A lição em resumo
Texto-chave: Tiago 1:2-5
O ALUNO DEVERÁ...
Saber: Aceitar a realidade de que o exercício da paciência poder ser difícil.
Sentir: Desejar fervorosamente desenvolver a paciência.
Fazer: Praticar a paciência em situações de provas e dificuldades.
ESBOÇO DO APRENDIZADO
I. Saber: Aprendendo a paciência
O texto-chave reúne os dons do Espírito: alegria e paciência.
1. Como sabemos que precisamos ter paciência? Por que achamos difícil mostrá-la? Em que situações é mais difícil exercê-la?
2. Peça aos membros da classe que rememorem situações em que foram impacientes. Como acham que as situações poderiam ter sido evitadas?
3. Onde entra a alegria em situações que exigem paciência?
II. Sentir: A necessidade de desenvolver a paciência
O desenvolvimento da paciência, como todos os dons do Espírito, pede o exercício do poder de escolha. Como podemos lidar com os fracassos em mostrar paciência?
III.Fazer: Praticando a paciência em meio ao conflito
A. Tendo em conta que, frequentemente, o conflito é parte inevitável da vida, como podemos nos preparar mais eficazmente para ele?
B. Tiago diz que devemos "saber" ou entender, que a perseverança na provação de nossa fé leva à paciência e maturidade espiritual. Como podemos responder à provação de modo que nos ajude a evitar a impaciência? A preocupação com o próprio eu está na raiz da impaciência.
Resumo: Frequentemente, o desenvolvimento da paciência é difícil. A contemplação da paciência de Deus para conosco pode ajudar. A compreensão de que o egoísmo é um grande empecilho ao crescimento nos leva a buscar a graça de Deus para o amadurecimento espiritual.
Ciclo do aprendizado
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Pense nisto: Requer paciência, cuidado e muito tempo para executar um trabalho de qualidade. Deus pôs todas essas coisas em Seu trabalho conosco. Um artigo produzido manualmente com habilidade geralmente é muito valorizado. Por quê? Como Deus avalia o trabalho de Suas mãos? Como Seus longos esforços para conosco nos dá a paciência necessária para trabalhar longa e cuidadosamente com os outros?
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Comentário bíblico
Em Gálatas 5:16-26, o apóstolo Paulo apresenta a vida cristã como uma guerra entre a vida na carne e a vida no Espírito. Depois de advertir os cristãos a renunciar às obras da carne, o apóstolo os admoesta a viver para produzir o "fruto do Espírito". A produção de fruto é uma parte essencial da experiência de salvação e crescimento espiritual. Depois de descrever três aspectos desse fruto – amor, alegria e paz – o apóstolo destaca um quarto aspecto significativo: a paciência.
I. Paciência: Definição bíblica
(Recapitule com a classe Gl 5:22; Êx 34:6.)
O Novo Testamento usa duas palavras para paciência. A primeira, hupomone, é traduzida como paciência ou perseverança (Rm 5:3; 2Co 6:4; 2Ts 1:4). Nestes textos, paciência não significa resignação mas persistência em toda aflição que nos sobrevém na jornada espiritual. A segunda, makrothumia, longanimidade, é fruto do Espírito (Gl 5:22). A palavra, também traduzida como "paciência", indica a característica que o cristão deve ter para com os outros, mesmo que sejam hostis, provocadores e vingativos. Sem a paciência, não podemos caminhar dignamente em nosso chamado cristão (1Co 13:4; Cl 3:12; 1Ts 5:14).
Paciência ou longanimidade é um fruto do Espírito Santo. Como virtude a ser desenvolvida em um redimido, a paciência não pode ter origem nos seres humanos. A própria natureza humana é pecaminosa (Rm 3:23) e, assim, é propensa à ira, pressa, impaciência e intolerância. Por outro lado, espera-se que uma pessoa redimida com a nova vida no Espírito tenha seu fruto: paciência.
Esta é mais que tolerância; é makrothumia – longanimidade, também traduzida por bondade, generosidade, magnanimidade, em um mundo notório pela vingança rápida e insensata. Por exemplo, 2 Coríntios 6:3-10 menciona como fruto do Espírito, tanto a "paciência" como a "longanimidade" e motiva o cristão a enfrentar as probantes aflições e obstáculos irritantes da vida. Longanimidade é voltar a outra face (Mt 5:39). É paciência com propósito redentivo. É estar vestido do Espírito, dado ao cristão para estabelecer um novo modo de conduta moral (Cl 3:12-17).
Pense nisto: A maior parte das religiões considera que a paciência é uma característica de fragilidade, mas a Bíblia apresenta a paciência como uma virtude. Comente as duas posições.
II. Paciência: o caráter de Deus
(Recapitule com a classe Êx 34:6.)
Em uma das autorrevelações mais impressionantes e íntimas de Deus, Ele Se revela como "compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade" (Êx 34:6). Se Sua misericórdia e graça buscam nos salvar, se Sua bondade e verdade nos firmam no caminho da justiça, é Sua longanimidade que nos habilita a caminhar o longo e estreito caminho, colocar nossa confiança naquele que, mesmo quando caímos, nos deu o "Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo" (1Jo 2:1). A paciência de Deus capacita a perseverança dos santos.
Pense nisto: Deus é santo, justo e íntegro. Ele também é amoroso, gracioso e longânimo. Como esses dois conjuntos de características se complementam?
III. Paciência: O mandado do Espírito para o cristão
(Recapitule com a classe Rm 15:5; 1Tm 6:11, 12; Tg 1:2-4.)
A experiência e o crescimento cristãos determinam que nossa conduta reflita o caráter de Deus. Por esta razão, Paulo ora para que "o Deus da paciência" nos conceda "o mesmo sentir de uns para com os outros" (Rm 15:5). Esse mandamento de ser pacientes deve refletir o Deus da paciência, sem limite nem fronteira (Rm 5:5; Tg 1:2-4; 1Tm 6:11, 12).
Assim, o "homem de Deus" é chamado a "buscar" a perseverança, juntamente com "a justiça, a piedade, a fé, o amor" a fim de combater o bom combate da fé que leva à vida eterna (1Tm 6:11, 12). Sem o perseverante efeito da paciência, dificilmente o crescimento e a maturidade cristãos conseguem alcançar sua gloriosa consumação (Tg 1:3, 4).
Pense nisto: O fruto do Espírito é amor, alegria, paz, longanimidade. Em que sentido a última pode ser ligada aos primeiros três?
![]() | Aplicação |
Embora Davi tenha sido ungido para se tornar rei, ele teve que esperar muitos anos e viver de forma perigosa, rude e difícil antes de ser capaz de tomar o trono (1Sm 16–24). Ele aprendeu a depender completamente de Deus para conforto e apoio. Frequentemente, ele não fazia um movimento antes de buscar o conselho de Deus. Mas esses longos anos de dependência de Deus para todas as necessidades ensinaram a Davi as lições de que ele precisava para ser um rei bondoso e temente a Deus. "Foi mediante o preparo na escola das dificuldades e tristezas que Davi se habilitou a declarar que 'julgava e fazia justiça a todo o seu povo'" (2Sm 8:15; Ellen G. White, Educação, p. 152).
Pense nisto: Que experiências que você teve lhe ensinaram paciência? Como podem ser úteis em seu futuro serviço a Deus?
Aplicação à vida diária
Onde entra em cena o limite da paciência? Qual é a diferença entre tolerância e paciência? Alguns dilemas na educação dos filhos tratam de questões sobre quanto tempo devemos ser pacientes com os filhos que estão aprendendo lições e quando devemos deixar que colham as consequências ou usar firmeza no amor. Situações semelhantes ocorrem no mundo adulto, em que um amigo ou membro da família faz más escolhas e precisamos estabelecer limites em um ou outro ponto. Que princípios entram em jogo nessas situações?
![]() | Criatividade |
Comente os passos pelos quais podemos aprender do caráter de Deus e transferir os pensamentos e sentimentos de frustração, que levam à perda de paciência, à dependência de Deus para ajustar a atitude. Parte da discussão pode incluir como impor limites à paciência.
Atividade final: Volte aos textos e promessas relativos à paciência. Em um gesto simbólico para reivindicar essas promessas, peça que os membros da classe coloquem as mãos nos textos e promessas da Bíblia enquanto alguém ora pelo cumprimento dessas promessas na semana que entra.