quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Lição 2 – Preparando um povo - Lições da Bíblia

Lição 2 - O Povo a Caminho - O Livro de Números

Publicado em 07 October 2009 by jonatan

Lição 2                                             3 a 10 de outubro

Preparando um povo

Sábado à tarde

VERSO PARA MEMORIZAR: "Amado, oro para que você tenha boa saúde e tudo lhe corra bem, assim como vai bem a sua alma" (3 João 2, NVI).

 

A menos que tenha sido um refugiado, provavelmente você não vai se identificar completamente com a situação dos filhos de Israel. Evidentemente, ao contrário de muitos refugiados hoje, os israelitasqueriam deixar o Egito, e não ser expulsos. Ainda assim, deve ter sido desconcertante deixar a única terra que eles conheciam para ser errantes em um deserto hostil.

É nesse contexto que podemos entender melhor algumas das regras e regulamentos dados àquele povo, regras que os ajudariam a sobreviver no deserto. Ao mesmo tempo, embora algumas coisas tivessem terminado, depois que, finalmente, entraram na Terra Prometida (como o maná), muitos regulamentos permaneceram porque neles havia princípiosque, se fossem seguidos, teriam abençoado em muito a vida em um mundo cheio de pecado e idolatria.

Nesta semana, vamos estudar algumas das providências que o Senhor instituiu para Seu povo antigo: como lidar com alguma enfermidade, como lidar com a infidelidade matrimonial (ou o medo dela), e como lidar com os conflitos pessoais que surgem inevitavelmente quando as pessoas vivem juntas.

Domingo, 4 de outubro    -    Controle da doença

Imagine a cena do antigo Israel no deserto diante do Monte Sinai. Milhares e milhares de nômades com seu gado, a quilômetros de distância de qualquer tipo de civilização. Que tipo de instalações médicas eles tinham à disposição? Nenhuma! E, considerando como era frequentemente praticada a medicina então, eles podiam estar em melhor situação, ainda assim. Não obstante, nesse ambiente, com que facilidade poderia se espalhar uma epidemia qualquer!

1. Três classes de pessoas o Senhor ordenou que Moisés lançasse "fora do arraial". Quais são? Nm 5:1-4

R. Os leprosos, os que sofressem de hemorragias e os que houvessem tocado em algum cadáver.

1

E falou o SENHOR a Moisés, dizendo:

2

Ordena aos filhos de Israel que lancem fora do arraial a todo o leproso, e a todo o que padece fluxo, e a todos os imundos por causa de contato com algum morto.

3

Desde o homem até a mulher os lançareis; fora do arraial os lançareis; para que não contaminem os seus arraiais, no meio dos quais eu habito.

4

E os filhos de Israel fizeram assim, e os lançaram fora do arraial; como o SENHOR falara a Moisés, assim fizeram os filhos de Israel.

 

Aparentemente, qualquer pessoa com uma séria doença de pele poderia ser considerada leprosa. A verdadeira lepra (agora chamada de mal de Hansen) também estava incluída nessa classe. Qualquer séria infecção de pele era considerada um perigo para a comunidade. O mesmo também com uma hemorragia, ou fluxo de sangue, ou a manipulação de um cadáver em decomposição no calor do deserto, que podia espalhar doenças de proporções epidêmicas por todo o acampamento. Tanto os homens como as mulheres deveriam ser removidos até que, se possível, sua saúde melhorasse. O Senhor não odiava essas pessoas prejudicadas fisicamente, mas, por amor à saúde da nação, Ele as separava para uma área fora do acampamento, um tipo de quarentena. Mesmo nos tempos modernos, temos alas especiais nos hospitais para pessoas com doenças infecciosas.

2. Por que razão teológica essas pessoas prejudicadas eram removidas por um tempo do acampamento da nação?Nm 5:3, última frase. Que mensagem espiritual podemos tirar disso para nós mesmos?

R. O pecado é extremamente ofensivo a Deus, e não pode ser tolerado no arraial do povo entre os quais Deus habita.

3

Desde o homem até a mulher os lançareis; fora do arraial os lançareis; para que não contaminem os seus arraiais, no meio dos quais eu habito.

 

Considere este assunto de uma perspectiva espiritual, a ideia de profanação, de pecado, e do que o pecado faz para nós. Qual cristão não experimentou a realidade da separação que uma pessoa tem do senso de presença de Deus? Quem não experimentou o senso de isolamento espiritual por achar-se impuro diante de Deus?

 

Que coisas estamos assistindo, lendo, comendo, fazendo ou até mesmo pensando que nos fazem sentir como se tivéssemos sido espiritualmente removidos do acampamento? Mais importante, qual é a única solução para esse problema? 1Jo 1:8, 9.

8

Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.

9

Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.

 

Segunda, 5 de outubro     Controle social

Para nós, hoje, é difícil entender os enormes problemas que surgiam pela migração de milhares de pessoas, juntamente com os milhares de animais, bovinos e ovinos. Pense neles, apinhados no deserto em frente ao Monte Sinai. Os fisicamente incapacitados tinham sido removidos por causa da saúde da nação. Mas outro problema sério precisava ser tratado. Embora eles fossem instruídos a "amar" uns aos outros (Lv 19:18), como qualquer pessoa que vive em comunidade sabe, nem sempre isso é tão fácil. Mesmo nos melhores tempos, os conflitos sempre surgem.

3. Quando um israelita pecava contra alguém no acampamento, contra quem ele pecava, realmente? Nm 5:6; veja também Sl 51:3, 4. Como devemos entender esse conceito?

R. Peca contra Deus, que é o Senhor de todos.

6

Dize aos filhos de Israel: Quando homem ou mulher fizer algum de todos os pecados humanos, transgredindo contra o SENHOR, tal alma culpada é.

3

Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim.

4

Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que é mal à tua vista, para que sejas justificado quando falares, e puro quando julgares.

 

Ofender o próximo é pecar contra o próprio Deus. Em certo sentido, isso não deve ser muito difícil de entender. Todos nós pertencemos a Deus; todos somos Sua propriedade, tanto por criação como por redenção (1Co 6:19, 20; At 17:28). Se alguém danificasse sua propriedade, o pecado não seria só contra a propriedade em si, mas contra você, seu proprietário. O mesmo acontece quando pecamos contra outra pessoa; pecamos contra quem criou aquela pessoa e que, na cruz, a readquiriu com Seu próprio sangue. Não devemos nos admirar, portanto, que a Bíblia expresse essa ideia de que, ao pecar contra outros, estamos pecando contra o próprio Deus.

4. O que o culpado deveria fazer? Nm 5:6-8; veja também Ez 33:15; Lc 19:8, 9

R. Confessar, fazer restituição acrescida da quinta parte.

6

Dize aos filhos de Israel: Quando homem ou mulher fizer algum de todos os pecados humanos, transgredindo contra o SENHOR, tal alma culpada é.

7

E confessará o seu pecado que cometeu; pela sua culpa, fará plena restituição, segundo a soma total, e lhe acrescentará a sua quinta parte, e a dará àquele contra quem se fez culpado.

8

Mas, se aquele homem não tiver resgatador, a quem se restitua a culpa, então a culpa que se restituir ao SENHOR será do sacerdote, além do carneiro da expiação pelo qual por ele se fará expiação.

 

15

Restituindo esse ímpio o penhor, indenizando o que furtou, andando nos estatutos da vida, e não praticando iniqüidade, certamente viverá, não morrerá.

8

E, levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado.

9

E disse-lhe Jesus: Hoje veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão.

Embora o princípio de endireitar os erros contra outras pessoas ainda se aplique hoje, como endireitamos também o erro que cometemos contra Deus, quando pecamos? O fato é que não podemos. É muito tarde para endireitar nossa relação com Deus. Evidentemente, foi por isso que Jesus veio ao mundo: para nos reconciliar com Deus, não por meio de qualquer coisa que possamos fazer, mas por meio do que Jesus fez por nós (Cl 1:20).

 

Tendo em mente o que Jesus fez para prover reconciliação entre você e Deus, o que você precisa fazer para se reconciliar com alguém com quem esteja em conflito?

 

Terça, 6 de outubro           Fidelidade matrimonial

O Criador estabeleceu os laços matrimoniais no Éden ao criar a humanidade em dois sexos e celebrou a primeira união (Gn 1:26-28, 2:21-24). Dois preceitos do Decálogo, o sétimo e o décimo, protegem a instituição do casamento. Na teocracia, a infidelidade era punida pela morte de ambas as partes (Lv 20:10).

5. Como devemos entender as normas em Números 5:11-31?

R. Esse era um recurso visual para enfatizar a importância da fidelidade matrimonial e a Deus.

11

 Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo:

12

Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando a mulher de alguém se desviar, e transgredir contra ele,

13

De maneira que algum homem se tenha deitado com ela, e for oculto aos olhos de seu marido, e ela o tiver ocultado, havendo-se ela contaminado, e contra ela não houver testemunha, e no feito não for apanhada,

14

E o espírito de ciúmes vier sobre ele, e de sua mulher tiver ciúmes, por ela se haver contaminado, ou sobre ele vier o espírito de ciúmes, e de sua mulher tiver ciúmes, não se havendo ela contaminado,

15

Então aquele homem trará a sua mulher perante o sacerdote, e juntamente trará a sua oferta por ela; uma décima de efa de farinha de cevada, sobre a qual não deitará azeite, nem sobre ela porá incenso, porquanto é oferta de alimentos por ciúmes, oferta memorativa, que traz a iniqüidade em memória.

16

E o sacerdote a fará chegar, e a porá perante a face do SENHOR.

17

E o sacerdote tomará água santa num vaso de barro; também tomará o sacerdote do pó que houver no chão do tabernáculo, e o deitará na água.

18

Então o sacerdote apresentará a mulher perante o SENHOR, e descobrirá a cabeça da mulher; e a oferta memorativa, que é a oferta por ciúmes, porá sobre as suas mãos, e a água amarga, que traz consigo a maldição, estará na mão do sacerdote.

19

E o sacerdote a fará jurar, e dirá àquela mulher: Se ninguém contigo se deitou, e se não te apartaste de teu marido pela imundícia, destas águas amargas, amaldiçoantes, serás livre.

20

Mas, se te apartaste de teu marido, e te contaminaste, e algum homem, fora de teu marido, se deitou contigo,

21

Então o sacerdote fará jurar à mulher com o juramento da maldição; e o sacerdote dirá à mulher: O SENHOR te ponha por maldição e por praga no meio do teu povo, fazendo-te o SENHOR consumir a tua coxa e inchar o teu ventre.

22

E esta água amaldiçoante entre nas tuas entranhas, para te fazer inchar o ventre, e te fazer consumir a coxa. Então a mulher dirá: Amém, Amém.

23

Depois o sacerdote escreverá estas mesmas maldições num livro, e com a água amarga as apagará.

24

E a água amarga, amaldiçoante, dará a beber à mulher, e a água amaldiçoante entrará nela para amargurar.

25

E o sacerdote tomará a oferta por ciúmes da mão da mulher, e moverá a oferta perante o SENHOR; e a oferecerá sobre o altar.

26

Também o sacerdote tomará um punhado da oferta memorativa, e sobre o altar a queimará; e depois dará a beber a água à mulher.

27

E, havendo-lhe dado a beber aquela água, será que, se ela se tiver contaminado, e contra seu marido tiver transgredido, a água amaldiçoante entrará nela para amargura, e o seu ventre se inchará, e consumirá a sua coxa; e aquela mulher será por maldição no meio do seu povo.

28

E, se a mulher se não tiver contaminado, mas estiver limpa, então será livre, e conceberá filhos.

29

Esta é a lei dos ciúmes, quando a mulher, em poder de seu marido, se desviar e for contaminada;

30

Ou quando sobre o homem vier o espírito de ciúmes, e tiver ciúmes de sua mulher, apresente a mulher perante o SENHOR, e o sacerdote nela execute toda esta lei.

31

E o homem será livre da iniqüidade, porém a mulher levará a sua iniqüidade.

 

Obviamente, o Senhor quis destacar a seriedade de toda a questão da infidelidade matrimonial, que é, sem dúvida, a maior ameaça para a estabilidade familiar.

Neste procedimento – que obviamente incluía um elemento sobrenatural – o foco estava na água. A água era santa; também era santo o piso do qual o sacerdote tomava uma pitada de pó. A água santa e pó não amargavam a água; simplesmente sublinhavam sua santidade. Os juízos ou maldições escritos que eram lavados pela água simbolizavam a amargura potencial. "Tudo dependida de ser a mulher santa (inocente) ou profana (culpada). Se a [água] santa encontrava a profana, o juízo era inevitável. Se a [água] santa encontrava a inocente, a harmonia prevalecia" (Raymond Marrom, The Message of Numbers.Liecester, Inglaterra: Imprensa Inter-Varsity, 2002. p. 46).

Esse procedimento (estranho para nós) não era um exemplo de magia. Ao contrário, era um recurso visual concreto que os ex-escravos podiam entender.Não era a água, mas o Senhor que lia o coração da esposa, que a castigava ou inocentava.

Como esse procedimento servia também de proteção para a mulher, que podia ser vítima de ciúmes não comprovados do marido?

Por mais estranho que tudo isso pareça para nós, hoje, a lição que traz é a importância dos votos matrimoniais aos olhos de Deus. Só Deus sabe quanta dor, quanto sofrimento e prejuízo são provocados pela infidelidade matrimonial de qualquer dos cônjuges. Que tragédia é verificar que, em muitas sociedades, os votos matrimoniais pareçam ter tão pouca santidade quanto um aperto de mão!

Que coisas você pode fazer, que decisões pode tomar para ter coração puro?

 

Quarta, 7 de outubro               Cidadãos consagrados

Deus pretendia organizar Israel no sentido mais amplo a fim de que fosse para Ele "reino de sacerdotes e nação santa" (Êx 19:6). Assim, para as nações distantes e próximas, o povo seria testemunha das verdades a respeito do Deus vivo e criador de todas as coisas. Porém, no Sinai, o Senhor nomeou especialmente sacerdotes e levitas para servi-Lo com relação à adoração no tabernáculo do santuário.

6. Que voto um cidadão (mulher ou homem) podia fazer para dedicar um tempo específico para o Senhor? Nm 6:1-21. Que lições espirituais podemos tirar desse fato para nós hoje, no sentido de aprofundar nossa espiritualidade e compromisso com o Senhor?

R. O voto de nazireu, em que a pessoa se consagrava inteiramente a Deus por um período.

1

E falou o SENHOR a Moisés, dizendo:

2

Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando um homem ou mulher se tiver separado, fazendo voto de nazireu, para se separar ao SENHOR,

3

De vinho e de bebida forte se apartará; vinagre de vinho, nem vinagre de bebida forte não beberá; nem beberá alguma beberagem de uvas; nem uvas frescas nem secas comerá.

4

Todos os dias do seu nazireado não comerá de coisa alguma, que se faz da vinha, desde os caroços até às cascas.

5

Todos os dias do voto do seu nazireado sobre a sua cabeça não passará navalha; até que se cumpram os dias, que se separou ao SENHOR, santo será, deixando crescer livremente o cabelo da sua cabeça.

6

Todos os dias que se separar para o SENHOR não se aproximará do corpo de um morto.

7

Por seu pai, ou por sua mãe, por seu irmão, ou por sua irmã, por eles se não contaminará quando forem mortos; porquanto o nazireado do seu Deus está sobre a sua cabeça.

8

Todos os dias do seu nazireado santo será ao SENHOR.

9

E se alguém vier a morrer junto a ele por acaso, subitamente, que contamine a cabeça do seu nazireado, então no dia da sua purificação rapará a sua cabeça, ao sétimo dia a rapará.

10

E ao oitavo dia trará duas rolas, ou dois pombinhos, ao sacerdote, à porta da tenda da congregação;

11

E o sacerdote oferecerá, um para expiação do pecado, e o outro para holocausto; e fará expiação por ele, do que pecou relativamente ao morto; assim naquele mesmo dia santificará a sua cabeça.

12

Então separará os dias do seu nazireado ao SENHOR, e para expiação da transgressão trará um cordeiro de um ano; e os dias antecedentes serão perdidos, porquanto o seu nazireado foi contaminado.

13

E esta é a lei do nazireu: no dia em que se cumprirem os dias do seu nazireado, trá-lo-ão à porta da tenda da congregação;

14

E ele oferecerá a sua oferta ao SENHOR, um cordeiro sem defeito de um ano em holocausto, e uma cordeira sem defeito de um ano para expiação do pecado, e um carneiro sem defeito por oferta pacífica;

15

E um cesto de pães ázimos, bolos de flor de farinha com azeite, amassados, e coscorões ázimos untados com azeite, como também a sua oferta de alimentos, e as suas libações.

16

E o sacerdote os trará perante o SENHOR, e sacrificará a sua expiação do pecado, e o seu holocausto;

17

Também sacrificará o carneiro em sacrifício pacífico ao SENHOR, com o cesto dos pães ázimos; e o sacerdote oferecerá a sua oferta de alimentos, e a sua libação.

18

Então o nazireu à porta da tenda da congregação rapará a cabeça do seu nazireado, e tomará o cabelo da cabeça do seu nazireado, e o porá sobre o fogo que está debaixo do sacrifício pacífico.

19

Depois o sacerdote tomará a espádua cozida do carneiro, e um pão ázimo do cesto, e um coscorão ázimo, e os porá nas mãos do nazireu, depois de haver rapado a cabeça do seu nazireado.

20

E o sacerdote os oferecerá em oferta de movimento perante o SENHOR: Isto é santo para o sacerdote, juntamente com o peito da oferta de movimento, e com a espádua da oferta alçada; e depois o nazireu poderá beber vinho.

21

Esta é a lei do nazireu, que fizer voto da sua oferta ao SENHOR pelo seu nazireado, além do que suas posses lhe permitirem; segundo o seu voto, que fizer, assim fará conforme à lei do seu nazireado.

 

Nazireu era uma pessoa "consagrada" que se dedicava ao Senhor por tempo determinado. Um pai podia dedicar o filho para ser nazireu por toda a vida. Por exemplo, a mãe de Sansão dedicou o filho de acordo com a instrução de um anjo, com a intenção de que ele começasse a livrar Israel dos filisteus (Jz 13:2-5; 16:17). Da mesma forma, o anjo Gabriel instruiu Zacarias a criar João (Batista) como nazireu para ser o precursor do Messias (Lc 1:15). Ana também votou que Samuel seria nazireu vitalício (1Sm 1:10, 11).

Interessante, também, é o mandamento sobre a bebida. A parreira e seus produtos: suco, vinho e uvas, representavam para a mente antiga uma terra cultivada de fazendas e domicílios. Quando o nazireu não bebia do fruto da parreira, ele expressava concretamente sua convicção de que estava a caminho de uma terra melhor. A parreira simbolizava a vida estabelecida; o nazireu, porém, pela maneira de viver, mostrava de modo concreto o desejo de alcançar "uma pátria superior, isto é, celestial. Por isso, Deus não Se envergonha deles, de ser chamado o seu Deus, porquanto lhes preparou uma cidade" (Hb 11:16).

 

Como nós, adventistas, podemos viver na antecipação de um país melhor, não importa em que país vivamos agora? De que maneiras concretas podemos nos proteger de ficar tão presos à nossa vinha a ponto de perdermos de vista nosso destino final?

 

Quinta, 8 de outubro               A bênção araônica

"O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o rosto e te dê a paz" (Nm 6:24-26).

Depois de ler cuidadosamente a bênção acima, responda às perguntas a seguir:

7. Como a natureza da Divindade é sugerida por estes versos? Mt 28:19

R. Sugere-se as três pessoas da Trindade.

19

Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;

 

 

8. Como esta oração revela a total dependência de Israel em relação a Deus? Jo 15:5

R. Era o Senhor que abençoava, guardava e trazia paz.

5

Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porquesem mim nada podeis fazer.

 

9. Que significado existe no fato de que os próprios sacerdotes deveriam fazer essa oração em benefício do povo? Hb 7:25

R. O sacerdote era o mediador entre Deus e os homens. Nessa função, ele estava representando Deus.

25

Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.

 

Existem vários pontos interessantes nestes versos. Cada uma das linhas começa com o nome pessoal de Deus, o nome da aliança (Yahweh, Senhor). A congregação está no singular. Isto é, cada pessoa era mencionada como um indivíduo. Cada pessoa podia saber o que a bênção significava pessoalmente, individualmente. Isto é, não importava que Israel fosse uma comunidade, cada um podia ter sua relação pessoal com o Senhor.

Até aquele momento, Israel não possuía a Bíblia. As bênçãos do Senhor seriam vistas na libertação da escravidão, na travessia do Mar Vermelho e nas providências feitas para que tivessem comida e água. Seu poder mantenedor seria visto por Sua presença no santuário, cujo ritual – ofertas queimadas, incenso e o menorah – estariam ardendo continuamente, dia e noite.

Aqui está uma clara evidência de que a religião do Antigo Testamento era uma religião de graça (Gl 3:7-14; Hb 4:1, 2). A terceira linha assegura ao crente o sorriso e a paz de Deus (veja Mt 11:28-30).

 

Como você experimentou em sua própria vida as bênçãos mencionadas acima? Que coisas em sua vida tornam difícil ver essas coisas em sua experiência com Deus? Que mudanças, não importa quão dolorosas sejam, você precisafazer?

 

Sexta, 9 de outubro               Estudo adicional

 

Consagre-se a Deus pela manhã; faça disso sua primeira atividade. Ore: 'Toma-me, Senhor, para ser Teu inteiramente. Aos Teus pés deponho todos os meus planos. Usa-me hoje para Teu serviço. Permanece comigo, e permite que toda a minha obra seja feita em Ti.' Essa é uma questão diária. Cada manhã, consagre-se a Deus para esse dia. Submeta-Lhe todos os seus planos, para saber se devem ser levados avante, ou não, de acordo com o que Sua providência indicar. Assim, dia após dia, você poderá entregar sua vida nas mãos de Deus e ela será moldada cada vez mais segundo a vida de Cristo" ( Ellen G. White, Esperança Para Viver, p. 70).

"As circunstâncias podem separar amigos; as ondas desassossegadas do vasto mar podem rolar entre nós e eles. Mas nenhuma circunstância, distância alguma nos pode separar do Salvador. Estejamos onde estivermos, Ele Se acha ao nosso lado para sustentar, manter, proteger e animar. Maior que o amor de uma mãe por seu filho é o de Cristo por Seus remidos. É nosso privilégio descansar em Seu amor; dizer: 'NEle confiarei; pois deu a vida por mim" ( Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 72).

 

Perguntas para reflexão

1. Embora todos conheçamos os perigos de nos apegarmos demais às coisas deste mundo e perder de vista nosso lar verdadeiro, é possível ficar tão envolvidos no desejo de ir para o Céu a ponto de corrermos o risco de negligenciar nossas responsabilidades aqui? Neste caso, como? Como podemos achar o equilíbrio correto neste assunto importante? Que exemplos você pode mencionar em que as pessoas foram longe demais no antegozo do Céu deixando de cumprir suas responsabilidades aqui?

2. Quais são algumas das tensões e pressões que sua sociedade em particular força sobre o casamento? Como sua igreja pode, nessa sociedade, enfrentar esses desafios de modo a proteger a santidade do casamento conforme Deus estabeleceu?

3. Fale na classe sobre as situações em que você esteve errado, ou ofendeu outra pessoa, e como pode solucionar os problemas. Que lições você aprendeu dessas experiências? Como você lida com as situações em que parece que as ofensas são imperdoáveis?

Resumo: O Senhor queria que Seu povo fosse feliz e vivesse em paz. O bem-estar físico e espiritual é obtido pela obediência amorosa às Suas leis da vida, relações amoráveis com o cônjuge e com os vizinhos, e consagração diária da vontade ao Pai. Isso não significa que a vida seja sempre fácil neste mundo amaldiçoado pelo pecado, mas que pode ser muito melhorado se buscarmos andar em Seus caminhos.

FONTE: http://www.novotempo.org.br/licoesdabiblia/?p=795#more-795