| Lição 6 | 2 a 9 de maio |
Pecado |
| Sábado à tarde | Ano Bíblico: 1Cr 4–6 |
VERSO PARA MEMORIZAR: "Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida" (Romanos 5:18). |
LEITURAS PARA ESTA SEMANA: Is 14:12-14; Mt 23:23; 25:45; Fp 2:6-8; Hb 1:1-5; Ap 5:9-12
O forte otimismo das gerações passadas de que tudo no mundo melhoraria sempre não mais parece verdadeiro hoje. Mesmo depois da Guerra Fria, o mundo está longe de ser um lugar seguro. A ameaça do terrorismo nos deixa a todos extremamente vulneráveis. A ciência, que deveria ser o arauto de um mundo melhor, passou a ser uma ameaça para o próprio mundo. As fontes usuais de energia estão sendo exauridas. As calotas de gelo estão derretendo. O crime é um triste fato da vida em todos os lugares. Os seres humanos mostram poucos ou nenhum sinal de melhora moral sobre as gerações passadas. O abismo entre ricos e pobres está se ampliando constantemente. Nossa parcela diária de notícias fala quase invariavelmente de atrocidades e decadência moral. Não devemos nos admirar de que alguém, certa vez, haja dito que o ensino cristão sobre a pecaminosidade humana é facilmente comprovado. Isto é, é uma doutrina sobre a qual não precisamos exercer fé.
Mas, mesmo que o pecado seja tão ruim, não é o fim da história. Certo, o pecado é real, mas é igualmente real a graça divina.
A semana em resumo: O pecado e seus resultados são uma realidade dolorosa na vida humana. Graças a Deus por Jesus, que abriu um caminho de fuga para todos nós!
| Domingo | Ano Bíblico: 1Cr 7–9 |
Pecado é rebelião
Qual é a essência do pecado? Como a Bíblia define o pecado? 1 João 3:4 afirma: "Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei". A New Living Translation diz: "O pecado se opõe à lei", enquanto a versão Revista e Corrigida define o pecado como "iniquidade". Mas essa não é uma lei qualquer que a humanidade quebrou – trata-se da lei de Deus. Os seres humanos se rebelaram contra seu Criador, pretendendo ser a medida de todas as coisas, em lugar de submeter-se em humilde confiança à sabedoria e ao amor de Deus.1. O que as passagens bíblicas a seguir revelam sobre a essência do pecado? Gn 3:1-7; Is 14:12-14; Ap 12:7-9
Por que Deus castigou Adão e Eva pelo que parece ter sido uma questão insignificante? Pode ter parecido sem importância, mas estava envolvido um princípio crucial. "O fruto nada tinha propriamente de venenoso, e o pecado não consistiu meramente em ceder ao apetite. Foi a desconfiança da bondade de Deus, descrença em Sua palavra, e a rejeição de Sua autoridade que tornaram nossos primeiros pais transgressores, e trouxeram a este mundo o conhecimento do mal. Foi isto que abriu a porta para todas as espécies de falsidades e erros" (Ellen G. White, Educação, p. 25).
2. Qual será uma das características importantes do povo de Deus no tempo do fim? Ap 14:12. Como entra em jogo a questão da obediência aqui?
Deus fez por nós tudo o que o amor infinito poderia fazer. Por Sua vez, Ele nos pede amor e obediência. Em um tempo em que o mundo está infestado por excessiva ilegalidade e uma filosofia relativista – que alega que o bem e o mal dependem simplesmente das circunstâncias e das preferências culturais, comunitárias e pessoais – deve haver e haverá um povo que defenda fielmente o padrão divino de santidade, os Dez Mandamentos.
Costumamos pensar sobre a rebelião como sincero ataque e rejeição da autoridade. Mas pode haver formas muito mais sutis. Como você pode saber se, talvez, você mesmo abriga algumas atitudes de rebelião para com Deus? |
| Segunda | Ano Bíblico: 1Cr 10–12 |
Errando o alvo
Frequentemente, a seriedade do pecado é negligenciada. "Ah! Ninguém é perfeito!" dizem as pessoas. Mas o pecado é um assunto sério. "A plena seriedade do pecado só pode se tornar aparente quando entendemos a plena potencialidade da existência humana como foi criada à imagem de Deus" (John Macquarrie, Principles of Christian Theology [Princípios de Teologia Cristã], p. 238.
Pecado não tem que ver somente com atos cometidos injustamente. Inclui também o desejo e a fantasia sobre coisas que sabemos serem erradas (Mt 5:28).
3. Sobre que assunto você fantasiou nas últimos 24 horas? Você teria vergonha de expor publicamente esses pensamentos? O que sua resposta deve dizer sobre onde está seu coração? Veja Rm 8:6.
Também existe uma classe de pecados que normalmente é chamada de "pecados de omissão". Esses se referem à negligência proposital do dever, recusa consciente em fazer algo que a pessoa sabe que deve ser feito.
4. Que exemplos encontramos de negligência proposital em fazer algo que devia ser feito? Mt 23:23; 25:45. Que negligências semelhantes existem em sua vida?
5. No capítulo 25 do Evangelho de Mateus, também encontramos a parábola dos talentos (v. 14-28). O que aconteceu ao servo que escondeu seu único talento? Qual é o significado dessa parábola para nossa discussão?
Todos recebemos algum talento. Faz parte do conceito de mordomia que utilizemos plenamente os talentos. Devemos responder a Deus pelo que deixamos de fazer com o que Ele nos deu. Lembremo-nos da palavra do apóstolo Pedro: "Se alguém serve, faça-o com a força que Deus provê, de forma que em todas as coisas Deus seja glorificado..." (1Pe 4:10, NVI).
Pecados de omissão, pecados de pensamento – quem não foi culpado deles todos? Pense na promessa de perdão que podemos ter em Jesus. Por que isso deve significar tanto para nós? |
| Terça | Ano Bíblico: 1Cr 13–16 |
"Pecado original"
Frequentemente, os teólogos fazem diferença entre os atos pecaminosos que cometemos e a natureza pecaminosa que temos. Todos fomos corrompidos pela queda de Adão; todos somos julgados pecadores, mesmo antes de pecarmos. O rito muito difundido do batismo infantil está relacionado com o reconhecimento dessa crença. A ideia é que uma criança recém-nascida que morre sem ter sido batizada estará perdida eternamente porque era pecadora, e se essa pecaminosidade não foi removida de alguma forma, a criança perderá a vida eterna.
Não existe apoio bíblico para essa prática, nem para a ideia de que uma criança que morrer estará automaticamente condenada à destruição. Agora, é verdade que o "pecado original" de Adão e Eva teve todas as consequências universais que afetam a todos. O pecado entrou o mundo por uma pessoa, e por esse pecado, a morte veio a "todos os homens" (Rm 5:12).
6. Como o apóstolo Paulo descreve as poderosas tendências de comportamento pecaminoso com que todos nascemos? Rm 8:7, 8; 7:21-24. Qual foi a experiência da realidade dessas tendências em sua própria vida?
Ao longo dos séculos, alguns cristãos declararam haver alcançado um estado de perfeição. Mas aqueles que afirmam isso estão enganando a si mesmos. Essa pretensão é contrária às palavras claras das Escrituras. Citando o Salmo 106:6 Paulo declarou: "Não há justo, nem um sequer" (Rm 3:10). Seu colega, o apóstolo João, foi igualmente inflexível: "Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos" (1Jo 1:8).
"A santificação não é a obra de um momento, uma hora ou um dia. É um crescimento ininterrupto na graça. Em um dia, não sabemos quão forte será nosso conflito no dia seguinte. Satanás vive e está ativo, e cada dia precisamos clamar fervorosamente a Deus pedindo ajuda e força para lhe resistir. Satanás reina e, por isso, tenho o eu a subjugar, ataques de Satanás a vencer, e não existe lugar de descanso. Não existe ponto a que possamos chegar e dizer que atingimos a perfeição" (Comentários de Ellen G. White, SDA Bible Commentary, v. 7, p. 947).
Suponha você que houvesse chegado a um ponto em que tivesse alcançado verdadeiramente a vitória sobre o pecado; isto é, não estaria cometendo nenhum pecado conhecido. Ainda mais, você seria sempre bom, amoroso, generoso e viveria conforme toda a luz que conhecesse. Suponha que você refletisse "perfeitamente" o caráter de Jesus. Por que, mesmo assim, você ainda precisaria de um Salvador cuja justiça seria a única a lhe permitir apresentar-se sem "condenação" (Rm 8:1) diante de Deus? |
| Quarta | Ano Bíblico: 1Cr 17–20 |
Pecado coletivo ou pessoal?
Desde a queda, o mundo foi contaminado pelo pecado. Os resultados do pecado são visíveis em toda a natureza. São também visíveis nas guerras, no mal da escravidão, em outras formas de exploração, e também na maneira de explorarmos os recursos naturais. O mundo do passado e do presente está cheio de materialismo, egoísmo, injustiça e perversão.
Esses fatos suscitam muitas perguntas difíceis. A primeira delas é se nós, como indivíduos, temos responsabilidade por essas coisas e se devemos assumir a culpa por esse estado coletivo de pecaminosidade. As considerações seguintes podem nos ajudar a lidar com esse dilema.
1. Considere como os males corporativos em nosso mundo podem ser considerados no contexto dogrande conflito. "Por trás do surgimento e queda das nações, e das marchas e contramarchas dos interesses humanos, encontra-se a luta invisível entre a Divindade, juntamente com Suas hostes de anjos leais, e Satanás, com suas hostes de anjos caídos – uma luta que afeta diretamente toda a atividade humana" (Frank Holbrook, "O Grande Conflito", citado em Raoul Dederen, ed., Handbook of Seventh-Day Adventist Theology [Manual de Teologia Adventista do Sétimo Dia], p. 995).
2. Considere a natureza destrutiva do pecado. Este quer destruir tudo o que tem algum valor. Pecado e morte são sinônimos, e estão em todos os lugares. Portanto, não existe esperança para este mundo sem a intervenção divina, porque o poder do pecado e da morte excedem em muito nossa capacidade de lidar com eles.
3. Mas considere também que todos exercemos alguma influência. Todos podemos tomar pequenas decisões que, às vezes, podem aumentar ou diminuir ligeiramente o mal neste mundo. Podemos trabalhar pela paz e justiça. Podemos agir compassivamente. Podemos cooperar com todos os que querem proteger o ambiente.
7. O que estas passagens acrescentam à nossa compreensão deste assunto? Ec 9:10, Lc 16:10; Fp 4:8, 9
É muito fácil erguer os braços em desespero e dizer: "Os problemas são muito grandes. O que um ser fraco e pobre como eu pode fazer para ajudar?" Não obstante, como o exemplo de Jesus e o bem que Ele fez curando os doentes e confortando os pobres (que, considerando todos os doentes e os pobres do mundo naquele tempo, eram comparativamente poucos) deve influenciar nossas decisões de tentar tornar o mundo um lugar melhor? |
| Quinta | Ano Bíblico: 1Cr 21–24 |
A única solução para o pecado
Não existe solução fácil ou barata para o problema do pecado. Este não pode ser vencido por determinação e perseverança humana. Ele é maior do que nós. Portanto, a solução deve ser maior que nossas possibilidades. Existe muita confusão entre as pessoas sobre a questão da salvação. Muitos afirmam que existem muitos caminhos diferentes para o reino. Os caminhos são diferentes, eles dizem, mas todos levam para o mesmo destino, mas estão enganados.
8. Qual é o claro testemunho das Escrituras a respeito do caminho único para a salvação? Jo 10:7; Jo 14:6; At 4:12
Não sabemos quem vai passar pelos portões do reino. Graças a Deus, essa decisão está nas mãos daquele a quem o juízo foi dado, aquele que é o amor e a justiça personificados. Mas sabemos uma coisa: Os que recebem a vida eterna terão esse privilégio unicamente porque Cristo morreu por eles. Alguns podem nunca ter o privilégio de saber sobre seu Salvador. Mas isso não muda o fato de que, se forem salvos, será pelo nome de Cristo, ainda que eles mesmos nunca tenham ouvido esse nome.
9. Por que é Jesus o único que pode salvar a humanidade caída? Fp 2:6-8; Hb 1:1-5; Ap 5:9-12
"O divino Filho de Deus era o único sacrifício de suficiente valor para satisfazer plenamente as reivindicações da perfeita lei de Deus. ... A Cristo não foi imposta nenhuma exigência. Ele tinha poder para depor a vida e para reavê-la. Não Lhe foi imposta a obrigação de empreender a obra da expiação. Ele fez um sacrifício voluntário. Sua vida era de suficiente valor para resgatar o homem de sua condição decaída.
"O Filho de Deus tinha a forma de Deus, e não julgou como usurpação o ser igual a Deus. Foi o único que, andando na Terra como homem, pôde dizer a todos os homens: Quem dentre vós Me convence de pecado? Ele Se unira ao Pai na criação do homem, e, por Sua própria e divina perfeição de caráter, tinha poder para expiar o pecado do homem, para elevá-lo e para reconduzi-lo ao seu primeiro estado" (Ellen G. White, Exaltai-O [Meditações Matinais, 1992], p. 24).
Pense quão mau deve ser o pecado por haver custado tanto, a morte do próprio Jesus, a fim de expiá-lo. Como a conservação dessa surpreendente verdade sempre em mente pode ajudá-lo em sua luta contra o pecado? |
| Sexta | Ano Bíblico: 1Cr 25–27 |
Estudo adicional
Leia Ellen G. White, em Primeiros Escritos, "A Queda de Satanás", "A Queda do Homem" e "O Plano de Salvação", p. 145-153. Estes três pequenos capítulos tratam da origem do pecado no Céu e na Terra e sobre a primeira revelação do plano de salvação.Perguntas para reflexão
Como adventistas, faz parte central de nossa compreensão sobre toda a questão do pecado e do mal, que é o cenário do grande conflito, a ideia de que inteligências de outros mundos estão observando o que se passa aqui e vendo como Deus está lidando com o pecado e suas consequências. Imagine que você fosse um ser sem pecado de outra parte do Universo observando o que o pecado nos fez. O que eles veriam? O que estariam pensando? Que lições eles podem estar aprendendo pelo que nos veem passando aqui? Imagine como algumas de nossas ações devem lhes parecer incompreensíveis e irracionais.
Resumo: O pecado afetou todas as esferas da vida. Enfrentamos a realidade de algo que ultrapassa, em muito, nossas habilidades para enfrentá-lo. Mas não é maior que o poder e o amor de Deus. Ele resolveu decisivamente o problema do pecado em Seu Filho, Jesus Cristo.
Respostas Sugestivas:
Pergunta 1: O pecado é uma atitude de colocar-se no lugar de Deus e rebelar-se contra Ele.
Pergunta 2: A guarda dos mandamentos de Deus.
Pergunta 4: Os escribas e fariseus, à semelhança de muitos hoje, tentavam racionalizar, encontrar justificativas para o pecado.
Pergunta 5: Perdeu seu talento. Deixar de fazer o que é certo também é pecado.
Pergunta 6: Nossa tendência pecaminosa leva à inimizade contra Deus.
Pergunta 7: Precisamos ser fiéis nos mínimos detalhes.
Pergunta 8: A salvação nos vem unicamente por meio de Jesus Cristo.
Pergunta 9: Porque Ele é o único indicado por Deus para isso.