sexta-feira, 3 de abril de 2009

Lição 02 – Fé - Auxiliar Para a Lição da Escola Sabatina - Casa Publicadora Brasileira

A Lição em resumo

TEXTO-CHAVE: Efésios 2:8

O ALUNO DEVERÁ...

Saber: Que a fé é mais do que uma simples convicção; é uma experiência de confiança e certeza.
Sentir: Aumentar a fé pelo estudo da Bíblia e da comunhão com Jesus.
Fazer: Permitir que a fé seja o princípio dominante em sua vida.

ESBOÇO DO APRENDIZADO

I. Encontrando fé (Hc 2:4)

A. Fé é mais que simples convicção sobre uma verdade; é viver com base nessa verdade. Como a fé determina suas ações?
B. A fé amadurece pelo estudo da Bíblia e pela experiência pessoal. Qual é a base de sua fé? Por que você crê no que crê?

II. Fé viva (Hb 11)

A. Hebreus 11 costuma ser chamado de o capítulo da fé. Parece uma "Galeria da fama" dos fiéis: Desde Abel até Gideão, os possuidores de grande fé são registrados nesse capítulo. Que características específicas tornam tão diferentes essas pessoas? Como podemos esperar ser semelhantes a eles?
B. Hebreus 11:6 diz que "sem fé é impossível agradar a Deus". Por que é tão difícil aceitar o dom da fé? O que às vezes nos faz vacilar?

III. Comprovando a fé (Tg 2:14-17)

Tiago diz que fé sem obras é morta. De que maneiras você faz com que a fé seja evidente em suas ações?

Resumo: Nossa experiência de fé deve servir de guia na vida. Estudando a Bíblia e desenvolvendo comunhão com Cristo, podemos permitir que a fé se manifeste em todos os aspectos da vida.

Ciclo do aprendizado

Motivação

Motivação
Conceito-chave para o crescimento espiritual: Fé é confiança em Deus que torna possível a vida cristã. Como acontece com o amor, não podemos fabricá-la por nós mesmos; Deus deve nos dar a fé.
Só para os professores: Nesta lição, destacamos a necessidade da fé para a vida cristã e como podemos construir a fé em nós mesmos e em outros. Você vai querer que seus alunos tenham uma compreensão prática do que é fé, por que a fé é importante e se relaciona com a vida prática.

O filósofo grego Zenão argumentava em seu famoso "paradoxo da seta" que uma seta nunca chegaria ao seu alvo. Seu argumento partia do pressuposto de que cada objeto ocupa um espaço exatamente do seu tamanho. Então, em cada ponto do voo, o objeto está "em repouso". Estando em repouso, o objeto não está se movendo, embora pareça assim. Neste sentido, não existe diferença entre uma seta imóvel e outra em movimento na mesma posição. Assim, Zenão concluiu: o movimento é uma ilusão.

Então, de acordo com a lógica de Zenão, podemos atirar uma seta contra o tórax de alguém e predizer seguramente que ela nunca vai perfurar-lhe o coração. Certo? Infelizmente, nosso cobaia estaria morto antes de saber por quê. Não importa quão lógicos sejam os argumentos de Zenão, não há dúvida de que ninguém estaria disposto a se apresentar como voluntário para provar essa experiência – nem mesmo Zenão (se ele ainda estivesse vivo).

O paradoxo de Zenão tinha o objetivo de contradizer, pelo uso da lógica e do raciocínio, algumas falsas ideias sobre o funcionamento do Universo, de acordo com os conceitos populares. Desde então, houve várias tentativas matemáticas e filosóficas de resolver esse paradoxo sobre por que a seta alcança o alvo, embora, logicamente, não devesse (Veja Josh Paete, "Zeno's Paradoxes", artigo em http://en.wikipedia.org/wiki/Arrow_paradox).

Da mesma forma, a fé também apresenta um paradoxo seu próprio para o cristão. Não sabemos como nem por que a "razão para acreditar" se torna a fé que salva, mas sabemos que isso acontece. Antes, porém, devemos alcançar o objetivo: conhecer Jesus como nosso Salvador pessoal.

Discuta com a classe: Que circunstâncias, situações, discussões, livros, sermões, e assim por diante, o levaram a ter a fé que tem? Em que ponto o conhecimento sobre Cristo se tornou fé em Cristo, e como você se sentiu? Que influências em sua vida agora o levam a Cristo?

Pense nisto: Na lição passada, aprendemos como o amor é o centro da fé e da vida cristã. Por que e como a fé é necessária para pôr esse amor em ação?

Compreensão

Compreensão
Só para os professores: Em nosso mundo, a palavra pode se referir a um conjunto de determinadas convicções (como na "fé budista"), ou confiança em determinada pessoa ou coisa (como fé no sistema de transporte público). Qual é a definição bíblica de fé? Comente.

Comentário bíblico

Visão geral: "Sem fé é impossível agradar a Deus" (Hb 11:6). Essa declaração seria desalentadora se não fosse o fato de que, por definição, a fé é algo que não pode ser alcançado a não ser que Deus nos conceda. Tudo o que temos que fazer é estender a mão para recebê-la (Ef 2:8).

I. Do invisível para o visível

(Recapitule com a classe Hebreus 11:1-3.)

A fé é a habilidade de crer em coisas que não estão imediatamente aparentes aos sentidos. Quando o cristão crê em Deus e nEle confia, os resultados dessa fé se tornam aparentes ao mundo "real", vindos do que, em todos os sentidos, é "nada".

Essas coisas podem incluir marcante mudança de caráter e orientação pessoal, respostas à oração, resultados positivos de decisões que parecem forçadas ou desvantajosas pelos padrões mundanos – decisões tomadas unicamente com base na fé ou no senso de que era o que Deus queria que fosse feito.

O autor da lição desta semana compara essa mudança de vida com a criação do mundo pelo próprio Deus, que, afinal, do nada, trouxe à existência o Universo.

Pense nisto: Peça que os membros da classe contem experiências em que tiveram que manter a fé em Deus quando, aparentemente, não havia evidência para sustentá-la.

II. O dom da fé

(Recapitule com a classe Efésios 2:8.)

Quando nos referirmos à fé como um dom, nos levantamos contra o conceito popular de que a fé é uma crença em um conjunto de afirmações, algumas das quais de pouca probabilidade. As pessoas acreditam em todos os tipos de coisas, e quase todos acreditam em alguma coisa que não está sujeita a prova racional ou empírica.

Mas não é essa a fé mencionada aqui. Fé bíblica é o resultado do encontro com um Deus infinitamente bom e fidedigno – quer dizer, fiel. O dom da fé é verdadeiramente um dom de Deus, porque conhecer Deus verdadeiramente é confiar nEle. Mas, a fim de receber o dom da fé, devemos nos tornar disponíveis a Deus.

Pense nisto: Como podemos nos posicionar melhor para receber o dom da fé ou aumentar o que recebemos?

III. Não convence

(Recapitule com a classe Hb 11:6; Rm 1:17.)

 "Não convence" é o que se diz dos atores que apresentam desempenho tecnicamente correto mas obviamente carente de sentimento ou convicção. Assim é a vida cristã sem fé: Não podemos agradar a Deus, porque não estamos certos de que Ele existe e, portanto, não podemos amá-Lo nem confiar nEle.

Cristãos assim podem fazer os movimentos, mas lhes falta convicção e alegria, que são resultado de saber por que estão fazendo assim. Porque a vida cristã é um relacionamento de longo prazo, não um spot radiofônico de um minuto. De vez em quando, a pessoa não firmada pela fé em Cristo se desvia e faz algo que é imediatamente mais agradável. E perder-nos para o mundo, para a carne e para o diabo é o que realmente ofende a Deus.

Pense nisto: A maioria de nós teve momentos em que pareceu tomar atitude cristã mas, na realidade, não tinha fé. O que ou quem o ajudou a encontrar o caminho de volta? Como foi possível essa volta a Deus?

Aplicação

Aplicação
Só para os professores: Encoraje seus estudantes a usar estas perguntas para pensar sobre fé como um conceito e como se manifesta em sua vida.

Perguntas para reflexão

1. Popularmente se diz que "é preciso ver para crer". O teólogo Anselmo da Cantuária escreveu, no século 11: "Pois não procuro entender a fim de crer, mas creio a fim de entender. Pois nisso também creio, que 'se eu não crer, não entenderei' (Is 7:9, Septuaginta)." (Anselmo da Cantuária, em http://satucket.com/lectionary/Anselm.htm). Comente de que maneira a fé aprofunda nosso conhecimento de Cristo.

Qual é o papel da doutrina na vida de fé?

Perguntas de aplicação

  1. Como Deus Se vale das pessoas a fim de edificar nossa fé? Que podemos fazer para permitir que Deus edifique a fé por nosso intermédio?
  2. Como somos imperfeitos e incoerentes, frequentemente, a fé coexiste em nós com a dúvida. Como podemos admitir a dúvida e, ao mesmo tempo, fazer com que a fé tenha a vantagem?
Trnasformação

Transformação
Só para os professores:
Nesta semana, aprendemos que fé não é nem a aceitação intelectual nem fruto de nossos esforços. Mas temos um papel no cultivo e fortalecimento da fé que Deus nos dá. Desenvolva a atividade a seguir para enfatizar como nossas ações e pensamentos podem edificar ou diminuir a fé.

Dê a cada membro da classe uma folha de papel. Peça que os alunos dividam a folha ao meio, de alto a baixo, criando duas colunas. No topo de uma, peça que eles escrevam "Edificação da fé". No topo da outra, peça que eles escrevam "Diminuição da fé". Peça que os alunos se reúnam em grupos de dois ou três para fazer as listas de cada coluna. Convide cada grupo a apresentar e comentar suas conclusões.

Só para os professores: Procure enfatizar que este exercício não é necessariamente para traçar uma linha entre coisas "boas" que pessoas "boas" fazem, dizem ou pensam e coisas "más", feitas, ditas ou pensadas por pessoas "más". Nesse contexto, 1 Coríntios 10:23 é instrutivo.

Ou, como alternativa, considere o seguinte tema de discussão e exercício: A mídia se tornou importante na vida de muitos, hoje, e a vida de fé não é exceção a essa influência. Neste assunto, costumamos destacar o negativo, e certamente não existe falta disso. Mas como a música, os filmes, e assim por diante, podem nos ajudar e guiar na jornada de fé, e também pode dificultar e nos enganar?