ESTUDO ADICIONAL Texto por: Pr. Albino Marks
Os autores dos Salmos expressam com muita propriedade a maneira de Deus lidar com o pecador e o pecado. Em verdade, os Salmos espelham o ensinamento de todo o Velho Testamento. Os ensinos dos profetas eram comunicados ao povo em forma de sermões, discursos em prosa. Nos Salmos, estes ensinos foram transformados em poesias e recebiam melodias para serem cantadas nos serviços espirituais. Deste modo o ensino era repetido e o aprendizado firmado. Matos Soares ilumina o Salmo 62:12 e 13 com esta tradução: "Deus disse uma coisa: estas duas eu ouvi: o poder é de Deus, e tua, ó Senhor, é a graça; porque retribuirás a cada um segundo as suas obras".
A recompensa não é obtida por mérito de obras, mas é atribuída por graça de Quem possui todo o poder para fazê-lo. No entanto, a dádiva da graça, não isenta o pecador justificado, da conduta em harmonia com os princípios do Reino da graça. O texto coloca em evidência as três colunas mestras do plano redentor de Deus: A salvação é um ato do poder de Deus em favor do pecador. O ato do poder revela-se na graça oferecida por amor. A recompensa é uma dádiva que transforma o caráter do pecador à semelhança do caráter de Deus, colocando perante ele o padrão de conduta – a sua lei, que é o caminho por onde transita pecador justificado. No salmo 89:3 (2), a graça é apresentada como um atributo do caráter de Deus, e portanto é eterna, permanente e indestrutível: "Eu digo: 'A graça tem bases eternas; como os céus firmastes a vossa fidelidade'". – Pontifício Instituto Bíblico de Roma. O termo hebraico, que aparece nos textos acima citados, é traduzido por várias palavras em nosso vernáculo: Graça, amor, fidelidade, benevolência, misericórdia, benignidade, perdão. Todas as diferentes idéias expressas pelas palavras acima, convergem para um só conceito: GRAÇA. |