terça-feira, 4 de novembro de 2008

Lição 06 - Expiação em símbolos – I - Auxiliar da Lição da Escola Sabatina - Casa Publicadora Brasileira

A Lição em resumo

Texto-chave: 1 Pedro 1:18, 19

sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, (1 Ped. 1:18-19)

O aluno deverá...

Conhecer: O sistema sacrifical como uma lembrança visual do custo do pecado.
Sentir: Nada que seja material é suficientemente valioso para salvar os pecadores.
Fazer: Mostrar que nossas ações dão evidência do valor que atribuímos ao custo do pecado.

Esboço do aprendizado

I. Fé, arrependimento e sangue (Gn 3:21; 4:3-5, 15)

Fez o SENHOR Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu. (Gên. 3:21)

Aconteceu que no fim de uns tempos trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao SENHOR. Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da gordura deste. Agradou-se o SENHOR de Abel e de sua oferta; ao passo que de Caim e de sua oferta não se agradou. Irou-se, pois, sobremaneira, Caim, e descaiu-lhe o semblante. (Gên. 4:3-5)

O SENHOR, porém, lhe disse: Assim, qualquer que matar a Caim será vingado sete vezes. E pôs o SENHOR um sinal em Caim para que o não ferisse de morte quem quer que o encontrasse. (Gên. 4:15)

A. Enquanto derramava o sangue do primeiro cordeiro, Adão pôs em ação a matança de milhões de cordeiros inocentes. O exemplo de Adão ao executar o sacrifício não foi suficiente para convencer Caim. Descreva como a desobediência de Caim no campo refletiu a de Adão no Jardim do Éden.
B. Caim resistiu ao plano divino de sacrifícios. Apesar disso, Deus o protegeu. O que este fato nos diz sobre Deus? A que distância e por quanto tempo Sua proteção se estende?

II. Coberto pelo sangue (Lv 17:11)

Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pela vossa alma, porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida. (Lev. 17:11)

Antes da morte de Cristo, o pecado só podia ser purificado pela oferta do cordeiro. Imagine Cristo observando as ofertas pelo pecado feitas no templo. Descreva Suas possíveis emoções. Somo você se sentiria ao perceber o calor do cordeiro com uma mão e o aço frio do punhal na outra? As conseqüências do pecado seriam mais reais para nós se tivéssemos que matar um cordeiro como sacrifício? Quanto mais deve nos impressionar a imagem da cruz!

Resumo: O sacrifício é necessário onde o pecado está envolvido. Nunca poderemos menosprezar o que custa até mesmo um "pequeno" pecado.

Ciclo do aprendizado

Motivação
Por que esta lição é importante para mim?

Os símbolos devem ajudar a ilustrar as idéias. Muitas igrejas cristãs se identificam com uma cruz. A bandeira dos Estados Unidos tem estrelas e faixas que a identificam imediatamente como americana. O Paquistão, país islâmico, usa o símbolo de uma lua crescente. A bandeira sueca usa as cores azul e amarela, simbolizando o céu e o Sol. Na Bíblia, Deus usa um grande número de símbolos para ilustrar a obra de reconciliação de Jesus. Os primeiros cristãos usavam o símbolo de um peixe porque a palavra peixe, ixous, era um anagrama dos títulos Jesus, Cristo, Deus, Filho e Salvador. Existem muitos símbolos de Jesus na Bíblia. Entre eles, predomina o de um cordeiro.

Pense nisto: Considere por que um cordeiro deve ser símbolo de Jesus. Os cordeiros são criaturas meigas. São impotentes e amáveis, não agressivos nem destrutivos.

Nas Escrituras, o cordeiro é associado com morte, sacrifício, vida e purificação. (Veja Jo 1:29; Ap 5:6; e o Verso Para Memorizar, 1Pe 1:18,19.)

No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! (João 1:29)

Então, vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes e entre os anciãos, de pé, um Cordeiro como tendo sido morto. Ele tinha sete chifres, bem como sete olhos, que são os sete Espíritos de Deus enviados por toda a terra. (Apoc. 5:6)

sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, (1 Ped. 1:18-19)

Compreensão
O que preciso conhecer da Palavra de Deus?

Comentário bíblico

O cordeiro é a metáfora que identifica mais vividamente e ilumina a expiação de Jesus no Antigo Testamento. Ele está no centro da história de Abraão e Isaque. Deus proverá um cordeiro para o sacrifício (Gn 22). Em Isaías 53, Jesus é descrito como o inocente Cordeiro de Deus que era levado à matança por causa de outros, e não por Ele mesmo (v. 6).

Depois dessas coisas, pôs Deus Abraão à prova e lhe disse: Abraão! Este lhe respondeu: Eis-me aqui! Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei. Levantou-se, pois, Abraão de madrugada e, tendo preparado o seu jumento, tomou consigo dois dos seus servos e a Isaque, seu filho; rachou lenha para o holocausto e foi para o lugar que Deus lhe havia indicado. Ao terceiro dia, erguendo Abraão os olhos, viu o lugar de longe. Então, disse a seus servos: Esperai aqui, com o jumento; eu e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós. Tomou Abraão a lenha do holocausto e a colocou sobre Isaque, seu filho; ele, porém, levava nas mãos o fogo e o cutelo. Assim, caminhavam ambos juntos. Quando Isaque disse a Abraão, seu pai: Meu pai! Respondeu Abraão: Eis-me aqui, meu filho! Perguntou-lhe Isaque: Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? Respondeu Abraão: Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto; e seguiam ambos juntos. Chegaram ao lugar que Deus lhe havia designado; ali edificou Abraão um altar, sobre ele dispôs a lenha, amarrou Isaque, seu filho, e o deitou no altar, em cima da lenha; e, estendendo a mão, tomou o cutelo para imolar o filho. Mas do céu lhe bradou o Anjo do SENHOR: Abraão! Abraão! Ele respondeu: Eis-me aqui! Então, lhe disse: Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças; pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho. Tendo Abraão erguido os olhos, viu atrás de si um carneiro preso pelos chifres entre os arbustos; tomou Abraão o carneiro e o ofereceu em holocausto, em lugar de seu filho. E pôs Abraão por nome àquele lugar—O SENHOR Proverá. Daí dizer-se até ao dia de hoje: No monte do SENHOR se proverá. Então, do céu bradou pela segunda vez o Anjo do SENHOR a Abraão e disse: Jurei, por mim mesmo, diz o SENHOR, porquanto fizeste isso e não me negaste o teu único filho, que deveras te abençoarei e certamente multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus e como a areia na praia do mar; a tua descendência possuirá a cidade dos seus inimigos, nela serão benditas todas as nações da terra, porquanto obedeceste à minha voz. Então, voltou Abraão aos seus servos, e, juntos, foram para Berseba, onde fixou residência. Passadas essas coisas, foi dada notícia a Abraão, nestes termos: Milca também tem dado à luz filhos a Naor, teu irmão: Uz, o primogênito, Buz, seu irmão, Quemuel, pai de Arã, Quésede, Hazo, Pildas, Jidlafe e Betuel. Betuel gerou a Rebeca; estes oito deu à luz Milca a Naor, irmão de Abraão. Sua concubina, cujo nome era Reumá, lhe deu também à luz filhos: Teba, Gaã, Taás e Maaca. (Gên. 22)

Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do SENHOR? Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse. Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso. Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca. Por juízo opressor foi arrebatado, e de sua linhagem, quem dela cogitou? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo, foi ele ferido. Designaram-lhe a sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua morte, posto que nunca fez injustiça, nem dolo algum se achou em sua boca. Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do SENHOR prosperará nas suas mãos. Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si. Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo, porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu. (Isa. 53)

Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. (Isa. 53:6)

Ao examinar este capítulo, note a prevalência do tema da substituição. Nós pecamos, e Ele, Jesus, pagou a penalidade. Note como esse tema permeia o capítulo. Por que o conceito de substituição é tão importante para toda verdadeira compreensão do plano de salvação?

No serviço do santuário, todos os dias era oferecido um cordeiro à noite e um pela manhã. Esse serviço nunca se interrompia, não importava que festival fosse celebrado, quer no sábado, quer na Páscoa, no Dia da Expiação ou qualquer outra festa. No sacrifício do cordeiro, duas verdades vitais e importantes eram trazidas perante o pecador antes que ele o oferecesse diante do sacerdote.

1.    O salário do pecado é a morte. Não existe fuga para as terríveis conseqüências do pecado: Ele paga um salário, e esse salário é a morte (Rm 6:23). Este é um fato terrível, destinado a revelar quão devastador é o problema do pecado.

porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor. (Rom. 6:23)

2.    A morte não causava a morte do pecador; causava a morte do substituto, o cordeiro. O pecador saía livre, mas o substituto morria. Esses sacrifícios eram simbólicos, apenas; eles não proviam qualquer efeito na remoção real do pecado (Hb 10:4). Afinal, considerando o impacto devastador do pecado no mundo, poderia a morte de um cordeiro expiá-lo verdadeiramente? Claro que não! Tinha que acontecer algo maior. E aconteceu.

porque é impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados. (Heb. 10:4)

3.    O que os sacrifícios simbolizavam, Jesus realmente realizou. Ele é o Cordeiro de Deus em contraste com os cordeiros oferecidos por seres humanos. Ele tira realmente o pecado do mundo (Jo 1:29). O que significa isso, que Ele tira o pecado do mundo? Por que ainda lutamos contra o pecado? Por que o pecado ainda é uma realidade em toda a nossa vida?

No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! (João 1:29)

Faça estas perguntas para a classe. O pecado é algo concreto, como um livro que pode ser levantado e levado de um lugar para outro? O que queremos dizer quando afirmamos que Jesus tira nosso pecado? Como devemos entender essa idéia?

Jesus tira nossos pecados assumindo a responsabilidade por eles. A conseqüência do pecado é a morte (Rm 6:23).

porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor. (Rom. 6:23)

Por ter assumido a responsabilidade pelos nossos pecados, Jesus teve que morrer. As maravilhosas boas-novas do evangelho são que, aceitando a morte de Jesus em nosso lugar, estamos livres da penalidade que, de outra forma, seria nossa. Nós, todos nós, merecíamos estar na cruz, e não Jesus. De fato, Ele foi o único ser humano que não merecia estar na cruz. Que lição devemos tirar disso?

Nota: Existe uma conexão íntima entre o significado (em Lv 17:11) de a vida estar no sangue e o uso que os escritores do Novo Testamento fazem dessa expressão.

Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pela vossa alma, porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida. (Lev. 17:11)

(Leia Rm 3:25; Rm 5:9; Ef 1:7; Cl 1:20.)

a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; (Rom. 3:25)

Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. (Rom. 5:9)

no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça, (Efés. 1:7)

e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus. (Col. 1:20)

O poder universal da expiação do sangue de Cristo é destacado no livro de Apocaplise. "Com o Teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação" (Ap 5:9). Os crentes venceram Satanás pelo sangue do Cordeiro.

e entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação (Apoc. 5:9)

Aplicação
Como posso pôr em prática as informações que obtive?

Perguntas para consideração

O Desejado de Todas as Nações, página 112, afirma que, quando João Batista identificou Jesus como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, ele não entendeu o que dizia, nem os seus ouvintes. Pergunte à classe: "Você pode sugerir alguns motivos por que muitos cristãos hoje não conseguem entender nem experimentar a libertação do fardo do pecado oferecida por Jesus?"

Esta é uma pergunta importante. Dê tempo para a classe refletir na pergunta. Anote cuidadosamente as respostas. Elas serão úteis quando você chegar à aplicação da expiação à vida diária.

Pense nisto: Os meios de comunicação de massa, televisão, vídeos, revistas e DVDs trazem um forte conteúdo de violência. Calcula-se que, em uma sessão de TV, pode haver cinco a dez mortes, freqüentemente vítimas de violência. Depois de ver constantes assassinatos, que impressão pode ter a morte de Jesus sobre as pessoas? Existe o perigo real de que repetidas exposições à violência acabem enfraquecendo nossa sensibilidade à morte de Jesus e à seriedade do pecado?

Não podemos esperar ser levados para o Céu em uma nuvem de pensamentos piedosos. A vida é gratuita. A salvação é gratuita. Mas, para isso, é necessário manter nossa experiência cristã. Temos um Céu a ganhar e um inferno a evitar. Você não pode velejar um barco com o vento de ontem. Nem a experiência da vida cristã da semana passada pode substituir a de hoje.

Transformação
Em que áreas minha vida vai mudar?

Pergunte à classe se alguém tem um trabalho caseiro que precisa fazer: consertar uma cerca, pintar uma porta, reparar uma cadeira quebrada, etc. Sempre haverá alguém que esteja planejando consertar alguma coisa mas que deixa de fazer.

Não podemos ter essa atitude de adiamento das coisas com referência à salvação. Devemos prestar a mais cuidadosa atenção a fim de não nos afastarmos de Cristo. Hebreus 2:3 diz: "Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação...?".

Pergunte aos membros da classe como podem organizar o dia a fim de manter acesa em sua vida a fé na expiação e preservá-la como prioridade máxima.

Note estes pensamentos úteis de Ellen G. White em Caminho a Cristo: "Se os cristãos entretivessem convivência, falando entre si do amor de Deus e das preciosas verdades da redenção, seu próprio coração seria refrigerado, ao mesmo tempo que levariam refrigério uns aos outros" (p. 102).

"Se pensássemos e falássemos mais em Jesus, e menos em nós mesmos teríamos muito mais de Sua presença" (p. 102).
"Quanto mais nossos pensamentos se demorarem em Cristo, tanto mais falaremos dEle aos outros e O representaremos perante o mundo" (p. 89).


FONTE: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2008/frlic642008.html