quinta-feira, 11 de junho de 2009

VALORIZAR NOSSOS "MESTRES"

VALORIZAR NOSSOS "MESTRES"

Autor: Prof. Gilson Medeiros

Segundo a Bíblia, Deus concedeu diversos dons de liderança à Sua Igreja, com o objetivo de que ela se mantivesse no rumo certo e sempre progredindo.


"E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros paraprofetas, outros para evangelistas e outros para pastores emestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro" (Efés. 4:11-14).

Nas palavras do santo apóstolo Paulo, a liderança da Igreja tem a sagrada missão de promover o "aperfeiçoamento dos santos", a "edificação do corpo de Cristo", levando todos à "unidade da fé". Para Paulo, isso era muito importante para que os cristãos não fossem como "meninos", que poderiam ser induzidos por qualquer "vento de doutrina" equivocada. Afinal, sempre haveriam muitos que usariam de "artimanha" e "astúcia" para induzirem a Igreja ao erro.

Portanto, uma leitura do texto bíblico deixa muito claro que nem todos os líderes da Igreja deveriam ser pastores, ou profetas, ou apóstolos, ou evangelistas. Ou seja, nem todos precisariam se dedicar, exclusivamente, ao cuidado direto do rebanho ou ao trabalho missionário em si. Dentre os líderes, o Espírito Santo (a Pessoa da Trindade que promove esta capacitação da Igreja) escolheria alguns para se dedicarem ao estudo profundo dos temas bíblicos, para poder ensinar à Igreja e assim protegê-la dos artifícios demoníacos da apostasia.

Por que estou trazendo este tema hoje?

Recentemente lí um comentário de uma determinada pessoa, dissidente da IASD, o qual criticava e menosprezava os títulos acadêmicos de alguns homens de Deus que dedicam suas vidas a ensinarem o rebanho do Senhor. E esta pessoa não está sozinha... é comum lermos comentários sarcásticos e grosseiros vindos de críticos da Igreja, que não valorizam o conhecimento doutrinário, bíblico, acadêmico e devocional de nossos mestres.

Sabe o que eu penso que, no fundo, é o motivo de tanta revolta e crítica?
Estas pessoas não tiveram capacidade intelectual suficiente para conquistarem um Mestrado ou Doutorado em Teologia (o que é tão difícil e desgastante quanto em qualquer outra área das Ciências Humanas), e por isso atiram pedras naqueles que almejaram esta vitória.

É como aquela história da raposa e das uvas, como já mencionei aqui outra vez. Quando não conseguimos atingir uma meta que gostaríamos de alcançar, em vez de valorizarmos os que conseguiram, alguns de nós prefere menosprezá-los. É uma reação de defesa de nossa psiquê, para não parecermos tão "derrotados". E isso não ocorre só entre dissidentes Adventistas, pois há muito membro de outras denominações que se acham os "tais", e ficam espezinhando arrogantemente sobre os que se dedicam ao estudo sério e dedicado da Teologia. Tem muita igreja neo-pentecostal rica da atualidade, onde os seus líderes mal sabem o significado da palavra "exegese".

Vejo nos comentários maldosos dos críticos, homens do quilate do Dr. Timm, do Dr. José Carlos Ramos, do Dr. Rodrigo Silva, do Dr. Ozeas Moura, do Dr. Elias Brasil, do Dr. Natanael Moraes, do Dr. Luiz Nunes, e tantos e tantos outros, serem sarcasticamente criticados e menosprezados. Foi graças a pessoas que Deus usou como mestres do rebanho, por exemplo, que hoje nós temos uma Bíblia em língua portuguesa 100% em harmonia com os melhores textos das línguas bíblicas originais: hebraico, aramaico e grego.

Em vez de perderem tempo com palavras duras e irônicas, que muitas vezes magoam e desanimam, estes críticos deveriam se unir aos nossos diletos doutores e mestres para que a Igreja se mantivesse sempre no caminho certo em matéria de doutrina e fé.

Mas... espere ai!

É exatamente por isso que eles odeiam tantos nossos mestres: é porque estes homens de Deus não abonam suas doutrinas "astuciosas" que têm levados muitos "meninos" ao erro.

Só pode ser por isso!

"... e digas: Como aborreci o ensino! E desprezou o meu coração a disciplina! E não escutei a voz dos que me ensinavam, nem a meus mestres inclinei os ouvidos!" (Prov. 5:12-13).

Louvado seja o Senhor por ter concedido o dom do ensino a tantos homens e mulheres de valor, como os que temos em nossa Igreja!

Postado em: 09-Jun-2009