma que JESUS possuía resistência ao sofrimento superior aos seres humanos. Está na lição de sexta-feira. Por certo isso está em coerência ao texto bíblico que diz que ninguém dos filhos de DEUS poderá ser submetido a prova acima de sua capacidade de resistir.

Se tivesse que um homem comum sofrer a intensidade que JESUS sofreu, e ele jamais suportaria. Morreria talvez logo de início. Também sobre JESUS foi colocada uma prova que é impossível ser colocada sobre algum ser humano. JESUS sofreu pela culpa de todos os seres humanos que chegaram a existir nesse planeta, por todo mal que fizeram. Já é bem difícil um de nós suportar pelo que só ele fez, imagine então pelo que todos fizeram.

Desse modo a situação de JESUS se agrava pelo fato de, embora suportando por todos, deveria amar a todos, para quem desses todos quisesse ser salvo, pudesse sê-lo. Assim, JESUS foi submetido a uma pressão psicológica que jamais algum ser humano ou outro ser criado, mas que não pecou, poderá imaginar e avaliar. No futuro JESUS poderá nos explicar pelo que Ele passou, como Se sentiu, mas mesmo assim não poderemos nós sentir o mesmo para poder avaliar e entender por completo.

 

escrito entre:   23/10/2008 a 28/10/008 - corrigido em   28/10/2008

 

Declaração do professor Sikberto R. Marks

O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos.

 

FONTE: www.cristovoltara.com.br/