Integridade no Serviço Público
Não é próprio dos reis beber vinho, nem dos príncipes desejar bebida forte. Para que não bebam, e se esqueçam da lei, e pervertam o direito de todos os aflitos. Provérbios 31:4, 5 |
Homens intemperantes não devem ser colocados em posições de confiança pelo voto do povo. Sua influência corrompe a outros, e acham-se envolvidas sérias responsabilidades. Tendo o cérebro e os nervos narcotizados pelo fumo e outros estimulantes, fazem uma lei segundo sua natureza, e uma vez dissipada a imediata influência dos mesmos, há um colapso. Acham-se freqüentemente em jogo vidas humanas; da decisão de homens nessas posições de confiança dependem vida e liberdade, ou servidão e desespero. Quão necessário que todos quantos tomam parte nessas transações sejam homens provados, homens de cultura, homens honestos e verazes, de sólida integridade, que rejeitam suborno e não consintam que seu juízo ou convicções do direito sejam desviados por parcialidade ou preconceito.
Assim diz o Senhor: "Não perverterás o direito do teu pobre na sua demanda. De palavras de falsidade te afastarás, e não matarás o inocente e o justo, porque não justificarei o ímpio. Também presente não tomarás, porque o presente cega os que têm vista, e perverte as palavras do justo" (Êx 23:6-8).
Unicamente homens estritamente temperantes e íntegros devem ser admitidos em nossas assembléias legislativas e escolhidos para presidir nossas cortes de justiça. As propriedades, a reputação e a própria vida se acham inseguras quando deixadas ao juízo de homens intemperantes e imorais. Quantos inocentes foram condenados à morte, como tantos mais foram roubados de todas as suas propriedades terrenas pela injustiça de jurados, advogados, testemunhas e mesmo juízes dados à bebida. [...]
Há em nossos dias necessidade de homens como Daniel – homens que possuam a abnegação e a coragem de serem radicais reformadores de temperança. Cuide todo cristão em que seu exemplo e sua influência se encontrem ao lado da reforma. Sejam os ministros do evangelho fiéis em instruir e advertir o povo. E lembrem-se todos de que nossa felicidade em dois mundos depende do devido aproveitamento de um deles (Te, p. 47, 48, 237).
Juramento Judicial
Não espalharás notícias falsas, nem darás mão ao ímpio, para seres testemunha maldosa. Êxodo 23:1 |
Vi que o Senhor tem ainda que ver com as leis do país. Enquanto Jesus está no santuário, o refreador Espírito de Deus é sentido por governantes e pelo povo. Mas Satanás domina em grande parte a massa do mundo, e não fossem as leis do país, experimentarí amos muito sofrimento. Foi-me mostrado que, quando é realmente necessário, e eles são chamados a testemunharem de modo legal, não é violação da Palavra de Deus que Seus filhos tomem solenemente a Deus para testemunhar de que o que dizem é verdade, e coisa alguma senão a verdade.
O homem é tão corrupto que são feitas leis para lhe lançarem a responsabilidade sobre a própria cabeça. Alguns homens não temem mentir aos seus semelhantes; mas foram ensinados – e o refreador Espírito de Deus os impressionou – no sentido de ser coisa terrível mentir a Deus. O caso de Ananias e Safira, sua esposa, é-nos dado como exemplo. A questão é levada do homem para Deus, de maneira que se alguém der falso testemunho, não o faz para o homem, mas para o grande Deus. [...]
Vi que, se existe na Terra alguém que possa coerentemente testemunhar sob juramento, esse é o cristão. Ele vive à luz do semblante de Deus. Ele se fortalece em Sua força. E quando questões de importância têm de ser resolvidas por lei, ninguém pode apelar para Deus com tanta justiça como o cristão. [...]
Jesus submeteu-Se ao juramento na hora de Seu julgamento. Disse-Lhe o sumo sacerdote: "Conjuro-Te pelo Deus vivo que nos digas se Tu és o Cristo, o Filho de Deus." Jesus respondeu: "Tu o disseste" (Mt 26:63, 64). Se Jesus, em Seus ensinos aos discípulos, Se referisse ao juramento judicial, Ele teria reprovado o sumo sacerdote, e ali mesmo reforçado os Seus ensinos, para o bem de Seus seguidores que se achavam presentes.
Satanás tem-se agradado com o fato de alguns considerarem o juramento sob um prisma falso, pois isso lhe tem dado oportunidade de oprimi-los e tirar-lhes o dinheiro de seu Senhor. Os mordomos de Deus devem ser mais sábios, elaborar seus planos e preparar-se para resistir às armadilhas de Satanás; pois ele fará maiores esforços que nunca (T1, p. 202, 203).
Escolhendo Entre Dois Lados
Não perverterás o julgamento do teu pobre na sua causa. Da falsa acusação te afastarás; não matarás o inocente e o justo, porque não justificarei o ímpio. Êxodo 23:5, 7 |
Cristo profere um ai sobre todos os que transgridem a lei de Deus. Ele proferiu um ai sobre os intérpretes da lei em Seu tempo porque eles usavam seu poder para afligir os que se volviam para eles em busca de justiça e juízo. Todas as terríveis conseqüências do pecado sobrevirão aos que, embora sejam membros nominais da igreja, consideram de somenos importância pôr de lado a lei de Jeová, não fazendo distinção entre o bem e o mal.
Nas representações que o Senhor me tem dado, tenho visto os que seguem seus próprios desejos, deturpando a verdade, oprimindo seus irmãos e pondo dificuldades diante deles. Caracteres estão agora sendo desenvolvidos, e homens estão tomando partido, uns ao lado do Senhor Jesus Cristo, e outros ao lado de Satanás e seus anjos. O Senhor convida todos os que desejam ser leais e obedientes a Sua lei a saírem e se separarem de toda conexão com os que se colocaram ao lado do inimigo. Junto a seus nomes está escrito: "TEQUEL: Pesado foste na balança e achado em falta" (Dn 5:27).
Há muitos homens, aparentemente virtuosos, que porém não são cristãos. Acham-se equivocados em sua avaliação do que constituem verdadeiros cristãos. Possuem uma imperfeição de caráter que destrói o valor do ouro, e não podem receber o selo da aprovação divina. Terão de ser rejeitados como metal impuro e sem valor.
Não podemos, por nós mesmos, aperfeiçoar um autêntico caráter moral, mas podemos aceitar a justiça de Cristo. Podemos ser participantes da natureza divina, livrando-nos da corrupção das paixões que há no mundo. Cristo deixou-nos um modelo perfeito do que devemos ser como filhos e filhas de Deus (DD, p. 220).
Pobres em Meio à Abundância
Mas ajuntai para vós outros tesouros no Céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração. Mateus 6:20, 21 |
Muitos pais e mães são pobres em meio à abundância. Diminuem, em certo grau, seu conforto pessoal e freqüentemente se privam daquelas coisas que são necessárias para desfrutar vida e saúde, enquanto possuem recursos abundantes à sua disposição. Sentem-se como se fossem proibidos de apropriar-se de seus recursos para conforto próprio e para fins caritativos. Têm um objetivo diante de si, e este é economizar os bens para deixar para os filhos.
A idéia é tão notável, tão ligada com todas as suas ações, que os filhos aprendem a antecipar o dia quando essa propriedade será sua. Dependem disso, e essa perspectiva tem influência importante, mas não favorável, sobre seu caráter. Alguns se tornam esbanjadores, outros se tornam egoístas e avarentos, e ainda outros se tornam indolentes e irresponsáveis. Muitos não cultivam hábitos de economia; não procuram tornar-se independentes. Não têm um alvo, e têm pouca estabilidade de caráter. As impressões recebidas na infância e juventude são entretecidas em seu caráter e se tornam o princípio de ação na vida adulta. [...]
Com a luz da Palavra de Deus, tão simples e clara em relação a dinheiro emprestado a mordomos, e com as advertências e reprovações que Deus tem dado através dos Testemunhos quanto à disposição de seus bens – se, com toda essa luz diante deles, os filhos direta ou indiretamente influenciam os pais a dividir a propriedade enquanto vivem, ou a passá-la em testamento aos filhos para que a recebam depois da morte de seus pais, eles assumem responsabilidades terríveis.
Filhos de pais idosos que professam amar a verdade devem, no temor de Deus, aconselhar e pleitear com seus pais a serem leais à sua profissão de fé, e a tomarem uma decisão, que Deus possa aprovar, quanto a seus bens. Os pais devem depositar para si tesouros no Céu doando seus bens eles mesmos para o avanço da causa de Deus. Não devem privar-se do tesouro celeste deixando um excesso de bens para aqueles que têm suficiente; pois assim fazendo não só se privam do privilégio precioso de depositar no Céu um tesouro que não falha, mas roubam da tesouraria de Deus (T3, p. 119, 120).
Renúncia ao Ganho Pessoal
Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez; tudo posso nAquele que me fortalece. Filipenses 4:12, 13 |
Em cada século Satanás tem procurado prejudicar os esforços dos servos de Deus pela intromissão na igreja do espírito de fanatismo. Assim foi nos dias de Paulo e assim foi também durante o tempo da Reforma. Séculos mais tarde, Wycliffe, Lutero e muitos outros que abençoaram o mundo por sua influência e fé, encontraram as astúcias pelas quais o inimigo busca levar ao fanatismo extremado mentes desequilibradas e não santificadas.
Criaturas desorientadas têm ensinado que a conquista da verdadeira santidade coloca a mente acima de todos os pensamentos terrestres, e leva os homens a se absterem inteiramente do trabalho. Outros, interpretando com extremismo determinados textos das Escrituras, têm ensinado que é pecado trabalhar – que os cristãos não devem preocupar-se quanto aos seus interesses temporais e de sua família, mas dedicar sua vida inteiramente às coisas espirituais. Os ensinos e exemplos do apóstolo Paulo são uma reprovação a tais extremismos.
Quando Paulo visitou Corinto pela primeira vez, encontrou-se entre um povo que punha em dúvida as intenções dos estrangeiros. Os gregos do litoral eram negociantes perspicazes, e por tão longo tempo se haviam dedicado à prática de negócios desonestos, que chegaram a crer que o ganho era piedade, e que fazer dinheiro, quer por meios lícitos ou ilícitos, era louvável. Paulo estava familiarizado com suas características, e não lhes desejava dar ocasião de dizer que ele pregava o evangelho para enriquecer. Ele podia com justiça reclamar manutenção da parte de seus ouvintes coríntios; mas deste direito se dispunha a abrir mão, com receio de que sua utilidade e sucesso como pastor fossem prejudicados pela suspeita injusta de estar ele pregando o evangelho por ganho. Ele procurava remover toda a oportunidade de mistificação, para que não se perdesse a força da sua mensagem (AA, p. 348, 349).
Prioridades Corretas na Vida
Buscai, pois, em primeiro lugar, o Seu reino e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Mateus 6:33 |
Por toda parte existe algo que tentaria o cristão a abandonar o caminho estreito; mas os que desejam aperfeiçoar um caráter adequado para a eternidade devem tomar a vontade de Deus como seu padrão, separando-se completamente de tudo que é desagradável a Ele. Milhares são induzidos ao pecado porque deixam a fortaleza do coração desprotegida. Ficam absortos com os cuidados deste mundo, e a verdadeira piedade é afastada do coração. Avançam ansiosamente na especulação, buscando acumular mais dos tesouros deste mundo. Assim colocam-se onde é impossível avançar na vida cristã. [...]
"Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele" (1Jo 2:15). Cada momento do nosso tempo pertence a Deus, e não temos o direito de nos sobrecarregar com preocupações a ponto de não haver espaço em nosso coração para o Seu amor. Ao mesmo tempo devemos obedecer à ordem: "No zelo, não sejais remissos" (Rm 12:11). Devemos trabalhar, para que possamos ter para dar ao que necessita. Deus não deseja que permitamos que nossas faculdades se enferrugem pela falta de ação. Os cristãos devem trabalhar, devem se envolver em uma ocupação, e podem seguir uma certa distância nesta linha sem cometer pecado algum contra Deus. [...]
Mas freqüentemente os cristãos permitem que os cuidados da vida tomem o tempo que pertence a Deus. Dedicam seus preciosos momentos em negociações ou diversões. Toda a sua energia é empregada em adquirir tesouros terrenos. E, ao fazerem isso, colocam-se em solo proibido.
Muitos professos cristãos são bem cuidadosos para que todas as suas transações comerciais ostentem o selo da estrita honestidade, mas a desonestidade marca seu relacionamento com Deus. Absortos em negócios mundanos, deixam de desempenhar as obrigações que devem aos que estão ao seu redor. Seus filhos não são criados na disciplina e admoestação do Senhor. O altar da família é negligenciado; a devoção pessoal é esquecida. Os interesses eternos, em vez de serem colocados em primeiro lugar, recebem apenas o segundo lugar. Deus é roubado, pois seus melhores pensamentos são dedicados ao mundo, porque seu tempo é gasto em coisas de menor importância. Assim ficam arruinados, não por causa de sua desonestidade ao lidar com os outros, mas por defraudarem a Deus no que é Seu por direito (ST, 17/12/1896).
O Cristão e a Integridade
Mas Jesus lhes disse: Vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece o vosso coração; pois aquilo que é elevado entre homens é abominação diante de Deus. Lucas 16:15 |
Em todos os pormenores da vida devem ser mantidos os mais estritos princípios de honestidade. Não são estes os princípios que governam o mundo, pois Satanás – o enganador, mentiroso e opressor – é o patrão, e seus súditos o seguem e executam seus propósitos. Os cristãos, porém, servem sob um Senhor diferente, e seus atos têm de ser efetuados segundo Deus, independentemente de todo o ganho egoísta.
O desvio da perfeita honestidade nos negócios pode, na opinião de alguns, ser coisa de pouca importância, mas não a considerava assim o nosso Salvador. Suas palavras, nesta questão, são claras e explícitas: "Quem é fiel no pouco também é fiel no muito" (Lc 16:10). O homem que assim engana o próximo, em pequena escala, enganará em escala maior se a tentação lhe vier. Uma falsa representação em questões de pouco valor, tanto é desonestidade à vista de Deus como a falsidade em assuntos de maior importância.
No mundo cristão de hoje é praticada a fraude em medida pavorosa. O povo de Deus, observador dos mandamentos, deve mostrar que está acima de todas essas coisas. As práticas desonestas que mancham o negócio dos homens com seus companheiros, não devem jamais ser praticadas por alguém que professe crer na verdade presente. O povo de Deus causa à verdade grave prejuízo pelo menor desvio da integridade.
Um homem pode não ter um exterior agradável, pode ser deficiente em muitos aspectos, mas se tem a reputação de ser honesto, íntegro, ele será respeitado. A inflexível integridade cobre muitos traços de caráter objetáveis. O homem que perseverantemente pratique a verdade, ganhará a confiança de todos. Não só confiarão nele os irmãos na fé, mas os descrentes serão constrangidos a reconhecê-lo como homem de honra.
Os servos de Deus são obrigados a estar mais ou menos relacionados com os mundanos por transações comerciais, mas devem comprar e vender lembrados de que os olhos de Deus estão sobre eles. Nada de balanças falsas ou pesos fraudulentos deve ser usado, pois estes são uma abominação para o Senhor. Em cada uma das transações comerciais deve o cristão ser justamente o que ele quer que seus irmãos julguem ele seja. Seu procedimento é presidido por princípios subjacentes. Ele não usa de astúcia; por isso nada tem que esconder, coisa alguma a disfarçar com verniz (MCP2, p. 437, 438).
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