8 a 15 de novembro |
Expiação em símbolos – II |
Sábado à tarde | Ano Bíblico: At 7–9 |
Verso para Memorizar: "Entremos na Sua morada, adoremos ante o estrado de Seus pés" (Salmo 132:7). |
Leituras da semana: Lv 16; Nm 18:1-8; Sl 28:2; 132:7; 138:2
Disse o SENHOR a Arão: Tu, e teus filhos, e a casa de teu pai contigo levareis sobre vós a iniqüidade relativamente ao santuário; tu e teus filhos contigo levareis sobre vós a iniqüidade relativamente ao vosso sacerdócio. Também farás chegar contigo a teus irmãos, a tribo de Levi, a tribo de teu pai, para que se ajuntem a ti e te sirvam, quando tu e teus filhos contigo estiverdes perante a tenda do Testemunho. Farão o serviço que lhes é devido para contigo e para com a tenda; porém não se aproximarão dos utensílios do santuário, nem do altar, para que não morram, nem eles, nem vós. Ajuntar-se-ão a ti e farão todo o serviço da tenda da congregação; o estranho, porém, não se chegará a vós outros. Vós, pois, fareis o serviço do santuário e o do altar, para que não haja outra vez ira contra os filhos de Israel. Eu, eis que tomei vossos irmãos, os levitas, do meio dos filhos de Israel; são dados a vós outros para o SENHOR, para servir na tenda da congregação. Mas tu e teus filhos contigo atendereis ao vosso sacerdócio em tudo concernente ao altar, e ao que estiver para dentro do véu, isto é vosso serviço; eu vos tenho entregue o vosso sacerdócio por ofício como dádiva; porém o estranho que se aproximar morrerá. Disse mais o SENHOR a Arão: Eis que eu te dei o que foi separado das minhas ofertas, com todas as coisas consagradas dos filhos de Israel; dei-as por direito perpétuo como porção a ti e a teus filhos. (Núm. 18:1-8)
Ouve-me as vozes súplices, quando a ti clamar por socorro, quando erguer as mãos para o teu santuário. (Sal. 28:2)
Entremos na sua morada, adoremos ante o estrado de seus pés. (Sal. 132:7)
Prostrar-me-ei para o teu santo templo e louvarei o teu nome, por causa da tua misericórdia e da tua verdade, pois magnificaste acima de tudo o teu nome e a tua palavra. (Sal. 138:2)
Pensamento-chave: Examinar a obra de expiação de Cristo, revelado particularmente no serviço do santuário no Dia da Expiação.
Uma vez por ano, o santuário israelita era purificado do pecado e das impurezas de Israel, transferidos para lá pelos sacrifícios diários. A cerimônia anual representava simbolicamente o tempo em que Deus, de Seu lugar de habitação celestial, poria fim ao problema do pecado e restabeleceria todo o Universo à sua harmonia original.
Nesta semana, estudaremos não só o significado simbólico do Dia da Expiação, mas também como o santuário israelita apontava para a habitação celestial de Deus, a sala do trono do Universo.
Vamos também discutir os sacerdotes do Antigo Testamento e como sua obra de mediação prefigurava a obra de Cristo como nosso mediador e intercessor no santuário celestial.
Ano Bíblico: At 10–12 |
Santuário e expiação
1. Qual era o papel do santuário na experiência e na vida dos israelitas? Êx 25:8, 22; 29:42, 43; Sl 28:2; 132:7; 138:2
Ali, virei a ti e, de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins que estão sobre a arca do Testemunho, falarei contigo acerca de tudo o que eu te ordenar para os filhos de Israel. (Êxo. 25:22)
Este será o holocausto contínuo por vossas gerações, à porta da tenda da congregação, perante o SENHOR, onde vos encontrarei, para falar contigo ali. Ali, virei aos filhos de Israel, para que, por minha glória, sejam santificados, (Êxo. 29:42-43)
Ouve-me as vozes súplices, quando a ti clamar por socorro, quando erguer as mãos para o teu santuário. (Sal. 28:2)
Entremos na sua morada, adoremos ante o estrado de seus pés. (Sal. 132:7)
Prostrar-me-ei para o teu santo templo e louvarei o teu nome, por causa da tua misericórdia e da tua verdade, pois magnificaste acima de tudo o teu nome e a tua palavra. (Sal. 138:2)
Resposta sugestiva - Pergunta 1: Representar a habitação de Deus entre Seu povo.
O sistema israelita de sacrifícios tinha seu centro e operação dentro do santuário, a habitação terrestre de Deus. Este era o centro da vida e da santidade em Israel. Dentro daquele espaço sem igual, Deus lidava com o problema do pecado. Ele ordenou aos israelitas que construíssem um altar no pátio do santuário, e era nesse altar que o sangue dos sacrifícios era colocado a fim de fazer expiação pelo povo (Lv 17:11).
Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pela vossa alma, porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida. (Lev. 17:11)
O sangue, como expressão tangível de vida, pertencia a Deus, e deveria ser devolvido a Ele lá, sobre o altar.
No plano de salvação, a vida do animal representava a vida do pecador arrependido, e Deus aceitava a morte do animal inocente em lugar da morte do pecador. O altar era símbolo da presença de Deus (Sl 43:4) e, ao aceitar o sacrifício, Deus estava assumindo a responsabilidade pelo pecado da pessoa.
Então, irei ao altar de Deus, de Deus, que é a minha grande alegria; ao som da harpa eu te louvarei, ó Deus, Deus meu. (Sal. 43:4)
Em outras palavras, o Senhor estava dizendo aos israelitas: "Se vocês pecaram e querem se livrar desse poder escravizante, tragam-no a Mim, ao Meu lugar de habitação, e Eu cuidarei dele. Tragam-no a Mim!" Os israelitas deixavam o santuário abençoados pelo Senhor e justificados por Sua graça (Sl 24:3-5; 118:26).
Bendito o que vem em nome do SENHOR. A vós outros da Casa do SENHOR, nós vos abençoamos. (Sal. 118:26)
Tudo isso simbolizava a obra de Jesus, nosso Sumo Sacerdote real. O santuário celestial é a habitação de Deus dentro do cosmos, e o lugar do qual Ele governa como Rei do Universo; também é o lugar em que o problema do pecado está sendo resolvido. A cruz foi o altar em que o sacrifício foi oferecido por nós. Hoje, Deus nos diz: "Se você quiser se livrar e ser perdoado do pecado, venha ao altar de sacrifícios, onde Meu Filho pagou a penalidade dos seus pecados!"
Ano Bíblico: At 13–15 |
Trabalho sacerdotal e expiação
2. Por que era necessário ter um sacerdócio operando no templo? Nm 18:1-8
Disse o SENHOR a Arão: Tu, e teus filhos, e a casa de teu pai contigo levareis sobre vós a iniqüidade relativamente ao santuário; tu e teus filhos contigo levareis sobre vós a iniqüidade relativamente ao vosso sacerdócio. Também farás chegar contigo a teus irmãos, a tribo de Levi, a tribo de teu pai, para que se ajuntem a ti e te sirvam, quando tu e teus filhos contigo estiverdes perante a tenda do Testemunho. Farão o serviço que lhes é devido para contigo e para com a tenda; porém não se aproximarão dos utensílios do santuário, nem do altar, para que não morram, nem eles, nem vós. Ajuntar-se-ão a ti e farão todo o serviço da tenda da congregação; o estranho, porém, não se chegará a vós outros. Vós, pois, fareis o serviço do santuário e o do altar, para que não haja outra vez ira contra os filhos de Israel. Eu, eis que tomei vossos irmãos, os levitas, do meio dos filhos de Israel; são dados a vós outros para o SENHOR, para servir na tenda da congregação. Mas tu e teus filhos contigo atendereis ao vosso sacerdócio em tudo concernente ao altar, e ao que estiver para dentro do véu, isto é vosso serviço; eu vos tenho entregue o vosso sacerdócio por ofício como dádiva; porém o estranho que se aproximar morrerá. Disse mais o SENHOR a Arão: Eis que eu te dei o que foi separado das minhas ofertas, com todas as coisas consagradas dos filhos de Israel; dei-as por direito perpétuo como porção a ti e a teus filhos. (Núm. 18:1-8)
Resposta sugestiva – Pergunta 2: Os sacerdotes serviam de mediadores entre Deus e o povo.
O papel fundamental dos sacerdotes era ser mediadores entre Deus e o povo. Os sacerdotes representavam Deus diante do povo em seu ministério de ensino (Dt 33:10).
Muito relacionado com esse papel estava o dever sacerdotal de esclarecer a vontade de Deus aos que buscavam a direção divina (Nm 27:21).
Os sacerdotes também agiam como juízes no santuário. De fato, o mais elevado tribunal da terra funcionava no santuário central (Dt 17:8-13; 21:5).
Chegar-se-ão os sacerdotes, filhos de Levi, porque o SENHOR, teu Deus, os escolheu para o servirem, para abençoarem em nome do SENHOR e, por sua palavra, decidirem toda demanda e todo caso de violência. (Deut. 21:5)
Eles eram especialmente responsáveis por abençoar o povo (Dt 10:8; 21:5) e representavam o povo diante de Deus. Em seu papel representativo, eles levavam consigo o povo à presença do Senhor (Êx 28:9-12, 29).
Assim, Arão levará os nomes dos filhos de Israel no peitoral do juízo sobre o seu coração, quando entrar no santuário, para memória diante do SENHOR continuamente. (Êxo. 28:29)
Seu papel como mediadores era particularmente visível durante o serviço diário. Eles estavam a cargo do altar das ofertas queimadas e deviam manter aceso sobre ele o fogo sagrado, removendo as cinzas e renovando a lenha (Lv 6:10-13).
O sacerdote vestirá a sua túnica de linho e os calções de linho sobre a pele nua, e levantará a cinza, quando o fogo houver consumido o holocausto sobre o altar, e a porá junto a este. Depois, despirá as suas vestes e porá outras; e levará a cinza para fora do arraial a um lugar limpo. O fogo, pois, sempre arderá sobre o altar; não se apagará; mas o sacerdote acenderá lenha nele cada manhã, e sobre ele porá em ordem o holocausto, e sobre ele queimará a gordura das ofertas pacíficas. O fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará. (Lev. 6:10-13)
Eles colocavam sobre aquele altar uma oferta queimada pela manhã e outra à noite (Nm 28:3-8).
Dir-lhes-ás: Esta é a oferta queimada que oferecereis ao SENHOR, dia após dia: dois cordeiros de um ano, sem defeito, em contínuo holocausto; um cordeiro oferecerás pela manhã, e o outro, ao crepúsculo da tarde; e a décima parte de um efa de flor de farinha, em oferta de manjares, amassada com a quarta parte de um him de azeite batido. É holocausto contínuo, instituído no monte Sinai, de aroma agradável, oferta queimada ao SENHOR. A sua libação será a quarta parte de um him para o cordeiro; no santuário, oferecerás a libação de bebida forte ao SENHOR. E o outro cordeiro oferecerás no crepúsculo da tarde; como a oferta de manjares da manhã e como a sua libação, o trarás em oferta queimada de aroma agradável ao SENHOR. (Núm. 28:3-8)
Durante os serviços diários, o sumo sacerdote entrava no lugar santo para espevitar o castiçal e queimar incenso diante do Senhor (Êx 30:7, 8).
Arão queimará sobre ele o incenso aromático; cada manhã, quando preparar as lâmpadas, o queimará. Quando, ao crepúsculo da tarde, acender as lâmpadas, o queimará; será incenso contínuo perante o SENHOR, pelas vossas gerações. (Êxo. 30:7-8)
Também, sempre que um israelita levava um sacrifício, os sacerdotes o sacrificavam em seu favor para fazer expiação pelo pecador (Lv 1:5-9; 4:25, 26, 34,35).
Então, o sacerdote, com o dedo, tomará do sangue da oferta pelo pecado e o porá sobre os chifres do altar do holocausto; e todo o restante do sangue derramará à base do altar do holocausto. Toda a gordura da oferta, queimá-la-á sobre o altar, como a gordura do sacrifício pacífico; assim, o sacerdote fará expiação por ele, no tocante ao seu pecado, e este lhe será perdoado. (Lev. 4:25-26)
Então, o sacerdote, com o dedo, tomará do sangue da oferta pelo pecado e o porá sobre os chifres do altar do holocausto; e todo o restante do sangue derramará à base do altar. Tirará toda a gordura, como se tira a gordura do cordeiro do sacrifício pacífico; o sacerdote a queimará sobre o altar, em cima das ofertas queimadas do SENHOR; assim, o sacerdote, por essa pessoa, fará expiação do seu pecado que cometeu, e lhe será perdoado. (Lev. 4:34-35)
O papel de mediação do sacerdote atendia a pelo menos três propósitos principais. Primeiro, sugeria que, apesar da distância fundamental entre Deus e os seres humanos, havia um caminho para cobrir esse espaço. Segundo, revelava o desejo de Deus de estar com Seu povo. Era uma manifestação do amor de Deus, buscando uma forma de Se tornar acessível a eles, apesar de seu pecado. Terceiro, sob a perspectiva dos israelitas, o sacerdócio lhes dava acesso ao Santo de Israel e a oportunidade de serem purificados do pecado e da impureza. Os mediadores sacerdotais estavam sempre disponíveis a fim de tornar possível ao povo aproximar-se de Deus e encontrar graça e misericórdia.
Todo o sistema, evidentemente, apontava para o grande Mediador entre Deus e os seres humanos, o Servo do Senhor, Jesus Cristo.
Pela obra de Cristo, nós somos parte do "sacerdócio real" (1Pe 2:9). Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; (1 Ped. 2:9) Qual é seu papel nesse sacerdócio? Como você pode agir como "sacerdote" para outras pessoas? |
Ano Bíblico: At 16–18 |
Dia da Expiação: I
O ritual do Dia da Expiação ilustrava a solução final do problema do pecado, a consumação da salvação, experimentada nos serviços diários. Todo o tabernáculo devia ser purificado, os lugares Santo e Santíssimo. Eles precisavam ser purificados por causa "das impurezas dos filhos de Israel, e das suas transgressões, e de todos os seus pecados" (Lv 16:16).
Esses pecados haviam sido transferidos para a habitação divina pelos sacrifícios levados pelos pecadores arrependidos. Durante o Dia da Expiação, o tabernáculo era restaurado à sua original pureza e santidade imaculada. Naquele dia, uma vez ao ano, havia um fragmento de espaço que, como no Jardim do Éden, estava livre da presença do pecado e da impureza. Essa "volta" ao Éden, celebrada no fim do ano, fornecia um novo início ao povo de Israel. Ele apontava para um novo início de proporções cósmicas (compare Dn 8:14).
3. Leia Levítico 16:16, 17, 21, 30, 33, 34. Que ênfase específica você encontra nesses versos? Os pecados de quem estavam sendo expiados naquele dia, em contraste com o ritual diário (Lv 1:1-4)?
Assim, fará expiação pelo santuário por causa das impurezas dos filhos de Israel, e das suas transgressões, e de todos os seus pecados. Da mesma sorte, fará pela tenda da congregação, que está com eles no meio das suas impurezas. Nenhum homem estará na tenda da congregação quando ele entrar para fazer propiciação no santuário, até que ele saia depois de feita a expiação por si mesmo, e pela sua casa, e por toda a congregação de Israel. (Lev. 16:16-17)
Porque, naquele dia, se fará expiação por vós, para purificar-vos; e sereis purificados de todos os vossos pecados, perante o SENHOR. (Lev. 16:30)
fará expiação pelo santuário, pela tenda da congregação e pelo altar; também a fará pelos sacerdotes e por todo o povo da congregação. Isto vos será por estatuto perpétuo, para fazer expiação uma vez por ano pelos filhos de Israel, por causa dos seus pecados. E fez Arão como o SENHOR ordenara a Moisés. (Lev. 16:33-34)
Resposta sugestiva – Pergunta 3: No Dia da Expiação, os pecados de todo o povo, simbolicamente acumulados no santuário, eram expiados.
Os textos indicam a natureza abrangente da purificação, porque o ritual estava lidando com todos os pecados de todo o povo. Era um ato corporativo, lidando com Israel como um todo. Essa era a disposição final que Deus dava ao problema do pecado em Israel para aquele ano, e prefigurava a disposição final do pecado no tempo do fim (Hb 9:28).
assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação. (Heb. 9:28)
4. O que Deus esperava de Seu povo naquele dia? Lv 23:26-31
Disse mais o SENHOR a Moisés: Mas, aos dez deste mês sétimo, será o Dia da Expiação; tereis santa convocação e afligireis a vossa alma; trareis oferta queimada ao SENHOR. Nesse mesmo dia, nenhuma obra fareis, porque é o Dia da Expiação, para fazer expiação por vós perante o SENHOR, vosso Deus. Porque toda alma que, nesse dia, se não afligir será eliminada do seu povo. Quem, nesse dia, fizer alguma obra, a esse eu destruirei do meio do seu povo. Nenhuma obra fareis; é estatuto perpétuo pelas vossas gerações, em todas as vossas moradas. (Lev. 23:26-31)
Resposta sugestiva – Pergunta 4: Deveria ser um dia sagrado de exame de consciência e confissão de pecados.
Por mais que o Dia da Expiação fosse um evento corporativo, envolvendo toda a nação, cada indivíduo tinha um papel a desempenhar em dar-se completamente ao Senhor. Aquele que não fosse achado descansando no Senhor e se humilhando diante dEle seria "eliminado do seu povo" (Lv 23:29, NVI). Embora pareça uma sentença severa, a lição é enfatizar a solenidade da obra de salvação. Entre outras coisas, a passagem está promovendo a perseverança na caminhada do crente com o Senhor.
Em certo sentido, como devemos nos "afligir" diariamente? O que significa isso? Veja Mt 16:24, 25; Rm 6:1-13; Hb 12:4 Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa achá-la-á. (Mat. 16:24-25) Ora, na vossa luta contra o pecado, ainda não tendes resistido até ao sangue (Heb. 12:4) |
Ano Bíblico: At 19–21 |
Dia da Expiação: II
5. Como era tratado o bode vivo no Dia da Expiação? Que destino se dava a esse animal, em comparação com todos os outros usados no serviço do santuário? Lv 16:20-22
Havendo, pois, acabado de fazer expiação pelo santuário, pela tenda da congregação e pelo altar, então, fará chegar o bode vivo. Arão porá ambas as mãos sobre a cabeça do bode vivo e sobre ele confessará todas as iniqüidades dos filhos de Israel, todas as suas transgressões e todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode e enviá-lo-á ao deserto, pela mão de um homem à disposição para isso. Assim, aquele bode levará sobre si todas as iniqüidades deles para terra solitária; e o homem soltará o bode no deserto. (Lev. 16:20-22)
Resposta sugestiva – Pergunta 5: Os pecados de todo o povo eram confessados sobre a cabeça do bode emissário, que então era levado ao deserto para perecer.
O "bode vivo" (Hb azazel) não era um meio de expiação, mas um veículo pelo qual o pecado e as impurezas eram levadas ao deserto. Como sabemos isso?
Primeiro, a transferência do pecado e da impureza para esse animal acontecia depois que o sumo sacerdote terminava o trabalho da expiação no santuário. Segundo, o bode não era oferecido como sacrifício; não era sacrificado, e nenhum sangue havia disponível para expiação. Terceiro, embora ele "levasse" os pecados do povo, isso não significava que os levasse vicariamente, no sentido de um substituto, como Jesus. Neste caso, o contexto mostra que o verbo significa "levar" para outro lugar, isto é, para "o deserto" (Lv 16:22).
Assim, aquele bode levará sobre si todas as iniqüidades deles para terra solitária; e o homem soltará o bode no deserto. (Lev. 16:22)
Quando o mesmo verbo é usado para descrever a obra do Servo do Senhor, o verbo está sozinho: "levou sobre Si o pecado de muitos" (Is 53:12).
Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo, porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu. (Isa. 53:12)
Ele não os está levando para qualquer lugar, mas assumindo Ele mesmo a responsabilidade por eles e, mediante aquele ato, nos perdoando. É isso que é expiação, e não é isso que o bode vivo faz.
Ao contrário, a cerimônia do bode vivo era um rito de eliminação; em outras palavras, o bode vivo era um meio de eliminar ou remover do acampamento de Israel algo que não devia estar lá – o pecado e a impureza.
Durante o Dia da Expiação, havia uma confrontação entre o Senhor e outro poder. O bode para o Senhor representava Deus; o bode para Azazel representava o poder adversário, um demônio, a fonte original do pecado e da impureza. Enviando os pecados do povo para Azazel, através do bode, esse poder estava sendo apontado como o originador do pecado. Deus aceitava o pecado e impureza de Seu povo a fim de expiar e perdoar seus pecados, mas isso não significava que Ele era o originador do mal. O Dia da Expiação anunciava em símbolos a vitória final da santidade e pureza sobre as forças do pecado, da impureza e do mal. Antecipava o momento em que as acusações levantadas por Lúcifer no Céu serão resolvidas de uma vez por todas, e Lúcifer terá que assumir a responsabilidade por haver originado o pecado. Por esse ritual, Deus estava infundindo esperança em Seu povo, apontando para um futuro em que, pelo poder de Cristo, uma nova criação virá à existência, livre da morte e da dor, livre do poder do pecado (Ap 21:3, 4).
Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. (Apoc. 21:3-4)
Ano Bíblico: At 22 e 23 |
Expiação: o que é?
6. Que idéias estão associadas com o verbo "fazer expiação" nas passagens seguintes? Lv 4:31; 16:18, 19, 30; 17:11
Então, sairá ao altar, que está perante o SENHOR, e fará expiação por ele. Tomará do sangue do novilho e do sangue do bode e o porá sobre os chifres do altar, ao redor. Do sangue aspergirá, com o dedo, sete vezes sobre o altar, e o purificará, e o santificará das impurezas dos filhos de Israel. (Lev. 16:18-19)
Porque, naquele dia, se fará expiação por vós, para purificar-vos; e sereis purificados de todos os vossos pecados, perante o SENHOR. (Lev. 16:30)
Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pela vossa alma, porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida. (Lev. 17:11)
Resposta sugestiva – Pergunta 6: A expiação não era algo feito por homens, mas por Deus.
Em Levítico, embora os sacerdotes oficiassem nas cerimônias de expiação como mediadores, não eram eles que expiavam o pecado. Depois que a cerimônia era executada, Deus concedia o perdão (Lv 4:26; a forma passiva do verbo implica que é Deus quem perdoa).
Toda a gordura da oferta, queimá-la-á sobre o altar, como a gordura do sacrifício pacífico; assim, o sacerdote fará expiação por ele, no tocante ao seu pecado, e este lhe será perdoado. (Lev. 4:26)
Expiação é algo que Deus executa por Seu povo. É Ele quem faz "expiação pela terra do Seu povo" (Dt 32:43; veja também Sl 65:3; 79:9).
por causa de suas iniqüidades. Se prevalecem as nossas transgressões, tu no-las perdoas. (Sal. 65:3)
Assiste-nos, ó Deus e Salvador nosso, pela glória do teu nome; livra-nos e perdoa-nos os pecados, por amor do teu nome. (Sal. 79:9)
Pela expiação, Deus permite que Seu amor flua para os pecadores.
O verbo hebraico traduzido como "fazer expiação" em Levítico (Heb. kipper) expressa a idéia de enxugar ou remover. A expiação é feita pelo tabernáculo, pelo altar, pelos chifres do altar, significando que são purificados, limpos da corrupção do pecado e da impureza. A implicação é que pela expiação, eles são restaurados à condição original, livres de corrupção. Quando esse verbo é aplicado a pecadores arrependidos, retém a idéia de purificar do pecado ou da impureza.
A purificação tem lugar pelo sangue de um animal sacrificado, e a expiação também pode expressar a idéia de resgate. O livramento de uma pessoa do pecado é feito às custas do sangue/vida da vítima sacrificada (Lv 17:11).
Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pela vossa alma, porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida. (Lev. 17:11)
Ela era oferecida em lugar do pecador, substituindo-o, e então, ele resgatava a vida da pessoa (veja Mt 20:28; 1Tm 2:6).
o qual a si mesmo se deu em resgate por todos: testemunho que se deve prestar em tempos oportunos. (1 Tim. 2:6)
O verbo "fazer expiação" também é empregado em Levítico em diversas cerimônias, tornando impossível concluir se se refere a um único ato. Isto é, a expiação era um processo, e não algo que acontecia em um ponto único do tempo. Toda a atividade do santuário ao longo do ano era entendida como expiação; desde os sacrifícios diários (Lv 5:10) até o Dia da Expiação (Lv 16:34), e todas as cerimônias entre eles.
E do outro fará holocausto, conforme o estabelecido; assim, o sacerdote, por ele, fará oferta pelo pecado que cometeu, e lhe será perdoado. (Lev. 5:10)
Isto vos será por estatuto perpétuo, para fazer expiação uma vez por ano pelos filhos de Israel, por causa dos seus pecados. E fez Arão como o SENHOR ordenara a Moisés. (Lev. 16:34)
Em outras palavras, a expiação era a totalidade da ação purificadora de Deus por Israel durante todo o ano, inclusive no ato sacrifical, a mediação do sacerdote e a disposição final do pecado e da impureza durante o Dia da Expiação. Assim, era tipificada a natureza inclusiva do trabalho de expiação que Cristo está fazendo por nós.
Só Deus poderia expiar o pecado, e foi necessária a vida de Cristo para fazer isso. O que a malignidade do pecado significa para nós? Então, por que não detestamos mais o pecado? Como a prática do pecado enfraquece nossa aversão a ele? |
Ano Bíblico: At 24–26 |
Estudo adicional
"Visto que Satanás é o originador do pecado, o instigador direto de todos os pecados que ocasionaram a morte do Filho de Deus, exige a justiça que Satanás sofra a punição final. A obra de Cristo para a redenção dos homens e purificação do Universo da contaminação do pecado, será encerrada pela remoção dos pecados do santuário celestial e sua deposição sobre Satanás, que cumprirá a pena final. Assim no cerimonial típico, o ciclo anual do ministério se encerrava com a purificação do santuário e confissão dos pecados sobre a cabeça do bode emissário" (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 358).
"O sangue e a vida são associados como pares léxicos e, assim, entendidos como possuindo significado paralelo no... hebraico. Por causa dessa íntima associação, o sangue é considerado a fonte da vida, e porque o sangue representa vida (Gn 9:4; Dt 12:23), pode expiar por toda a vida. Visto que a vida de uma criatura está no sangue, o sangue faz expiação pela vida da pessoa. Uma vida é sacrificada em favor da outra. O derramamento do sangue substituinte no altar faz expiação, visto que o sangue da vítima inocente foi dado pela vida da pessoa que pecou" (Mark F. Rooker, The New American Commentary: Leviticus, v. 3A, p. 236).
Carne, porém, com sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis. (Gên. 9:4)
Somente empenha-te em não comeres o sangue, pois o sangue é a vida; pelo que não comerás a vida com a carne. (Deut. 12:23)
Perguntas para consideração
1. Recapitule o processo de expiação e purificação no santuário terrestre e então compare-o com a realidade, em que Cristo destrói nosso pecado sem nos destruir, também.
2. Muitos acham difícil entender por que animais inocentes tinham que morrer a fim de ensinar uma lição sobre o pecado. Qual é a lição importante dessas mortes para nós? O que deve nos dizer sobre a natureza do pecado?
3. Durante toda a semana, falamos sobre "purificar" do pecado. O que significa isso em nível prático; isto é, na vida de alguém que reivindica o sangue de Cristo? (1Jo 1:7). Que significa ser limpo do pecado?
Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. (1 João 1:7)
FONTE: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2008/frlic742008.html
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