Lição 11 | 6 a 13 de dezembro |
Benefícios da expiação |
Sábado à tarde | Ano Bíblico: 1 Tessalonicenses |
Verso para Memorizar: "Por isso, também pode salvar totalmente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles" (Hebreus 7:25). |
Leituras da semana: Rm 8:34-39; 1Co 15:16-18; Ef 1:3; Cl 1:16, 17; Hb 7:25; 1Pe 3:21, 22; 1Jo 1:9
Pensamento-chave: Examinar a obra sacerdotal de Cristo no santuário celestial a fim de mostrar que é parte de Sua obra de salvação em nosso favor.
A finalidade da cruz não é ameaçada pela obra indispensável de intercessão de Cristo por nós no templo celestial. Sem Ele, a riqueza infinita da graça não estaria à nossa disposição como dom de Deus. O crente recebe a plenitude do poder redentor da cruz por intermédio da intercessão de Cristo. Todos os benefícios da cruz estão à nossa disposição pela fé em Seu sacrifício expiatório.
"Olhai para Mim e sede salvos, vós, todos os limites da terra" (Is 45:22). Essa é a mensagem da morte de Cristo na cruz. E essa eficácia redentora está à nossa disposição pela obra de intercessão de Cristo. Nesta semana, vamos examinar os maravilhosos benefícios do ministério sumo-sacerdotal de Cristo a fim de entender melhor a graça salvadora de Deus.
Domingo | Ano Bíblico: 2Ts |
Ressurreição e ascensão
O significado doutrinário da ressurreição corporal de Cristo é de extrema importância, porque sem ela não existe perdão dos pecados, não existe salvação nem esperança de vida eterna.
1. Como Paulo relaciona a expiação com a ressurreição de Jesus? 1Co 15:16-18
A morte de Cristo não teria qualquer poder de expiação ou perdão se não tivesse sido seguida pela ressurreição do Senhor. Conseqüentemente, não devemos restringir a obra expiatória de Cristo a um único evento dentro do plano divino de salvação. A cruz e a ressurreição são duas partes inseparáveis da obra de redenção.
2. Como você explicaria a íntima relação entre a ressurreição, a ascensão e a obra de intercessão de Cristo? 1Pe 3:21, 22; Rm 8:34-39
Jesus levou para o Céu nossa natureza humana glorificada, abrindo assim os portais do Céu para a raça humana. Sua ressurreição e ascensão significam, primeiro, que Ele completou a obra que viera fazer na Terra (Jo 17:4, 5; 19:30). Segundo, por Sua ressurreição e ascensão, Cristo uniu permanentemente a Deus aqueles que exercerem fé em Sua morte sacrifical. Nenhum poder do Universo pode separá-los de Deus. Visto que Cristo removeu a barreira do pecado, o amor de Deus fluirá constante e eternamente para Seu povo. Terceiro, a ascensão de Cristo testemunha também que Sua vitória na cruz sobre os poderes do mal foi final. Depois da ascensão, Ele foi empossado como co-regente com Deus, assentando-Se à Sua direita, e "a Ele estão sujeitos anjos, autoridades e poderes" (1Pe 3:22, NVI; veja também Hb 10:12, 13). Ele permanecerá com o Pai até que Seus inimigos Lhe sejam sujeitos. Então, Ele retornará para salvar aqueles que estão esperando por Ele (Hb 9:28), consumando assim Sua obra de salvação (Fp 2:10, 11; Ap 17:14).
Que esperança a ressurreição de Cristo lhe oferece? Isto é, como Sua ressurreição nos garante que a morte não precisa ser o fim? Se for o fim, a quem você pode culpar se não a si mesmo? Por que não fazer agora as escolhas que podem poupá-lo do maior erro de sua vida? |
Segunda | Ano Bíblico: 1 Timóteo |
A intercessão de Cristo e a expiação
3. Qual é a relação entre o sacrifício expiatório de Cristo na cruz e Sua intercessão no santuário celestial? Hb 7:25; 1Jo 1:9; 2:1, 2; 4:10
A morte e a ressurreição de Cristo tornam possível a intercessão de Cristo diante do Pai. A intercessão de Cristo significa que o pecado e a culpa humanos não são irrelevantes diante do Senhor no Céu. Unicamente pela obra de Cristo por nós é que recebemos os benefícios de Sua morte sacrifical. A culpa e o pecado continuam a ser parte da experiência humana à vista de Deus. Isso torna o papel de nosso Mediador diante do Pai um elemento indispensável no plano de salvação.
Na Bíblia, a intercessão de Cristo diante do Pai nunca está separada de Seu sacrifício expiatório. O sacrifício foi oferecido em favor da raça humana, mas seu poder perdoador continua a ser efetivo no interesse daqueles que, em resposta ao convite do Espírito, se arrependem e são convertidos. O perdão é mediado de Deus a nós por Cristo (Ef 4:32). Mas também é em Cristo que o arrependimento alcança o coração humano (At 5:31). Também é eficaz para o perdão dos pecados cometidos pelos crentes depois da conversão, porque mesmo depois da conversão, o pecado pode nos atacar. Nesses casos, João diz que temos um advogado que pode nos representar diante de Deus e por quem podemos ser perdoados (1Jo 2:1, 2).
Talvez seja por isso que Hebreus 2:17 usa o verbo "fazer propiciação" no tempo presente, sugerindo que a obra de Cristo de reconciliação continua em Seu ministério sumo-sacerdotal. Isso significa que, embora Cristo haja obtido salvação para todos na cruz, em Sua obra como Mediador no santuário celestial, Ele está aplicando os benefícios da cruz aos que crêem nEle. Sem a intercessão de Cristo no santuário celestial, a eficácia da expiação e o poder da cruz não estariam disponíveis aos pecadores. Sua intercessão está fundamentada na cruz. Essa intercessão não é um suplemento ao Calvário mas é, de fato, o desdobramento do significado do poder perdoador de Deus, um descerramento da profundeza e do permanente poder reconciliador de Sua morte sacrifical.
Você pecou, mesmo depois de ter aceito Jesus como seu Salvador? Neste caso, que conforto você obtém por saber que Cristo está intercedendo pelo perdão de Deus em seu favor no Céu? Por que é tão importante termos esse conhecimento? |
Terça | Ano Bíblico: 1 Timóteo |
Intercessão de Cristo no santuário celestial
4. O que Cristo está fazendo por nós como nosso mediador no Céu? Jo 16:23, 24; At 5:31; Ef 1:3; 2:18; Hb 1:2; 4:16; 13:20, 21
Se a morte de Cristo não pode ser separada da ressurreição, também não devemos separar a entronização e intercessão depois da ressurreição. O propósito futuro da ressurreição foi Sua entronização como nosso Sumo Sacerdote. Jesus terminou Sua obra sacrifical na cruz e está agora trabalhando como Rei e Sacerdote no santuário celestial. O movimento que partiu da humilhação e alcançou a exaltação indica um desenvolvimento adicional de Sua obra como Redentor. Isso não afeta a finalidade de Sua morte expiatória sacrifical (Hb 10:12) mas, ao contrário, revela mais benefícios dela.
Cristo começou Sua obra intercessora logo depois da entronização, e esse evento teve um impacto direto sobre a igreja. Como resultado dessa obra de intercessão, "os filhos de Cristo, que lutam e se afadigam na Terra, são 'agradáveis... no Amado' (Ef 1:6). Perante os anjos celestiais e os representantes dos mundos não caídos, são declarados justificados" (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 834). Essa justificação objetiva dos seguidores de Cristo no Céu foi acompanhada imediatamente pelo derramamento do Espírito. Jesus prometeu aos discípulos pedir ao Pai outro Consolador (Jo 14:16, 17), e no Pentecostes Pedro interpretou o derramamento do Espírito Santo como indicação de que Cristo começara Sua obra intercessora em favor daqueles que nEle crerem (At 2:33).
As boas-novas são que Jesus ainda está trabalhando em favor de Seu povo. Pedro declarou que Cristo deve permanecer no Céu "até que chegue o tempo em que Deus restaurará todas as coisas, como falou há muito tempo por meio dos Seus santos profetas" (At 3:21, NVI). Existem profecias que ainda precisam ser cumpridas, e então, a obra de Cristo diante do Pai vai terminar. A restauração final ainda está no futuro; a obra de intercessão de Cristo está levando a ela. Ainda estamos vivendo dentro da história da salvação, entre a ascensão e Sua volta. O tempo entre esses dois eventos é preenchido por Sua intercessão e o cumprimento da missão da igreja.
Leia Apocalipse 8:2-5. O que significa essa imagem? Mais importante, que esperança esses versos, que fazem referência a Cristo como nosso Mediador celestial, lhe oferecem, quando às vezes você pensa que Deus não aceita suas orações? |
Quarta | Ano Bíblico: Tt |
Intercessão de Cristo e a preservação da vida
5. Como a intercessão de Cristo no santuário celestial afeta o mundo natural? Jo 3:35; Cl 1:16, 17; Hb 1:3
Provavelmente, a Terra seria tão devastada quanto Marte se não fosse a cruz de Cristo e a Sua intercessão diante do Pai. Como já foi indicado, o pecado teve um efeito negativo sobre o mundo natural; A Terra se tornou uma expressão da natureza rebelde do pecado. Mas Deus não abandonou o mundo natural. O salmista diz: "O Senhor é bom para todos, e as Suas ternas misericórdias permeiam todas as Suas obras" (Sl 145:9). A maneira de o Senhor fornecer o alimento da Terra é interpretada como uma revelação do amor de Deus.
Se existe um elemento particular da criação de Deus que o pecado ameaça diretamente é o fenômeno misterioso da vida em nosso planeta. Por amor, Deus decidiu preservar a vida que criou, apesar de sua contaminação pelo pecado. Paulo diz: "Pois nEle vivemos, e nos movemos, e existimos" (At 17:28). A preservação de nossa vida não é resultado de leis mecânicas trabalhando independentemente de Deus: "O organismo físico do homem acha-se sob a supervisão de Deus, mas não é como um relógio, que é posto em movimento e deve continuar por si mesmo. O coração bate, pulsação sucede a pulsação, uma respiração segue a outra, mas o ser todo se acha sob a supervisão de Deus. ... Cada batida do coração, cada respiração, é a inspiração daquele que soprou nas narinas de Adão o fôlego de vida – a inspiração do Deus sempre presente, o grande EU SOU" (Ellen G. White, Medicina e Salvação, p. 9). Embora os pecadores mereçam a morte, sua vida natural é preservada pela graça de Deus, possibilitada pela cruz. Paulo e Barnabé disseram a alguns pagãos: "[Deus] mostrou Sua bondade, dando-lhes chuva do céu e colheitas no tempo certo, concedendo-lhes sustento com fartura e um coração cheio de alegria" (At 14:17, NVI). Ele faz "crescer a relva para os animais e as plantas, para o serviço do homem, de sorte que da terra tire o seu pão" (Sl 104:14). Tudo isso é totalmente imerecido por Suas criaturas e é expressão da graça amorosa de Deus em Cristo (Mt 5:45; Lc 6:35). A bondade de Deus não é limitada àqueles que O servem; alcança cada ser humano.
Pense nas implicações da lição de hoje: Todos devem sua existência à graça de Cristo. Como esse fato deve influenciar sua maneira de lidar com outras pessoas? Como esse fato nos ajuda a entender o valor de cada vida humana? |
Quinta | Ano Bíblico: Filemon |
A intercessão de Cristo e a obra do Espírito
A fim de entender melhor a natureza dinâmica da graça, normalmente, os teólogos falam em graça comum e graça santificadora. Sob a perspectiva adventista, graça comum é a disposição amorosa de Deus, manifesta para com os pecadores na preservação da vida no planeta e na obra do Espírito no coração humano, nos chamando ao arrependimento, confissão e conversão. Graça santificadora normalmente é entendida como a obra do Espírito no coração da pessoa que aceitou Cristo como Salvador. A morte de Cristo na cruz liberou uma atmosfera de graça que cerca o planeta: "No dom incomparável de Seu Filho, Deus envolveu o mundo todo numa atmosfera de graça, tão real como o ar que circula ao redor do globo. Todos os que respirarem esta atmosfera vivificante hão de viver e crescer até à estatura completa de homens e mulheres em Cristo Jesus" (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 68). Isso é graça comum, disponível a todos os que decidem aceitá-la para si mesmos.
6. Que promessa fez Cristo aos discípulos, e qual era a função desse dom? Jo 14:16, 17; 16:8-11; Rm 8:9-14
Jesus disse aos discípulos que depois de Sua partida, Ele lhes enviaria o Espírito e que o Espírito convenceria "o mundo do pecado, da justiça e do juízo" (Jo 16:8). Isso é graça comum. É tarefa do Espírito tornar os pecadores completamente cientes de seu pecado, culpa e separação de Deus. Ao mesmo tempo, Ele lhes aponta a cruz de Cristo como única saída de sua situação desesperada. Sem essa obra do Espírito, a cruz se torna ineficaz. Mas é justamente por causa da cruz que o Espírito está ativo no mundo, apontando Jesus constantemente aos pecadores para sua salvação.
A graça não é irresistível; isto é, os seres humanos podem rejeitá-la, e muitos o fazem. Dificilmente a graça seria graça se fosse forçada sobre as pessoas. O Senhor respeita a liberdade de Suas criaturas; nada prova isso melhor que a cruz.
Sexta | Ano Bíblico: Hb 1–3 |
Estudo adicional
"O Salvador apresenta a virtude de Sua intercessão diante do Pai, e Se empenha no ofício de intercessor pessoal. Proclamando-Se como nosso intercessor, Ele deseja que saibamos que Ele põe Seus méritos e eficácia no incensário de ouro, para que as possa oferecer com as orações sinceras de Seu povo. Então, como é essencial orar muito; pois ao ascenderem nossas orações ao trono de Deus, elas são combinadas com a fragrância da justiça de Cristo. Nossa voz não é a única a ser ouvida. Antes de alcançar o ouvido de Deus, ela se mistura com a voz de Cristo, a quem o Pai sempre ouve" (Ellen G. White, Manuscript Releases, v. 7, p. 166).
"Mas, enquanto Jesus permanece como intercessor do homem no santuário celestial, a influência repressora do Espírito Santo é sentida pelos governantes e pelo povo. Essa influência governa, ainda, até certo ponto, as leis do país. Não fossem estas, e a condição do mundo seria muito pior do que ora é. Conquanto muitos de nossos legisladores sejam ativos agentes de Satanás, Deus também tem os Seus instrumentos entre os principais homens da nação. O inimigo incita seus servos a que proponham medidas que estorvariam grandemente a obra de Deus; mas estadistas que temem o Senhor são influenciados por santos anjos para que se oponham a essas propostas, com argumentos irretorquíveis" (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 610).
Perguntas para consideração
1. Se Deus nos ama e enviou Seu Filho para morrer por nós, por que ainda é necessário que Jesus atue como intercessor diante do Pai?
2. Revise o livro de Hebreus. O que ele nos diz sobre a realidade e importância da intercessão de Cristo por nós no Céu?
3. Como a realidade da intercessão de Cristo no Céu responde à pergunta: O que Jesus tem feito todos estes anos desde a ressurreição?
Resumo: Depois da ressurreição e ascensão, Cristo continua Sua obra de salvação intercedendo no santuário celestial. De lá, Ele intercede por bênçãos materiais para preservar a vida do planeta. Como nosso intercessor, Ele aplica todos os benefícios de Sua expiação na cruz em favor dos que respondem ao convite do Espírito para achar nEle seu Salvador.
Respostas Sugestivas
Pergunta 1: Se Cristo não houvesse ressuscitado, Seu sacrifício não teria sido de nenhum valor.
Pergunta 2: A ressurreição e ascensão de Jesus tornaram possível que Ele assumisse a função de nosso intercessor no Céu.
Pergunta 3: A intercessão de Cristo é efetuada mediante os méritos que Ele conquistou por Sua morte sacrifical.
Pergunta 4: Intercede pelas nossas orações, concede bênçãos, abre-nos o acesso ao Pai, concede misericórdia e graça.
Pergunta 5: Ele sustenta todas as coisas e nEle tudo subsiste.
Pergunta 6: Conceder outro Consolador para nos mostrar o pecado e o caminho para Cristo.
FONTE: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2008/frlic1142008.html