terça-feira, 28 de julho de 2009

Lição 02 - Experimentando a Palavra da vida - Auxiliar Para Lição da Escola Sabatina - Casa Publicadora Brasileira

A lição em resumo

Texto-chave: 1 João 1:1-4

O aluno deverá...

Saber: Reconhecer que a comunhão com Jesus resulta em alegria verdadeira.
Sentir: A alegria da comunhão.
Fazer: Compartilhar com outros a alegria que transforma vidas.

ESBOÇO DO APRENDIZADO
I. Saber: Comunhão com Deus

A. Em 1 João 1:3, João se refere à humanidade e à divindade de Jesus. O que isso revela sobre Deus? Como abre oportunidades para a comunhão com Deus?
B. Quando viveu entre nós, Jesus sofreu e experimentou dor, mas João diz que, por meio dEle, podemos ter plenitude de alegria. Como você definiria essa alegria?
C. João expressa as alegrias da comunhão com Deus e nossos irmãos de fé. Que papel tem a comunhão na vida do cristão?

II. Sentir: Alegria completa

A. Qual é a diferença entre a felicidade e a alegria que vêm da comunhão com Deus e a alegria e felicidade que vêm de outras fontes?
B. Que papel tem a comunhão de uns com os outros na alegria cristã?

III. Fazer: Sendo transformados pela alegria

A. Peça que o grupo fale de algumas ocasiões em que experimentou verdadeira alegria. O que podemos aprender dessas experiências? Como podemos aplicar essas lições para compartilhar a alegria em outras ocasiões?
B. Como o grupo da Escola Sabatina pode nutrir a comunhão? Encoraje todos do grupo a fazer na próxima semana algo para nutrir a comunhão com Deus e com a comunidade.

Resumo: A alegria e a comunhão pessoal com Jesus são experiências contagiantes. Abrem nossos olhos para as possibilidades de desfrutar plena alegria em nossos dias.

Ciclo do aprendizado

Motivação

Motivação
Conceito-chave para o crescimento espiritual: Podemos não ser testemunhas oculares diretas dos eventos da vida de Cristo, mas isso não significa que não possamos ser testemunhas oculares da realidade de Cristo e do que Ele nos fez.
Só para os professores: Lembre-se de manter um foco cristocêntrico ao iniciar com os membros de sua classe o estudo da primeira epístola.

Martinho Lutero descreveu 1 João como uma "epístola importante. Pode sustentar os corações aflitos. ... É com essa graça e suavidade que ela nos descreve Cristo"(Luther's Works: The Catholic Epistles, v. 30, p. 219).

Sem dúvida, João ficaria satisfeito em saber que, quinze séculos depois de escrever essa epístola, sua maneira de descrever Cristo aos outros não perdeu nada de seu poder. João queria que conhecêssemos por nós mesmos a vida eterna, a comunhão e a alegria que podemos ter por meio de Jesus, o mesmo que o próprio João ouviu, viu e tocou.

Discuta: De alguma forma, você conheceu, tocou e viu Jesus?

Se sua vida fosse uma tela, que quadro de Jesus sua vida pintaria aos outros? Como você pode permitir que Ele faça de você Sua obra-prima?

Compreensão

Compreensão
Só para os professores: Cristo é plenamente Deus e plenamente homem, e ao redor dessa verdade gira todo o plano de salvação e a comunhão cristã. Enfatize aos membros de sua classe que a abertura da primeira epístola não nos oferece nenhum espaço para engano nesse assunto.

Comentário Bíblico

A heresia mais perigosa a invadir a igreja no tempo de João negava a humanidade de Cristo. Os hereges gnósticos afirmavam que, por ser má a matéria, Deus não poderia ter assumido corpo material. Essa negação ostensiva da encarnação de Jesus podia ser lógica para os ouvidos gregos mas despertou um alarme na mente do idoso apóstolo. Então, ele começou sua epístola, assim como fez no Evangelho, com a afirmação de que Cristo Jesus não é nem uma ilusão mental nem um acidente da história. Ele é Deus. Ele é Deus em carne humana. Como testemunha ocular do maior milagre na história, João escolheu afirmar a singularidade do Filho de Deus.

I. Cristo é Deus (1Jo 1:1)

1 João 1 começa com uma afirmação corajosa: "O que era desde o princípio... o Verbo da vida". Essas palavras são parecidas com as de João 1:1-314, que declaram a divindade do Verbo e Sua jornada para a vida humana em Jesus de Nazaré. A expressão "no princípio" não significa que Jesus, o Verbo, teve um princípio. O Verbo "era Deus," e "estava com Deus" (Jo 1:1), e assim, não teve início em termos de origem no tempo. Nunca houve um tempo em que Ele não existisse.

Jesus é não só o Verbo, mas também o Verbo da vida. Quando liga as palavras "Verbo" e "Vida", o apóstolo faz uma afirmação significativa: o Verbo Jesus também é autor e restaurador da vida. NEle e através dEle existe vida eterna (Jo 3:16). "Em Cristo há vida original, não emprestada, não derivada" (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 530). E "aquele que tem o Filho tem a vida" (1Jo 5:12).

Comente: Por que a divindade de Jesus é tão importante para o plano da redenção?

Pense nisto: No Evangelho, o "Verbo" se refere claramente a Jesus (Jo 1:14). Por que pode você estar certo de que a expressão "o Verbo da vida" na epístola também se refere a Jesus?

II. Cristo é Deus em forma humana (1Jo 1:2)

A Palavra eterna, a segunda pessoa da Divindade, "nos foi manifestada" (1Jo 1:2) em carne humana "e habitou entre nós" (Jo 1:14). Assim, Jesus não é um mito ou apenas um grande homem, mas a manifestação de Deus em carne humana. A humanidade de Cristo é tão real quanto Sua divindade. Este pode ser um mistério divino, mas nunca uma ilusão (1Tm 3:16). Sem a vinda do Filho de Deus em carne e morte pelos nossos pecados, Deus não poderia haver provido salvação para a humanidade do pecado e da morte (1Jo 1:72:2Jo 3:16Rm 6:23Hb 2:9). Portanto, a encarnação, em todo o seu processo, desde Belém até o Calvário e a ressurreição, é parte indispensável do plano divino de redenção (Ef 1:3-7) estabelecido desde a fundação do mundo. Negar a realidade da encarnação é tornar-se porta-voz de Satanás (1Jo 4:1-3).

Comente: Por que teria sido impossível a Deus nos salvar se Jesus não tomasse nossa natureza humana?

III. O Cristo que vimos

Como João podia estar tão certo da divindade e humanidade de Cristo? A autoridade do apóstolo se baseava no testemunho ocular e na experiência pessoal. João apelou para quatro aspectos desse testemunho (1Jo 1:1). Nós "temos ouvido". "Temos visto". "Contemplamos". "Nossas mãos apalparam". O apóstolo tinha ouvido Jesus falar, e o que Jesus falara era a palavra da vida provinda do Pai. O apóstolo tinha visto o que Jesus fizera. O que ele havia visto e ouvido não era comum aos seres humanos, mas era o enviado de Deus. Ele era "cheio de graça e de verdade, e vimos a Sua glória, glória como do Unigênito do Pai" (Jo 1:14).

João não apenas tinha ouvido e visto mas também contemplara Jesus. Qual é a diferença entre "ver" e "contemplar"? A palavra grega traduzida como "contemplar",theaomai, diz mais que horan, "ver". Theaomai não significa ver no sentido comum; é uma experiência intensa, envolvente, meditativa, inquiridora, a fim de descobrir o significado mais profundo de algo ou de uma pessoa. Depois dessa pesquisa, João verificou que Jesus é o eterno Verbo da vida que trouxe comunhão com Deus (v. 3, 4).

Ao ato de ouvir, ver e experimentar Jesus intensamente, João acrescentou outra referência poderosa: "Nossas mãos apalparam". A menção não deixa dúvida quanto ao que disse o Jesus ressuscitado: "Vejam as Minhas mãos e os Meus pés. Sou Eu mesmo! Toquem-Me e vejam" (Lc 24:39, NVI). O Jesus encarnado é tão real quanto o Jesus ressuscitado. A fé cristã não é nenhum conto de fadas.

Comente: Diferentemente de João, nós não "contemplamos" Jesus em carne. Mas como podemos vê-Lo, tocá-Lo, ouvir Sua voz e senti-Lo hoje?

Aplicação

Aplicação
Só para os professores: Tire alguns momentos para deixar que os membros de sua classe contem os princípios que encontraram nesta lição e como podem praticá-los.

Perguntas para reflexão

1. "Nós a vimos e dela testemunhamos", diz João (1Jo 1:2, NVI). O conhecimento pessoal de Jesus vem antes da proclamação. De que formas você tem experimentado Jesus pessoalmente? Que conhecimento tem você dEle como Deus e como homem?

2. Cada um de nós que vai a Cristo tem um testemunho para dar. Se fosse compartilhar seu testemunho, o que você diria?

Para reflexão: "Cada dia é uma jornada, e a própria jornada para o lar", escreveu o poeta Matsuo Basho no início de sua obra-prima, um diário de viagem, Oku no Hosomichi, ou Vereda Estreita Para uma Província Distante. As palavras de Basho nos lembram, como cristãos, de que somos estrangeiros ou peregrinos neste mundo, e que os lugares que chamamos de lar são apenas refúgios temporários a caminho de nosso destino celestial. Para muitos, a jornada espiritual que nos leva para mais perto de Jesus nos faz sentir como se no caminho, estivéssemos saboreando um pouco da beleza do Céu. Mais de trezentos anos atrás, Basho também quis saborear a beleza que havia além de seu lar terrestre. Ele se lançou a uma jornada de cinco meses em uma peregrinação pela sua pátria, o Japão, com não mais que uma simples mochila, seus materiais de escrita e alguma roupa. Enquanto viajava, ele testemunhava a beleza do mundo ao seu redor, registrando o que via e sentia de forma que outros também pudessem vivenciar sua experiência.

Da mesma forma, João queria que seus leitores experimentassem a beleza que vira, tocara e ouvira em Jesus. As epístolas de João também registram uma jornada ao longo de uma vereda estreita, pavimentada para nós pelo sangue de Jesus no Calvário. Nessa estrada, Jesus apontou o caminho para uma Província Distante que, diferentemente da de Basho, não é terrestre, mas celestial. João escreveu suas epístolas como um guia de viagem para aqueles que seguem Jesus.

Pense nisto: Basho exaltava as visões da Lua que contemplara repetidas vezes em suas viagens, e que inspiraram algumas das mais belas poesias haicai já escritas. Como Basho, João também tinha uma obsessão: O amor de Cristo. Como João apresenta esse amor para que nos sintamos convidados a experimentar por nós mesmos sua realidade?

Transformação

Criação
Só para os professores: A lição desta semana liga Jesus, a vida eterna, comunhão e abundância de alegria. Encoraje os membros da classe a contar como experimentaram esse vínculo em sua vida.

Atividade: Você não precisa ser um mestre de haicai como Basho para escrever haicais, que são pequenos poemas de apenas três linhas. A primeira linha tem cinco sílabas, a segunda linha tem sete e a terceira, cinco. Tente escrever seu próprio haicai espiritual para revelar algo de sua experiência com Deus ou sua apreciação do amor ou do poder de Deus como Criador.