Estudos da Bíblia: Terceiro Trimestre de 2009
Tema geral: As epístolas do amado – 1, 2 e 3
Estudo nº 08 – Amando irmãos e irmãs
Semana de 15 a 22/08/2009
Comentário auxiliar elaborado pelo prof. Sikberto Renaldo Marks
www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (55) 3332.4868
Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil
"Ser-me-eis santos, porque Eu, o Senhor, sou santo, e separei-vos dos povos, para serdes meus" (Lev. 20:26).
Verso para memorizar: "Ora, temos, da parte d'Ele, este mandamento: que aquele que ama a DEUS ame também a seu irmão" (I João 4:21).
- Introdução – santo sábado, dia da aliança entre criaturas e o Criador
O que falta em nosso mundo cada vez mais difícil para a vida, cada vez mais violento, mais corrompido, é amor. Se todos resolvessem de um dia para outro amar o próximo como a si mesmos, desapareceriam, de um dia para outro, todos os problemas que estão destruindo a humanidade. Mas é fácil as pessoas do mundo inteiro mudarem para o amor? Não é fácil. Elas teriam que se desligar de seus ídolos seculares, e passar a obedecer a DEUS, ligando-se ao Criador por meio de Seu culto. Não há outra forma de se ter amor no coração, senão estar ligados a DEUS, que é o amor em pessoa.
O mundo vai de mal a pior porque falta amor. Nos noticiários estamos acostumados a ouvir que precisa "mais polícia na rua" para deter a violência. Não é esta a solução. Polícia na rua vai impedir a violência naquela rua, os criminosos irão para outra rua, ou outra cidade, ou outra região. Não é assim que se elimina o crime, ele apenas muda de endereço, ou de tática. Será que o governo poderia colocar um ou dois policiais ao lado de cada criminoso para impedir que ele faça o que é de sua natureza? Impossível. E mesmo que fizesse isso, os criminosos, que são dirigidos pelo demônio, e este que é muito mais inteligente que a polícia, faria o crime superar a vigilância. Só o amor pode resolver isso, e se não for esse o caminho, só mesmo a destruição de todos os criminosos é a solução. O problema nosso é que a sociedade é toda corrompida, portanto, não há solução para o nosso planeta.
Estudemos nós, como amar nossos semelhantes, como amar a DEUS e como viver como DEUS deseja, pois assim já teremos uma amostra da vida que teremos na Nova Terra, onde está o Reino do Amor.
- Primeiro dia: As duas passagens sobre o amor (I João 3:11-24; 4:7 a 5:4)
O que dizem, em síntese, as duas passagens selecionadas na lição, sobre o amor? Numa palavra só, falam da "intimidade".
Amar uns aos outros é ser íntimos uns com os outros. E se formos íntimos, compartilharemos dos sentimentos das outras pessoas. Nós sentiremos como elas sentem, nos alegraremos quando elas estão alegres, nos entristeceremos quando elas estiverem tristes, sofreremos com elas estiverem sofrendo. Nós ajudaremos as outras pessoas se necessário, nós compartilharemos com elas o que temos. Na doença e na saúde seremos solidários com nossos semelhantes.
Se assim fizermos aos outros, do mesmo modo DEUS também fará a nós. E isto nada mais é senão a obediência aos Dez Mandamentos. Se, como muitos dizem, esses mandamentos tivessem sido abolidos na cruz, isto teria sido a maior de todas as incoerências por parte de DEUS. Pois JESUS morreu na cruz exatamente para restaurar as condições nesta Terra de amarmos uns aos outros sentindo o amor de DEUS por nós. Se não tivesse JESUS morrido na cruz, o príncipe desse mundo ainda seria Lúcifer, mas ele foi derrotado, só aguarda ser extinto. E se Lúcifer ainda fosse o príncipe desse mundo, então a lei vigente aqui seria o ódio, não o amor. Mas desde a vitória de JESUS na cruz, quem aqui está fora de contexto é Lúcifer e seus escravos, não nós, que adoramos a DEUS, embora sendo minoria.
Portanto, se a Lei dos Dez Mandamentos fosse abolida mesmo, então, assim que JESUS tivesse vencido na cruz, e ressuscitado vitorioso, novamente o príncipe desse mundo seria Lúcifer. Sabe por que? Fácil entender: ter-se-ia abolida a lei que nos liga a DEUS, ao amor, e nos liga entre nós. Em outras palavras, sem essa lei, evidentemente este seria um planeta sem DEUS, sem o que colocar no coração dos homens para que saibam amar e sabiam ser amados, este continuaria sendo um planeta do príncipe das trevas, pois a lei do amor entre nós se teria anulado. Ora, tal hipótese só pode ser uma engenhosa e enganosa idéia do príncipe vencido, que desde a ressurreição está em contagem regressiva para ser eliminado. A única forma dele se escapar da condenação é conseguir que algo nas profecias de DEUS não dê certo. Alguém acha isso plausível? Mas assim mesmo ele está lutando, e tentando evitar que o povo de DEUS tenha êxito no anúncio do evangelho eterno. Ele está ficando furioso, está arregimentando pessoas para formar astutos inimigos dentro das fileiras dos servos de DEUS.
"Vindo habitar conosco, Jesus devia revelar Deus tanto aos homens como aos anjos. Ele era a Palavra de Deus - o pensamento de Deus tornado audível. Em Sua oração pelos discípulos, diz: "Eu lhes fiz conhecer o Teu nome" - misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e verdade - "para que o amor com que Me tens amado esteja neles, e Eu neles esteja". João 17:26. Mas não somente a Seus filhos nascidos na Terra era feita essa revelação. Nosso pequenino mundo é o livro de estudo do Universo. O maravilhoso desígnio de graça do Senhor, o mistério do amor que redime, é o tema para que "os anjos desejam bem atentar", e será seu estudo através dos séculos sem fim. Mas os seres remidos e os não caídos encontrarão na cruz de Cristo sua ciência e seu cântico. Ver-se-á que a glória que resplandece na face de Jesus Cristo é a glória do abnegado amor. À luz do Calvário se patenteará que a lei do amor que renuncia é a lei da vida para a Terra e o Céu; que o amor que "não busca os seus interesses" (I Cor. 13:5) tem sua fonte no coração de Deus; e que no manso e humilde Jesus se manifesta o caráter dAquele que habita na luz inacessível ao homem" (Refletindo a CRISTO, MM, 1986, 7, ênfases acrescentadas).
- Segunda-feira: A definição" de amor (I João 3:11-16; 4:7-16)
O que é o amor, segundo João? Lendo o que ele escreveu, podemos concluir que o amor é o caráter de DEUS, que Ele concedeu a nós por meio dos mandamentos, e revelou a nós pelo viver prático de JESUS CRISTO. Assim sendo, o amor foca seus interesses no outro, pela vida, pelo bem e pela felicidade dele. Pela lógica do amor, a nossa realização e felicidade depende de contribuirmos pela realização e felicidade do outro. É assim que DEUS age. O amor está sempre direcionado para o próximo. Aliás, o princípio do amor explicado por JESUS é: amar o próximo como a ti mesmo. Isso quer dizer, quanto mais ama o próximo, mais ama a si mesmo. Primeiro deve amar o próximo pois em consequencia amará a si mesmo. Foi isso que DEUS demonstrou, amando-nos primeiro, antes que nós entendêssemos que devemos também amá-Lo.
O amor não mata, só o ódio mata. Caim matou por ódio. Em nossos dias, quanto se ouve falar que fulano de tal matou por amor, isso está errado, ninguém mata por amor, só por ódio, ou por egoísmo, por desejo possessivo, por querer dominar, por querer ter para si. Quantas pessoas nesses últimos tempos não fazem mais a menor idéia do que seja amor. Se elas soubessem, não matariam o parceiro ou parceira. Aquele que sabe o que é amar tem desejo de seu cônjuge viva feliz, com ele, para desse modo ficarem sempre juntos. O elo de ligação num casamento é o amor, e o amor é DEUS. É isso que falta nesse mundo cada dia mais trágico.
Quem odeia mata o próximo, como fez Caim, bem lembrado por João, mas quem ama se doa pelo próximo, e se for necessário, chega a morrer pelo próximo, como fez JESUS. Isso sim é amor. João deixou bem claro o que o amor faz, e o que o amor não faz. O amor faz tudo o que for necessário pelo próximo, e no limite, se for o caso, chega a morrer pelo próximo. Agora o que o amor não faz é prejudicar o próximo, matar o próximo nem pensar. O que o amor faz é perdoar sempre, assim como JESUS perdoou na cruz aqueles que O estavam matando. A tal ponto Ele amava os seus algoses que, paralelamente enquanto O matavam, Ele doava a Sua vida por eles. Ele usou o mal que Lhe faziam para beneficiá-los com o perdão e a vida eterna. Ele pagou bem por mal. A tal ponto JESUS amava que em nenhum momento lhe passou pela mente o menor pensamento de vingança. E essa atitude de JESUS é que foi a grande derrota de satanás. Este sim, não consegue passar um momento sem ter pensamentos de vingança, mas JESUS, desafiado ao extremo, nunca deixou de amar.
Em nossa vida diária devemos buscar forças do alto para sempre amar. E para esse fim, devemos nos espelhar em JESUS. Não há outro exemplo para nós nessa Terra senão JESUS, para sabermos como proceder para amar e não odiar, coisa impossível para seres humanos sem a transformação por parte do ESPÍRITO SANTO.
"Tal amor é incomparável. Filhos do celeste Rei! Preciosa promessa! Tema para a mais profunda meditação! O inigualável amor de Deus por um mundo que O não amou! Este pensamento exerce um poder subjugante sobre a alma e leva cativo o entendimento à vontade de Deus. Quanto mais estudarmos o caráter divino à luz que vem da cruz, tanto mais veremos a misericórdia, a ternura e o perdão aliados à eqüidade e à justiça, e tanto mais claro discerniremos as inumeráveis provas de um amor que é infinito, e de uma terna compaixão que sobrepuja o amor anelante de uma mãe para com o filho extraviado" (O Caminho a CRISTO, 15, grifos acrescentados).
- Terça-feira: Crise de confiança
É comum nos sentirmos perdidos, desamparados por DEUS. Muitos se sentem assim, como se não tivessem mais sobre elas o amor de DEUS, como se fossem abandonadas por DEUS, e já não tendo mais esperança alguma. Pessoas há que imaginam que cometeram o pecado contra o ESPÍRITO SANTO, portanto, estão definitivamente perdidas. Isso é um tormento que se passa na mente dessas pessoas, e elas sofrem, e chegam a ficar doentes, psicologicamente abaladas. Procuram uma explicação, e nunca encontram, então, sofrem cada vez mais.
Jó foi um caso assim. Ele perdeu tudo, por fim, perdeu também a saúde. Ainda para piorar a situação, vieram seus melhores amigos para o acusar de dia e de noite, dizendo que ele estava pagando por pecados escondidos, e DEUS agora o estava ferindo por esse motivo. Jó desejava morrer, mas a morte não vinha. Ele temia ter sido atingido por DEUS, e se assim fosse, na mente dele havia sofrimento e angústia. Até a sua esposa disse-lhe que morresse, e que portanto parasse de sofrer.
Esses estados mentais não são outra coisa senão sugestões de satanás, para torturar aquelas pessoas que DEUS já perdoou, e que não devem mais nada perante o tribunal celeste. No entanto, mesmo assim sofrem, pensando que estão perdidas. É para elas não se sentirem perdoadas, e assim, se perceberem ainda em débito com DEUS. Dessa maneira, elas indiretamente acabam não aceitando o perdão de DEUS, que perde a sua eficácia por não produzir a paz que o perdão sempre produz.
E como satanás faz isso? Ele tem muitas estratégias para obter esse efeito, sentir-se abandonado por DEUS. Algumas são as seguintes:
· Usa amigos que acusam a pessoa por causa de seu passado, desprezam a mudança para a nova vida, relembram a pessoa do que ela foi, mas não admitem que ela esteja sendo transformada;
· Em algum sermão alguma coisa dita às vezes acaba servindo como fonte de auto-acusação, e a pessoa pensa que DEUS ali falou contra ela, abrindo assim uma ferida que não tem motivos;
· Às vezes alguma leitura mal interpretada faz com que a pessoa encontre motivos para se auto-condenar;
· Principalmente a imaginação pessoal, que cria temores sem sentido, e que vão se consolidando até se transformarem em torturas contínuas de condenação;
· O próprio satanás, ou um de seus anjos estão sempre procurando criar situações pelas quais as pessoas se sintam como condenadas e sem possibilidade de perdão, fazendo com que DEUS lhes pareça extremamente distante e indiferente.
Mas uma coisa, em primeiro lugar, precisa ficar bem clara: satanás não tem acesso às mentes humanas, senão nas pessoas que deliberadamente a ele se entregaram, ou que abriram para ele essa possibilidade. Mesmo para esses casos há esperança, basta que tornem a se entregar a JESUS. É preciso que todos saibam o seguinte: no exato momento em que uma pessoa, esteja no estado em que estiver, isso não importa, clama a DEUS, é nesse momento mesmo que ela é socorrida, e não há demora. Esse é o tipo de pedido que DEUS sempre atende na hora, sem nenhuma demora.
Mas então por que muitos se sentem em débito perante DEUS, como acima descrito? Por um único motivo: elas mesmas ainda não se perdoaram. Elas, depois de DEUS já as ter perdoado, mantém-se em estado de culpa. Ou seja, essas pessoas não acreditam que DEUS já as tenha perdoado, elas não conseguem entender como o perdão de DEUS é algo tão fácil de ser obtido. Acham que precisa ser algo mais difícil de ser obtido, então tornam-se presas de satanás (não são pessoas possessas de satanás, fique isso claro) para as torturar, e assim, tentar reverter a direção delas para o caminho da perdição, afinal, quem não se sente perdoado, cai facilmente em pecado outra vez.
Vamos ilustrar isso com um caso imaginário, mas que retrata a situação de muitos. Pense numa pessoa que é membro da igreja. Ela tem sua participação na igreja, e tem dado boa contribuição, sendo por exemplo, responsável pelo trabalho missionário. Mas ela sempre mantinha em segredo um pecado acariciado. Era o pecado da auto-excitação sexual. Assim também gostava de olhar figuras e cenas excitantes. Mas só ela sabia disso. Um dia desses um programa na igreja, com grande ênfase espiritual, e esse irmão firmou decisão de entregar esse problema para DEUS resolver. De agora em diante, cada vez que ele se sentisse tentado, em vez de ceder à tentação, buscaria por meio da oração forças de DEUS para vencer. E assim foi, em algumas semanas ele percebeu que estava livre daquela tentação.
Mas, há um porém. Antes disso, por anos se sentia culpado. Acostumou-se com o senso de culpa. E de fato era culpado, pois acariciava o pecado oculto. No entanto, essa sensação de culpa permaneceu nele, mesmo tendo-se passado meses após a vitória sobre o pecado. Ele se viciou em sentir-se culpado, e já perdoado, continuava a sentir-se culpado. O que estava faltando a esse irmão? Que ele mesmo assumisse o perdão que DEUS já lhe deu, e que entendesse que o pecado já foi superado. Ele agora já se tornara um vencedor naquele ponto. Estava livre, a tortura da culpa era apenas psicológica, não mais real, não mais havia motivos para sentir-se culpado. Para sentir-se não mais culpado, mais orações são necessárias, mais luta com DEUS, e decidir com DEUS de que esse senso de culpa, depois do perdão, é inútil e desnecessário, mas que só atrapalha a vida, e tende a facilitar o caminho de volta ao pecado já superado.
Essas torturas de sentimento de culpa depois do perdão são estratégias do acusador. Mas nós temos um advogado exatamente para essas situações. JESUS está diante do trono de DEUS para nos defender de toda e qualquer acusação contra nós, se fomos perdoados porque pedimos perdão. Perante o Universo o nosso caso é defendido como pessoas aptas, em JESUS, a serem salvas. Mas, uma coisa não depende de JESUS: que em nosso íntimo, nós mesmos, continuemos nos acusando. Para nos libertarmos dessa situação, o que se tem a fazer é o mesmo que se deve fazer para pedir perdão: que JESUS nos ajude a superar o senso de culpa desnecessário.
"O perdão de Deus não é meramente um ato judicial pelo qual
Ele nos livra da condenação. É não somente perdão pelo pecado,
mas livramento do pecado. É o transbordamento do amor redentor que
transforma o coração".
Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo, 114
- Quarta-feira: Amor em ação (I João 3:17, 18; 4:19-21)
Para vermos amor em ação devemos olhar para JESUS, em suas últimas horas de vida. A pergunta com que me defronto muitas vezes é: como Ele conseguiu viver pendurado na cruz durante seis horas, e morrer só às três horas da tarde? Pela manhã Ele foi flagelado com terríveis chicotadas a ponto de ficar sem forças para caminhar. Mas teve que carregar a cruz, o que não conseguiu por muitos metros. Então pregaram-No numa cruz para ali morrer vergonhosamente. Agora, tente imaginar a dor física que esse homem sentia nessas condições!
Porém, sabemos pelo Espírito de Profecia que, embora essa fosse uma dor mortal, a dor da angústia pelos nossos pecados que foram postos em Sua consciência era tão superior que Ele nem a percebia. Não que a dor física desaparecesse, a dor psicológica era tão grande que aquela outra dor se tornou insignificante. E, veja bem, na noite anterior, no Getsêmani, Ele já havia entrado em tal estado de angústia que se romperam seus vasos sangüíneos superficiais. Aí que vem a pergunta: como foi que Ele conseguiu Se manter vivo até as três horas da tarde? Para cumprir o ritual do santuário, Ele deveria ser oferecido em sacrifício na hora do sacrifício da manhã, e Ele mesmo morrer no horário do sacrifício da tarde. Cabia a Ele administrar os tempos, os Seus momentos finais. Como foi que ele conseguiu, nessas condições, manter-Se vivo até esse momento? Quando chegou o tempo exato d'Ele morrer, pela pressão da angústia, o Seu coração rompeu-Se, e Ele entregou a Sua vida por nós. Ele manteve-Se vivo até o momento certo. Mas como Ele conseguiu isso?
Não é tão difícil saber como Ele conseguiu tal façanha. Foi por amor. Ele, pendurado ali na cruz, pensava em cada um de nós. Ele esqueceu de Si mesmo. Ele tanto nos amava ali na cruz que foi empurrando a Sua vida até o limite do necessário, às três horas da tarde. Assim como, esses tempos, uma mãe chega a sua casa em chamas, entra por meio das chamas e tira lá de dentro o seu bebê, a salvo. Como ela consegue fazer isso? Por amor. O amor impulsiona a fazermos qualquer coisa, até de morre, em favor de quem amamos. JESUS manteve a Sua vida porque pensava em nós, queria nos salvar, tanto nos amava que por esforço inexplicável não permitiu a Sua morte antes do tempo determinado. Mas chegando o momento, Ele declarou que entregava o Seu espírito a DEUS, e de imediato também morreu. O Seu coração explodiu, não suportou mais a indescritível angústia. Isso é amor em ação. Ninguém mais fez tanto por alguém que amava.
Do mesmo modo, também nós, podemos e devemos fazer algo pelos nossos semelhantes, ao nosso alcance, quando necessitam. Mas só o amor pode nos impulsionar a fazer o que nosso semelhante necessitar.
- Quinta-feira: Amor e os mandamentos (I João 3:22-24; 4:21 a 5:4)
O estudo de hoje é o centro da lição, centro da Bíblia. Trata sobre a essência dos Dez Mandamentos, que é o amor.
JESUS, certa vez, indagado sobre qual é o mandamento mais importante, e esperavam os indagadores que Ele se referisse ao quarto mandamento, lhes disse que a essência da Lei é amar a DEUS e amar o próximo. Mas e o sábado ficou de lado? O sábado é o momento áureo para se praticar a essência da Lei. Ou seja, o sábado é a prática do mais intenso amor a DEUS e ao próximo. Para se cumprir a Lei de DEUS, o sábado é vital, sem ele não se cumpre a Lei. O sábado é o dia da intimidade entre DEUS e o homem.
Portanto, os mandamentos contém a diretriz da lógica do funcionamento do caráter de DEUS. Se nós tão somente colocarmos esses mandamentos em prática, estaremos ensinando a nossa mente a pensar do mesmo modo como DEUS pensa. Teremos em nós, em nossa mente, os mesmos princípios que a mente de DEUS utiliza para se relacionar com Suas criaturas, os mesmos princípios que DEUS usou para decidir que JESUS viesse morrer por nós, os princípios pelos quais JESUS suportou a vergonha da cruz e Se tornou vencedor por nós.
Se guardamos os mandamentos estaremos ligados a DEUS por meio do amor. O amor é a única força que liga as criaturas entre si, e com DEUS. Não existe outra maneira das pessoas se ligarem. O casamento onde não há amor não pode haver também ligação, e se separarão.
Mas não existirá amor se não conhecermos a fonte dele. A fonte do amor é DEUS, e JESUS em forma de ser humano é a perfeita revelação de DEUS. Se crermos em JESUS, creremos também em DEUS Pai. E se crermos, guardaremos os Seus mandamentos, pois esses mandamentos são a fórmula de como se ama a DEUS e como se ama nosso próximo. Assim, quem guarda os mandamentos permanece em DEUS, e DEUS nele. E aí está a essência do amor: um permanecer no outro; isso é intimidade. Um casal que se ama, um quer estar junto do outro, e cada vez mais sentem necessidade de estarem juntos. Assim nada os separará, pois o amor é que os une.
É como uma família onde os membros se amam. Os pais gostam de ter os filhos por perto. E se estes por algum motivo se separam dos pais, aparece a saudades. E é uma alegria quando chega o momento da visita, podendo a família estar junta pelo menos por uns momentos.
O amor não admite exceções. Quem ama de verdade a DEUS, ama até mesmo seus inimigos declarados, ama os que o perseguem e que lhe faz mal. Assim JESUS demonstrou o Seu amor. Portanto, quem ama a DEUS ama também o seu irmão. E amar o irmão significa estar atento ao que ele precisa e ajudá-lo quando necessário, ser solidário com ele.
Por fim, quem ama a DEUS pratica os Seus mandamentos. E não há como ser diferente, pois estes são os mandamentos sobre como se ama. É como dirigir algum veículo. Quem quer ser um bom motorista, estuda as regras de trânsito. Assim, quem quer amar a DEUS, e quer ser cidadão do Reino de DEUS, estuda e põe em prática as dez regras de como se relacionam os cidadãos desse reino com DEUS e entre si. Pois o amor de DEUS é guardar os Seus mandamentos, estes mandamentos são o Seu próprio caráter, e o caráter de DEUS é eterno.
"Cumprindo fielmente o seu dever no lar, estão multiplicando os meios de fazer o bem fora do lar. Estão-se tornando mais bem habilitados para labutar na igreja. Educando prudentemente o seu pequeno rebanho, ligando os filhos a si mesmos e a Deus, os pais e as mães tornam-se cooperadores de Deus. A cruz é erguida em seu lar. Os membros da família tornam-se membros da família real lá do alto, filhos do Rei celestial" (Exaltai-O, MM 1992, 254, ênfases acrescentadas).
- Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Enfim, o que é e de onde vem o amor? Só pode vir de um ser vivo, jamais de matéria inerte. O amor é DEUS. O amor é um princípio que gera sentimentos. O princípio é viver para os outros; os sentimentos são de felicidade quando vemos os outros felizes, e de tristeza quando vemos os outros tristes. O amor tem o poder da empatia, que á a capacidade de sentir como os outros sentem. Mas o amor não apenas sente, ele também age, principalmente quando algum outro necessita de nós.
A ação mais sublime é quando, tocados pelo amor, vamos em direção a algum outro, e ensinamos a ele o caminho da vida eterna. Se o amamos de verdade, nós mesmos seremos exemplos vivos de quem anda de verdade nesse caminho. Assim teremos o direito de convidar o outro a andar conosco, e não apenas recomendar o bom caminho, embora estreito.
DEUS quer ver refletido em nós o Seu caráter, a memória onde o amor se encontra, e de onde habilita as pessoas a serem como foi JESUS ser humano entre os homens. Ser semelhante a JESUS é ter DEUS no coração, ter Sua Lei em nosso íntimo, fazer a Sua vontade, que é amar a todas as pessoas, independente de elas serem amigas ou inimigas.
escrito entre: 11/07/2009 a 17/07/009 - revisado em 17/07/2009
Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos.