GRATIDÃO Texto por: Pr. Albino Marks Todo o sistema ritual de sacrifícios em Israel constituía-se num programa de ensino para orientar a conduta do homem em seu relacionamento com Deus e revelar-lhe Seus objetivos restauradores. Eram ensinos que estabelecem princípios. Cada sacrifício tinha os seus objetivos definidos. Entre os diversos sacrifícios havia o de manjares. Os elementos usados para esta oferta eram produtos vegetais: farinha, azeite, cereais, sal, incenso e vinho. (Lv. 2:1, 13, 14; Nm. 15: 10 e 24). "A oferta de manjares representava submissão e dependência. ... Era um ato de homenagem a Deus, e um penhor de lealdade." - Ritual do Santuário. pág. 73. Neste sacrifício, pequena parte era queimada e o restante pertencia aos sacerdotes. A grande lição ensinada por este sacrifício é que tudo pertence a Deus que, como tal é a fonte de toda a bênção. Como reconhecimento e gratidão o homem devolvia parte ao Senhor. Certamente Paulo assentou seu argumento nestes sacrifícios quando dirigiu o apelo aos crentes romanos: "Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional." - Rm. 12:1 – Almeida Revista e Atualizada. Deus deseja e anela a entrega do homem. Em Cristo revela Seu amor e poder de atração. Não é usada a força da compulsão, mas o poder da atração. Quando o homem se rende, esse poder atua e molda o caráter.
No sacrifício típico o cordeiro morria e o pecador se entregava a Deus. No argumento de Paulo não é o cordeiro que morre, mas o pecador, que morre para o pecado e se entrega a Deus em um sacrifício vivo para viver para Deus. Tanto em um como no outro caso a entrega envolve a morte para o pecado e a vida para Deus. Não há entrega senão há morte para o pecado. |