A Lição em poucas palavras...
Texto-chave: Números 12:6
O aluno deverá...
Conhecer:Que Deus fala conosco por intermédio de outras pessoas a quem chamamos de profetas.
Sentir: Respeito e aceitação pelos profetas e identificar-se com eles como seres semelhantes a nós.
Fazer: Considerar cuidadosamente como esses profetas podem falar a nós e à Igreja.
ESBOÇO
I. O papel dos profetas (Deuteronômio 18:14-22; 34:10)
A. Por que Deus suscitava profetas? Qual era sua função?
B. Qual é o significado dessas experiências pessoais para o profeta, para Deus e para nós?
II. Os profetas são humanos (Juízes 5)
A. O que a história de Débora revela sobre a atuação dos profetas dentro da comunidade? Por que às vezes era difícil ser profeta?
B. O que a diversidade humana dos profetas bíblicos nos diz sobre Deus?
C. Que enganos e fraquezas são evidentes nos profetas bíblicos? O que isso nos diz sobre a atitude de Deus para conosco? Como os enganos e falhas dos profetas devem orientar nossas expectativas a respeito deles e de seus escritos?
III. Profecia na Igreja (Atos 2:16-21; 21:8-14)
A. O que a prevalência dos profetas no Novo Testamento sugere sobre a maneira de Deus falar com a igreja?
B. Como você responde à possibilidade de Deus usar alguém para falar conosco em Seu nome? Por quê?
Resumo: Ao longo da história, Deus usou pessoas comuns de diversas camadas sociais para falar em Seu nome. Esses profetas fortaleceram, corrigiram, guiaram e encorajaram o povo de Deus em sua jornada em direção à Terra Prometida, em que, um dia, novamente falaremos face a face com Deus.
Ciclo do aprendizado
| Motivação – Por que esta lição é importante para mim? |
Conceito-chave: Assim como os profetas atuavam como mediadores entre Deus e Seu povo, nós também podemos servir a Deus, apesar das imperfeições.
As pérolas são um acidente da natureza. As conchas de crescimento retardado e de forma irregular são as que têm maiores probabilidades de produzir pérolas. Para uma pérola se formar, primeiramente um corpo irritante precisa entrar no molusco quando as válvulas da concha estão abertas para ela respirar e se alimentar. Mais provavelmente, esse elemento irritante será um parasita, resíduos da decomposição de plantas, ovos de moluscos, pequenos caranguejos, pedaços de alimentos ou até um peixe pequeno. O molusco se protege depositando camadas de matéria nacarada para cobrir o corpo irritante. Com o passar do tempo, essa imperfeição se torna uma pérola. (www.fao.org/docrep/field/003/AB726E/AB726F.11.htm).
É difícil imaginar como uma coisa tão imperfeita pode produzir algo tão belo. Isto nos deve dar esperança quando as debilidades, imperfeições e fracassos ameaçam nos subjugar. Se Deus pode usar uma coisa tão feia e deformada como um molusco para criar a perfeição de uma pérola, não seria Ele capaz de tirar beleza e força a partir de nossas falhas? "A Minha graça te basta porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza" (2 Coríntios 12:9). Assim, da próxima vez que você for assaltado pelas dificuldades ou sofrimentos, ou for subjugado por suas deficiências espirituais, lembre-se: Sem o corpo irritante, não haveria pérola.
Pense nisto: Já aprendemos que Moisés temeu falar diante do faraó porque sentia que estava diminuída sua capacidade de falar. Que ajuda Deus lhe prometeu? Que fraquezas experimentaram outros líderes da Bíblia a quem Deus ajudou a vencer? Como este fato infunde nos membros de sua classe a esperança de que Deus pode usá-los, apesar das falhas e fraquezas? Como Deus pode transformar deformidades espirituais em "pérolas"? Como Ele usa "corpos irritantes" para nos fortalecer?
| Compreensão – O que preciso conhecer da Palavra de Deus? |
Comentário bíblico
Só para professores: Vamos estudar a vida dos profetas do Antigo e do Novo Testamentos para definir o trabalho de um profeta.
I. Abraão: Zeloso mas imperfeito
(Leia com sua classe Gênesis 20:7.)
A primeira menção à palavra profeta na Bíblia ocorre em Gênesis 20. Se estudarmos a história, veremos que toda a família de Abimeleque sofreu a maldição porque um homem cobiçou a esposa de Abraão. Sara e Abraão não mentiram quando mencionaram que Sara era meia-irmã de Abraão mas deixaram de mencionar que ela era sua esposa. Essa era uma meia-verdade – e não menos quando vinha dos lábios de um profeta! Isso foi suficiente para convencer Abimeleque de que Sara estava livre para se unir ao seu harém. E quando ele a levou, Deus fechou a madre das esposas de Abimeleque. O interessante dessa narrativa é que, apesar da mentira de Abraão, Deus Se referiu a ele como profeta e fez a restauração de Abimeleque depender da oração intercessora de Abraão em seu favor. Embora muitos de nós sejamos caídos e imperfeitos, Deus ainda nos chama em nossas imperfeições para servir-Lo.
Pense nisto: Deus ainda chamou Abraão, apesar de suas culpas. Que esperança este fato deve nos dar de que Deus pode nos usar, apesar de nossas culpas? Ao mesmo tempo, por que as falhas dos profetas não nos dão licença para pecar conscientemente contra Deus, enquanto afirmamos servi-Lo?
II. A intercessão de Moisés: a obra de um profeta
(Leia Êxodo 32:11-13 e Números 14:13-19; 16:46-50.)
Depois da rebelião de Israel contra Deus com o bezerro de ouro, o Senhor disse a Moisés que destruiria o povo e faria de Moisés uma nova nação escolhida. A oração de Moisés evitou a completa destruição de Israel como nação. Em seu papel de intercessor, Moisés se ergue como precursor de Cristo. Ele não desculpou o pecado do povo; ao contrário, intercedeu por ele, insistindo que Deus o perdoasse. Esse papel de intercessor demonstra parte da obra de um profeta.
Também aprendemos que, enquanto Moisés relatava ao povo as palavras de Deus, seu rosto foi coberto. Esse ato de encobrir o rosto de Moisés também o torna um tipo de Cristo. Jesus ocultou Sua divindade com a humanidade a fim de habitar conosco. Com o rosto velado, Moisés representava a maneira de Deus Se revelar a nós: Desvelado, Deus não poderia manter comunhão conosco sem nos destruir. Mas, oculto pela humanidade, Ele pôde manter livre comunhão com os pecadores a fim de unir a humanidade ao Céu. A glória refletida no rosto de Moisés se compara às bênçãos a serem recebidas pelo povo que guarda os mandamentos de Deus pela mediação de Cristo.
Números 16 ainda demonstra que o trabalho de um profeta está baseado nos atos intercessores de Moisés e Arão ao evitar a praga. (1) Moisés agiu como porta-voz de Deus (v. 46). (2) Arão tomou o incensário do Lugar Santo – usado só dentro do templo – e o levou para o meio do povo. O incenso simbolizava a obra de intercessão e expiação de Jesus, vindo do Céu até nós. Arão serviu como tipo de Cristo, que desceu entre os seres humanos pecadores e Se ofereceu por seus pecados.
Pense nisto: Como as ações de Moisés e Arão em Números 16 ajudam a esclarecer o trabalho de um intercessor? Por sua vez, o que isso nos ensina sobre a obra de reconciliação de Cristo por nós?
III. Profetisas: Míriam e Débora
(Leia com sua classe Números 12:2, 3 e Juízes 4:1-18.)
Míriam foi a primeira mulher chamada de profetisa no Antigo Testamento. Ela só era inferior em poder a Moisés e Arão. Míriam afirmava possuir o dom profético, visto que Deus falara através dela. Miqueias afirma que Deus livrou Israel do Egito por intermédio de Moisés, Arão e Miriam. Depois da libertação, Míriam liderou as mulheres no Cântico de Moisés no Mar Vermelho. Possivelmente, ela poderia ser considerada a organizadora do primeiro ministério da mulher da igreja de Deus. Além de comunicar ao povo as mensagens que Deus lhe dera, ela pode ter ensinado e reprovado o povo durante um ministério de 90 anos
Mais tarde, no tempo dos juízes, Deus chamou outra mulher, Débora, para ser profetisa. Débora ouvia os casos sob uma árvore entre Ramá e Betel. Essa sala de tribunal sob uma árvore permitia que o povo tivesse maior acesso quando ia a ela em busca de justiça. Como profetisa, ela corrigia os abusos e reparava as queixas. O verso 8 de Juízes 4 mostra como Débora era mantida em alta estima. Sua influência era tal que o grande guerreiro Baraque, a quem Deus chamara para livrar Israel de seus inimigos, recusou ir sem ela para a batalha. Sua presença deixaria claro que o empreendimento era de acordo com a vontade de Deus. Baraque, guerreiro forte e valente, se submeteu à sua direção profética. Embora fosse mulher e não fosse guerreira, Débora não recusou levar Israel à batalha. Deus nos mostra através da história que não Se limita ao gênero masculino em Seu chamado aos profetas.
Pense nisto: Que lições os ministérios de Míriam e Débora nos ensinam sobre a obra de um profeta? O que revela sobre Deus o fato de que Ele escolhe mulheres, bem como homens, para atuar como profetas?
| Aplicação – Como posso pôr em prática as informações que obtive? |
Perguntas para reflexão
1. Que perigo existe em lembrar as culpas de um profeta como desculpa para seus próprios pecados?
2. Qual dos profetas inspira você na vida cristã? Por quê?
Perguntas de aplicação
1. A Bíblia diz que "todos pecaram" (Romanos 3:23), mas dá uma solução que nos permite escapar do "salário do pecado" (Romanos 6:23), que é a morte. Em seu entendimento, como funciona essa solução? Em que está baseada? Como você pode fazer uso dessa provisão maravilhosa?
2. Por causa de seus pecados, Moisés não chegou à Terra Prometida. As consequências de seus pecados o desencorajam ou levam para mais perto da fonte da salvação? Explique.
3. Comente o efeito que um espírito perdoador pode ter sobre a vida de sua igreja.
| Transformação – Em que áreas minha vida vai mudar? |
1. Que efeito positivo sua igreja tem sobre a vida das pessoas? Como poderia fazer melhor?
2. Depois que Moisés desceu do Monte Sinai, todos perceberam claramente que ele estivera na presença de Deus. Que dizer de você mesmo? Sua vida revela que você alimenta um relacionamento positivo com Deus?
3. Que exemplo você representa para os que o conhecem? Se não é bom, por que não? Por que você não precisa ser perfeito, ainda, para ser um exemplo aos outros?
Leia Atos 4:12 e peça que a classe ore silenciosamente por alguém que precise de oração.
FONTE: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2009/frlic212009.html