Jesus nasceu antes da morte de Herodes Magno (Mt 2:1; Lc 1:5), que faleceu na primavera de 750 da era romana, quer dizer: no ano 4 antes de Cristo. Conforme estudos o ano mais provável do nascimento de Jesus é 7 ou 6 antes da era cristã.
Visto estes detalhes nas Escrituras, chegamos à conclusão que João Batista foi gerado no fim de junho ou inicio de julho, quando Zacarias voltou para casa após seu serviço no templo. Jesus foi concebido seis meses depois, no fim de dezembro ou início de janeiro. Ele não nasceu em dezembro como diz a tradição, mas foi gerado neste mês. Nove meses depois, no final do sétimo mês (Etenim), no final de setembro no nosso calendário (Superinteressante, dez/1999, pág. 33), quando os judeus celebravam o dia da expiação dos pecados, Deus veio habitar com Seu povo, nasceu Jesus, sendo comemorado, depois, com a festa dos Tabernáculos.
Do mesmo modo, por outro raciocínio. A profecia em Daniel 9:24-27 indica o aparecimento do Messias no começo da 70ª "semana" de anos (Da 9:25) e sua morte sacrificial no meio ou "na metade" da última semana, desta forma pondo fim à validez dos sacrifícios e das oferendas sob o pacto da Lei (Da 9:26-27 com He 9:9-14 e 10:1-10). Isto significaria um ministério de três anos e meio (a metade duma "semana" de sete anos) para Jesus Cristo. Assim, a morte de Jesus ocorreu no mês primaveril de Nisã, seu ministério, que começou três anos e meio antes, segundo Daniel 9:24-27, deve ter tido início no outono, por volta do mês de Etanim (setembro-outubro). Portanto, o ministério de João (iniciado no 15° ano de Tibério) deve ter começado na primavera do ano 29 EC. Por conseguinte, o nascimento de João é situado na primavera do ano 2 AC, o nascimento de Jesus ocorreu seis meses depois em 2 AC, seu ministério começou cerca de 30 anos depois, no outono de 29 EC, e sua morte se deu no ano 33 EC (em 14 de nisã, na primavera, conforme declarado).
Jesus Cristo, quando tinha 33 e meio anos de idade foi preso às vésperas da Páscoa judaica (Marcos 14:1), a qual é celebrada no dia 10 de Nisã-Abibe (Êxodo 12:1-3, 23:14-15 e 34:18), data esta que no nosso calendário solar gregoriano corresponde à segunda quinzena de Março. Portanto, Jesus Cristo foi crucificado na véspera do dia da Páscoa, numa Sexta-feira (Marcos 15:42-43, Lucas 23:52-54, João 19:13-18; Marcos 15:25,33 e Mateus 27:48), dia 25 de Março do ano 18 de Tibério César (alguns dizem que foi 5 de Abril do ano 30 de nosso calendário).
Na Páscoa o Cordeiro tinha que ser morto (Êxodo 12:5-6) e, assim, Jesus Cristo foi O Cordeiro Perfeito provido por Deus (João 1:29,36 e 12:24,27).
Jesus Cristo ressuscitou no primeiro dia da semana (Mc 16:2, Mt 28:1, Lc 24:1-3 e João 20:1), ou seja, no Domingo de Páscoa (Lv 23:11), dia 16 de Nisã.
Então, voltando seis (6) meses no calendário, a partir do dia de sua morte, encontramos o mês de seu nascimento, qual seja Tisri/Etanim (1ª quinzena de setembro até 1ª quinzena de outubro); e, depois, voltando mais 33 anos, obtém-se o ano de seu nascimento.
Ressalta-se assim que nesse mês em questão, no dia dez é o dia da expiação dos pecados (Lv 23:27, 16:24 e Nm 29:7) e do dia 15 ao 23, é a festa dos Tabernáculos (Lv 23:24, Dt 16:13 e Nm 29:12). Ainda mais, esse período em nosso calendário corresponde ao signo de virgem.
Portanto, seis meses para frente ou para trás caem na mesma data. Assim, Jesus Cristo nasceu no dia da expiação dos pecados (onde o sumo sacerdote fazia o sacrifício pelo perdão dos pecados de todos e Jesus Cristo é o Sumo Sacerdote Eterno – Hebreus 2:17; 3:1; 4:14-15; 5:1,5-6,10; 6:20; 7:1-3,11,15,17,21,26; 8:1,3-4; 9:7,11,25; 10:11,21 e 13:11) e na época da festa dos Tabernáculos, ambas as festividades aconteciam a cada ano, no final do 7º mês (Tisri-Etanin) do calendário judaico, que corresponde ao mês de setembro do nosso calendário.
No primeiro dia do sétimo mês era tocada a trombeta (Lev. 23:24- 25) para anunciar o primeiro dia do ano civil ou ano novo. A trombeta também alertava ao povo da proximidade do Dia da Expiação, que era dia de juízo onde se exigia preparação e solenidade.
O Dia da Expiação (Lev. 23:26-32), acontecia no décimo dia do sétimo mês. O Purim é considerado a celebração por excelência. Em Purim aceitamos a Hasgachá (autoridade) Divina com regozijo, por temor ao ditame, em troca em Purim aceitamos a Hashgachá Divina com alegria, dado que podemos encontrar o Todo-Poderoso nos momentos mais inesperados e ocultos. Nesse dia, ninguém realizava qualquer trabalho, pois todo o povo se reunia junto à Tenda da Congregação, ou seja, no Templo. Somente o sumo sacerdote realizava a grande obra da reconciliação. O Santuário era purificado das transgressões daqueles que um dia sacrificaram um cordeiro e tiveram seus pecados transferidos simbolicamente através do sangue do animal que era aspergido no Tabernáculo/Templo. É a preparação (santificação) do povo e do Templo para poderem receber o Senhor, ou seja, para poderem estar na presença de Deus. O sumo sacerdote entrava no lugar mais santo do santuário (Santo dos santos), onde ficava a arca da aliança. Ele era a única pessoa que podia ir lá. Dentro da arca, estavam os Dez Mandamentos nas tábuas de pedra escritos por Moisés, quando Deus esteve com ele por 40 dias e noites (Êxodo 34:27-28). Também estava dentro da arca um pote de maná e a vara de Arão que Deus havia feito florescer para mostrar que Arão devia ser o primeiro sumo sacerdote. Os principais preceitos da cerimônia são serviços religiosos, jejum, toque do shofar, compenetração e expiação.
Uma semana antes do dia da expiação, o Sumo Sacerdote deixava sua casa e ia morar no Templo. Nessa semana ele realizava todas as atividades do Templo ele mesmo, ao contrário do restante do ano. Além disso, ele estudava duas porções da Lei e as aprendia de cor para se assegurar que não cometeria erros na liturgia. Na noite anterior, o Sumo Sacerdote passava a noite inteira acordado estudando a Lei e se preparando. Se ele porventura dormitasse ou pegasse no sono, sacerdotes mais jovens o acordariam recitando salmos. Muitas vezes o sacerdote passava a noite inteira em pé no pavimento de pedra do Templo.
Na manhã ele punha suas roupas sacerdotais e realizava as atividades do ritual matinal, incluindo o sacrifício matinal, acender a menorah (castiçal de sete velas) e a queima de incenso. Ele então lavava seus pés e mãos numa bacia dourada e se banhava num banho ritual que seria repetido por todo o dia.
Então o Sumo Sacerdote se despia de suas vestes sacerdotais, colocava uma túnica feita de uma única peça de tecido de Linho e caminhava até um novilho e recitava para si mesmo e para sua família a primeira das três orações confessionais. Em três vezes durante essa oração ele pronunciava o Nome Temível (o nome que Deus usou para se identificar a Moisés) ao contrário do costumeiro "Adonai" que significa Senhor. Os que o observavam, em reverência ao momento, caiam ao chão e gritavam em alta voz: "Bendito seja o Nome, a glória do seu reino para sempre."
O sumo sacerdote então caminhava até dois bodes idênticos previamente escolhidos. Através de uma loteria, um era escolhido como sacrifício a Deus, e o outro, chamado Azazel (traduzido como bode expiatório) era levado perante ele. O Sumo sacerdote pegava esse bode pelos chifres e recitava sobre ele os pecados de todo o povo e amarrava lã vermelha entre seus chifres. Esse bode era lançado no deserto carregando os pecados coletivos de todo o povo. O novilho era sacrificado e seu sangue era mantido numa bacia para o uso ritual posterior.
Então finalmente chegava a parte mais importante da cerimônia. O Sumo sacerdote subia por uma rampa ao altar, enchia um vaso sagrado com carvão e um receptáculo dourado com incenso. Então, debaixo do escrutínio de todo o povo, ele entrava no Santo dos Santos, o santuário interior onde o Espírito de Deus habitava e que nenhum homem poderia entrar sob pena de destruição divina. Uma vez dentro, ele acendia o incenso e saia do santuário interior. O ritual continuava com o Sumo sacerdote aspergindo sangue no véu que separava o Santo dos Santos como um ato de purificação. Então o bode restante era morto e o sangue adicional aspergido no véu e na base do altar.
Ao mesmo tempo em que isso acontecia, o bode expiatório era levado do templo a um sacerdote previamente escolhido cuja função era levá-lo a um local no deserto da Judéia, a uns 12 kilomêtros de distância, onde ele empurrava o bode num abismo.
Com o passar dos anos e a destruição do templo, a liturgia ritual foi substituída por uma liturgia de orações confessionais. O livro de Jonas é lido no Yom Kippur.
Há quase dois mil anos, Jesus Cristo, como Grande Sumo Sacerdote Eterno, entrou no Santo dos Santos celestial pelo Seu próprio sangue (Hb 9:12-14). Esse aspecto do Yom Kippur foi cumprido na Sexta-Feira, quando Jesus Cristo não derramou sangue estranho, mas Seu próprio sangue e, assim, penetrou no Santo dos Santos: "Quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote eterno dos bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito Tabernáculo/Templo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação (ou seja, seu próprio corpo), não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção" (Hb 9:11-12).
Hb 9.24-28a - "Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus; nem ainda para se oferecer a si mesmo muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no Santo dos Santos com sangue alheio. Ora, neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, manifestou-se uma vez por todas, para aniquilar pelo sacrifício de si mesmo o pecado. E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois disto, o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos...".
O Véu desempenhava importante função no Tabernáculo. Era ele que separava o Lugar Santo do Lugar Santíssimo, onde somente o Sumo-Sacerdote podia adentrar, e isto uma só vez no ano, ou seja, no Dia da Expiação. Com a morte do Filho de Deus, nos relatam as Escrituras que o Véu do Templo (que nos separava do Pai no Santo dos Santos) se rasgou de alto a baixo (Mt 27:51), tornando aquele local, um local de livre acesso para todos! Agora tanto judeus, como gentios, mulheres e crianças podiam olhar para dentro do Santo dos Santos sem o risco de perder a vida. Isto nos quer dizer que daquele momento em diante todos, sem exceção, temos pleno/total acesso direto e irrestrito a Deus e, por essa razão, somente Jesus Cristo é o nosso único mediador, intercessor, advogado, intermediário, representante... junto à Deus.
"Tendo, pois irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura." (Heb 10:19-22).
A festa dos Tabernáculos ou das Cabanas (Lev. 23:33-44), significava Deus habitando com seu povo. Foi instituída por Deus como memorial para que o povo de Israel se lembrasse dos dias de peregrinação pelo deserto em que o Senhor habitou num Tabernáculo no meio do seu povo (Lv 23:39-44; Ne 8:13-18). Os israelitas, em memória ao tempo em que eram errantes no deserto e viviam em tendas, deviam voltar a morar em barracas durante sete dias (portanto, Cristo não nasceu nessa semana já que todos estão em barracas/tendas e não em suas casas - Lucas 2:7). Ao contrário da contrição da festa anterior, havia muito júbilo e alegria nesta ocasião. O juízo havia passado e o perdão dos pecados estava garantido.
Em todas as Escrituras, Deus adverte seu povo a não servir aos falsos deuses estrangeiros nem copiar suas "obras". Entretanto, geração após geração de judeus no Velho Testamento achou o sistema idólatra de adoração das nações pagãs circunvizinhas absolutamente irresistíveis. Ao ler o Velho Testamento, você encontra Deus advertindo seu povo, repetidas vezes a não seguirem a religião, as tradições e as práticas das nações adoradoras de Satanás (Baal) circunvizinhas a Israel.
"Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao SENHOR, escolhei hoje a quem sirvais; se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao SENHOR.". [Josué 24:15]
"Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom." [Mateus 6:24]
"Não te inclinarás diante dos seus deuses, nem os servirás, nem farás conforme às suas obras; antes os destruirás totalmente, e quebrarás de todo as suas estátuas." [Êxodo 23:24]
"... se servires aos seus deuses, certamente isso será um laço para ti." [Êxodo 23:33]
I Coríntios 10:21 - "Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios."
II Coríntios 6:14-17 - "Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; E não toqueis nada imundo, E eu vos receberei;"
No entanto, vez após vez, Israel se recusou a obedecer às advertências de Deus e mergulhou fundo na adoração pagã de seus vizinhos. Esse paganismo penetrou até mesmo nos círculos internos do governo, sob a liderança de maus reis e rainhas e, no Templo, por meio dos sacerdotes idólatras. Em numerosas ocasiões, Deus levantou reis justos que imediatamente iniciavam uma limpeza física no templo, no sacerdócio e dos judeus seguidores de Baal, o demônio-deus favorito daquela época. Deus deixou registrado nas Escrituras esses tempos de reforma e restauração para nós. Portanto, vamos examinar algumas passagens onde Deus ordenou uma remoção total da adoração a Baal.
"Mas os seus altares derrubareis, e as suas estátuas quebrareis, e os seus bosques cortareis." [Êxodo 34:13]
"E tiraram as estátuas da casa de Baal, e as queimaram." [2 Reis 10:26]
"Porque tirou os altares dos deuses estranhos, e os altos; e quebrou as imagens, e cortou os bosques." [2 Crônicas 14.3]
"E acabando tudo isto, todos os israelitas que ali se achavam saíram às cidades de Judá e quebraram as estátuas, cortaram os bosques, e derrubaram os altos e altares por toda Judá e Benjamim, como também em Efraim e Manassés, até que tudo destruíram." [2 Crônicas 31:1]
"E quebrará as estátuas de Bete-Semes, que está na terra do Egito; e as casas dos deuses do Egito queimará a fogo." [Jeremias 43:13]
"Israel é uma vide estéril que dá fruto para si mesmo; conforme a abundância do seu fruto, multiplicou também os altares; conforme a bondade da sua terra, assim, fizeram boas as estátuas." [Oséias 10:1]
No último verso, vemos que, quando Deus permitiu que Israel se tornasse próspero financeiramente e seus cidadãos se tornassem abastados, a nação descambou ainda mais na adoração pagã. Parece que as riquezas e um padrão elevado de vida são laços espirituais, porque as pessoas sentem menos necessidade de Deus e são levadas por suas próprias lascívias às religiões pagãs que promovem essas lascívias. Obviamente, um paralelo direto pode ser trazido para o mundo ocidental hoje, porque estamos quase tão pagãos quanto Israel estava durante o tempo dos julgamentos de Deus no Velho Testamento, e temos obeliscos por toda a parte!
O cristianismo começou a ser corrompido pelo mesmo tipo de paganismo durante o reinado de Constantino. Esse rei deu início à prática de combinar a doutrina, arte e objetos cristãos com os do paganismo. Esse processo é chamado "sincretização". Embora Constantino tenha iniciado a prática, a Igreja Católica Romana é que a aperfeiçoou! Os papas católicos acreditaram erroneamente que podiam "cristianizar" um objeto satânico de adoração orando sobre ele e/ou ungindo-o com "óleo santo", tornando assim o objeto aceitável para o uso cristão.
Nos últimos 1.400 anos, a Igreja Católica Romana tem conduzido a civilização ocidental pela estrada vil da sincretização, onde material satânico foi misturado com material cristão. O resultado é uma mistura podre que Jesus Cristo sempre rejeitará! Muitas pessoas despertarão diante do Grande Trono Branco do Julgamento e descobrirão, tarde demais, que Jesus não aprova nem um tiquinho essa mescla do paganismo com o verdadeiro cristianismo. A orientação de Jesus de que devemos ser "prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas" [Mateus 10:16]
Assim, a tradição (Mt 15:2) que emanava do "deus deste mundo" (II Cor 4:4), brotou por meio do paganismo, foi transplantada para o Cristianismo por antepassados infiéis e aperfeiçoada pela Igreja de Roma, "a grande Babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra" (Apoc 17:5). Assim como as crianças são levadas a acreditar em Papai Noel, a Cristandade tem sido enganada por cegos que são guias de cegos (Lc 6:39).
Nós vivemos dentro de uma atmosfera espiritual: decidimos amar a Jesus e servi-lo, mas existe um reino inimigo que trabalha para inserir um ensino diferente daquele que a Bíblia traz - o falso ensino. O apóstolo Pedro nos faz uma advertência na sua carta - 2 Pedro 2:1 "No passado apareceram falsos profetas no meio do povo, e assim também vão aparecer falsos mestres entre vocês. Eles ensinarão doutrinas destruidoras e falsas e rejeitarão o Mestre que os salvou. E isso fará cair sobre eles uma rápida destruição". Portanto, aquilo que não está na Bíblia não serve para o cristão. O que a Bíblia não fala, não podemos tomar como base para nossa vida ou usarmos para traçar um perfil religioso, pois pode conduzir a heresias. Se não obedecer a Bíblia já é um erro, quanto mais fazer algo que a Bíblia não manda!
II Coríntios 11:13 nos fala da possibilidade de recebermos ensinos errados por meio de alguns que se dizem apóstolos de Cristo, mas são falsos sacerdotes. Apóstolo de Cristo é alguém que ensina as mesmas coisas que Jesus ensinou e que não muda o ensino original. Infelizmente muitos ensinos errados foram absorvidos pela Igreja de Jesus, formando uma geração marcada pela fortaleza do engano. Mas, vamos tomar posições quanto a isso e quebrar as amarras que estão sobre nós. Por favor, leia os textos de II Coríntios 6:14-18.
Observe que no verso 15 há uma forte advertência, dizendo que não há como uma pessoa viver na dúbia prática de servir a Deus e ao diabo, ser crente e agir como incrédulo, viver num nível de confusão e embaraço. Em Apocalipse 18:4 a Palavra de Deus é clara quando diz "Então ouvi outra voz do céu, que disse: - Saia dessa cidade, meu povo! Saiam todos dela para não tomarem parte nos seus pecados e para não participarem dos seus castigos!" Deus não quer que seus filhos sejam participantes de duas visões, porque Ele tem uma aliança com o seu povo. Não seja participante de duas visões porque o Reino de Deus não tem duas visões, ou você é de Deus ou é do Diabo. Ou vai para o céu ou vai para o inferno. Não existe meio termo na Bíblia e Jesus diz em Mateus 5:37 "Que o "sim" de vocês seja sim, e o "não", não, pois qualquer coisa a mais que disserem vem do Maligno".
Apocalipse 3:15-16 – "Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca."
Então a Bíblia não nos ensina a fazer acordos ou concessões com os pagãos para viver bem, mas diz que nosso compromisso é com nossa Pátria celestial, pois é de lá que somos cidadãos. Filipenses 3:20 " Mas nós somos cidadãos do céu e estamos esperando ansiosamente o nosso Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que virá de lá".
Em Efésios 2:1-2 o apóstolo Paulo nos diz que antigamente, isto é, antes de nosso nascimento espiritual, nossos hábitos e atitudes eram os mesmos de um morto espiritual, isto é, fazíamos as mesmas coisas que faziam as pessoas que não aceitaram a Jesus como Salvador, e que por isso são chamados de pessoas do mundo. Tais pessoas do mundo, acreditam que Jesus exista e até comemoram seu nascimento, mas não vivem de acordo com os seus ensinos nem o reconhecem como o Senhor de suas vidas, como o Senhor Deus Todo Poderoso, e muito menos querem seguir seus ensinos como Mestre, e isto é que é o problema maior.
Se nós, os cristãos ou crentes, passamos pelo milagre do novo nascimento, não podemos permitir ser amarrados por tradições de povos que nada tem a ver com Deus. Essas tradições não podem ser a motivação de nossas vidas. Não devemos assumir compromissos de dar continuidade a coisas que sabemos que Deus não se agrada delas, pois ser salvo significa ser livre do castigo que vem para os que fazem o que não agrada a Deus. Nosso compromisso é para com nosso Pai. Temos que fazer o que agrada ao nosso Salvador e parar com as coisas que não o agradam.
Olhando para o dicionário encontramos que tradição significa - transmissão oral de lendas, fatos, hábitos, conhecimentos, valores espirituais, através de gerações. Como nova criatura, temos que analisar cada uma das tradições que nos envolvem e ver se por trás de uma tradição não existe algum princípio que desagrada ao nosso Deus.
Não podemos admitir mais caminhar confusos, porque somos maduros e inteligentes. Não aceitamos mais fontes de engano em nosso coração. Jesus nasceu dentro de nós e isto é uma realidade espiritual. Então vamos analisar algumas das tradições que têm envolvido o povo de Deus em comemorações, que embora pareçam agradáveis e inocentes, porque usam objetos bonitos e coloridos, e se dizem promotoras de confraternização entre os homens, na realidade surgiram em séculos passados com o propósito de adorar outros deuses que não o nosso Deus, o Senhor Jesus Cristo. Portanto, quando participamos de tais tradições, estamos dando honra a outro deus e isto contraria o que nos ensina a Bíblia em Êxodo 20:10 " Não adore outros deuses...", Deuteronômio 11:16 "Tenham cuidado, não deixem que o seu coração seja enganado; não abandonem a Deus para adorarem e servirem outros deuses."
Não deveria isso inundar o coração de vergonha e nos levar a lamentar e chorar por todas as abominações praticadas na Cristandade neste tempo de Laodicéia, que desonram o nome de nosso bendito Salvador? (veja Sl 119:158; Jer 15:15-17; Eze 9:4; Fp 3:18,19). Como podemos participar de tamanha farsa? O que se dirá disso perante o tribunal de Cristo? Tudo isso nos fala de um "outro Jesus" -- um Jesus bem ao gosto do povo, adaptado a este mundo (II Cor 11:4)!
Aborrece-nos ver a irreverente entrada dos ímpios na Cristandade sem qualquer consciência de seus pecados e nem tampouco qualquer disposição de coração para com o Senhor. O mesmo pode ser dito acerca da multidão de pessoas batizadas, que professam o Cristianismo, sem nunca haverem passado da morte para a vida (veja Jo 5:24; I Jo 3:14). Mas dói ainda mais quando vemos aqueles que são "filhos da luz" (Ef 5:8,14-17; Fp 2:15; I Tess 5:5-10; I Pd 2:9) agirem em total ignorância ou indiferença acerca da origem maligna dessa tradição, levados pela corrente e procurando celebrar tal data da maneira que lhes parece a melhor possível -- talvez até mesmo usando alguns versículos das Escrituras, ou ministrando aos necessitados, ou cantando "hinos de Natal" (veja Deut 12:8; Rm 12:2).
Além disso, a Bíblia nos exorta em Efésios 5:8-11 – "Antigamente vocês mesmos viviam na escuridão; mas, agora que pertencem ao Senhor, vocês estão na luz. Por isso vivam como pessoas que pertencem à luz, pois a luz produz uma grande colheita de todo tipo de bondade, honestidade e verdade. Procurem descobrir quais são as coisas que agradam o Senhor. Não participem das coisas sem valor que os outros fazem, coisas que pertencem à escuridão. Pelo contrário, tragam todas essas coisas para a luz."
CONTINUA...