sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Estudo nº 03 – Adoração e dedicação - Comentário auxiliar elaborado pelo prof. Sikberto Renaldo Marks

Estudos da Bíblia: Quarto Trimestre de 2009

Tema geral:  O povo a caminho: o livro de Números

Estudo nº 03   Adoração e dedicação

Semana de   10 a 17/10/2009

Comentário auxiliar elaborado pelo prof. Sikberto Renaldo Marks

www.cristovoltara.com.br - marks@unijui.edu.br - Fone/fax: (55) 3332.4868

Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil

 

"Aquele, pois, que pensa estar em pé, veja que não caia" (I Cor. 10:12)

 

Verso para memorizar: "Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois DEUS ama quem dá com alegria" (2 Cor. 9:7, NVI).

 

  1. Introdução – santo sábado, dia da aliança entre criaturas e o Criador

O que quer dizer esse verso? Diretamente, ele se refere a doações, as ofertas. Mas nele se encontra um princípio mais abrangente, e é esse que nos interessa no contexto desse estudo.

Ora, veja bem. DEUS está dizendo que não devemos dar mais do que nos seja pesado, ou nos entristeça, ou seja, que esteja acima de nossa capacidade de fé. Ele deseja que a quantia que dermos a Ele, seja com alegria, não com pesar. Portanto, em termos de ofertas, que seja pouca se dar mais for com pesar. Que esse pouco seja com alegria, e que a experiência de fé com DEUS vá crescendo.

DEUS é coerente. Se dermos com pesar, não teremos experiência de fé. Portanto, nessas condições, jamais cresceremos na confiança em DEUS. Assim sendo, é bem melhor dar pouco, mas com alegria, e crescer na fé do que dar muito e não sair do lugar, e mais tarde, perder toda a fé.

E que princípio há nessas linhas? Há o princípio do crescimento. Ninguém pode investir mais do que possui. Se a minha ou a tua fé ainda é pequena, DEUS está pedindo que se limite a proceder conforme o tamanho dessa fé, mas esteja com DEUS, viva com DEUS, faça tudo com Ele e se sinta bem com Ele. Então a fé aumentará, e terá uma experiência aprazível com DEUS, e irá aprender d'Ele todos os dias muitas coisas, e se sentirá cada vez mais seguro com Ele.

 

  1. Primeiro dia: Dedicação do altar

No dia em que o tabernáculo ficou pronto, Moisés o ungiu e o consagrou. Ungir é colocar um pouco de óleo especial sobre uma pessoa ou sobre um utensílio que se deseja ungir. Os utensílios do tabernáculo foram ungidos com um óleo cuja fórmula DEUS lhes deu. Essa fórmula era: 5,7 kg de mirra fluída + 2,85 kg de cinamomo odoroso + 2,85 kg de cálamo aromático + 5,7 kg de cássia e + 6,2 litros de azeite de oliveira. Disto um perfumista deveria fazer o óleo sagrado da unção, para ungir todas as coisas do santuário. Essa fórmula está em Êxodo 30:23 a 25.

E o que era consagrar o santuário? A consagração é um ato pelo qual algo é dedicado a DEUS. Poder ser também uma pessoa. Os pastores, por exemplo, são consagrados a DEUS, assim também os anciãos e os diáconos. Mesmo que a pessoa deixe de ser pastor, por jubilamento ou outro motivo, mesmo que deixe de ser ancião ou diácono, continua estando consagrado a DEUS. A consagração não pode ser revertida, ou estornada, tornada sem efeito. Há algumas décadas fui consagrado ancião. Hoje não exerço, pois devido a muitas palestras sobre profecia, especialmente sobre o decreto dominical, viajo com freqüência, e isso dificulta ter esse cargo na igreja local conforme o nosso manual requer. Porém, em nossa casa, vez por outra temos meditação em conjunto sobre essa antiga consagração. Devido a ela, me cabe ter muito cuidado quanto ao testemunho, quanto a vida que levo, seja no lar, seja no trabalho, e em todo lugar, em público ou não sendo visto por alguém. E assim também cabe a minha esposa, filha e genro (futuro) viverem coerentemente com esse testemunho que DEUS requer. Se uma vez concordei em ser consagrado, tenho que assumir e é o que estamos fazendo. Para esse fim estou recebendo grande apoio de minha esposa, pessoa muito humilde e simples, bem como de minha filha e do genro. Somos muito unidos quanto ao significado daquela consagração. Outras pessoas que nos observam precisam ver que somos coerentes com esse ato uma vez aceito e concedido, na presença de DEUS.

Os filhos de Israel deviam ser muito zelosos com as coisas do santuário. Por isso todos os objetos foram consagrados a DEUS. Esse ritual durou sete dias, uma semana inteira. Isso dá a entender o quanto era solene a consagração, pois não foi um ato de uma ou duas horas, durou o tempo que DEUS levou para criar todas as coisas nessa Terra, o tempo da perfeição.

Então a solenidade ainda continuou por mais 12 dias. Nesses dias cada príncipe representante de cada tribo de Israel trouxe um presente para o santuário. Veja só o que cada um trouxe. Os doze, em conjunto, deram seis carros cobertos, para o transporte de várias coisas do tabernáculo.  E cada um deu um boi para os carros, doze bois ao todo.

Então, cada dia dos doze dias, vinha um príncipe com seu presente específico. O presente era sempre o mesmo, determinado por DEUS. O presente compunha-se de: um prato de prata pesando 1,5 Kg; uma bacia de prata pesando 800 gr.; ambos cheios de flor de farinha amassada com azeite, para ofertas de manjares; mais um recipiente de ouro pesando 115 gr. cheio de incenso; um novilho, um carneiro, um cordeiro de um ano, para holocausto; um bode para oferta pelo pecado; para sacrifício pacífico, 2 bois, 5 carneiros, 5 bodes, 5 cordeiros de um ano. Essa foi a oferta de cada um dos 12 príncipes das tribos de Israel. Portanto, naqueles 12 dias, ao todo, eles deram 396 animais.

Já se ouviu dizer que DEUS exigia demais dos israelitas. Esses animais, a maioria deles, foram consumidos nesses doze dias. Daquela comemoração em diante, todos os dias dois animais eram sacrificados, como sacrifício contínuo. E a cada pecado, outro animal era sacrificado pelo perdão daquele pecado. Matavam-se muitos animais.

Será que DEUS não estava empobrecendo aquele povo? Ou Ele não estaria explorando eles?

Veja bem, se eles fossem oferecer todos esses sacrifícios, que exigiam milhares de animais por ano, por sua iniciativa própria, para deuses pagãos, eles certamente iriam a falência. Não haveria animais suficientes. Porém, como esses sacrifícios eram para DEUS, jamais faltou animal, nem eles empobreceram, pelo contrário, viveram no deserto durante 40 anos, sempre tiveram alimento de primeira qualidade, e os animais se procriavam em abundância. Nunca lhes faltou nada.

Por um lado, DEUS exigia, por outro nado, DEUS os abençoava para que nada faltasse. Isso é o contrário do que frequentemente acontece no mundo hoje: dá com uma mão mas tira com a outra. Não foi assim com os israelitas pois eles prosperavam, DEUS dava muito mais que exigia deles. Veja só que interessante, Ele exigia muito, porém, dava muito mais ainda, pois afinal, eles sempre possuíam animais para dar a DEUS e para o proveito deles. Isso é algo que devemos aprender do sistema de sacrifícios, além das questões relacionadas com pecado, perdão e purificação. Eles se encontravam numa jornada impossível aos homens, realizando um sistema de sacrifícios impossíveis aos homens, e no entanto, foram bem sucedidos.

 

  1. Segunda-feira: Comunhão com DEUS

Vamos recordar alguns pontos de estudos há dias atrás. O tabernáculo ficava bem no meio do povo de Israel. Isto quer dizer, a casa de DEUS estava no meio do povo, significando sua importância e presença. DEUS estava entre o Seu povo.

No tabernáculo havia três setores, o pátio externo e dois compartimentos internos, o santo e o santíssimo. DEUS fez morada entre o povo de Israel no lugar santíssimo. Ali havia uma arca, símbolo de Seu trono no santuário celeste. Sobre esse trono foram esculpidos dois anjos e entre eles, havia uma luz sobrenatural, ou melhor, era a glória da presença de DEUS. Essa luz se chamava Shekiná, e era DEUS presente em pessoa bem no meio do povo, no lugar santíssimo. DEUS estava equidistante do povo, ao alcance de todos. A tampa da arca, acima da qual estavam os dois anjos e o shekiná (DEUS) e abaixo da qual estavam as tábuas da lei, e se chamava propiciatório. Propiciatório quer dizer o lugar onde DEUS é propício, onde Ele recebe os pedidos de perdão, diante do qual o sacerdote faz intercessão, e DEUS aceita. Ali era o lugar onde DEUS perdoava o seu povo, e também o lugar onde se acumulavam simbolicamente os pecados já perdoados para no dia da expiação serem purificados pelo sacrifício de CRISTO, que no ritual do santuário figurativamente ocorria anualmente, mas que na realidade aconteceu na morte de JESUS na cruz. Expiação quer dizer a maior penalidade, ou, os pecados de todos postos sobre JESUS, que morrendo com eles, purificou todo o povo destes pecados, qua já haviam sido perdoados, mas ainda não pagos para serem apagados.

Lembre que ao redor do tabernáculo moravam os levitas, que foram por Ele escolhidos como Seus servos imediatos. Portanto eles estavam mais próximos de DEUS, e deveria servir, não de intermediários, mas de instrutores do povo sobre a vontade  de DEUS.

E onde se encontrava essa vontade? Estava na realidade em dois lugares: dentro do trono, escrita nas tábuas de pedra, e também na mente de DEUS. Sim porque essas tábuas são a cópia do caráter de DEUS, o princípio de Sua vontade, que é o amor.

Naquele lugar DEUS falava com Moisés, frente a frente, embora Moisés não O pudesse ver. Moisés falava e DEUS ouvia, DEUS falava e Moisés ouvia.

Hoje DEUS não mora mais num lugar específico aqui na Terra. Desde a queda de Jerusalém, em que os babilônios destruíram o templo, alguns zelosos judeus esconderam a arca, e ela nunca mais foi encontrada. Mas ela deverá reaparaecer ainda em nossos dias, provavelmente DEUS as usará quando mostrar a Lei ao mundo todo no momento em que o mundo tentar desferir contra o povo de DEUS o decreto de morte, entre a sexta e a sétima pragas. Veja só o texto de EGW sobre esse ponto: "O precioso registro da lei foi colocado na Arca do Testamento e está lá ainda seguramente escondida da família humana. Mas no tempo apontado por Deus Ele trará essas tábuas de pedra a fim de serem testemunho para todo o mundo contra o desdém para com Seus Mandamentos e contra o culto idolátrico de um falso sábado." Manuscript Releases 122, 1901. (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol.1. pp. 1109).

Vamos tirar uma lição para nós. Assim como os Dez Mandamentos são o caráter de DEUS, explicam o amor em ação, assim DEUS também estava bem no meio do povo, no lugar mais nobre, assim também a Lei de DEUS, esses Dez Mandamentos devem estar em nós no lugar mais nobre, a nossa mente. Isto quer dizer, ela deve ser obedecida como um princípio de vida para todas as coisas que fizermos. Por meio desses mandamentos podemos entender o que DEUS tem a dizer a nós quando a Ele oramos. DEUS nos responde, as orações que a Ele fazemos. As orações não podem ser apenas umas poucas palavras como que dando um recado a DEUS, ou como um torpedo de celular sem resposta. Não pode ser assim, temos que fazer a reforma da saúde para termos a mente saudável, não embotada, para entendermos, em nossos pensamentos, o que DEUS nos diz. Ele pode nos responder pelos pensamentos como pelas leituras bíblicas, por sermões, por meio de hinos, por meio de outras pessoas, mas sempre nos responde, porém, nem sempre nós mesmos O ouvimos.

 

  1. Terça-feira: Luz no santuário

Quando tudo estava pronto, o santuário dedicado (pronto para funcionar), Moisés acendeu fogo no candeeiro ou candelabro ou menorá, que possuía sete lâmpadas ligadas como uma só peça. Esse fogo e a sua luz deveriam ficar acessas continuamente, para sempre.

Ao Zacarias ter uma visão em que ele viu o candeeiro com as 7 lâmpadas acesas, ele não entendeu o significado. Então o anjo explicou, dizendo: "não por força nem por violência, mas pelo Meu ESPÍRITO." Isso quer dizer que esse fogo e a sua luz representavam o ESPÍRITO SANTO a brilhar entre o povo de DEUS, dando-lhe o entendimento sobre a verdade e vontade de DEUS. As duas oliveiras são as duas testemunhas (cf. Apoc. 11:3) que profetizaram vestidas de saco durante 1260 anos de perseguição papal, ou seja, as duas testemunhas são o Antigo e o Novo Testamento que foram perseguidas, quase eliminadas durante esse tempo, ao final do qual durante a Revolução Francesa foram expostas por três anos e meio em praça pública, na cidade de Paris, queimadas e desacreditadas (Apoc. 11:7 a 10). Porém, logo a seguir, elas foram convidadas a subir até o Céu, e receberam de DEUS de volta o seu valor (Apoc. 11:11 e 12), e surgiram então as sociedades bíblicas fazendo com que, ante os olhos de seus inimigos, se restabelecessem, e a Bíblia se tornasse o livro mais impresso e vendido em todo o mundo. Aqueles que desejavam o fim da Bíblia até hoje precisam contemplar a sua vitória. E por meio dela, o ESPÍRITO SANTO ensina e dá entendimento a todo ser humano que deseja ser salvo para a vida eterna. Note que quando Zacarias teve essa visão, só havia o Antigo Testamento, mas quando a  visão se cumpriu, iniciando seu cumprimento em 538 dC, o Novo Testamento já fora escrito e o sistema papal já fora estabelecido em substituição do Império Romano.

O candelabro e sua luz representam o ESPÍRITO SANTO a habitar entre o povo, dando-lhe entendimento por meio das duas testemunhas, a Palavra de DEUS, para que todos conheçam a Lei de DEUS, que é a Sua vontade. Ou seja, a vontade de DEUS é que todos O amem e se amem entre si, e vivam felizes. Essa é a vontade de DEUS, algo tão simples, mas que a humanidade influenciada por satanás não consegue colocar em prática. Rejeitando o ESPIRITO SANTO, o mundo não consegue viver a simplicidade do princípio do amor, que vai se esfriando, e passam os dias conflitando entre si, guerreando, se drogando, e se matando. Não consegue porque rejeita os ensinamentos do ESPIRITO SANTO, logo não entende a simplicidade de como viver bem, em paz e com esperança fundamentada em promessas firmes.

Portanto, no templo de Israel DEUS estava em todos os lugares, no lugar santíssimo pela luz vinda do próprio DEUS, sobre o propiciatório, no lugar santo, pela sete luzes do candelabro, representando os sete ESPÍRITOS de DEUS onipresentes agindo em todos os lugares, e no pátio, pelo Cordeiro de DEUS que tira o pecado do mundo.

 

  1. Quarta-feira: Dedicação dos levitas: Parte 1

Os levitas foram separados por DEUS para atividades importantes no santuário, portanto, atividades relacionadas com a adoração ao Criador. Para isso, DEUS determinou que eles fossem consagrados, isto é, dedicados solenemente a tais atividades.

Daqui tiramos a primeira lição. Em determinadas atividades na igreja pessoas devem ser consagradas para as realizar. Certas cerimônias tem que ser um pastor consagrado e ordenado para a atividade, outras, pode ser um ancião consagrado, e outras, um diácono consagrado. Para todas as atividades na igreja, a pessoa deve (deveria ao menos) ser de bom testemunho, deve seguir os mesmos critérios que se exigem de pessoas que serão consagradas. DEUS requer santidade para realizar Seu trabalho. Isso é importante, podem os pecadores se achegarem a Ele como estão, mas aqueles que trabalham para DEUS, não podem estar da maneira como vieram do mundo. Estas pessoas, por vontade própria e pela ação do ESPÍRITO SANTO, devem ser exemplos de vida. As que não forem estão apresentando fogo estranho a DEUS. Por enquanto estas pessoas tem tempo para disto se arrependerem, mas, se não o fizerem, não terão recompensa na vida eterna.

Sobre esse assunto EGW profetiza algo bem grave, mas que faz parte dessa guerra espiritual: "Próximo ao fim da história da Terra, Satanás atuará com todo o seu poder da mesma maneira e com as mesmas tentações com que tentou o antigo Israel justo antes de entrarem na Terra Prometida. Ele armará laços para os que declaram guardar os mandamentos de Deus, e que estão quase nos limites da Canaã celestial. Ele utilizará ao máximo as suas faculdades a fim de enredar as almas e apanhar o povo de Deus em seus pontos mais fracos. Os que não têm colocado as paixões subalternas em sujeição às faculdades mais altas do ser, que têm permitido seja sua mente um canal de condescendências carnais das paixões mais baixas, a estes Satanás está determinado a destruir com suas tentações, a poluir-lhes a alma com licenciosidade. Ele não visa especialmente alvos mais baixos e menos importantes, mas faz uso de seus enganos por meio daqueles a quem pode contar como seus instrumentos para seduzir ou atrair os homens para que se entreguem a liberdades que são condenadas na lei de Deus. E homens em posições de responsabilidade, que ensinam os reclamos da lei de Deus, cuja boca está cheia de argumentos em vindicação da lei de Deus, e sobre os quais Satanás tem feito tal incursão - sobre estes ele acumula suas diabólicas faculdades e seus instrumentos para que operem de molde a vencê-los em seus pontos fracos de caráter, sabendo que quem transgride um ponto se torna culpado de todos, obtendo assim completo domínio sobre o homem todo. A mente, a alma, o corpo e a consciência são envolvidos na ruína. Se ele é um mensageiro da justiça, e tem recebido grande luz, ou se o Senhor o tem usado como obreiro especial na causa da verdade, quão grande então é o triunfo de Satanás! Como ele exulta! Como Deus é desonrado!" (O Lar Adventista, 327).

Não podemos esquecer que estamos em guerra, e que dentre o povo de DEUS haverá baixas e perdas, bem daqueles que rejeitam parte da luz.

Para a consagração dos levitas, DEUS mesmo estabeleceu o ritual. Isso era algo muito importante, era referente ao culto de adoração ao Criador. Eles, nesse ritual, foram considerados iguais a ofertas movidas a DEUS. E o que eram as ofertas movidas? Eram "aquelas porções dos sacrifícios que movidas na direção do altar em vez de serem queimadas, e que depois eram comidas pelos sacerdotes e pelo oferente. Esta oferta era agitada pelo oferente, da direita para a esquerda, e era movida para cima e para baixo (Êx 29.24, 26 - Lv 7.30, 34 - Nm 18.11, 18) (http://www.bibliaonline.net/?lang=BR). Portanto, os levitas foram considerados como tais ofertas, realmente dedicados a DEUS. DEUS escolheu Moisés e Arão, um profeta e outro sacerdote. Estes consagraram os filhos de Arão como sacerdotes, e consagraram os levitas como servos de DEUS para atividades no templo. Dentre essas atividades, as mais importantes estavam relacionadas com a adoração e o louvor a DEUS, mas também os cuidados com o tabernáculo, seu transporte, sua manutenção e limpeza, auxílio nos cultos, preparavam os animais para o sacrifício, eram guardiões do tabernáculo, copiavam e interpretavam a lei,  e outras coisas mais. Suas atividades eram subordinadas aos sacerdotes dos quais eram assistentes e servos. Os levitas, assim como os sacerdotes (que eram também levitas, porém, descendentes especificamente de Arão) viviam dos dízimos dados pelas outras tribos. Assim vemos onze tribos sustentando uma tribo, o que dá uma proporção exata, pois os levitas representavam quase dez por cento das tribos. Uma parte desse dízimo deveria ir para o sustento do próprio tabernáculo, mais tarde, o templo.

O que mais podemos aprender desse estudo? Que DEUS é perfeitamente organizado, e absolutamente zeloso com relação ao culto e a adoração. Portanto, não é um improviso qualquer que irá servir de culto e adoração, embora Ele aceite da parte de quem não saiba como deve ser o culto e a adoração a Ele. DEUS é detalhado naquilo que deseja, e tem método, isto é, o culto deve ser um ato inteligente baseado em princípios inteligentes, que se originam em DEUS, não naquilo que nós mesmos achamos que é o certo.

O culto a DEUS nada tem a ver com nossas culturas daqui da Terra, ele é definido por DEUS que tem Seu trono no Céu. DEUS até aceita um culto que não se coaduna com a Sua vontade, porém, se oferecido por pessoas que ainda não conhecem essa vontade. No entanto, por parte daqueles que já tem a luz, que já conhecem a vontade de DEUS, destes Ele não aceita fogo estranho.

Esse estudo de hoje é muito solene para meditarmos se estamos de fato adorando a DEUS como Ele deseja ser adorado, ou, se por descuido ou relaxamento estamos vivendo tomo no tempo dos juízes: "Naqueles dias não havia rei em Israel; cada um fazia o que achava mais reto" (Juízes 21:25). Naqueles dias, não muito depois de terem conquistado Canaã, o povo passou a fazer, cada um a sua vontade pensando ser correta, não mais a vontade de DEUS, e a nação se enfraqueceu. Cuidemos para que nós, às portas da vida eterna, influenciados pelo secularismo, não estejamos na mesma situação, pois DEUS é zeloso quanto a como quer ser adorado.

 

  1. Quinta-feira: Dedicação dos levitas: Parte 2

"Eles são os israelitas que deverão ser inteiramente dedicados a Mim. Eu os separei para serem Meus em lugar dos primogênitos, do primeiro filho homem de cada mulher israelita" (Num. 8:16, NVI).

Os levitas foram escolhidos por DEUS para aqueles serviços que vimos ontem. Tudo o que eles deveriam fazer estava vinculado a um objetivo: ajudar os filhos de Israel na salvação de suas vidas. Portanto, como diz em Lev. 8:19, eles deveria fazer expiação pelo povo de Israel, para este estar livre de pragas e ser protegidos da ira divina ao se aproximar do santuário.

O que significa tudo isso? Em primeiro lugar, o que é expiação? É o conjunto de atos que resultam na reconciliação do pecador com DEUS. O centro da expiação está na morte de JESUS na cruz, pois sem essa morte vencedora, tudo o mais se tornaria inútil. Mas a morte de JESUS, embora suficiente, não era no entanto a única coisa a ser feita para a expiação dos pecados, isto é, para a remissão (ato de misericórdia em que um paga o mal que o outro fez) dos pecados, para seu perdão (inocentar). Então temos que entender que a expiação requer, além da morte expiatória de JESUS, os ensinamentos do significado dessa morte (o que os levitas deveriam fazer a todo povo), sentir a necessidade do perdão (responsabilidade do pecador após aprender sobre o pecado), a intercessão (ou intermediar, solicitar perdão) diante de DEUS (essa era a função dos sacerdotes no lugar santo, e no Céu de JESUS no lugar santo), concessão do perdão ao pecador (isso só JESUS pode fazer) e a purificação do santuário (que é apagar as anotações dos pecados nos livros do santuário celeste, o que JESUS está fazendo agora no santíssimo, desde 1844 até o fechamento da porta da graça, e significa limpar o santuário de pecados anotados mas já perdoados; era a função do sumo sacerdote na Terra, uma vez ao ano, no lugar santíssimo).

Assim sendo, os levitas tinham parte na expiação, do mesmo modo como também nós temos. Os levitas participavam da expiação pelo povo, mas eles mesmos careciam de alguém que fizesse expiação por eles, coisa que os sacerdotes faziam. Estes, por sua vez, careciam também, como todos, da expiação que JESUS faz. Assim também nós levamos o evangelho da salvação ao mundo, e mesmo nós necessitamos, além da morte de JESUS, que alguém nos ensine e nos ilumine o caminho, pois tal como aqueles que levamos esse evangelho, afinal também somos pecadores. Todos aqui na Terra necessitam do ato expiatório de JESUS, e todos devemos participar dele, uns pelos outros, mutuamente nos fortalecendo pela reconciliação com DEUS. Isso que os levitas faziam, pois sem reconciliação, pesava dobre cada pessoa a necessidade de ser eliminada da vida eterna, o que a Bíblia chama de "ira divina".

 

  1. Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:

Um antigo ritual, cuja origem talvez não seja conhecida, o da imposição das mãos, era praticado entre os patriarcas, pelo menos por Jacó. No caso sabemos que Jacó impôs as suas mãos sobre os dois filhos de José (Gên. 48:14). DEUS mesmo ordenou a Moisés que impusesse as mãos sobre Josué (Num. 27:18). JESUS também impôs as mãos sobre as crianças que as mães trouxeram a Ele (Mat. 19:13), assim como os apóstolos o fizeram sobre Barnabé e Saulo, que era Paulo.

Hoje, na Igreja Adventista é costume a imposição das mãos para consagração de pastores, anciãos e diáconos. Significa a dedicação a DEUS destas pessoas, como foi com os levitas e sacerdotes. É um ato que não pode ser revogado, é vitalício, embora, o que frequentemente acontece, que as pessoas deixam muito a desejar ou não se dão conta da responsabilidade desse ato em suas vidas.

"O mundo será convencido, não pelo que o púlpito ensina, mas por aquilo que a igreja vive. O pastor anuncia do púlpito a teoria do evangelho; a piedade prática da igreja lhe demonstra o poder" (Serviço Cristão, p 67).

 

escrito entre:   06/09/2009 a 11/09/009 - revisado em   11/09/2009

 

Declaração do professor Sikberto R. Marks

O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos.

 FONTE: www.cristovoltara.com.br