| sábado, 24/1/2009
› Introdução
"Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para repreensão, para correção, para educação na justiça." 2 Tm 3:16.
Os dicionários defendem inspiração como "qualquer estímulo ao pensamento ou à atividade criadora". Segundo o dicionário Aurélio, inspiração é a "Moção divina que, segundo a crença cristã, teria dirigido os autores dos livros da Bíblia".
Qual a diferença da inspiração de um poeta, de um músico, de um artista plástico, de um atleta, de um arquiteto sacro, em relação a um profeta ou qualquer pessoa inspirada pelo Espírito de Deus?
A inspiração desses artistas e muitos outros, acontece por meio de estímulos. Eles são motivados por idealismo coletivo ou pessoal, com vistas a alcançar uma recompensa apenas temporária. Porém destituída de poder indutivo e espiritual. Ao passo que a inspiração divina, (do grego theopneusto – assopro de Deus), leva o indivíduo a se transformar; capacitar-se para amar e aceitar os ensinos de Deus, Sua repreensão, Sua correção, Sua educação para a justiça, e o melhor, Sua graça salvadora. Foi o que ocorreu com Adão. Quando ainda era uma estátua de barro ( Gn 2:7) Deus soprou em suas narinas (neshainah do hebraico), e ele recebeu alento de vida. Quando por intermédio da fervorosa oração e colóquio com Deus, Ele assopra sobre nós a benfazeja influência do Seu Espírito, e nEle passamos a fazer maravilhas (II Crônicas 9:16).
O apóstolo Pedro (2 Pe 2:21) confirma: " pois jamais a profecia (a Bíblia) teve origem na vontade humana, mas homens ( e mulheres) falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo.
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domingo, 25/1/2009
› Revelação - Inspiração - Iluminação
Compreendemos como revelação o ato de Deus Se revelar a Si próprio, bem como Suas mensagens ao profeta. Exemplo: Deus revelando a Daniel, Suas verdades por meio de símbolos de animais, fatos históricos e figuras do Santuário. Revelando-Se a Ellen White através de duas mil visões.
Inspiração
Como já vimos, é o sopro do Espírito Santo sobre o Profeta, ou outra pessoa a serviço de Deus (At 2:2).
Iluminação
É a ação do Espírito Santo que nos ajuda a entender as lições da Palavra de Deus. "Popularmente dizemos: "tive uma luz", "tive um insight"" tive um estalo sobre o assunto". Paulo afirma que a compreensão sobre a Palavra também só é possível pelo Espírito. (l Co 2:14).
Falhas Humanas
Graças a Deus, porque Ele aceita o gênero humano, inclusive os profetas, exatamente como são - falhos e tendenciosos para o mal ou pecado. Aceitou o obtuso e esquisito Jonas, os chorões: Neemias, Daniel e Jeremias, o adúltero Davi e outros. Se Deus não dispusesse usar os humanos para completar Sua obra salvífíca, teria que utilizar anjos.
Um profeta pode errar?
Devemos considerar dois fatos importantes.
Primeiro, nem tudo o que o profeta fala ou escreve é inspirado. Isso ocorre quando ele se dirige a amigos e parentes em forma de assuntos comuns, corriqueiros da vida;
Segundo, o profeta pode errar ao citar pessoas, fatos ou datas históricas. Exemplos: Mateus, equivocadamente escreveu Jeremias no lugar de Zacarias. (Mt 27:9; Zc 11: 12 e 13). Ellen White, na edição de "O Grande Conflito", de 1888, citando o historiador Wylie, escreveu um fato ligado à noite do massacre de São Bartolomeu (24/08/1572) na França. Ela escreveu que determinado sino naquela noite havia dado o sinal para o massacre. Foi contestada veementemente pelos historiadores de então. Na edição de 1911 ela corrigiu o equívoco: "um sino repicando à meia noite, foi o sinal para o massacre" (GC p 272). São erros irrelevantes que não comprometem a credibilidade do profeta.
"Deus não escolhe como Seus representantes entre os homens anjos que jamais caíram, mas seres humanos, homens de paixões idênticas às daquelas a quem busca salvar" (AA, p. 134).
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segunda-feira, 26/1/2009
› Inspiração verbal ou do pensamento
Segundo os defensores da inspiração verbal, a ênfase está nas palavras ditas por Deus ao Profeta e não no profeta. Talvez por esta ração surgiu a expressão "pena inspirada", em nosso meio, o que devemos evitar, porque quem é inspirado é o porta - voz e não sua caneta.
Inspiração do pensamento
Este é o modelo correto. O Espírito Santo inspira o mensageiro e este escreve a mensagem em suas palavras. Exemplo: os apóstolos de Jesus, que escreveram as coisas que dEle viram, quais repórteres jornalistas, cada qual escreveu o fato em suas próprias palavras e estilo.
Os autores das Escrituras receberam a mensagem de Deus em forma de visões, sonhos e discursos verbais diretos (veja Números 12:6, Isaías 1:1, Ezequiel 1:1, Daniel 7:1, Amós 1:1, Gêneses 12:1, Êxodo 3: 4-6, Jeremias 56: 2).
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terça-feira, 27/1/2009
› Visões e Fenômenos Físicos
Há três exemplos de fenômenos físicos de profetas em visão:
1) no Antigo Testamento, Daniel, (Dn 10: 7-9, 17 e 18);
2) no Novo Testamento, Paulo de Tarso ( At 9:1-5);
3) o de Ellen White.
Daniel chorou por três semanas em restrito jejum. Ficou fisicamente depauperado. Paulo, apavorado e cego caiu do cavalo. Em sua conversão diretamente via Jesus. Ellen White, a partir de dezembro de 1844, teve duas mil visões, experimentando fenômenos físicos semelhantes aos dos profetas da Bíblia. Sua última visão teve lugar no dia três de março de 1915.
O Doutor Herbert Douglas, autor do livro Mensageira do Senhor, p. 28, enumera dez características de fenômenos físicos de profetas em visão:
1. Os profetas têm consciencia de que uma Pessoa sobrenatural Se comunica com eles; eles sentem um senso de indignidade.
Os profetas frequentemente perdem as forças. 2. Os profetas, às vezes, caem por terra em profundo sono. 3. Os profetas ouvem e veem acontecimentos em lugares remotos, como se estivessem realmente presentes. 4. Os profetas, às vezes, não conseguem falar, mas, quando seus lábios são tocados eles conseguem fazê-lo. 5. Os profetas muitas vezes não respiram. 6. Os profetas não tem consciência do que acontece ao seu redor, ainda que tenham os olhos abertos. 7. Os profetas às vezes recebem força suplementar durante a visão. 8. Os profetas recebem força e alento renovados quando a visão termina. 9. Os profetas ocasionalmente sofrem algum tipo de lesão física temporária como sequela da visão. 10. Paulo de Tarso teria sido o único mensageiro receptor de visões, cuja sequela de fenômeno físico (defeito de visão) o acompanhou pelo resto da vida.
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quarta-feira, 28/1/2009
› Inspiração e assistentes literários
Muitos profetas tiveram secretários ou secretárias. Alguns por acúmulo de trabalho, outros por deficiência física – como foi o caso de Paulo que era deficiente visual – e por outras circunstâncias. Eles eram apenas secretários ou escribas, sem a inspiração do profeta. O profeta ditava a matéria, mas fazia a devida revisão, para ver se estava de acordo com as normas divinas, conforme ele tinha sido inspirado.
Jeremias tinha como secretário Baruque (Jr 36:4). Paulo talvez tenha tido como secretários Eutico seu sobrinho, Jason, Timóteo, e Tércio. As secretárias de Ellen White foram as irmãs Davis, Buraham, Bolton, Peck, Here e Marian; isso, porque as atividades literárias da profetisa eram por demais intensas. Ela dizia: "os livros não são produções de Marian, porém minhas, tiradas de todos os meus escritos". (Mensagens Escolhidas, v 3 p 91)
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quinta-feira, 29/1/2009
› Inspiração e o livro de Lucas
A exemplo de Paulo, que escreveu a metade dos livros do Novo Testamento, o médico Lucas não foi apóstolo pessoal de Jesus. Teve que pesquisar para escrever sobre o Mestre. (Lc 1: 1-4)
Lucas dedicou seu livro a Teófilo, importante personalidade romana de então. Dr, Gerhard Pfandl chama esta forma de inspiração de "modelo de investigação da inspiração". Isso ocorreu com Lucas e Paulo ao escreverem sobre Jesus. Lucas parece ter sido beneficiado também com sonhos e visões. Quanto a terem sido assoprados (do grego theopneustos) pelo Espírito, não resta dúvida.
Ellen White recomenda a Bíblia
Quanto ao depoimento da Sra. Ellen White sobre os seus escritos, ela diz:"O Senhor deseja que estudem a Bíblia. Ele não deu alguma luz adicional para tomar o lugar de Sua Palavra. Os meus escritos são apenas condutos à Bíblia".
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sexta-feira, 30/1/2009
› Estudo Adicional
A promessa do Espírito Santo não é limitada a algum século ou raça. Cristo declarou que a divina influência de Seu Espírito estaria com Seus seguidores até o fim. Desde o dia do Pentecoste até ao presente, o Confortador tem sido enviado a todos os que se rendem inteiramente ao Senhor e a Seu serviço. A todos os que aceitam a Cristo como um Salvador pessoal, o Espírito Santo vem como consolador, santificador, guia e testemunha. Quanto mais intimamente os crentes andam com Deus, tanto mais clara e poderosamente testificam do amor do Redentor e da Sua graça salvadora. Os homens e mulheres que através dos longos séculos de perseguição e prova desfrutaram, em larga escala, a presença do Espírito em sua vida, permaneceram como sinais e maravilhas no mundo. Revelaram, diante dos anjos e dos homens, o transformador poder do amor que redime. Atos dos Apóstolos, p. 49.
A respeito de sua experiência testemunhando de Jesus, Ellen White refere-se à atitude dos apóstolos: "Diariamente oravam por novos suprimentos de graça, para que pudessem subir mais e mais na escala da perfeição. Sob a operação do Espírito Santo, mesmo os mais fracos, pelo exercitar fé em Deus, aprendiam a melhorar as faculdades conseguidas, e a se tornarem santificados, refinados e enobrecidos. Ao se submeterem em humildade à modeladora influência do Espírito Santo, recebiam a plenitude da Divindade e eram modelados à semelhança do divino. Atos dos Apóstolos, p. 50.
Pense: Uma vez que este é o meio pelo qual havemos de receber poder, por que não sentimos fome e sede pelo dom do Espírito? Por que não falamos sobre ele, não oramos por ele e não pregamos a seu respeito? O Senhor está mais disposto a dar o Espírito Santo àqueles que O servem do que os pais a dar boas dádivas a seus filhos. Cada obreiro devia fazer sua petição a Deus pelo batismo diário do Espírito.Atos dos Apóstolos, p. 50
Desafio: Se todos estivessem dispostos, todos seriam cheios do Espírito. Onde quer que a necessidade do Espírito Santo seja um assunto de que pouco se pense, ali se verá sequidão espiritual, escuridão espiritual e espirituais declínio e morte. Quando quer que assuntos de menor importância ocupem a atenção, o divino poder, preciso para o crescimento e prosperidade da igreja, e que haveria de trazer após si todas as demais bênçãos, está faltando, ainda que oferecido em infinita plenitude. .Atos dos Apóstolos, p. 50
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