sexta-feira, 5 de junho de 2009

Comentário da Lição 10 – Discipulado - ESCOLA NO AR

ESCOLA NO AR

 

2º Trimestre de 2009 - A Caminhada Cristã

Comentário da Lição 10 – Discipulado

Sábado, 30/5/2009 - › Introdução

"Nisto é glorificado Meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis Meus discípulos". – João 15:8.

INTRODUÇÃO – "O que ouvimos e aprendemos, o que nossos pais nos contaram. Não os esconderemos dos nossos filhos; contaremos à próxima geração os louváveis feitos do Senhor, o seu poder e as maravilhas que fez. Ele decretou estatutos para Jacó, e em Israel estabeleceu a lei, e ordenou aos nossos antepassados que a ensinassem a seus filhos, de modo que a geração seguinte a conhecesse, e também os filhos que ainda nasceriam, e eles, por sua vez, contassem aos seus próprios filhos. Então eles porão a confiança em Deus; não esquecerão os seus feitos e obedecerão aos seus mandamentos". – Salmo 78:3-7 – NVI.
 

O primeiro grande propósito da família em Israel era o programa de ensino para que seus filhos se tornarem seus discípulos, para compreenderem sua responsabilidade como discípulos de Deus. Este é o grande propósito da família e da Igreja em nossos dias. Esta é com certeza a maior responsabilidade de cada membro da Igreja. Todos devem passar o legado do conhecimento de Deus e de Seus princípios de conduta para que outros possam vir ao pleno conhecimento do plano de salvação. Em proclamar a salvação de Deus por meio de Cristo Jesus, é que a nossa vida encontra o seu verdadeiro propósito e sentido.

Em Sua onisciência, Deus sabe que o inimigo usa todos os estratagemas para induzir o ser humano a esquecer os valores etenos. Ele determinou um propósito e uma responsabilidade para a família e a Igreja: "Falem a Meu respeito, dos meus propósitos, para as outras pessoas".

Pense: "Todo o que é chamado pelo meu nome, a quem criei para a minha glória, a quem formei e fiz". – Is. 43:7 – NVI.

Desafio: "Pais e mães que põem Deus em primeiro lugar na família e ensinam os filhos a considerar o temor do Senhor como o princípio da sabedoria, glorificam a Deus diante dos anjos e dos homens, oferecendo ao mundo o espetáculo de uma família bem dirigida e bem educada – uma família que ama e obedece a Deus e contra Ele não se rebela". – LA. pág. 27.



Domingo, 31/5/2009 › Seguidores e Líderes

O verdadeiro líder é aquele que sabe delegar responsabilidades e preparar outros para o serviço de liderança. Moisés parece, que estava enfrentando esta dificuldade em sua liderança com o povo de Israel. Desde cedo até o entardecer estava resolvendo questiúnculas dos filhos de Israel.

Quando Jetro, seu sogro, acompanhou aquele trabalho, de maneira muito sábia e branda chamou a atenção de Moisés: "O que você está fazendo não é bom... Pois essa tarefa lhe é pesada demais. Você não pode executá-la sozinho". – Ex. 18:17 e 18 – NVI.

Jetro tornou-se o líder de Moisés e este seu discípulo. Recebeu lições de como preparar outros para a liderança, delegar responsabilidades, desenvolver confiança nas habilidades de outros, analisar e discutir problemas mais complexos com uma comissão de conselheiros e administrar os princípios de maior peso e importância.

As orientações de Jetro tornaram-se princípios de conduta administrativa em Israel e quiçá, alcançaram os nossos dias e ainda são aplicados com êxito tanto na liderança espiritual na Igreja como mesmo em empresas comerciais

Jesus seguiu o modelo ensinado por Jetro e preparou doze homens para anunciar ao mundo o plano da salvação do pecado. Em uma pequena parábola criada por alguém, Jesus ao retornar para o Céu, teria sido interpelado por anjos perguntando: "Se estes homens falharem no cumprimento da missão a eles confiada, o Senhor tem outra alternativa?" Jesus respondeu: "Não, não tenho outra alternativa. Esta é minha única opção e tenho confiança que eles cumprirão a tarefa que lhes confiei".

Pense: "Quem, pois, me confessar diante dos homens, eu também o confessarei diante do meu Pai que está nos céus". – Mat. 10:32 – NVI.

Desafio: "Portanto, vão e façam discípulos de todas nações". – Mat. 28:19 – NVI.



Segunda-Feira, 1/6/2009 - › Sinais de discipulado: Obediência e Lealdade

O homem que foi criado à imagem e semelhança de Deus, recebeu vida que emana da fonte de graça – o Deus-Trino. Um fato importante que é colocado em evidência na comunicação da graça é a determinação de Deus fundamentando-a no relacionamento que tem como alicerce o amor, expresso em princípios que estabelecem a conduta do homem, respondendo ao seu Criador.

O amor de Deus para com o homem criado é revelado no princípio do livre arbítrio a ele concedido, de modo que ele tem a liberdade de fazer escolhas e tomar decisões. O amor do homem para com Deus, reconhecendo-O como a fonte do amor e da graça é revelado em sua resposta declarando a sua inteira dependência dEle, no ato da obediência e lealdade. Portanto graça e obediência, uma dádiva e uma resposta, são inseparáveis desde a eternidade. Deus revela o Seu amor e a Sua graça e o homem, tocado por esta revelação da iniciativa de Deus, com a liberdade da escolha decide obedecer por amor.

Enquanto Adão não caiu, assim se susteve por obedecer ordens? ou por manter um relacionamento amoroso e harmônico com o seu Criador, Senhor e Amigo? A experiência espiritual é uma relação de amor e não de compulsão. No entanto, todo relacionamento sempre está condicionado a princípios que orientam. Nada subsiste no vazio.

Os homens que ouviram a ordem de Jesus para segui-lo, deixaram imediatamente as tarefas de sua rotina e responderam ao chamado. Tornaram-se obedientes e leiais às determinações de seu Mestre.

Pense: "O Salvador venceu para mostrar ao homem como ele pode vencer. Todas as tentações de Satanás, Cristo enfrentava com a Palavra de Deus. Confiando nas promessas divinas, recebia poder para obedecer aos mandamentos de Deus, e o tentador não podia alcançar vantagem". – A Ciência do Bom Viver, pág. 181.

Desafio: "Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos". – João 14:15 – NVI.



Terça-Feira, 2/6/2009 - › Sacrifício

"A justiça de Cristo… é um princípio de vida que transforma o caráter e rege a conduta". – DTN. pág. 413.

A experiência do discipulado, a vida cristã não é genuína quando é movida pelos sentimentos. A experiência do discipulado deve fundamentar-se sobre convicções que se assentam sobre princípios, normas de conduta.

É uma escolha diária, onde rejeitamos o que nós é contrário e aceitamos o que nos auxilia em nosso preparo para o serviço.

"O universo do céu olhará para caracteres que tenham sido transformados, o nível baixo e comum será renunciado e seus pés serão, postos no primeiro degrau da escada que é Cristo Jesus. Eles subirão passo a passo, degrau após degrau na direção do céu. Cristo será revelado em seu espírito, em suas palavras e suas ações". - FEC. pág. 459.

Os pecados dominantes no velho homem, se não forem abandonados, mas acariciados, nos reterão ao pé da escada, não havendo crescimento, desenvolvimento. A santificação não consegue processar-se. É preciso que deixemos para trás as coisas velhas e tenhamos diante de nós um novo alvo. Isto implica em diariamente rompermos com velhos hábitos, erguer-nos quando caímos em tentação e lutar com nova determinação.

O que Deus espera de Seus filhos nesta hora final da história? "Os últimos raios da luz misericordiosa, a última mensagem da graça a ser dada ao mundo, é uma revelação do caráter e do amor divino. Os filhos de Deus devem manifestar Sua glória; revelarão em sua vida, em seu caráter o que a graça de Deus por eles tem feito. A luz do sol da Justiça deve irradiar em boas obras, em palavras de verdade e atos de santidade". - PJ. Págs. 415 e 416.

Pense: Um dos secretários da Conferência Geral escreveu: "A resposta final ao desafio da derradeira mensagem do tempo será uma vida. Coisa alguma no mundo pode substituir uma vida. Nada no movimento do advento pode substituir uma vida plena e inteiramente consagrada à mensagem do advento e ao programa do advento. Nenhum método, nenhum talento, nenhum plano ou meios se poderá considerar como substitutos".

Desafio: "E assim se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas". – II Cor. 5:17 – ARA.



Quarta-Feira, 3/6/2009 - › As recompensas do discipulado

É importante atentar para as palavras de recompensas de Jesus para os Seus discípulos. Para alguém que se apresentou voluntariamente, mas que, segundo parece, esperava alcançar vantagens para si mesmo, Jesus não lhe garantiu uma vida tranqüila e próspera. Jesus declarou que Ele não tinha lugar "onde reclinar a cabeça". – Luc. 9:58.

Paras os discípulos que com Ele estiveram durante o Seu ministério na terra, antevendo a cruz e Sua morte de resgate, disse que seriam rejeitados e odiados pelos mundanos por não viverem o seu estilo de vida. E estas palavras de Jesus cumpriram-se nos dias do estabelecimento da Igreja apostólica.

Pedro e João são presos assim que levantaram a voz anunciando a sua esperança em Jesus; mas não se intimidaram perante os seus detratores. Os crentes são perseguidos e dispersos como os mais vis e abjetos malfeitores da terra; Tiago é martirizado logo nos albores da grande arrancada evangelizadora; Pedro é crucificado, Paulo é preso e executado, João é exilado.

No entanto, todos eles olhavam para outra recompensa: "Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou a seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? ... Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?... Porque eu estou bem certo de que (nada) poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor". - Rom. 8:31-39 - ARA.

Pense: Tendo, pois, tal esperança, servimo-nos de muita ousadia no falar". - II Cor. 3:12 - ARA.

Desafio: "Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu para o mundo". - Gál. 6:14 - ARA.



Quinta-Feira, 4/6/2009 - › O senhorio de Jesus Cristo

A vivência cristã fundamenta-se no relacionamento com Cristo com Senhor. Não é a conduta, por mais correta que seja, que determinará o relacionamento. A conduta em sua superfície pode ser aparentemente muito boa, mas isto não significa que determine o relacionamento correto com Cristo. O relacionamento correto com Cristo é que determinará a conduta correta. Somente quando Cristo é reconhecido e aceito como Senhor que o discípulo passa a produzir as boas obras que glorificam o nosso Pai. (Mat. 5:16)

Assim é no Céu entre Deus e os anjos. "Nos céus estabeleceu o Senhor o Seu trono, e o Seu reino domina sobre tudo. Bendizei ao Senhor todos os seus anjos, valorosos em poder, que executais as Suas ordens, e Lhe obedeceis a palavra. Bendizei ao Senhor todos os Seus exércitos, vós, ministros Seus, que fazeis a Sua vontade". - Salmo 103:19-21. Os anjos, perfeitos e sem pecado, são obedientes às ordens de Deus. Todo governo tem autoridade e autoridade pressupõe princípios que orientam a conduta. A diferença está entre autoridade déspota e autoridade de amor. É impossível admitir que a relação entre Deus e os anjos seja despótica. Portanto, é preciso aceitar que eles obedecem porque são amados e em resposta, amam e obedecem. O relacionamento com Deus, cujos princípios se fundamentam no amor, geram nos anjos a conduta por amor. O relacionamento de amor dos anjos fundamenta-se na graça de Deus e não em compulsão despótica. Porque Deus é graça e não opressão.

Pense: "Eles responderam: Creia no Senhor Jesus, e serão salvos, você e os de sua casa". – Atos 16:31 – NVI.

Desafio: "Por que vocês me chamam 'Senhor, Senhor' e não fazem o que eu digo?" - Luc. 6:46 – NVI.



Sexta-Feira, 5/6/2009 - › Estudo Adicional

O plano da salvação é de inteira competência divina, oferecido por graça da parte de Deus em Cristo Jesus, que faz o apelo para o pecador: "Dá-me, filho meu, o seu coração". – Prov. 23:26 – ARA.

Deus faz o apelo do amor - dá-me o teu coração - buscando a resposta do amor para a entrega ao discipulado. Feita a entrega, Deus faz o apelo à razão - os teus olhos - para o viver comprometido por amor - observem os meus caminhos. No comprometimento pelo amor, os princípios legais tornam-se orientações do Deus de amor, para a conduta por amor. Tudo isto é obra do Espírito Santo.

Se alguém declara que entregou o coração a Jesus, mas continua seu viver em desarmonia com a Palavra de Deus, essa entrega, em verdade, ainda não aconteceu. Pode ter acontecido o reconhecimento da necessidade de aceitar a Jesus como Salvador, mas não aconteceu a entrega do coração a Jesus, escolhido para ser o Senhor que determina a conduta.

Em verdade, a entrega do coração, que é a entrega do eu, não é um ato único e final, mas é uma experiência diária. Paulo assim a define: "Dia após dia, morro! Eu o protesto". – I Cor. 15:31 – ARA.

Como o pecador está em constante luta com o velho homem, para que Cristo reine supremo, é preciso morrer cada dia para o pecado e entregar-se cada dia a Cristo, para viver em justiça para a justiça, como verdadeiro discípulo.

O amor da entrega para Deus, precisa ser revelado também para o semelhante. Esta demonstração começa no círculo familiar: entre os cônjuges, pais e filhos, para estender-se à família espiritual e alcançar a todos os filhos de Deus que necessitam de uma revelação de Seu amor redentor.

Pense: "Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não pratica justiça não procede de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão... E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor; e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele... Se alguém, disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê." - I João 3:10, 4:16 e 20 – ARA.

Desafio: "Antes santificai a Cristo, como Senhor, em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós". - I Ped. 3:15 - ARC.


 

Conheça o autor

 

Pr. Albino Marks
Especialista em aconselhamento familiar e profundo estudioso da Bíblia, o pastor Albino Marks já atuou como preceptor (IAP, IACS, IAE-SP); capelão (IACS e Hospital do Pênfigo); diretor geral do IAP; departamental em várias associações e na UCB.

FONTE: http://www.escolanoar.org.br/Novo/impressao.asp?nivel=adultos_pt&data=5/6/2009