quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Comece seu dia com Deus - comentario da lição de 24/9/2009 - Quinta


Comentário da Lição dos adultos de 24/9/2009

Crise de liderança no início da igreja (quinta e sexta)
Texto por: Pr. Dr. José Carlos Ramos

Crise no início da igreja não se limitou apenas à questão de liderança, como ficou demonstrado pelo Dr. Luiz Nunes ao elaborar sua dissertação doutoral e defendê-la com êxito em 23 de março de 1998, no UNASP, Campus de Engenheiro Coelho, SP. Ele fez um levantamento dos momentos delicados que o cristianismo viveu em seus primórdios, e que resultaram em pelo menos seis crises específicas: (1) de decepção (ou desapontamento), (2) missiológica, (3) cristológica, (4) soteriológica, (5) de autoridade e, finalmente, (6) escatológica.

O mais interessante do trabalho do Dr. Nunes é o paralelo que ele estabelece entre a igreja inicial e a igreja final: as crises da igreja apostólica são recorrentes na experiência dos ASDs, dentro, evidentemente, do contexto próprio. Daí o título da obra: Crises na Igreja Apostólica e na Igreja Adventista do Sétimo Dia – Análise Comparativa e Implicações Missiológicas. O mais importante, todavia, é o fato de que da mesma forma que a igreja apostólica, mediante recursos divinos colocados à disposição dela face a situações emergenciais, soube superar as crises, os adventistas também o saberão sempre que seguirem esse caminho. O Dr. Nunes deixa bem claro as implicações a esse respeito.

Ingredientes das crises acima alistadas dosavam aquilo que estava ocorrendo nas igrejas da comunidade joanina no final do primeiro século, segundo pudemos perceber através das três epístolas que estudamos durante este trimestre; mas, em especial, as crises de número (3), (4) e (5) se destacaram ali. Como os acontecimentos na igreja daquele final de século ecoam na igreja deste final de História, recomendo, principalmente aos professores da escola sabatina, a leitura das págs. 24-45, e 71-99 do trabalho do Dr. Nunes. Ali há, sem dúvida, um bom material subsidiário para um estudo em conjunto mais aprofundado neste décimo-terceiro sábado, da lição de hoje.

Apenas acrescentaria o seguinte: se algo há que pudemos sentir nitidamente no estudo destas 13 lições é que a igreja de Deus, em todos esses séculos que medeiam os dois adventos de Jesus, continua sendo militante, e, como tal, "débil e defeituosa, precisando ser repreendida, advertida e aconselhada." Apesar de tudo, ela "é o único objeto na Terra ao qual Cristo confere Sua suprema consideração" (Testemunhos Para Ministros, pág. 49). "Ele vela constantemente com solicitude por ela, e fortalece-a por Seu Espírito Santo" (Mensagens Escolhidas, livro II, pág. 96).

Como houve dissidentes e luta de poder nas igrejas administradas por João naqueles dias, também agora dissidentes estão por aí empenhando-se inclusive por uma reforma administrativa da igreja. A onda do congregacionalismo, como a lição evoca, é uma evidência desse fato. "Isso existe hoje na idéia do congregacionalismo, em que as igrejas locais tentam ser completamente independentes de qualquer corpo eclesiástico-administrativo, e andar sozinhas. Esse não é o modelo do Novo Testamento."

Afirmo com absoluta confiança que volver ao congregacionalismo seria um lamentável retrocesso que bloquearia a Igreja no cumprimento de sua missão mundial para que finalmente Cristo venha. É isso precisamente o que diabo quer.

Se não, pergunto: Como vão as igrejas congregacionalistas hoje? Avançam no mundo como deveriam e poderiam avançar? E quais são as igrejas que se tornam cada vez mais mundiais, que mais crescem? Não são as que sustentam um sistema administrativo não congregacionalista?

Lembremos que a Igreja é propriedade do Senhor, e não nossa. Ele a tem nas mãos, e a está conduzindo. Não tentemos fazer o que é atribuição dEle, porque certamente o faremos equivocadamente. O que tem de ser consertado sê-lo-á no tempo certo, do modo certo, e pela Pessoa certa.

"Vestida com a completa armadura de luz e justiça, entra a Igreja em seu conflito final" (Testemunhos para Ministros, pág. 17). Acredito plenamente nesta afirmação profética. Deus aparelhará a Igreja para o momento decisivo, e finalmente a exibirá vitoriosa no glorioso dia; e com ela todos os que forem achados fiéis.
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