sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Comentário da Lição 09 - O Pecado de Moisés e Arão - Escola no Ar

4º Trimestre de 2009 - O Povo a Caminho - O Livro de Números
Comentário da Lição 09 - O Pecado de Moisés e Arão

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sábado, 21/11/2009 - › INTRODUÇÃO

"Suba ao ponto mais alto do Pisga e olhe para o norte, para o sul, para o leste, e para o oeste. Veja a terra com os seus próprios olhos, pois você não atravessará o Jordão". – Dt 3:27 – Nova Versão Internacional.

Os grandes homens, os líderes do trabalho em favor da causa de Deus também podem errar e tornar-se passíveis de conseqüências. Aqui encontramos o grande líder e baluarte da fé na peregrinação através do deserto, não procedendo em harmonia com a vontade de Deus. Sofreu as conseqüências desse ato.

Antes de Moisés, outro herói da fé, Abraão, que aprendera andar em harmonia com a vontade de Deus e confiar em Sua providência nos momentos mais difíceis, falhou por confiar em sua própria solução.

"Então chamou Abimileque a Abraão e lhe disse: Que é isso que nos fizeste? em que pequei eu contra ti, para trazeres tamanho pecado sobre mim e sobre o meu reino? Tu me fizeste o que não se deve fazer. Disse mais Abimileque a Abraão: Que estavas pensando para fazeres tal coisa?" - Gn. 20:9 e 10 – Almeida Revista e Atualizada.

Depois de advertir a Abraão de que o que ele fez, não poderia ter feito, faz a desconsertante pergunta: "Onde estava a tua cabeça quando você fez isto? Não avaliou as conseqüências deste ato?" Abimileque define como pecado o envolvimento sexual com Sara, pois era ela esposa de Abraão. Declara que este pecado afetaria não somente a ele, mas a todo o seu reino. Que compreensão da santidade da lei moral! Que lição moral para o gigante da fé!

Também aconteceu na Igreja apostólica. Em sua visita à igreja de Antioquia, Pedro temendo ser mal visto e talvez sofrer o opróbrio do desprezo pelos seus conterrâneos, afastou-se dos gentios. É quase impossível crer que Pedro, com convicções claras e firmes em sua fé, vacilasse de modo tão desconcertante anos mais tarde. Ressurgiu o velho Pedro precipitado, sem firmeza espiritual. Paulo repreendeu severamente seu companheiro de ministério.

Pense: "Com efeito, antes de chegarem alguns da parte de Tiago, comia com os gentios; quando, porém, chegaram afastou-se e, por fim, veio a apartar-se, temendo os da circuncisão". – Gl 2:12 – Almeida Revista e Atualizada.

Desafio: "Ninguém o despreze pelo fato de você ser jovem, mas seja um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé e na pureza". – 1Tm 4:12 – Nova Versão Internacional.



domingo, 22/11/2009 - › QUANDO OS GIGANTES CAEM

Quantas vezes pensamos nestes heróis da fé como homens invulneráveis às investidas e insinuações do inimigo e, no entanto, também eles tiveram seus momentos de indecisão, de fraqueza, quando facilmente eram envolvidos pelas malhas engenhosamente entretecidas pelo tentador. Uma queda, porém, não implica em derrota, e no poder de Deus erguiam-se para triunfar. São exemplos dignos e merecedores de imitação.

Para nosso ensino é importante lembrar que a influência de um líder é contagiante, porque a sua posição está envolvida em grandes responsabilidades. Um gesto seu pode decidir uma questão para o bem ou para o mal.

Avaliemos a experiência de Pedro. Ele compreendera e aceitara a salvação pela fé em Jesus sem a necessidade dos símbolos típicos. Quando pregou o eloqüente sermão do Pentecostes, a mensagem e o apelo para a conversão centralizaram-se em Cristo.

Para Pedro, a barreira de separação fora derribada, e não só partilhava com os gentios a comunhão espiritual, mas também da mesa do pão material. Ora, sentar-se à mesa com um gentio incircunciso era grave pecado para o cerimonialista, visto entrar em contato com o imundo. Quando, pois, chegaram alguns judaizantes, Pedro dissimuladamente afastou-se dos gentios.

A atitude de Pedro estava levando a conseqüências desastrosas, evitadas pela pronta e positiva ação de Paulo. Juntamente com ele, outros judeus cristãos começaram a afastar-se dos gentios dissimulando, encobrindo sua verdadeira fé, a ponto de outro ministro, Barnabé, incorrer no mesmo erro.

Pense: "Esta revelação de fraqueza da parte daqueles que haviam sido respeitados e amados como dirigentes, produziu dolorosa impressão na mente dos crentes gentios. A igreja foi ameaçada de divisão. Mas Paulo, que viu a subversiva influência do erro praticado para com a igreja pela duplicidade de atitude da parte de Pedro, reprovou-o abertamente por dissimular assim seus verdadeiros sentimentos". – Atos dos Apóstolos, pág. 198.

Desafio: "E também os demais judeus dissimularam com ele, ao ponto de o próprio Barnabé ter-se deixado levar pela dissimulação deles". – Gl 2:13 – Almeida Revista e Atualizada.



segunda-feira, 23/11/2009 - › A MORTE DE ARÃO

Chegara o momento da transferência da responsabilidade da liderança espiritual para Israel. Arão, já com 123 anos, iria para o repouso da morte e seu filho Eleazar recebe as vestes e os deveres da sucessão sacerdotal. Moisés, Arão e Eleazar sobem para o alto do monte Hor, um pouco mais ao norte de Cades-Barnéia, (Guia Completo da Bíblia – Rdigest, 69), onde a cerimônia da transferência das obrigações sacerdotais é realizada aos olhos de todo o Israel acompanhando-a à distância do sopé do monte.

Moisés e Eleazar descem para o acampamento, estando este vestido com todos os paramentos sacerdotais. O encontro deve ter sido impressivo e causando um impacto de tristeza, solenidade, reverência e respeito. O encanecido e admirado líder foi pranteado durante trinta dias. Mas ali se encontrava o sucessor seguindo as determinações de Deus na condução de Seu povo.

Do mesmo modo, Deus continua dirigindo o Seu povo nos dias atuais. A década de 1830 foi assinalada por um grandioso reavivamento espiritual. A mensagem da breve volta de Jesus começou a arder crepitante em milhares de corações. Como era grandiosa e doce esta esperança! Contudo veio o amargo desapontamento. Toda aquela gigantesca obra de década e meia, evaporou-se na tranqüila madrugada de 23 de outubro de 1844.

Nos dias subsequentes ao desapontamento um pequeno grupo, um remanescente ressurgiu da voragem amarga da decepção, sob a liderança de Deus. Entre as cinzas do desânimo e da frustração total, e sob a chuva violenta do escárnio, da zombaria implacável, encontraram brasas incandescentes que lhes ativaram o fogo da fé, da esperança e do amor. O movimento caminha triunfante para o grande dia do glorioso encontro.

Pense: Para Moisés, Deus deu a seguinte orientação, de como preservar a fé e a experiência espiritual do povo de Israel: "Mas vejam lá! Tomem muito cuidado de não esquecer o que viram Deus fazer por vocês. Que os milagres feitos por Ele marquem profundamente os seus corações e produzam permanente efeito nas suas vidas! Contem aos filhos e aos netos os gloriosos milagres que Deus fez". – Dt. 4:9 – A Bíblia Viva.

Desafio: "Um mau ato jamais pode ser desfeito. Pode ser que o trabalho de uma vida inteira não recupere o que se perdeu em um simples momento de tentação ou mesmo de inadvertência". – Patriarcas e Profetas, pág. 448.



terça-feira, 24/11/2009 - › O PECADO DA INGRATIDÃO

Os israelitas estavam vagueando pelo deserto quase quarenta anos. Se pensarmos em termos de comodidade, certamente concluiremos que não estava sendo um período de tempo agradável. No entanto, se avaliarmos que durante todos estes anos não lhes faltou pão, água, o conforto durante o dia e a noite protegidos pela nuvem e a coluna de fogo e acima de tudo, a liderança visível de Deus, concluímos que não foi um período de tempo muito ruim.

Contudo, apesar de todas as evidências do constante cuidado de Deus por eles, com freqüência murmuravam contra Moisés e contra Deus. Parece que amavam a ingratidão.

Como agimos nós, neste tempo em que todos os dias, apesar dos contratempos de viver em um mudo dominado pelo pecado, podemos sentir o cuidado de Deus nos envolvendo a cada momento?

Aos tessalonicenses, Paulo escreve: "Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco". - 1Ts 5:18. – Almeida Revista e Atualizada. Ou: "Dai graças em todas as circunstâncias". – Tradução Ecumênica da Bíblia.

Paulo está se dirigindo aos membros das igrejas de maneira geral. Todos são concitados a aprender e desenvolver o espírito de gratidão.

O espírito de gratidão é uma atitude mental positiva em relação a tudo o que acontece com você. Viver na gratidão sob todas as circunstâncias significa que você sempre terá motivos de gratidão ainda que aconteça o que não é do seu agrado.

O espírito de gratidão encontra motivos em tudo para externar gratidão, porque é um estado de espírito. O espírito de gratidão é a maneira de a pessoa reagir em face dos acontecimentos é o seu modo de ser, porque ela observa sempre o que de positivo se encontra em cada situação.

Pense: "Como é feliz o homem que tem suas desobediências perdoadas e seus pecados cobertos! Como é feliz o homem cujos pecados Deus apagou e está livre de más intenções em seu coração!" - Salmo 32:1 e 2 - BV.

Desafio: "Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga ao seu santo nome". - Sl 103:1 – Almeida Revista e Atualizada.



quarta-feira, 25/11/2009 - › SERPENTES ABRASADORAS

Declara Paulo: "Muito mais aqueles que recebem de Deus a imensa provisão da graça e a dádiva da justiça reinarão em vida por meio de um único homem, Jesus Cristo". – Rm 5:17 – Nova Versão Internacional. O dom da graça e da justiça para livrar o pecador da condenação, em conseqüência do pecado de Adão e de seus próprios pecados, está em Cristo Jesus. É uma questão de aceitar e receber a dádiva oferecida.

Um ponto importante precisa ser entendido em relação à provisão da graça feita em favor do pecador. Ela é ampla, mas somente se torna eficaz quando o pecador sente sua condição de escravo do pecado e se volve a Cristo, para obter o Seu perdão e justificação. A provisão da graça é ampla, mas a sua ação eficaz é individual. Assim como a serpente levantada por Moisés no deserto, proveu graça e cura para todos os que sofressem a picada mortal de serpentes, mas somente recebia a cura quem volvesse o olhar para ela, assim é a provisão em Jesus. Cada pecador precisa sentir a malignidade do pecado que o domina desde que é concebido. Precisa compreender que por nascimento é pecador e em consequência vive como pecador. Precisa reconhecer a sua necessidade de graça e volver a Deus em busca de perdão e justificação.

Duas condições requeridas por Deus para tornar eficaz o plano de Sua graça salvadora precisam ser satisfeitas: justiça pela fé em Jesus e justiça pela conduta na submissão à vontade de Deus expressa em Sua lei moral. Em nenhuma das duas condições entram méritos do pecador. Ele aceita pela fé a graça de Deus manifestada em Jesus e se submete pela fé, movido pelo amor, à todas as orientações de conduta para os que são salvos pela fé.

Pense: "Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe." - Sl 51:5 – Almeida Revista e Atualizada.

Desafio: "O Espírito Santo era o mais elevado dos dons que Ele podia solicitar do Pai para exaltação de Seu povo. O Espírito ia ser dado como agente de regeneração, sem o qual o sacrifício de Cristo de nenhum proveito teria sido". – Rev. and Her. 19 de novembro de 1908 – MM. 1999, pág. 13.



quinta-feira, 26/11/2009 - › PRIMEIRAS CONQUISTAS

Depois da morte de Arão, os israelitas partiram do monte Hor, em direção leste, para Obote, cerca de 40 km ao sul do mar Morto. Mas antes de lá chegarem, em razão de suas murmurações, Deus enviou as serpentes abrasadores. De Obote avançaram até o vale de Zerede, ao qual Moisés se referiu nesta palavras: "Passaram-se trinta e oito anos entre a época em que partimos de Cades-Barnéia, e a nossa travessia do vale de Zerede". – Dt. 2:14 – Nova Versão Internacional.

Avançando um pouco mais para o norte, mas já além da metade do mar Morto em seu comprimento norte-sul, enfrentaram a primeira oposição real dos cananeus, governados por Seom. Estes foram derrotados e suas terras tornaram-se as primeiras posses de Israel. Em seguida derrotaram o Rei Ogue, dominando sobre Basã, região que se tornou conhecida com Gileade. Estas duas conquistas foram destinadas às tribos de Ruben, Gade e à meia tribo de Manassés.

Toda a estratégia das batalhas nestas conquistas foi definida por Deus. Ele é o poderoso protetor de Seu povo e o guerreiro invencível contra as hostes do mal.

Assim também é com a Igreja através de todos os tempos, Em muitas situações parecia que aqueles que se erguiam em nome de Deus seriam exterminados da terra. No entanto, nos momentos mais difíceis e escuros, Ele se erguia e se ergue em favor de Seus escolhidos e a Igreja com o estandarte da verdade triunfa.

A vitória final de Deus e de Seu povo é certa e o pecado e o mal não prevalecerão para sempre. Muito breve, o cântico de triunfo ecoará pela imensidão do Universo aclamando o Rei e Soberano Senhor.

Pense: "'Nenhuma arma forjada contra você prevalecerá, e você refutará toda língua que a acusar. Esta é a herança dos servos do Senhor, e esta é a defesa que faço do meu nome', declara o Senhor". – Is 54:17 – Nova Versão Internacional.

Desafio: "Foi ele que feriu muitas nações e matou reis poderosos". – Sl 135:10 – Nova Versão Internacional.



sexta-feira, 27/11/2009 - › ESTUDO ADICIONAL

Os autores dos Salmos expressam com muita propriedade a maneira de Deus lidar com o pecador e o pecado. Em verdade, os Salmos espelham o ensinamento de todo o Velho Testamento. Os ensinos dos profetas eram comunicados ao povo em forma de sermões, discursos em prosa. Nos Salmos, estes ensinos foram transformados em poesias e recebiam melodias para serem cantadas nos serviços espirituais. Deste modo o ensino era repetido e o aprendizado firmado.

Matos Soares ilumina o Salmo 62:12 e 13 com esta tradução: "Deus disse uma coisa: estas duas eu ouvi: o poder é de Deus, e tua, ó Senhor, é a graça; porque retribuirás a cada um segundo as suas obras".

A recompensa não é obtida por mérito de obras, mas é atribuída por graça de Quem possui todo o poder para fazê-lo. No entanto, a dádiva da graça, não isenta o pecador justificado, da conduta em harmonia com os princípios do Reino da graça.
O texto coloca em evidência as três colunas mestras do plano redentor de Deus: A salvação é um ato do poder de Deus em favor do pecador. O ato do poder revela-se na graça oferecida por amor. A recompensa é uma dádiva que transforma o caráter do pecador à semelhança do caráter de Deus, colocando perante ele o padrão de conduta – a sua lei, que é o caminho por onde transita pecador justificado.

No salmo 89:3 (2), a graça é apresentada como um atributo do caráter de Deus, e portanto é eterna, permanente e indestrutível: "Eu digo: 'A graça tem bases eternas; como os céus firmastes a vossa fidelidade'". – Pontifício Instituto Bíblico de Roma.

O termo hebraico, que aparece nos textos acima citados, é traduzido por várias palavras em nosso vernáculo: Graça, amor, fidelidade, benevolência, misericórdia, benignidade, perdão. Todas as diferentes idéias expressas pelas palavras acima, convergem para um só conceito: GRAÇA.

Pense: "Não me expulses da tua presença, nem tires de mim o teu Santo Espírito. Devolve-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito pronto a obedecer". – Sl 51:11 e 12 – Nova Versão Internacional.

Desafio: "Pois quanto o céu se alteia acima da terra, assim é grande a Sua misericórdia para com os que o temem. Quanto dista o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões". - Sl 103:11 e 12 – Almeida Revista e Atualizada.



Conheça o autor
Pr. Albino Marks
Especialista em aconselhamento familiar e profundo estudioso da Bíblia, o pastor Albino Marks já atuou como preceptor (IAP, IACS, IAE-SP); capelão (IACS e Hospital do Pênfigo); diretor geral do IAP; departamental em várias associações e na UCB.

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