segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Lição 5 - Das Murmurações à Apostasia - LIÇÕES DA BÍBLIA

Lição 5 - Das Murmurações à Apostasia

Publicado em 24 October 2009 by jonatan

Lição 5                           24 a 31 de Outubro

Das Murmurações à Apostasia

Sábado à tarde

Quando a coluna de nuvem se erguia do tabernáculo no Sinai, e os sacerdotes se adiantavam com a arca, Moisés proclamava: "Levanta-Te, Senhor, e dissipados sejam os Teus inimigos, e fujam diante de Ti os que Te odeiam" (Nm 10:35). Era como um grito de vitória, e as vastas hostes de Israel davam início à jornada com bom humor. Afinal, eles estavam a caminho da Terra Prometida!

Imagine como deve ter sido ter essa presença visível de ­Deus em seu meio! Pode-se pensar que tendo algo tão claro e evidente, os israelitas obedecessem tão prontamente e de boa-vontade ao Seu comando que viajassem em direção ao cumprimento da promessa feita a seus pais muito tempo atrás.

Evidentemente, não é assim que costuma funcionar, mesmo com o povo de ­Deus. Nesta semana, vamos focalizar um erro depois do outro, uma expressão de dúvida, descrença e ingratidão depois da outra. Ao estudar, tenhamos em mente que podemos encontrar paralelos em nossos dias, enquanto aguardamos o cumprimento de uma promessa muito maior (Hb 11:40).

 

Domingo – 25 de Outubro                        O Pecado da Ingratidão

 

1. Leia Números 11 e responda às seguintes perguntas:

1

E aconteceu que, queixou-se o povo falando o que era mal aos ouvidos do SENHOR; e ouvindo o SENHOR a sua ira se acendeu; e o fogo do SENHOR ardeu entre eles e consumiu os que estavam na última parte do arraial.

2

Então o povo clamou a Moisés, e Moisés orou ao SENHOR, e o fogo se apagou.

3

Pelo que chamou aquele lugar Taberá, porquanto o fogo do SENHOR se acendera entre eles.

4

E o vulgo, que estava no meio deles, veio a ter grande desejo; pelo que os filhos de Israel tornaram a chorar, e disseram: Quem nos dará carne a comer?

5

Lembramo-nos dos peixes que no Egito comíamos de graça; e dos pepinos, e dos melões, e dos porros, e das cebolas, e dos alhos.

6

Mas agora a nossa alma se seca; coisa nenhuma há senão este maná diante dos nossos olhos.

7

E era o maná como semente de coentro, e a sua cor como a cor de bdélio.

8

Espalhava-se o povo e o colhia, e em moinhos o moia, ou num gral o pisava, e em panelas o cozia, e dele fazia bolos; e o seu sabor era como o sabor de azeite fresco.

9

E, quando o orvalho descia de noite sobre o arraial, o maná descia sobre ele.

10

Então Moisés ouviu chorar o povo pelas suas famílias, cada qual à porta da sua tenda; e a ira do SENHOR grandemente se acendeu, e pareceu mal aos olhos de Moisés.

11

E disse Moisés ao SENHOR: Por que fizeste mal a teu servo, e por que não achei graça aos teus olhos, visto que puseste sobre mim o cargo de todo este povo?

12

Concebi eu porventura todo este povo? Dei-o eu à luz? para que me dissesses: leva-o ao teu colo, como a ama leva a criança que mama, à terra que juraste a seus pais?

13

De onde teria eu carne para dar a todo este povo? Porquanto contra mim choram, dizendo: Dá-nos carne a comer;

14

Eu só não posso levar a todo este povo, porque muito pesado é para mim.

15

E se assim fazes comigo, mata-me, peço-te, se tenho achado graça aos teus olhos, e não me deixes ver o meu mal.

16

E disse o SENHOR a Moisés: Ajunta-me setenta homens dos anciãos de Israel, que sabes serem anciãos do povo e seus oficiais; e os trarás perante a tenda da congregação, e ali estejam contigo.

17

Então eu descerei e ali falarei contigo, e tirarei do espírito que está sobre ti, e o porei sobre eles; e contigo levarão a carga do povo, para que tu não a leves sozinho.

18

E dirás ao povo: Santificai-vos para amanhã, e comereis carne; porquanto chorastes aos ouvidos do SENHOR, dizendo: Quem nos dará carne a comer? Pois íamos bem no Egito; por isso o SENHOR vos dará carne, e comereis;

19

Não comereis um dia, nem dois dias, nem cinco dias, nem dez dias, nem vinte dias;

20

Mas um mês inteiro, até vos sair pelas narinas, até que vos enfastieis dela; porquanto rejeitastes ao SENHOR, que está no meio de vós, e chorastes diante dele, dizendo: Por que saímos do Egito?

21

E disse Moisés: Seiscentos mil homens de pé é este povo, no meio do qual estou; e tu tens dito: Dar-lhes-ei carne, e comerão um mês inteiro.

22

Degolar-se-ão para eles ovelhas e vacas que lhes bastem? Ou ajuntar-se-ão para eles todos os peixes do mar, que lhes bastem?

23

Porém, o SENHOR disse a Moisés: Teria sido encurtada a mão do SENHOR? Agora verás se a minha palavra se há de cumprir ou não.

24

E saiu Moisés, e falou as palavras do SENHOR ao povo, e ajuntou setenta homens dos anciãos do povo e os pôs ao redor da tenda.

25

Então o SENHOR desceu na nuvem, e lhe falou; e, tirando do espírito, que estava sobre ele, o pôs sobre aqueles setenta anciãos; e aconteceu que, quando o espírito repousou sobre eles, profetizaram; mas depois nunca mais.

26

Porém no arraial ficaram dois homens; o nome de um era Eldade, e do outro Medade; e repousou sobre eles o espírito (porquanto estavam entre os inscritos, ainda que não saíram à tenda), e profetizavam no arraial.

27

Então correu um moço e anunciou a Moisés e disse: Eldade e Medade profetizam no arraial.

28

E Josué, filho de Num, servidor de Moisés, um dos seus jovens escolhidos, respondeu e disse: Moisés, meu senhor, proíbe-lho.

29

Porém, Moisés lhe disse: Tens tu ciúmes por mim? Quem dera que todo o povo do SENHOR fosse profeta, e que o SENHOR pusesse o seu espírito sobre ele!

30

Depois Moisés se recolheu ao arraial, ele e os anciãos de Israel.

31

Então soprou um vento do SENHOR e trouxe codornizes do mar, e as espalhou pelo arraial quase caminho de um dia, de um lado e de outro lado, ao redor do arraial; quase dois côvados sobre a terra.

32

Então o povo se levantou todo aquele dia e toda aquela noite, e todo o dia seguinte, e colheram as codornizes; o que menos tinha, colhera dez ômeres; e as estenderam para si ao redor do arraial.

33

Quando a carne estava entre os seus dentes, antes que fosse mastigada, se acendeu a ira do SENHOR contra o povo, e feriu o SENHOR o povo com uma praga mui grande.

34

Por isso o nome daquele lugar se chamou Quibrote-Ataavá, porquanto ali enterraram o povo que teve o desejo.

35

De Quibrote-Ataavá caminhou o povo para Hazerote, e pararam em Hazerote.

a. O que esse incidente nos diz sobre a importância de guardar na lembrança a guia do Senhor no passado?

R.  Se Deus havia conduzido Seu povo através do mar e do deserto, certamente não o abandonaria ali;

b. Como devemos entender a reação do Senhor?

R.  Deus quis ensinar uma lição ao povo;

c. O que podemos aprender desse relato sobre a importância de controlar o apetite?

R. Se Deus lhes oferecia um milagre a cada dia através do maná, que mais eles poderiam pedir? O apetite deve ser submetido à vontade de Deus.

 

 

Literalmente, o hebraico descreve essas pessoas descontentes como "murmuradores do mal". Só podemos imaginar de que "males" eles reclamavam. Talvez sentissem que ­Deus guiara a nação para uma armadilha de morte no deserto – e não para a Terra Prometida que manava "leite e mel". Depois de todos os milagres que eles haviam testemunhado no Egito, e a travessia do Mar Vermelho, sua murmuração representava rebeldia. A influência deles pode ter sido contagiante e destrutiva para a jovem nação. E o fogo do Senhor "consumiu extremidades do arraial" (v. 1).  Só a intercessão de Moisés fez cessar o fogo.

O povo realmente não tinha nenhum motivo verdadeiro para reclamar de sua alimentação. O maná podia ser preparado de diversas maneiras: assado, cozido, moído ou refogado (Êx 16:23; Nm 11:8). Certamente, o ­Deus que criou tantas maravilhas saborosas para todos os seres humanos não iria fazer com que Seu povo da aliança comesse algo de mau paladar. Além disso, eles tinham leite de cabras, ovelhas e vacas. Com esse material, eles também faziam "coalhada" (Dt 32:14). Quanto aos alimentos cárneos, as várias ofertas votivas dos sacrifícios pacíficos, ofertas de gratidão e ofertas voluntárias – todas se encerravam com uma refeição comunitária em que o sacerdote, o ofertante, sua família e servos e levitas convidados participavam do sacrifício. Sem dúvida, eles não iam passar fome.

 

Existe uma declaração que diz: "Cuidado com o que você pede em oração; você pode recebê-lo". O que significa isso, e o que podemos aprender para nós mesmos?

 

Segunda – 26 de Outubro                        Pressões na liderança

Quando, tão cedo, Israel voltou à idolatria e adoração ao bezerro de ouro, Moisés implorou que ­Deus os perdoasse, mas, "se não", ele orou, "risca-me, peço-Te, do livro que escreveste" (Êx 32:32).

2. Mais tarde, quando Moisés ouviu e viu o povo "chorando" à porta de suas tendas e clamando "quem nos dará carne a comer?" (Nm 11:4), como ele reagiu?

E o vulgo, que estava no meio deles, veio a ter grande desejo; pelo que os filhos de Israel tornaram a chorar, e disseram: Quem nos dará carne a comer?

Por que a atitude de Moisés não se justificava? Onde vemos a humanidade imperfeita desse grande homem de ­Deus? V. 10-15

R. Pediu que Deus o matasse, pois não via como atender à exigência do povo. Deus havia dirigido tudo até ali, certamente Ele haveria de cuidar do assunto. Mesmo os maiores líderes são seres humanos sujeitos às nossas fraquezas.

Então Moisés ouviu chorar o povo pelas suas famílias, cada qual à porta da sua tenda; e a ira do SENHOR grandemente se acendeu, e pareceu mal aos olhos de Moisés.

E disse Moisés ao SENHOR: Por que fizeste mal a teu servo, e por que não achei graça aos teus olhos, visto que puseste sobre mim o cargo de todo este povo?

Concebi eu porventura todo este povo? Dei-o eu à luz? para que me dissesses: leva-o ao teu colo, como a ama leva a criança que mama, à terra que juraste a seus pais?

De onde teria eu carne para dar a todo este povo? Porquanto contra mim choram, dizendo: Dá-nos carne a comer;

Eu só não posso levar a todo este povo, porque muito pesado é para mim.

E se assim fazes comigo, mata-me, peço-te, se tenho achado graça aos teus olhos, e não me deixes ver o meu mal.

 

 

3. Em que outra ocasião a humanidade de Moisés se manifestou? Nm 11:21-23

R. Quando Deus prometeu dar carne ao povo, Moisés imaginou que Deus estava ordenando que ele, Moisés, fizesse isso.

E disse Moisés: Seiscentos mil homens de pé é este povo, no meio do qual estou; e tu tens dito: Dar-lhes-ei carne, e comerão um mês inteiro.

Degolar-se-ão para eles ovelhas e vacas que lhes bastem? Ou ajuntar-se-ão para eles todos os peixes do mar, que lhes bastem?

Porém, o SENHOR disse a Moisés: Teria sido encurtada a mão do SENHOR? Agora verás se a minha palavra se há de cumprir ou não.

 

 

Apesar dos erros de Moisés e de sua falta de confiança, o Senhor o ajudou aliviar o fardo sob o qual Moisés se sentia, e isso foi feito pela nomeação de setenta anciãos para ajudar Moisés em seu trabalho (v. 16, 17). A experiência dos setenta foi semelhante à descida do Espírito sobre os discípulos de Cristo no Pentecostes, com a diferença de que eles "profetizavam". Assim, eles foram honrados por ­Deus diante de todo o povo.

"Eles nunca teriam sido escolhidos caso Moisés houvesse manifestado uma fé que correspondesse às provas que tivera do poder e bondade de ­Deus. Mas ele exagerara seus encargos e trabalhos, quase perdendo de vista que era apenas o instrumento pelo qual ­Deus operara. Não tinha desculpa, por condescender, por pouco que fosse, com o espírito de murmuração, que era a maldição de Israel" (­Ellen G. ­White, Patriarcas e Profetas, p. 380).

 

Leia cuidadosamente Números 11:20. (Rejeitastes ao SENHOR, que está no meio de vós, e chorastes diante dele, dizendo: Por que saímos do Egito?) Os israelitas rejeitaram o Senhor, que estava entre eles. Portanto, para alguém rejeitar o Senhor não é necessário que haja apostasia completa, negação da existência de ­Deus nem ter o nome removido dos livros da igreja. O que podemos aprender deste incidente sobre como é fácil enganar a nós mesmos a respeito de nossa relação para com ­Deus?

 

Terça – 27 de Outubro                                      Conflito Familiar

A esposa de Moisés, Zípora, e seus dois filhos ficaram com o pai dela, "o sacerdote de Midiã", durante as pragas no Egito. Depois que Israel se estabeleceu no Sinai, Jetro levou Zípora e seus filhos a Moisés. Zípora notou que o marido parecia muito cansado e informou isso a Jetro, que passou a examinar mais detidamente o método de administração de Moisés e sugeriu uma reorganização, nomeando chefes de milhares, de centenas, de cinquenta e de dezenas. O sogro sugeriu que eles julgassem as questões menores , e Moisés levaria a ­Deus os casos maiores. Moisés concordou, e esses escolheram "homens capazes", que "julgaram o povo em todo tempo" (Êx 18:13-26). Pouco depois, essa iniciativa de Moisés despertou ciúmes e inveja em Miriã e Arão.

 

4. Que características humanas detestáveis foram reveladas por Miriã e Arão? Como o pecado deles entrou em contraste com a atitude e o caráter de Moisés? O que essa história vergonhosa nos diz sobre a maneira de ­Deus ver as atitudes más reveladas por essas pessoas? Nm 12

R. Tiveram ciúmes de Zípora. Deus os repreendeu pessoalmente na presença de todo o povo.

 

E falaram Miriã e Arão contra Moisés, por causa da mulher cusita, com quem casara; porquanto tinha casado com uma mulher cusita.

2

E disseram: Porventura falou o SENHOR somente por Moisés? Não falou também por nós? E o SENHOR o ouviu.

3

E era o homem Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra.

4

E logo o SENHOR disse a Moisés, a Arão e a Miriã: Vós três saí à tenda da congregação. E saíram eles três.

5

Então o SENHOR desceu na coluna de nuvem, e se pôs à porta da tenda; depois chamou a Arão e a Miriã e ambos saíram.

6

E disse: Ouvi agora as minhas palavras; se entre vós houver profeta, eu, o SENHOR, em visão a ele me farei conhecer, ou em sonhos falarei com ele.

7

Não é assim com o meu servo Moisés que é fiel em toda a minha casa.

8

Boca a boca falo com ele, claramente e não por enigmas; pois ele vê a semelhança do SENHOR; por que, pois, não tivestes temor de falar contra o meu servo, contra Moisés?

9

Assim a ira do SENHOR contra eles se acendeu; e retirou-se.

10

E a nuvem se retirou de sobre a tenda; e eis que Miriã ficou leprosa como a neve; e olhou Arão para Miriã, e eis que estava leprosa.

11

Por isso Arão disse a Moisés: Ai, senhor meu, não ponhas sobre nós este pecado, pois agimos loucamente, e temos pecado.

12

Ora, não seja ela como um morto, que saindo do ventre de sua mãe, a metade da sua carne já esteja consumida.

13

Clamou, pois, Moisés ao SENHOR, dizendo: O Deus, rogo-te que a cures.

14

E disse o SENHOR a Moisés: Se seu pai cuspira em seu rosto, não seria envergonhada sete dias? Esteja fechada sete dias fora do arraial, e depois a recolham.

15

Assim Miriã esteve fechada fora do arraial sete dias, e o povo não partiu, até que recolheram a Miriã.

16

Porém, depois o povo partiu de Hazerote; e acampou-se no deserto de Parã.

 

 

A expressão falaram (v. 1) ou começaram a criticar (NVI) está no singular feminino, indicando que foi Miriã que iniciou a acusação contida nos versos seguintes. Ela era movida por ciúmes de Zípora e a culpava por influenciar Moisés a nomear os juízes sugeridos por Jetro. Ela chamou Zípora de cuxita, provavelmente porque ela tivesse pele escura. Realmente, Zípora era midianita, descendente de Abraão através do filho de Quetura, Midiã, e adoradora do mesmo ­Deus verdadeiro. A zombaria pode ter sido provocada pelo fato de que algumas das tribos dos cuxitas viviam entre os midianitas no território oriental do Sinai e leste do Golfo de Ácaba, na Arábia. Ela pode ter sido chamada de qualquer das formas. Em alguns países, ainda hoje, um descendente de um povo, habitando em outra nação. pode ser chamado tanto por uma nacionalidade como por outra. O mais provável é que o termo tenha sido usado de maneira difamatória.

 

Apesar das poderosas manifestações do poder de ­Deus entre eles, esses dois indivíduos fiéis mostraram algumas atitudes muito ruins. Examine seu próprio coração: Que más atitudes precisam ser eliminadas de você antes que o levem à ruína espiritual? 

Quarta – 28 de Outubro                                      Na Fronteira

Provavelmente, transcorresse o mês de setembro; os vinhedos estavam amadurecendo e a segunda colheita de figos havia completado o amadurecimento. A migração dos israelitas havia levado apenas cerca de onze dias para chegar a Cades-Barneia, próxima à fronteira sul de Canaã. Só podemos imaginar as tremendas ondas de alegria e felicidade que atravessavam a imensa multidão quando se aproximava do objeto de seus sonhos.

 

5. Que erro o povo cometeu nessa ocasião? Dt 1:19-23

R. Exigiu que fossem enviados espias a fim de dar um relatório sobre a terra que deveriam invadir.

19

Então partimos de Horebe, e caminhamos por todo aquele grande e tremendo deserto que vistes, pelo caminho das montanhas dos amorreus, como o SENHOR nosso Deus nos ordenara; e chegamos a Cades-Barnéia.

20

Então eu vos disse: Chegados sois às montanhas dos amorreus, que o SENHOR nosso Deus nos dá.

21

Eis aqui o SENHOR teu Deus tem posto esta terra diante de ti; sobe, toma posse dela, como te falou o SENHOR Deus de teus pais; não temas, e não te assustes.

22

Então todos vós chegastes a mim, e dissestes: Mandemos homens adiante de nós, para que nos espiem a terra e, de volta, nos ensinem o caminho pelo qual devemos subir, e as cidades a que devemos ir.

23

Isto me pareceu bem; de modo que de vós tomei doze homens, de cada tribo um homem.

 

 

6. Leia Números 13 e responda às perguntas a seguir:

1

E falou o SENHOR a Moisés, dizendo:

2

Envia homens que espiem a terra de Canaã, que eu hei de dar aos filhos de Israel; de cada tribo de seus pais enviareis um homem, sendo cada um príncipe entre eles.

3

E enviou-os Moisés do deserto de Parã, segundo a ordem do SENHOR; todos aqueles homens eram cabeças dos filhos de Israel.

4

E estes são os seus nomes: Da tribo de Rúben, Samua, filho de Zacur;

5

Da tribo de Simeão, Safate, filho de Hori;

6

Da tribo de Judá, Calebe, filho de Jefoné;

7

Da tribo de Issacar, Jigeal, filho de José;

8

Da tribo de Efraim, Oséias, filho de Num;

9

Da tribo de Benjamim, Palti, filho de Rafu;

10

Da tribo de Zebulom, Gadiel, filho de Sodi;

11

Da tribo de José, pela tribo de Manassés, Gadi filho de Susi;

12

Da tribo de Dã, Amiel, filho de Gemali;

13

Da tribo de Aser, Setur, filho de Micael;

14

Da tribo de Naftali, Nabi, filho de Vofsi;

15

Da tribo de Gade, Geuel, filho de Maqui.

16

Estes são os nomes dos homens que Moisés enviou a espiar aquela terra; e a Oséias, filho de Num, Moisés chamou Josué.

17

Enviou-os, pois, Moisés a espiar a terra de Canaã; e disse-lhes: Subi por aqui para o lado do sul, e subi à montanha:

18

E vede que terra é, e o povo que nela habita; se é forte ou fraco; se pouco ou muito.

19

E como é a terra em que habita, se boa ou má; e quais são as cidades em que eles habitam; se em arraiais, ou em fortalezas.

20

Também como é a terra, se fértil ou estéril; se nela há árvores, ou não; e esforçai-vos, e tomai do fruto da terra. E eram aqueles dias os dias das primícias das uvas.

21

Assim subiram e espiaram a terra desde o deserto de Zim, até Reobe, à entrada de Hamate.

22

E subiram para o lado do sul, e vieram até Hebrom; e estavam ali Aimã, Sesai e Talmai, filhos de Enaque (Hebrom foi edificada sete anos antes de Zoã no Egito).

23

Depois foram até ao vale de Escol, e dali cortaram um ramo de vide com um cacho de uvas, o qual trouxeram dois homens, sobre uma vara; como também das romãs e dos figos.

24

Chamaram àquele lugar o vale de Escol, por causa do cacho que dali cortaram os filhos de Israel.

25

E eles voltaram de espiar a terra, ao fim de quarenta dias.

26

E caminharam, e vieram a Moisés e a Arão, e a toda a congregação dos filhos de Israel no deserto de Parã, em Cades; e deram-lhes notícias, a eles, e a toda a congregação, e mostraram-lhes o fruto da terra.

27

E contaram-lhe, e disseram: Fomos à terra a que nos enviaste; e verdadeiramente mana leite e mel, e este é o seu fruto.

28

O povo, porém, que habita nessa terra é poderoso, e as cidades fortificadas e mui grandes; e também ali vimos os filhos de Enaque.

29

Os amalequitas habitam na terra do sul; e os heteus, e os jebuseus, e os amorreus habitam na montanha; e os cananeus habitam junto do mar, e pela margem do Jordão.

30

Então Calebe fez calar o povo perante Moisés, e disse: Certamente subiremos e a possuiremos em herança; porque seguramente prevaleceremos contra ela.

31

Porém, os homens que com ele subiram disseram: Não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós.

32

E infamaram a terra que tinham espiado, dizendo aos filhos de Israel: A terra, pela qual passamos a espiá-la, é terra que consome os seus moradores; e todo o povo que vimos nela são homens de grande estatura.

33

Também vimos ali gigantes, filhos de Enaque, descendentes dos gigantes; e éramos aos nossos olhos como gafanhotos, e assim também éramos aos seus olhos.

a. Embora o Senhor houvesse concordado em deixar que eles enviassem espias, por que esse não era o ideal? Qual foi o fruto dessa decisão?

R. O povo deveria confiar no Senhor sem questionamentos. Como resultado, o povo se encheu de temor;

b. Qual foi a reação da maioria dos espias, mesmo depois das poderosas manifestações do poder divino?

R. Infamaram a terra, dizendo que consumia seus moradores.

 

 

Sem dúvida, o povo se regozijou ao ouvir falar da produtividade de seu futuro lar. Os israelitas se maravilharam com os enormes cachos de uvas levadas entre dois homens. Na verdade, era tão bom, ou muito melhor, do que haviam imaginado.

Como sempre acontece, existem problemas com todas as coisas neste mundo pecaminoso, mesmo quando ­Deus nos guia. É evidente que ­Deus sabia que aqueles pagãos estavam lá. Os hebreus não pensaram que ­Deus podia ter cuidado da situação para eles? Afinal, veja o que Ele fizera aos egípcios!

Mas, esquecendo o poder e as promessas de ­Deus, eles viram os obstáculos à sua frente e, apesar dos apelos de Calebe e Josué, os outros espias encheram os ouvidos dos israelitas com palavras negativas.

 

Como você pode aprender a confiar em ­Deus, apesar dos obstáculos aparentemente impossíveis no caminho? Que decisões você está tomando hoje que determinarão como você responderá ao que enfrentará amanhã?

Quinta – 29 de Outubro                                 De Volta Para o Egito

7. Leia Números 14. Qual é a lição espiritual mais poderosa e importante que você pode tirar dessa história? Você sempre faz o mesmo?

R. O pecado, quando alimentado, cega o entendimento, levando a atrevimento cada vez maior. Os israelitas se rebelaram, não contra Josué e Calebe, mas contra o Deus que os guiara até ali.

1

Então toda a congregação levantou a sua voz; e o povo chorou naquela noite.

2

E todos os filhos de Israel murmuraram contra Moisés e contra Arão; e toda a congregação lhes disse: Quem dera tivéssemos morrido na terra do Egito! ou, mesmo neste deserto!

3

E por que o SENHOR nos traz a esta terra, para cairmos à espada, e para que nossas mulheres e nossas crianças sejam por presa? Não nos seria melhor voltarmos ao Egito?

4

E diziam uns aos outros: Constituamos um líder, e voltemos ao Egito.

5

¶ Então Moisés e Arão caíram sobre os seus rostos perante toda a congregação dos filhos de Israel.

6

E Josué, filho de Num, e Calebe filho de Jefoné, dos que espiaram a terra, rasgaram as suas vestes.

7

E falaram a toda a congregação dos filhos de Israel, dizendo: A terra pela qual passamos a espiar é terra muito boa.

8

Se o SENHOR se agradar de nós, então nos porá nesta terra, e no-la dará; terra que mana leite e mel.

9

Tão-somente não sejais rebeldes contra o SENHOR, e não temais o povo dessa terra, porquanto são eles nosso pão; retirou-se deles o seu amparo, e o SENHOR é conosco; não os temais.

10

Mas toda a congregação disse que os apedrejassem; porém a glória do SENHOR apareceu na tenda da congregação a todos os filhos de Israel.

11

¶ E disse o SENHOR a Moisés: Até quando me provocará este povo? e até quando não crerá em mim, apesar de todos os sinais que fiz no meio dele?

12

Com pestilência o ferirei, e o rejeitarei; e te farei a ti povo maior e mais forte do que este.

13

E disse Moisés ao SENHOR: Assim os egípcios o ouvirão; porquanto com a tua força fizeste subir este povo do meio deles.

14

E dirão aos moradores desta terra, os quais ouviram que tu, ó SENHOR, estás no meio deste povo, que face a face, ó SENHOR, lhes apareces, que tua nuvem está sobre ele e que vais adiante dele numa coluna de nuvem de dia, e numa coluna de fogo de noite.

15

E se matares este povo como a um só homem, então as nações, que antes ouviram a tua fama, falarão, dizendo:

16

Porquanto o SENHOR não podia pôr este povo na terra que lhe tinha jurado; por isso os matou no deserto.

17

Agora, pois, rogo-te que a força do meu Senhor se engrandeça; como tens falado, dizendo:

18

O SENHOR é longânimo, e grande em misericórdia, que perdoa a iniqüidade e a transgressão, que o culpado não tem por inocente, e visita a iniqüidade dos pais sobre os filhos até à terceira e quarta geração.

19

Perdoa, pois, a iniqüidade deste povo, segundo a grandeza da tua misericórdia; e como também perdoaste a este povo desde a terra do Egito até aqui.

20

¶ E disse o SENHOR: Conforme à tua palavra lhe perdoei.

21

Porém, tão certamente como eu vivo, e como a glória do SENHOR encherá toda a terra.

22

E que todos os homens que viram a minha glória e os meus sinais, que fiz no Egito e no deserto, e me tentaram estas dez vezes, e não obedeceram à minha voz,

23

Não verão a terra de que a seus pais jurei, e nenhum daqueles que me provocaram a verá.

24

Porém o meu servo Calebe, porquanto nele houve outro espírito, e perseverou em seguir-me, eu o levarei à terra em que entrou, e a sua descendência a possuirá em herança.

25

Ora, os amalequitas e os cananeus habitam no vale; tornai-vos amanhã e caminhai para o deserto pelo caminho do Mar Vermelho.

26

Depois falou o SENHOR a Moisés e a Arão dizendo:

27

Até quando sofrerei esta má congregação, que murmura contra mim? Tenho ouvido as murmurações dos filhos de Israel, com que murmuram contra mim.

28

Dize-lhes: Vivo eu, diz o SENHOR, que, como falastes aos meus ouvidos, assim farei a vós outros.

29

Neste deserto cairão os vossos cadáveres, como também todos os que de vós foram contados segundo toda a vossa conta, de vinte anos para cima, os que dentre vós contra mim murmurastes;

30

Não entrareis na terra, pela qual levantei a minha mão que vos faria habitar nela, salvo Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num.

31

Mas os vossos filhos, de que dizeis: Por presa serão, porei nela; e eles conhecerão a terra que vós desprezastes.

32

Porém, quanto a vós, os vossos cadáveres cairão neste deserto.

33

E vossos filhos pastorearão neste deserto quarenta anos, e levarão sobre si as vossas infidelidades, até que os vossos cadáveres se consumam neste deserto.

34

Segundo o número dos dias em que espiastes esta terra, quarenta dias, cada dia representando um ano, levareis sobre vós as vossas iniqüidades quarenta anos, e conhecereis o meu afastamento.

35

Eu, o SENHOR, falei; assim farei a toda esta má congregação, que se levantou contra mim; neste deserto se consumirão, e aí falecerão.

36

¶ E os homens que Moisés mandara a espiar a terra, e que, voltando, fizeram murmurar toda a congregação contra ele, infamando a terra,

37

Aqueles mesmos homens que infamaram a terra, morreram de praga perante o SENHOR.

38

Mas Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, que eram dos homens que foram espiar a terra, ficaram com vida.

39

E falou Moisés estas palavras a todos os filhos de Israel; então o povo se contristou muito.

40

E levantaram-se pela manhã de madrugada, e subiram ao cume do monte, dizendo: Eis-nos aqui, e subiremos ao lugar que o SENHOR tem falado; porquanto havemos pecado.

41

Mas Moisés disse: Por que transgredis o mandado do SENHOR? Pois isso não prosperará.

42

Não subais, pois o SENHOR não estará no meio de vós, para que não sejais feridos diante dos vossos inimigos.

43

Porque os amalequitas e os cananeus estão ali diante da vossa face, e caireis à espada; pois, porquanto vos desviastes do SENHOR, o SENHOR não estará convosco.

44

Contudo, temerariamente, tentaram subir ao cume do monte; mas a arca da aliança do SENHOR e Moisés não se apartaram do meio do arraial.

45

Então desceram os amalequitas e os cananeus, que habitavam na montanha, e os feriram, derrotando-os até Horma.

 

 

Entre todas as coisas horríveis que eles disseram, talvez a pior tenha sido que eles quiseram escolher um capitão para voltar para o Egito (v. 3, 4). Quando consideramos que o Egito simbolizava a escravidão do pecado, da morte, da alienação de ­Deus, agir como agiram, depois da libertação tão incrível, foi indesculpável.

"Os espias infiéis denunciavam em alta voz Calebe e Josué, e levantou-se o clamor para os apedrejar. A turba insana pegou pedras para matar aqueles homens fiéis. Avançaram com uivos de furor, quando subitamente as pedras lhes caíram das mãos, tombou sobre eles um silêncio, e tremeram de medo. ­Deus interviera para impedir seu desígnio assassino. A glória de Sua presença, como uma luz chamejante, iluminou o tabernáculo. … E ninguém ousou prosseguir com a resistência" (­Ellen G. ­White, Patriarcas e Profetas, p. 390).

8. Como vemos revelada a misericórdia e graça de ­Deus com esse povo que se rebelou abertamente contra Ele?

R. A pedido de Moisés, Deus perdoou Seu povo, mas decretou que nenhum dos que participaram da rebelião entraria na Terra Prometida…

 

 

Veja a reação deles ao castigo que receberam. De certo modo, tendo rejeitado o que ­Deus teria feito por eles, decidiram tentar fazê-lo por si mesmos, o que, é claro, resultou em desastre. Se eles tão-somente houvessem confiado em ­Deus, que já havia feito tanto por eles, o desastre poderia ter sido evitado. Mas o mais triste, como é sempre o caso com o pecado, também, é que muitos inocentes – que nada tinham a ver com a rebelião – sofreram pelos pecados de outros.

 

Sexta – 30 de Outubro                                       Estudo Adicional

 

Tendo enveredado por um mau caminho, esses homens se puseram insistentemente contra Calebe e Josué, contra Moisés e contra ­Deus. Cada passo à frente os tornava mais decididos. Estavam resolvidos a frustrar todo esforço para se apossarem de Canaã. Torciam a verdade a fim de sustentar sua influência nociva. 'É terra que consome seus moradores' (Nm 13:32), disseram eles. Essa não era somente uma notícia ruim, mas também mentirosa e incoerente. Os espias tinham declarado que o país era frutífero e próspero, e o povo era de estatura gigantesca, coisas essas que seriam impossíveis se o clima fosse tão insalubre que se pudesse dizer da terra que consumia os habitantes. Mas quando os homens entregam o coração à incredulidade, se colocam sob o domínio de Satanás e ninguém poderá dizer até onde ele os levará" (­Ellen G. ­White, Patriarcas e Profetas, p. 389).

 

Perguntas para reflexão

1. Por que é tão importante cultivar, em qualquer situação que enfrentemos, uma atitude de louvor e gratidão ao Senhor? Não importa quais sejam nossas circunstâncias, não temos nós todos motivos pelos quais ser gratos? Por que é tão importante nos demorar neles, em lugar das dificuldades que encontramos acidentalmente? Por que a gratidão e o louvor são importantes para manter forte nossa fé?

2. Você já notou como a crítica e a murmuração podem ser contagiosas e com que facilidade essas atitudes dos outros podem nos contaminar? O que isso deve nos dizer, então, sobre o cuidado que precisamos ter com respeito às palavras que saem de nossa boca?

3. Enquanto aguardamos a segunda vinda de Jesus, como corremos o perigo de, ainda que sutilmente, demonstrar as mesmas atitudes que achamos tão repugnantes nos hebreus?

 

Resumo: Os onze dias entre o Sinai e Cades-Barneia, nas fronteiras de Canaã, foram os piores que Israel viveu no deserto. Houve um clamor tão forte contra o maná que Moisés implorou a ­Deus que lhe permitisse morrer. O desafio de liderança de Miriã e Arão contra Moisés foi outro episódio deprimente. Finalmente, depois do relatório pessimista dos espias, a nação cruzou uma linha que resultou em quarenta anos de peregrinação no deserto.

 

FONTE: http://www.novotempo.org.br/licoesdabiblia/?p=880#more-880