sexta-feira, 22 de maio de 2009

Comentário da Lição 08 – Descanso - ESCOLA NO AR

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ESCOLA NO AR

2º Trimestre de 2009 - A Caminhada Cristã

Comentário da Lição 08 – Descanso

Sábado, 16/5/2009 - › INTRODUÇÃO

"E acrescentou: O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não homem por causa do sábado; de sorte que o Filho do homem é senhor também do sábado". – Mc. 2:27 e 28.

O sábado Deus cumulou de bênçãos espirituais. Este dia sempre deveria ser um dia de comunhão da criatura com o seu Criador e também com os seus semelhantes. Deixando de lado todas as atividades pertinentes ao dia a dia, no sábado receberia as bênçãos espirituais, atuando em toda a sua estrutura psico-emocional ao apresentar-se na presença do Criador, Fonte do poder mantenedor de todas as criaturas, da felicidade que emana do Seu subjugante amor, da energia permanente de Sua graça vitalizadora.

Em conseqüência do pecado, o homem passou a viver sob tensões, ansiedades e inquietudes. As vidas agitadas pelas tensões e oprimidas pela angústia, necessitam de descanso.

Desconhecendo a verdadeira fonte de repouso, alguns o buscam na prática do esporte, outros em círculos de meditação, em períodos de férias, tranqüilizantes, alcoól, drogas, orgias sexuais e outros meios de escape, mas nada disso concede paz ao angustiado coração humano.
 

Agostinho, um dos pais da Igreja Católica, em seu opúsculo, "Confissões", faz esta declaração lapidar: "Tu nos fizeste para Ti, e nosso coração continuará inquieto até que encontre descanso em Ti". Ele mesmo viveu esta experiência.

O verdadeiro repouso não é encontrado em determinados lugares, práticas, ou mesmo comprimidos, mas sim, em uma Pessoa, a Pessoa de Cristo. Ele convida: "Vinde a Mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei". – Mat. 11:28.

Pense: "Em seis dias realizem os seus trabalhos, mas o sétimo dia é sábado, dia de descanso e de reunião sagrada. Não realizem trabalho algum; onde quer que morarem, será sábado dedicado ao Senhor". – Lev. 23:3 – NVI.

Desafio: "Santifiquem os meus sábados, para que eles sejam um sinal entre nós. Então vocês saberão que eu sou o Senhor, o seu Deus". – Ez. 20:20 – NVI.

Domingo, 17/5/2009 - › DOM DE DEUS PARA PESSOAS OCUPADAS

O relato bíblico da obra criadora de Deus no planeta Terra culmina com uma declaração que traz em si a identificação do Criador, o cessar da atividade criadora para admirar com deleite tudo o que está "muito bom", o direito de receber honra, louvor, exaltação e respeito de Suas criaturas e a consagração do sétimo dia como monumento memorial de Sua obra criadora para este planeta.

No monte Sinai, ao proclamar os dez princípios de relacionamento e conduta do homem para com Deus como Criador e Pai, e do homem para com o seu semelhante, Deus colocou ênfase na santidade do sétimo dia como memorial para evocar o Criador e Pai Eterno.

Lembra-te de um dia especial dentro do ciclo semanal, para não esqueceres o Criador do Universo, o teu Criador, teu Pai Eterno. Este recado é de nosso Pai!

A Tradução Ecumênica da Bíblia traduz a idéia a respeito do sábado de modo muito significativo: "Que se faça do dia de sábado um memorial, considerando-o sagrado... mas no sétimo dia repousou. Eis porque o Senhor abençoou o dia de sábado e o consagrou". - Êx. 20:8 e 11.

Que espetáculo grandioso, que sinfonia gloriosa, que cânticos de louvor e exaltação, que ato eloqüente de adoração, que reconhecimento da soberania do Deus Eterno, teríamos entre os seres humanos, se todos se unissem ao louvor da natureza engrandecendo o seu Criador e Pai! Teríamos cada sábado vinte e quatro horas ininterruptas de louvor e exaltação a Deus. Todos cessariam suas atividades rotineiras porque o dia é de repouso e adoração.

No coração de Deus, este acontecimento de fé, de amor, de glorificação, está previsto uma vez por semana a cada dia de sábado. Para isto Ele erigiu um monumento no tempo, que em verdade é um templo mundial no qual todos podem congregar-se para exaltá-lO e adorá-lO como Criador e Deus Eterno. Se assim acontecesse, os Seus filhos nunca esqueceriam a sua origem e paternidade divinas.

Pense: "O céu, a terra e todos os seus elementos foram terminados. Deus terminou no sétimo dia a obra que havia feito. Ele cessou no sétimo dia toda a obra que fazia. Deus abençoou o sétimo dia e o consagrou, pois tinha cessado, neste dia, toda a obra que ele, Deus, havia criado pela sua ação. Este é o nascimento do céu e da terra quando da sua criação". – Gên. 2:1-4 – TEB.

Desafio: " Se você vigiar seus pés para não profanar o sábado e para não fazer o que bem quiser em meu santo dia; se você chamar delícia o sábado e honroso o santo dia do Senhor, e se honrá-lo, deixando de seguir seu próprio caminho, de fazer o que bem quiser e de falar futilidades, ...". – Is. 58:13 – NVI.

Segunda-Feira, 18/5/2009 - › TEMPO SANTO

Santo significa separado. Dentro do ciclo semanal Deus separou o sétimo dia como tempo santo. Para o homem foi ensinado que durante seis dias deveria ocupar-se em todas as suas atividades em harmonia com as habilidades recebidas do Criador. O sétimo dia foi separado para todos como tempo santo para um objetivo comum: lembrar, adorar e exaltar o Criador.

Entre os dez preceitos que orientam o relacionamento do homem para com Deus e o seu semelhante, o Eterno colocou ênfase no propósito do dia de sábado. Leia em Pense.

O dia de sábado foi colocado por Deus como coroa do ciclo semanal, declarando-o como um período de tempo santo em que toda atividade secular deveria cessar, para o homem volver-se para o Criador e com Ele desenvolver um relacionamento de comunhão e companheirismo.

Restauração: é outro atributo divino que pode ser divisado na ordem e na prática do quarto mandamento. Falando a respeito da importância do sábado como instrumento restaurador, o Senhor declara: "Dize aos filhos de Israel: observareis, todavia, os meus sábados, pois é um sinal entre vós e Mim de geração em geração, para que se reconheça que sou Eu, o Senhor, que vos santifico". - Êx. 31:13. - TEB.

O ato de santificar, separar alguém para pertencer exclusivamente a Deus é obra dEle. Ninguém santifica-se a si mesmo pela mais correta e estrita observância do sábado, sem ter aceito a graça de Deus, reconhecendo a Jesus como Salvador e Senhor e o Espírito Santo como orientador de sua vida. No entanto, é o próprio Senhor que declara que neste dia, o sábado, de modo especial Ele quer atuar em Seus filhos justificados por graça, para operar a santificação, ou seja, transformar o caráter à semelhança de Seu caráter. Este é o dia que Ele determinou para o encontro especial entre Criador e criaturas para a obra restauradora e transformadora pela submissão e contemplação.

Pense: "Que se faça do dia de sábado um memorial, considerando-o sagrado. Trabalharás durante seis dias, fazendo todo o teu trabalho, mas o sétimo dia, é o sábado do Senhor, teu Deus. Não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu servo, nem tua serva, nem teus animais, nem o migrante que está em tuas cidades. Pois em seis dias o Senhor fez o céu e a terra, o mar e tudo o que eles contêm, mas no sétimo dia repousou. Eis porque o Senhor abençoou o dia de sábado e o consagrou". – Êx. 20:8-11 – TEB.

Desafio: "É a obediência aos mandamentos de Deus, que molda o caráter segundo a semelhança divina". - A Fé Pela Qual Eu Vivo, pág. 287.

Terça-Feira, 19/5/2009 - › EXPERIMENTANDO A ALEGRIA DO SÁBADO

Quando o homem se apresenta à presença de Cristo para adorá-lO no dia de sábado, Ele é a segurança de paz e felicidade. Ele concedia paz aos atormentados do diabo quando deparados com a Sua presença libertadora. A Sua presença comunicava paz e calma aos elementos em agitada fúria. Somente Ele pode acalmar as vidas agitadas e perturbadas. Esta é uma grande certeza comunicada pela santidade do sábado. "Lembra-te de que foste escravo no Egito e que o Senhor, o teu Deus, te tirou de lá com mão poderosa e com braço forte. Por isso o Senhor, o teu Deus, te ordenou que guardes o dia de sábado". – Deut. 5:15 – NVI.

Todo ser humano que, ao chegar o sábado, coloca de lado todas as suas ocupações seculares, aparta seus ouvidos das vozes perturbadoras do mundo e se põe a escutar a voz de Deus, entra em comunhão espiritual com Cristo. Sua benfazeja presença inunda a alma com alegria, paz e verdadeiro repouso.

Qualquer amizade para que subsista, precisa ser cultivada. Isto é verdade tanto nas relações humanas como para com Deus. Logo, aguardar o sábado, como o dia de um encontro especial com Cristo, nosso maior Amigo, é a certeza de gozar toda a serenidade, repouso e paz que o companheirismo com Cristo encerra.

Pode ser levantada a inquietante pergunta: Por que no sábado e não em outro dia qualquer? Porque foi Cristo mesmo quem determinou este dia para tal encontro: "E ele lhes dizia: O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado". - Marc. 2:28 – TEB.

Pense: "Alegrei-me com os que me disseram: 'Vamos à casa do Senhor!'" - Salmo 122:1 – NVI.

Desafio: "Então você terá no Senhor a sua alegria e eu farei com que você cavalgue nos altos da terra e se banqueteie com a herança de Jacó, seu pai'. É o Senhor quem fala". - Is. 58:14 – NVI.

Quarta-Feira, 20/5/2009 - › EXEMPLO PARA O MUNDO

É Lucas, um cristão vindo do paganismo, que registra em seu Evangelho o costume de Jesus reunir-se com os adoradores nas sinagogas no dia de sábado: "E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga, e levantou-se para ler… E desceu a Cafarnaum, cidade da Galiléia, e os ensinava aos sábados". – Luc. 4:16, 31 e 32.

Quando compreendemos que em Jesus, a divindade andou entre os homens e com eles compartilhou as bênçãos do sábado, com grande alegria adoramos o nosso Criador e Redentor, certos de que a Sua presença é tão real hoje como o foi há dois mil anos, no templo de Jerusalém ou na sinagoga de Capernaum.

Outrossim, em conseqüência do pecado e a redenção provida por Deus com a morte de Jesus, o sábado não só é memorial da criação, mas também da redenção. Assim como Jesus desfrutou o repouso do sábado após os seis dias de atividade criadora na terra, do mesmo modo desfrutou o repouso do sábado após consumar a obra da redenção.

O evangelista Lucas assim descreve o glorioso momento do descanso sabático de Jesus depois de morrer em favor dos pecadores: "Era dia de preparação, e o sábado se aproximava. As mulheres que o tinham acompanhado desde a Galiléia seguiram José; elas olharam o túmulo e como o seu corpo fora posto. Depois voltaram e prepararam aromas e perfumes. Durante o sábado, observaram o repouso segundo o preceito". – Luc. 23:54-56 –TEB.

Unindo-se ao repouso sabático de Jesus, após consumar a obra da redenção, as santas mulheres que O aceitaram com Salvador, também repousaram durante este grande dia.

Pense: "E os estrangeiros que se unirem ao Senhor para servi-lo, para amarrem o nome do Senhor e prestar-lhe culto, todos os que guardarem o sábado deixando de profaná-lo, e que se apegarem à minha aliança, esses eu trarei ao meu santo monte e lhes darei alegria em minha casa de oração. Seus holocaustos e demais sacrifícios serão aceitos em meu altar; pois a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos". – Is. 56:6 e 7 – NVI.

Desafio: "Se você vigiar seus pés para não profanar o sábado, ... então você terá no Senhor a sua alegria, e eu farei com que você cavalgue nos altos da terra e se banqueteie com a herança de Jacó, seu pai'. É o Senhor quem fala". – Is. 58:13 e 14 – NVI.

Quinta-Feira, 21/5/2009 - › SINAL DE DESCANSO

O mandamento que enfrenta tantos e tão fortes preconceitos, mas que proclama o memorial da criação, o sinal de identidade com o Criador, o dia de repouso, comunhão e restauração espirituais, a observância do sábado como dia sagrado, estabelecido, abençoado e santificado por Deus, oferece uma oportunidade para pensar, que merece ser considerada.

O sábado foi estabelecido por Deus no final da semana da criação em nosso planeta, separando-o com bênçãos especiais, santo e dia de descanso. Por que, ao revelar graça para com Adão, Deus não acabou com as bênçãos, a santidade e o descanso do sábado, lá junto à porta do Éden? Era o momento exato para substituir o legalismo da lei moral, pela graça! Por que deixou isto para quatro mil anos mais tarde? É uma questão que merece ser analisada criteriosamente.

Quando aceitamos o sábado como instituição de amor do Deus que é amor, todos os questionamentos e preconceitos são abandonados, para desfrutá-lo em deleite e comunhão com o Amigo, Pai e Soberano do Universo e de nossa vida. "... mas se chamares ao sábado deleitoso e santo dia do Senhor digno de honra, e o honrares... então te deleitarás no Senhor...". - Is. 58:13 e 14. Esta proclamação de Deus foi feita mais de três mil anos depois da queda e da revelação da superabundância da graça.

Quando entendemos que a relação espiritual é uma relação amorosa e não de compulsão, a observância e o cumprimento dos princípios de conduta estabelecidos são aceitos por amor. São o resultado da liberdade de escolher obedecer por amor, e geram e desenvolvem companheirismo, amizade e comunhão.

Pense: "Pois todo aquele que entra no descanso de Deus, também descansa das suas obras, como Deus descansou das suas". – Heb. 4:10 – NVI.

Desafio: "Portanto, esforcemo-nos por entrar nesse descanso, para que ninguém venha a cair, seguindo aquele exemplo de desobediência". – Heb. 4:11 – NVI.

Sexta-Feira, 22/5/2009 - › ESTUDO ADICIONAL

Em verdade, o centro de toda a questão da graça, encontra-se na observância do sábado como dia santo. Afirmam que a observância de um dia não tem nada de moral e portanto qualquer dia é adequado para ser considerado santo e dia de repouso e refrigério espiritual. No entanto, passam por alto a importante questão: A quem pertence o direito de definir a conduta espiritual: ao Superior ou ao inferior? Ao Senhor da lei ou àquele que deve cumpri-la? Se o Superior definiu que o sábado é o dia do Senhor, e "descansou... abençoou o dia de sábado, e o santificou", e, amorosa mas enfaticamente diz a todos os Seus filhos: "Lembra-te do dia de sábado para o santificar", - Êx. 20:11 e 8, por que continuar questionando que a observância do sábado e a graça são incompatíveis?

Se a observância do sábado é legalismo e salvação pelas obras, então qualquer outro dia que é colocado em seu lugar com o objetivo de ser proclamado santo dia de repouso, a sua observância transforma-se em legalismo e salvação pelas obras. Onde em verdade está o elemento legalista: no dia específico ou nos serviços espirituais celebrados? Se o legalismo está no dia específico, sábado, por que? Se está nos serviços, a mudança do dia altera este significado?

Se a observância do sábado é legalismo e salvação pelas obras, por que a conduta em harmonia com os outros mandamentos não recebe a mesma conotação? Se, não admitir outros deuses, honrar os pais, não matar, não adulterar... é fruto da graça ensinado pelo Espírito Santo, será que o Espírito Santo, que definiu a santidade do sábado junto com Deus o Pai e Deus o Filho, o Verbo que se fez carne, esqueceu e continua esquecendo este detalhe? Recebo um impulso para exclamar como Paulo: "Ó gálatas (cristãos) insensatos! Quem vos fascinou...?" - Gál. 3:1.

Pense: "Cristo viveu de acordo com os princípios morais do governo de Deus e cumpriu as especificações da lei divina. Ele representou a beneficência da lei em Sua vida humana. O fato de a lei ser santa, justa e boa deve ser testemunhado a todas as nações, línguas, e povos, para mundos não caídos, para os anjos, serafins e querubins. Os princípios da lei de Deus foram manifestados no caráter de Jesus Cristo, e aquele que coopera com Cristo, tornando-se participante da natureza divina, desenvolverá um caráter divino e se tornará um exemplo da lei divina. Cristo no coração levará toda a pessoa – corpo, mente e espírito – em servidão pela obediência em justiça. Os verdadeiros seguidores de Cristo estarão em conformidade com a mente, vontade e caráter de Deus, e os grandes princípios da lei serão demonstrados na humanidade". – MM. 2009, pág. 58.

Desafio: "A obediência resultará em felicidade e assegurará a recompensa da vida eterna". – MM 2009, pág. 58.

Conheça o autor

 

Pr. Albino Marks
Especialista em aconselhamento familiar e profundo estudioso da Bíblia, o pastor Albino Marks já atuou como preceptor (IAP, IACS, IAE-SP); capelão (IACS e Hospital do Pênfigo); diretor geral do IAP; departamental em várias associações e na UCB.

FONTE: http://www.escolanoar.org.br/Novo/impressao.asp?nivel=adultos_pt&data=22/5/2009