sexta-feira, 19 de junho de 2009

Adorar a Deus levantando as Mãos

 
 

Enviado para você por Adams Roberto através do Google Reader:

 
 

via Literalmente Verdade de Jean R. Habkost em 25/05/09

Há base bíblica para a prática, cada vez mais comum, de levantar e movimentar as mãos durante o canto congregacional?

Essa pergunta pode parecer sem importância, porém revela que estamos muito interessados em um tipo de culto que esteja biblicamente fundamentado e que não viole as instruções bíblicas. Mostra, também que o movimento das mãos enquanto cantamos está criando certa tensão. Vou falar do uso das mãos durante os atos de adoração, Ficará claro que na Bíblia, o ritual do uso das mãos acontecia, principalmente durante a oração.

1°- Atos não-verbais
As expressões corporais desempenham papel importante na expressão de idéias e emoções. Estudos sobre o papel dos atos não-verbais na adoração nos ajudam a entender um pouco melhor seu significado. Na Bíblia, temos apenas a linguagem da postura, gestos, movimentos e expressões faciais. As artes do antigo Oriente Médio ilustram muitos desses gestos. Os gestos das mãos mencionados na Bíblia, eram também comuns no ambiente de adoração e culto no antigo Oriente Médio.

2°- Levantar das Mãos
As expressões "levantar as mãos [yâdîm]" ou " Levantar as palmas (mãos) [Kappayim]" são praticamente sinônimas. São usadas em diferentes contextos e, em alguns casos, expressam significados distintos. "O ato de levantar as mãos" é um gesto que expressa adoração no contexto do culto. Os que ministravam no templo eram exortados assim: "Levantem as mãos na direção do santuário e bendigam o Senhor!" (Salmo 134:2)

O gesto indicava que o objeto de louvor era o Senhor e que todo o indivíduo estava envolvido nesse ato. Era também usado para apresentar ao Senhor as orações e súplicas (Salmo 28:2), como se a oração fosse colocada na palma da mão e levantada ao Senhor pedindo-Lhe que aceitasse (Salmo 141:2). Em outros casos, o gesto aparece para expressar a vontade do adorador de receber do Senhor o que pediu (Salmo 63:4,5 – Lamentações 2:19). Mas o levantar das mãos parece expressar algo profundo, algo relacionado com o coração humano: "Derrame o seu coração como água na presença do Senhor. Levante para Ele as mãos" (Lamentações 3:41). O levantar das mãos correspondia ao levantar do íntimo do ser adorador ao Deus adorado, em comunhão com Ele.

3°- Movimentar as Mãos
Neste caso o, verbo é pãrash (acenar), expressando a idéia de que as mãos acenam em frente da pessoa, não necessariamente levantadas. Às vezes, parece que o adorador acena as mãos em direção ao templo, ao Céu (1° Reis 8:38,39,54; Salmo 44:20) ou ao Senhor (Êxodo 9:33). O movimentar das mãos era usado, particularmente, durante as orações de súplica (1° Reis 8:54; Isaías 1:15; Êxodo 9:29; Lamentações 1:17) ou quando havia uma profunda necessidade da presença de Deus (Salmo 143:6). No salmo 88:9, lemos:"A minha vista desmaia por causa da aflição. Senhor, tenho clamado a Ti todo o dia, tenho estendido para Ti as minhas mãos". A necessidade do salmista é tão intensa que ele implora pela ajuda do Senhor. Embora em necessidade profunda, o adorador vai ao Senhor e estende as mãos a Ele, pedindo ajuda. Esse gesto mais intenso era uma expressão pessoal de dependência de Deus (Salmo 44:20) e a devoção do coração ao Senhor (João 11:13).

4°- E então?
Tanto quanto posso apurar, não há aceno com as mãos durante o culto na Bíblia. O levantar das mãos é comum (1° Timóteo 2:8). A Bíblia não prescreve gestos das mãos na adoração, mas descreve como prática comum aceitável. A arte dos cristãos primitivos indica que eles costumavam orar com os braços e as mãos estendidas para os lados, formando um crucifixo com o corpo. Hoje, unimos nossas mãos, tanto atrás como na frente do corpo, ou simplesmente as deixamos soltas. Ocasionalmente, podemos juntar as palmas das mãos e entrelaçar os dedos, uma prática comum entre os antigos romanos e sumerianos. Em outros tempos, as palmas eram colocadas juntas com os dedos estendidos, ato comum no budismo e hinduísmo. A introdução de novidades em nossas igrejas, influenciadas pelo sistema carismático de adoração, pode perturbar um culto que deveria estar centrado em nosso Criador e Redentor e na Sua Palavra. Seria melhor seguir as práticas comuns da congregação onde coletivamente adoramos o Senhor.

Angel Manuel Rodríguez (Diretor do Instituto de Pesquisas Bíblicas da Associação Geral).

 
 

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