sexta-feira, 19 de março de 2010

ANN Bulletin, March 18, 2010

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March 18, 2010 


In This Issue:

Adventistas e representantes de outras fés compartilham ideias para aprimorar relacionamento entre grupos religiosos, governo
Recomendações encaminhadas para "séria consideração", diz porta-voz da Casa Branca
A diversidade da mobilidade moderna pode enriquecer a Igreja
O contexto cultural pode obscurecer a linha entre teologia e sociologia
Igreja Adventista fecha escolas para protestar contra violência policial
Jovem membro da Igreja é o último numa série de mortes relacionadas

Adventistas e representantes de outras fés compartilham ideias para aprimorar relacionamento entre grupos religiosos, governo

Recomendações encaminhadas para "séria consideração", diz porta-voz da Casa Branca

18 Mar 2010, Washington, D.C., United States
Elizabeth Lechleitner/ANN

Um representante da Igreja Adventista do Sétimo Dia reuniu-se com outros líderes de fé na Casa Branca esta semana para compartilhar ideias sobre cooperação interreligiosa em face de um ofício do governo no ano passado sobre cooperação interreligiosa -- incluindo grupos confessionais -- uma voz nas decisões de políticas.


O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, encontra-se com membros do seu Conselho Consultivo Sobre Parcerias Baseadas em Vizinhança e Fé, lançada no ano passado para gerar ideias sobre como o governo pode cooperar melhor com grupos confessionais para enfrentar questões sociais. [foto de cortesia da Casa Branca]

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Os grupos confessionais podem ser 'parceiros críveis e confiáveis' na ajuda de governos a realizarem metas dentro da esfera de relações apropriadas entre Estado e Igreja, declara o relatório da Força-Tarefa de Cooperação Interreligiosa ao Conselho Consultivo Sobre Parceria Baseadas em Vizinhança e Fé.

Um ano depois do lançamento do Conselho, o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, saudou o "tempo, talento e a sabedoria" que os membros da força-tarefa demonstraram nas suas recomendações, segundo uma nota de imprensa da Casa Branca de 10 de março. A nota louvava o "respeito e cortesia" dos membros da força-tarefa em seu trabalho em meio a "algumas das mais duras questões que defrontamos como uma nação".

Um porta-voz da Casa Branca depois declarou que as conclusões do concílio "merecerão séria consideração por todo o governo".

As recomendações da força-tarefa dividem-se em três categorias amplas: o papel da religião nos assuntos globais, progresso na cooperação multi-religiosa, envolvimento de comunidades muçulmanas e integração e valorização da diversidade religiosa americana. Cada recomendação gira em torno da ideia de que os grupos confessionais podem estabelecer parcerias uns com os outros e com o governo para alcançar objetivos comuns, sem confundir suas características distintas.

"A intersecção de fé e governo é complexa e carregada de armadilhas, mas ignorá-la não as faz desaparecerem", disse James D. Standish, membro de força- tarefa que também dirige as relações das Nações Unidas para o departamento de Relações Públicas e Liberdade Religiosa da Igreja Adventista a nível mundial. "Nossa meta era propiciar diretrizes bem pensadas para o presidente sobre ... meios que ele poderia empregar para melhorar a forma em que o governo se relaciona com a fé", declarou Standish, que escreveu a seção de liberdade religiosa do relatório.

Standish emprestou à força-tarefa sua especialização no "papel que a separação Estado-Igreja e liberdade religiosa desempenham em manter a fé independente e vital", declarou Melissa Rogers, que preside o concílio e é diretora de Relações Públicas e Religião, da Escola de Divindade da Universidade Wake Forest.

A Força-Tarefa Sobre Cooperação Interreligiosa é uma das seis forças-tarefa que prestou relatório ao Conselho Consultivo do Presidente em Parcerias Baseadas em Fé e Vizinhança esta semana em questões que variam de recuperação econômica a mudança climática.

"Creio que esta força-tarefa realmente colocou as pessoas unidas e desfez diferenças. Nem sempre iremos concordar uns com os outros, mas certamente chegamos a um melhor entendimento de nossas diferenças", declarou o membro do Conselho, Anju Bhargava, presidente das Mulheres Indianas Asiáticas na América e fundadora da Associação Caritativa Hindu-Americana Seva. Levar essa mensagem de solidariedade em propósito a despeito de diversidade a nível local representa um desafio formidável, ela disse. Contudo, Bhargava declarou que se sente encorajada pelo que vê como o compromisso da Administração Obama em "considerar muito detidamente" as recomendações da força-tarefa. Mesmos que as finanças e os recursos retardem sua implementação, "cada um de nós pode tornar-se um embaixador da mudança que desejamos ver em nossas comunidades", ela disse.

Algumas recomendações feitas pela Força-Tarefa na Cooperação Interreligiosa incluem:

* Parceria com comunidades de fé e outras organizações que trabalham através de linhas de fé para estender o respeito ao pluralismo religioso e liberdade de religião ou crença.

* Aumentar parcerias com conselhos interreligiosos e mulheres de redes de fé para promover o estabelecimento de paz e desenvolvimento

* Utilizar especialização de organizações baseadas em fé e comunidade para treinar profissionais de educação e profissionais de meios de comunicação sobre o Islã e comunidades muçulmanas

* Ajudar a construir coesão social pelo apoio a esforços de assegurar que os americanos tenham oportunidade de entender a crescente diversidade religiosa.

A diversidade da mobilidade moderna pode enriquecer a Igreja

O contexto cultural pode obscurecer a linha entre teologia e sociologia

18 Mar 2010, Silver Spring, Maryland, United States
Reinder Bruinsma

Os adventistas têm levado o seu mandato de missão a sério e têm tido bastante êxito em levar a sua mensagem a todo o mundo.

Isto teve uma consequência que podemos não ter predito há meio século: as pessoas são mais móveis do que nunca. Vimos a migração ampla de antigas colônias às antigas nações colonizadoras; mas também milhões de buscadores de asilo e refugiados, e vastos números de trabalhadores migratórios indo viver em outro lugar. Isto, por sua vez, conduziu a um contínuo fluxo de recém-chegados, segundo membros da família vão se juntar àqueles que foram antes deles.

Este fenômeno afetou muito a vida da Igreja Adventista. O adventismo americano não só teve de enfrentar questões de integração entre americanos anglos e negros, mas cada vez mais também tem visto grandes contingents de latinos, pessoas do Oriente Médio, asiáticos e africanos unindo-se as suas fileiras e modificando a composição da Igreja.

Em muitos países europeus o efeito poderia ser mesmo mais dramático. A Igreja Adventista em países como Inglaterra e França modificou-se para sempre, e é agora basicamente de origem africana. Na Espanha, quase a metade da mebresia da Igreja vem da Romênia. Em um pequeno país como a Bélgica, a situação é provavelmente mais complexa do que em qualquer lugar, com um grande percentual de sua membresia agora composta de ruandeses, congoleses, romenos, russos e talvez uma dúzia de outros segmentos.

Vivi durante um número de anos na Grã-Bretanha e estou familiarizado com a história recente do adventismo naquele país, e também estive muito profundamente envolvido com a administração da Igreja nos Países Baixos. Cheguei a um número de conclusões e tentei contribuir para um processo que ajudaria a Igreja a aceitar produtiva e eficientemente a nova situação e utilizá-la como uma base de maior vigor.

Ninguém pode (ou deve) negar que a nova realidade cause problemas. Mas os líderes devem fazer o que podem para destacar que a chegada de tantos membros de outras terras também traz um potencial enorme. Em muitos lugares tem dado nova vitalidade a uma Igreja totalmente estagnada e descoroçoada.

A nova diversidade pode levar facilmente a uma luta negativa por influência, divisão ou uma competição perversa entre igrejas e pastores. A estereotipação de grupos leva ao preconceito e impede a abertura ao que os outros têm a oferecer.

Cheguei a crer que alguns elementos básicos nos ajudarão a apreciar a nova situação. Tem de haver uma convicção genuína de que a nova diversidade significa enriquecimento, e que a aprendizagem de uns com outros ajuda a Igreja a amadurecer. A diversidade não deve ser somente tolerada no sentido de conviver com o inevitável, mas tem de ser positivamente avaliada. Ao mesmo tempo deve haver bastante espaço para todos conservarem a sua identidade, na percepção de que as pessoas podem ter mais de uma identidade. Deve haver uma combinação de verdadeira unidade e de apreciação de determinadas expressões culturais que fazem muito parte da identidade de alguém.

O fato importante é que de qualquer maneira a Igreja encontra um modo de comunicar-se sobre as questões. As pessoas muitas vezes precisam de ajuda para compreender que as diferenças não são principalmente étnicas mas, antes, de caráter cultural. A diversidade em estilos de adoração, em graus da pontualidade, em guarda do sábado e atividades de jovens muitas vezes é apresentada como tendo grandes implicações teológicas, enquanto a maior parte dos aspectos são principalmente culturais.

A longo prazo o aspecto mais difícil para tratar poderia ser diversidade teológica. Muitas vezes parece que os recém-chegados são mais conservadores na sua teologia e ética do que os membros 'originais'. As discussões honestas e com discernimento conduzidas revelarão que a questão principal está normalmente na seleção do que é considerado 'verdadeiro' adventismo e o que é secundário. Concluí cada vez mais que a linha de divisão na Igreja corre especialmente entre 'moderno' e 'pós-moderno' e que é essencial ajudar as pessoas a entender em que isto implica e a seguir desenvolver modos de tratar com esta diversidade fundamental.

-- Reinder Bruinsma é o ex- presidente da Igreja Adventista nos Países Baixos

Igreja Adventista fecha escolas para protestar contra violência policial

Jovem membro da Igreja é o último numa série de mortes relacionadas

18 Mar 2010, Belize City, Belize
Libna Stevens/IAD

A Igreja Adventista do Sétimo Dia em Belize fechou todas as suas 25 escolas na sexta-feira passada para manifestar-se contra a escalada de violência da polícia no país, com recente morte de mais um membro da Igreja.


Centenas de pessoas prestaram respeito a Teddy R. Murillo Júnior, jovem adventista do sétimo dia morto a tiros em 27 de fevereiro em Belize City. A Igreja fechou as suas 25 escolas em todo o país para protestar pelo que os seus líderes dizem ser uma escalada de violência policial no país. [foto: Abilio Cima/IAD]

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Teddy R Murillo Júnior foi morto a tiros sábado cedo, dia 27 de fevereiro, por um oficial de polícia que foi interrogado e depois liberado.

Murillo, de 21 anos, era membro do Tabernáculo Adventista Monte Siao, em Belize City, a primeira igreja estabelecida na cidade. Ele era um membro ativo do grupo de jovens da sua igreja e servia ali como diácono.

Murillo é o segundo adventista a cair a vítima da violência policial nos últimos anos, segundo Abilio Cima, secretário-executivo e diretor de comunicação da Igreja em Belize.

Uma mulher adventista de 19 anos, assassinada há vários anos, foi a primeira, Cima disse, acrescentando que dois outros casos foram relatados em anos recentes. Um caso está ainda nos tribunais, e o outro foi descartado devido à falta de testemunhas, ele disse.

"As pessoas temem testemunhar porque suas vidas correm perigo", disse Cima. "Ao fechar nossas escolas quisemos mostrar à comunidade mais ampla que somos contra a violência", disse Cima, acrescentando que a Igreja Adventista está convidando o governo nacional à fazer algo urgentemente para parar o crime e a violência.

Centenas de pessoas lotaram o Tabernáculo Adventista Monte Siao no último domingo, 7 de março, para um culto memorial lembrando Murillo que foi transmitido ao vivo por uma estação de TV local.

Murillo frequentou a Escola Elementar James Garbutt, a Escola Adventista de Nível Médio Canaã e era calouro na Universidade de Belize, cursando um programa em Agricultura no tempo da sua morte.

A Igreja Adventista do Sétimo Dia é a segunda maior Igreja em Belize com mais de 34.000 membros que cultuam em 76 igrejas e congregações.





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