Neste ponto, chegaram os Seus discípulos e se admiraram de que estivesse falando com uma mulher. João 4:27
No Oriente, um homem não aborda uma mulher estranha na rua e começa a conversar com ela. Os judeus consideravam extremamente impróprio que um homem, especialmente se se tratasse de um rabi, conversasse com uma mulher em público. Uma de suas regras estipulava que "nenhum homem deveria falar com uma mulher na rua, nem mesmo com a própria esposa". Daí a surpresa dos discípulos, que, ao voltarem da cidade, encontraram o seu Mestre envolvido em conversação com uma mulher, junto ao poço de Jacó.
Mas Jesus era assim mesmo: Ele não tinha preconceitos, nem contra os samaritanos, nem contra as mulheres, nem contra ninguém. Em Seu grande amor pelos seres humanos, Ele elevou a posição das mulheres de Seu tempo, vítimas de preconceito e discriminação. Os judeus as consideravam seres inferiores, e não permitiam que elas adentrassem o templo além do átrio das mulheres, e menos ainda que tomassem parte ativa no culto, quer falando ou orando em voz alta. Os mais radicais diziam que era melhor queimar a lei do que ensiná-la a uma mulher.
Cristo quebrou esses padrões, tratando as mulheres como iguais, pois nas reuniões em que Ele pregava, tanto homens como mulheres tinham o privilégio de ouvi-Lo. O ensinamento judaico prescrevia também que a mulher ficasse em casa, e só saísse à rua com permissão do marido. No ministério de Jesus, porém, as mulheres acompanhavam o grupo apostólico ao se deslocar de um lugar para outro (Lc 8:1-3). Várias delas foram objeto de Seus milagres e compaixão, como a mulher siro-fenícia, a filha de Jairo, a viúva de Naim e outras.
Ao assim proceder, Cristo estava, na verdade, restituindo à mulher a igualdade com o homem que lhe havia conferido na Criação: "Eva foi criada de uma costela tirada do lado de Adão, significando que não o deveria dominar, como a cabeça, nem ser pisada sob os pés como se fosse inferior, mas estar a seu lado como igual, e ser amada e protegida por ele" (Patriarcas e Profetas, p. 46).
Vamos devolver à mulher o seu lugar de honra, não só hoje, o Dia Internacional da Mulher, mas em todos os dias de nossa vida.
A Mercedes-Benz tem, ao longo dos anos, introduzido em seus carros muitos dispositivos de segurança que foram copiados por outros fabricantes e se tornaram comuns nos veículos modernos.
Certa vez perguntaram a um engenheiro da Mercedes-Benz por que eles não exigem que sua patente seja respeitada. Ele respondeu: "Porque há coisas, na vida, que são importantes demais para não serem partilhadas. "
Grande conceito! Importante demais para não partilhar! O mesmo princípio deveria ser aplicado a qualquer outro produto que salve vidas.
Como cristãos, o produto salvador que precisamos partilhar é o evangelho. E hoje quero lhes apresentar uma mulher que se dispôs a fazer isso. Na verdade, as mulheres têm sido grandes evangelistas, mas só recentemente têm recebido reconhecimento na igreja.
Essa mulher, no entanto, não era de boa reputação em sua vila. Seria possível que uma mulher que tivera cinco maridos, e estava agora amasiada com o sexto, se tornasse um instrumento de salvação? A Bíblia diz que sim, em João 4.
Jesus sabia tudo sobre a vida de pecados dessa mulher. Ela se entregara às paixões, mas estas somente lhe deixaram um vazio muito grande. Desprezada pela vizinhança, ela veio ao poço ao meio-dia para não se encontrar com as fofoqueiras de Sicar.
No entanto, Jesus viu grandes possibilidades nessa mulher. E o resultado desse encontro com Cristo, foi que ela, apesar de mal falada, se tornou evangelista. Voltando à cidade, disse aos homens: "Vinde comigo e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Será este, porventura, o Cristo?!" (Jo 4:29). E muitos samaritanos creram nEle "em virtude do testemunho da mulher" (v. 39).
Pense nisto: Se Deus foi capaz de usar uma mulher de má reputação para espalhar as boas novas de salvação, não poderia Ele usar pessoas como você e eu? Sim, Ele pode. Basta querermos.
De acordo com a Lei nº 9459, de 13 de maio de 1997, basta chamar alguém de "negro", "preto", "negão", "turco", "judeu", "baiano", etc., para que o autor fique sujeito a uma pena de um ano de reclusão, além de multa, se ficar provada a intenção de ofender a honra alheia relacionada com cor, religião, raça ou etnia.
Preconceito é uma opinião formada antes de se conhecerem os fatos. É sempre preconceito aplicar as ações de um ou dois indivíduos a todo um grupo, como por exemplo: "Índio é preguiçoso", "mineiro é desconfiado" , "gaúcho é papudo", "judeu é pão-duro".
O preconceito é tão velho quanto a humanidade. Em Números 12:1 lemos: "Miriã e Arão criticaram Moisés, porque ele tinha se casado com uma mulher cusita" (BV).
Este é um exemplo de preconceito racial, pois os cusitas tinham a pele escura e eram estrangeiros. A punição divina por esse preconceito não se fez esperar: "Miriã achou-se leprosa, branca como neve" (v. 10). Que ironia! Por causa de seu preconceito de cor, Miriã foi castigada com a alvura da lepra!
Vários tipos de preconceito são mencionados na Bíblia. Havia o preconceito contra certas profissões (Gn 46:34), em relação à aparência pessoal (1Sm 16:7), ao lugar (2Rs 5:12, Jo 1:46), à classe social (Lc 18:9-14), e aos aspectos sexual e étnico (Mt 15:21-28, Jo 4:9).
Um exemplo positivo de ausência de preconceito racial foi citado por Jesus na parábola do Bom Samaritano, em Lucas 10. Qual dos três viajantes teve compaixão? Quem demonstrou ser o próximo do homem ferido? Não foi o sacerdote, que representava a liderança religiosa, nem o levita, que era um assistente leigo do sacerdote, mas um samaritano, que era estrangeiro e do qual não se esperava simpatia para com os judeus.
Jesus também foi alvo de preconceitos quanto à Sua origem (Jo 8:19), aparência (Is 53:2, 3), intenções (Lc 7:39; 15:1, 2; 19:7), e pelo fato de ter sido criado em Nazaré. Natanael, um de Seus futuros discípulos, ao ser chamado a seguir o Mestre, reagiu com a pergunta preconceituosa: "De Nazaré pode sair alguma coisa boa?"
A resposta que Filipe lhe deu é a melhor que se pode dar a pessoas preconceituosas: "Vem e vê." Natanael aceitou o convite de Filipe e, ao ver e ouvir a Jesus, reconheceu ser Ele o Filho de Deus.
Antes de julgar os fatos e as pessoas por antecipação, vá até lá e veja. Tome conhecimento da realidade. Só então você poderá ter um conceito. Antes disso, será mero preconceito.
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Um dia, ao ultrapassar um caminhão, li o que estava escrito no parachoque traseiro: "Na estrada da vida não há retorno."
Uma verdade nua e crua. Muitos gostariam que houvesse retorno. Gostariam de dar marcha-à-ré na roda do tempo, para poderem evitar os erros cometidos no passado, aproveitar oportunidades perdidas, evitar negócios malfeitos, relacionamentos impróprios e tantas outras coisas. Retorno, na estrada da vida, não existe. Mas pode haver uma segunda saída, se você perdeu a primeira.
A Bíblia conta a história de vários personagens que tiveram uma segunda oportunidade na vida. Uma dessas histórias é a do filho pródigo – uma história sublime e maravilhosa, porque deu ao mundo uma nova concepção do inigualável amor de Deus pela humanidade perdida. É um evangelho dentro do evangelho.
E que evangelho é esse? O que foi que o filho pródigo recebeu quando deixou à terra longínqua, onde havia desperdiçado seus bens, e voltou para a casa do pai? Um abraço de boas-vindas! O pai, que estava de plantão, olhando o horizonte, esperançoso de que o filho voltasse, viu, nesse dia, uma figura andrajosa ao longe. Seria o filho esperado?
De repente, o pai o reconheceu. Correu ao seu encontro e lhe perguntou: "Mas onde é que você andou? O que você fez com todo aquele dinheiro que lhe dei? E que cheiro de porco é esse? Filho, faça o seguinte: Vá para casa, tome um bom banho, ensaboe-se bem, ponha umas roupas limpas, e daí a gente conversa."
Foi isso que o pai fez? Não! Lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou. Além disso, o filho recebeu perdão total por tudo que havia feito de errado. Foi restaurado à sua condição de legítimo membro da família. E o mais importante: recebeu uma segunda oportunidade para endireitar a vida.
Aqui está o coração do evangelho. Ao constatar o fracasso humano e as trágicas consequências do pecado, Deus provê uma segunda chance para que homens e mulheres possam ter êxito. Esta é a mensagem central da parábola do filho pródigo. Nós servimos a um Deus que nos ama tanto, que apesar dos nossos fracassos, está disposto a nos dar uma segunda e, às vezes, terceira, quarta ou quinta oportunidades de reencontrar o caminho que conduz à vida.
O evangelho da segunda chance é um amoroso convite de Deus para voltarmos à casa paterna.
A represa de Saint Francis foi construída de 1924 a 1926, a 64 quilômetros de Los Angeles, próximo à cidade de Santa Clarita. A barragem media 55 metros de altura e 183 metros de largura, e era considerada uma obra-prima da engenharia, mas tinha uma falha da qual ninguém suspeitara: havia sido construída com um tipo de rocha permeável pela água. Em apenas dois anos a água, silenciosamente, atuou sobre a estrutura das pedras até amolecê-las.
Nesses dois anos, várias rachaduras e vazamentos haviam aparecido, mas o engenheiro responsável, William Mulholland, as considerou normais para uma represa de concreto daquele tamanho. No dia 12 de março de 1928 o inspetor da represa descobriu novas fendas e vazamentos e avisou outra vez Mulholland, o qual novamente as considerou normais.
Naquele mesmo dia, faltando apenas três minutos para a meia-noite, a represa se rompeu com um estrondo semelhante a um terremoto, e uma muralha dágua de quarenta metros de altura se projetou sobre o desfiladeiro e então sobre o vale, onde residiam muitos fazendeiros.
Um vigia viu a catástrofe e avisou a polícia, a qual em meio às trevas da noite, procurou avisar os que não possuíam telefone. Além das fazendas, havia muitos acampamentos temporários, de mexicanos, que não falavam inglês. Então o intérprete adiantou-se para receber a mensagem. O oficial bradou: "Fujam para os montes! Aí vem uma inundação!"
Mas o intérprete, que se orgulhava de sua lógica e bom-humor, olhou para o céu, onde brilhavam as estrelas e riu-se dizendo: "Grandes tolos, hoje não vai chover!" E voltaram todos para os seus leitos.
Quarenta minutos depois, uma onda gigantesca varreu o acampamento daqueles infelizes, arrastando-os até o mar. Cerca de 600 pessoas morreram.
O mundo apresenta várias rachaduras, anunciando a catástrofe iminente. Tão certo como o mundo antigo pereceu sob as águas do Dilúvio, o atual está reservado para um dilúvio de fogo, "no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados" (2Pe 3:10).
O povo de Deus, porém, deve ser sábio e prudente para atender aos sinais do fim e abrigar-se na Rocha da Salvação, que é Cristo Jesus.
A guarda do sábado é o maior problema que os adventistas enfrentam no mundo. E as dificuldades surgem principalmente em três áreas: serviço militar, estudos e trabalho. Mas há também as pressões e tentações para esportes, música, leitura e lazer indevidos nesse dia.
Entretanto, Deus não instituiu o sábado para ser um fardo para o ser humano. Ao contrário, o sábado deveria ser um dia útil e valioso para a humanidade. E realmente seria, se todos o observassem, não de modo legalista, mas como dia de repouso espiritual e restauração, como uma oportunidade de reflexão e de comunhão pessoal com o Criador.
No entanto, sabem quem foi que rejeitou e finalmente crucificou a Jesus? Foram pessoas que observavam o sábado com todo o rigor, de pôr-do-Sol a pôr-do-Sol! Saduceus, escribas, fariseus, sacerdotes e outros guardadores do sábado rejeitaram e entregaram o Senhor do sábado para ser crucificado pelas mãos dos romanos, já que, legalmente, os judeus não podiam fazer isso.
Esse fato nos mostra que a guarda do sábado não nos coloca automaticamente em uma relação espiritual e amorosa com o Criador. Porque o sábado, em si mesmo, não tem mais valor do que o domingo ou qualquer outro dia da semana, se não for observado como uma resposta de amor a Jesus, O qual disse: "Se Me amais, guardareis os Meus mandamentos" (Jo 14:15).
Guardar o sábado, ou qualquer outro mandamento, sem ter amor por Aquele que deu a vida para nos salvar, não tem valor algum. É guardar um símbolo vazio, como fizeram os legalistas do tempo de Jesus. Aceitavam o sábado, mas rejeitavam o Senhor do sábado.
Digamos que você perca um vestibular ou uma oportunidade de emprego por causa do sábado, e fique amargurado por causa disso, dizendo: "Ah, como é difícil ser adventista do sétimo dia! Quantas oportunidades já perdi por causa do sábado!" Se tiver essa atitude, é melhor fazer o vestibular ou trabalhar no sábado, porque você já transgrediu o espírito do sábado. Deus quer que esse dia seja uma bênção, e não uma maldição. Que seja um dia deleitoso, e não de sofrimento. Por isso é essencial que o observemos por amor, e não por obrigação.
A mídia tem afirmado, com insistência, que a memória coletiva do brasileiro é curta, e as pessoas se esquecem das coisas muito depressa. Um exemplo é o caso do Mensalão, ocorrido em 2005, e que muitos já não se lembram bem. Isso para não falar de outros escândalos, como o dos "anões" do orçamento federal, o escândalo da mandioca, os dólares na cueca, e outros, já relegados ao esquecimento.
O problema da memória curta não é peculiaridade dos brasileiros. A imprensa em Portugal usa o mesmo termo para qualificar muitos dos seus cidadãos. Esta é, na verdade, uma característica da humanidade, cujos registros remontam aos tempos antigos.
Vejam, por exemplo, o caso do copeiro-chefe de Faraó, que teve um sonho, na prisão, e José, após dar a interpretação correta, lhe pediu: "Porém lembra-te de mim, quando tudo te correr bem; e rogo-te que sejas bondoso para comigo, e faças menção de mim a Faraó, e me faças sair desta casa" (Gn 40:14).
Mas tão logo o copeiro foi reintegrado ao cargo, esqueceu-se completamente de José. Só se lembrou dele dois anos depois, quando o próprio Faraó teve um sonho e ficou perturbado.
O povo de Israel foi libertado da escravidão egípcia pelo poder de Deus. Vários milagres foram operados, como a passagem em seco pelo mar Vermelho, a água que saiu da rocha, o maná, a coluna de nuvem durante o dia e a coluna de fogo à noite. No entanto, enquanto Moisés se demorava no monte Sinai, recebendo as tábuas da lei e outras instruções, Deus lhe disse após quarenta dias: "Vai, desce; porque o teu povo, que fizeste sair do Egito, se corrompeu e depressa se desviou do caminho que lhe havia Eu ordenado" (Êx 32:7, 8).
Memória curta. Depressa se esqueceram das maravilhas operadas por Deus. São inúmeras as referências bíblicas que narram o mesmo fato nas seguintes palavras: "Os filhos de Israel fizeram o que era mau perante o Senhor e se esqueceram do Senhor, seu Deus" (Jz 3:7). "Porém esqueceram-se do Senhor, seu Deus" (1Sm 12:9). "Porquanto te esqueceste do Deus da tua salvação e não te lembraste da Rocha da tua fortaleza" (Is 17:10). "Porque Israel se esqueceu do seu Criador e edificou palácios" (Os 8:14). Por isso são igualmente abundantes as admoestações: "Lembra-te" e "não te esqueças".
Você também tem memória curta? Pois lembre-se de não esquecer de nem um só dos benefícios divinos.
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