A Lição em resumo
TEXTO-CHAVE: 2 Coríntios 9:7
O aluno deverá...
Conhecer: O papel do sacrifício na dedicação da mobília do templo e dos levitas na preparação para o serviço.
Sentir: A santidade e a pureza de Deus em nossa adoração.
Fazer: Praticar reverência para com Deus e profunda apreciação do dom de Cristo em nosso favor.
ESBOÇO DO APRENDIZADO
I. Conhecer: O papel do sacrifício no serviço
A. O altar de bronze foi dedicado em um serviço de 12 dias que envolveu idênticos sacrifícios dos líderes de cada tribo. O que tornou possíveis essas contribuições de cada tribo?
B. Como o Espírito Santo e Sua luz são parte importante da adoração? Como a comunhão e a conversa entre Deus e nós, ilustrada pela comunhão entre Moisés e Deus, é também parte importante de adoração?
C. O povo de Israel impôs as mãos sobre os levitas, que então foram apresentados diante de Deus por Arão como "oferta movida" viva. Como o sacrifício dos levitas era uma oferta viva, símbolo do sacrifício de Cristo?
II. Sentir: Adorando um Deus alto e sublime
Tomando parte na dedicação do altar de sacrifícios e na dedicação dos servos e sacerdotes do templo, o povo entrou no espírito de doação e no reconhecimento do dom todo abrangente da vida de Cristo. Como entramos no espírito de adoração?
III. Fazer: Reverência e adoração
A. Como nos unimos à obra da igreja e à obra de Cristo como líder intercessor e servo?
B. Como podemos manter acesas as lâmpadas do Espírito e aberta a comunicação entre nós e Deus, que habita na luz eterna?
Resumo: Deus, o originador da luz, da vida e da intimidade, busca nossa face quando nós, em adoração, buscamos a dEle.
CICLO DO APRENDIZADO
![]() | Motivação |
Mais de 175 anos atrás, Robert Grant escreveu estas palavras majestosas:
"Louvemos o Rei, glorioso Senhor.
Oh, vamos cantar de Seu infindo amor!
Escudo seguro é Seu grande poder,
E sempre Seus filhos está a defender.
Falemos de Deus, da graça sem-par,
Do grande Senhor do Céu, da Terra e mar,
Que forma a chuva, o vento e a luz.
A forte tormenta o Seu poder traduz.
Cantemos do Seu cuidado por nós,
E demos ao Pai louvor em alta voz.
Louvemos, louvemos ao bom Criador,
Amigo sincero, fiel e Redentor."
Hinário Adventista do Sétimo Dia, nº 10 (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1996).
Com muita habilidade, Grant expressa muitas das características de Deus que nos levam a adorá-Lo. Com paixão e habilidade artística, ele descreve o quadro de um Deus que é aterrador e, ao mesmo tempo, pessoal.
Atividade de abertura: Peça que os membros de sua classe comentem algumas frases específicas do hino que os chama para adorar a Deus. Peça que eles deemexemplos específicos de sua vida que tornam significativa para eles aquela frase (por exemplo, o que Deus fez por você exemplificando Seu "cuidado por nós" ou Seu papel como aquele que "está a defender" Seus filhos. Como uma debilidade ou falha pessoal o levaram a depender de Deus? Como você experimentou "Seu infindo amor" ou Seu "escudo seguro"?.
![]() | Compreensão |
COMENTÁRIO BÍBLICO
I. Dedicação do altar
(Recapitule com a classe Nm 7; Êx 29:37; Rm 5:6-9.)
Assim como o altar de bronze de sacrifícios era o início da comunhão com Deus no ritual do santuário do Antigo Testamento, a cruz de Cristo, lugar e símbolo duradouro de Seu sacrifício, é o início da comunhão plena com Deus. O pecado impede nosso acesso a Deus; pois, como prisioneiros do pecado, não temos o direito de escolher. Porém, a cruz paga nossa dívida e restabelece nosso direito de escolher Deus. A cruz garante que, agora, temos a liberdade de escolha. Muitos não exercem seu direito de escolher Deus e, por omissão, permanecem prisioneiros de Satanás.
Pense nisto: A dedicação do altar de ofertas queimadas foi uma forma de reconhecer a importância do sacrifício substituto. Que cerimônias ou atividades regulares construímos em nossa vida para reconhecer a importância do sacrifício de Cristo?
II. Comunhão com Deus
(Recapitule com a classe Êx 25:22; 20:19; Nm 7:89; 2Sm 6:2; Hb 4:14-16; 10:19-25.)
A arca do tabernáculo sugere várias coisas referentes ao plano de salvação. Sua localização sugere que não é fácil nos aproximarmos de Deus. Na era do Antigo Testamento, só o sumo sacerdote podia entrar diretamente à presença do Senhor, representado pelo Lugar Santíssimo. Isso não sugere arrogância nem vaidade da parte de Deus, mas compaixão pelos pecadores que não podem viver na presença da santidade. Aparentemente, a falta de respeito de Uzá por este conceito custou sua vida (2Sm 6). Mas o fato de que Deus Se põe tão perto e tão disponível quanto possível demonstra que Deus não abandonou a humanidade (Êx 25:8). Uma vez mais, Ele quer viver com Seu povo e desfrutar íntima comunhão.
O tabernáculo simbolizava o caminho para o restabelecimento da comunhão. Esse primeiro passo era o sacrifício, oferecido em favor do pecador (justificação). O passo seguinte era a pia, representando a purificação do pecado (santificação). O Lugar Santo representava o meio de comunhão contínua com Deus – que vive à luz da Palavra de Deus, alimentando-se do "pão da vida" e comungando com Deus através da oração. Em última instância, isso levaria à glorificação ou à comunhão restaurada face a face que Adão e Eva mantinham no Éden.
Pense nisto: Se planejamos desfrutar comunhão face a face com Deus um dia, que devemos fazer agora para nos valer dos mesmos passos que levam a essa experiência? O serviço do tabernáculo era um ciclo contínuo de atividades e sacrifícios desde a manhã até a noite, tendo uma lâmpada iluminando constantemente, pão fresco trazido regularmente, etc. O que eles sugerem sobre o valor da persistência em manter nosso relacionamento com Deus?
III. Luz no santuário
(Recapitule com a classe Zc 4:1-6, 11-14; Ap 4:2, 5; 11:4; Jr 1:11, 12.)
O óleo, simbolizando o Espírito Santo, era a fonte de luz no Lugar Santo, ou compartimento exterior do tabernáculo. Enquanto unicamente o sumo sacerdote podia se aproximar de Deus no Santíssimo – e isso limitado ao Dia da Expiação, Deus ainda estava presente no compartimento exterior ao longo do ano. Igualmente, quando Jesus Se preparava para deixar Seus discípulos e retornar ao Céu, Ele lhes prometeu que o Espírito Santo estaria diretamente presente com eles, embora Ele, Jesus, não mais estivesse com eles em forma física.
Pense nisto: Lembre-se de que a Palavra de Deus também é chamada de luz. Pensando nisso, como é importante permitir que o Espírito Santo fale conosco pela Palavra de Deus? Como esse fato nos mantém conectados a Jesus, embora Ele não mais esteja conosco na Terra? Lâmpadas (a Bíblia) não podem arder sem combustível (o óleo do Espírito). Por isso, é muito importante buscar a direção do Espírito quando estudamos Palavra de Deus!
IV. A dedicação dos levitas
(Recapitule com a classe Nm 8:6-26; Rm 5:11; 12:1; Hb 9:25-28.)
Incrivelmente, os levitas eram, eles mesmos, chamados de "oferta". Isso não significava que eles tinham algum mérito para oferecer como pagamento pelo pecado, mas que fariam um trabalho no interesse de Israel, que o povo não podia fazer por si mesmo. O exemplo de Uzá (2Sm 6) revela com quanta seriedade Deus considera a natureza do pecado e a aproximação de um pecador ao reino do santo e sagrado. O próprio ato de dedicar os levitas para servir nessa função especial destacava a importância de nãoassumir uma atitude casual que minimizasse a distância entre um Deus santo e o povo pecador.
Os levitas, mediante essa impressionante cerimônia de dedicação, seguramente reconheceram que uma aproximação casual, que desmerecesse a santidade de seus deveres nunca seria aceitável a Deus.
Pense nisto: Tendo em conta a solenidade da cerimônia de dedicação dos levitas, com que seriedade devemos cumprir nosso papel como "sacrifícios vivos" na era do Novo Testamento! Como nossa linguagem, nosso comportamento e atitude para com a vida podem ser afetados quando reconhecemos que a intimidade com Deus não é um encontro casual? Comente a possibilidade de que pode haver cristãos que tratam a comunhão com Deus como algo eventual.
![]() | Aplicação |
Com tantas formas diferentes de adoração, como eu, individualmente, e nós, como igreja, podemos determinar como adorar a Deus?
Atividade em grupo:
Imagine que você fosse preparar como sobremesa uma fornada de biscoitos de Natal. Para isso, teria pequenos moldes com motivos natalinos. Poderia aplicar açúcar colorido sobre seus biscoitos, dando-lhes uma aparência festiva. Agora, pense que, em vez de formas natalinas, você utilizasse formas com motivos de Páscoa.
Aplicação: Se comer a sobremesa simbolizasse a adoração verdadeira, (1) que forma sua adoração deveria tomar? (2) Se você utilizasse formas com motivos de Páscoa (ou outras formas de sua preferência), ainda teria uma sobremesa? (3) Se, em lugar de açúcar colorido, decorasse com açúcar branco de confeiteiro, ainda teria uma sobremesa? (4) E se você espalhasse por cima de seus biscoitos terra, cascas de ovos, grama seca ou folhas secas de jardim, ainda teria uma sobremesa?
Agora, aplique à discussão sobre a adoração. (1) Qual é a essência ou propósito da adoração? (2) A adoração pode assumir formas diferentes e ainda ser verdadeira para esse propósito? Por quais padrões determinamos se existem elementos práticos que invalidam a experiência da adoração, negando sua essência? Como determinar o que é sujeira (elementos inválidos) e o que são efeitos decorativos (elementos aceitáveis)?
![]() | Criatividade |
Na lição desta semana, destacamos quatro áreas relacionadas com a adoração: (1) O sacrifício de Cristo, simbolizado no altar de ofertas queimadas, (2) comunhão com Deus (oração), (3) o papel do Espírito Santo em iluminar nosso caminho e (4) a dedicação dos levitas a um propósito especial no ministério. Escolha um deles e desenvolva um projeto de classe que tenha impacto sobre sua igreja. A seguir, você tem uma lista de ideias:
(1) Desenvolva uma lista de atividades diárias que os membros da igreja possam realizar para reforçar a experiência da morte sacrifical de Cristo, e apresente-a para publicação ao diretor de comunicação da sua igreja. Ideias como ler sobre o sacrifício de Cristo certamente estarão em toda lista, mas vá além do óbvio.
Encontre maneiras de usar nossas atividades rotineiras (comer, tomar banho, viajar para o trabalho, descansar, etc.) para nos lembrar do sacrifício de Jesus.
(2) Dê início a um ministério de parceiros de oração para os jovens de sua igreja. Tente ligar um padrinho de oração adulto com cada jovem de sua igreja. O padrinho de oração concorda em orar diariamente por um jovem específico por um período específico – seis meses, um ano, etc. O padrinho deve ser específico, não geral ("Oh, eu oro por todos os jovens todo o tempo"). Então, escreva um bilhete a cada jovem para fazê-lo saber que tem um padrinho de oração. Torne isso ainda mais divertido tendo um jantar no fim do período em que os jovens sejam apresentados aos seus padrinhos.
(3) Planeje maneiras de oferecer apoio especial ao(s) seu(s) pastor(es), o que poderia incluir reconhecimento ou cerimônias especiais. Melhor ainda, pense em maneiras de aliviar ou compartilhar seu fardo.