sexta-feira, 30 de abril de 2010

Lição 6 – Fé e Cura - Auxiliar Para a Lição da Escola Sabatina - Casa Publicadora Brasileira

Resumo da Lição

Texto-chave: Isaías 26:3

O aluno deverá...

Conhecer: Os benefícios da fé, não só no desenvolvimento de um relacionamento com Deus, mas para um viver saudável.
Sentir: A noção permanente do poder, amor, cuidado e terna fidelidade de Deus.
Fazer: Confiar na Palavra de Deus e crer que Ele fará o que promete.

Esboço

I. Conhecer: Fé em ação

A. As histórias bíblicas do poder e da bondade de Deus nos dão evidências de que Deus pode fazer o que diz. Por que é importante encher a mente com quadros de Deus em ação?
B. Que efeito tem sobre a fé um crescente conhecimento de Deus?

II. Sentir: Paz, certeza e esperança

A. Entre os produtos da fé estão um senso de paz, certeza e esperança no que Deus fez e fará por nós. Que efeitos têm esses produtos da fé sobre nosso bem-estar físico, mental e espiritual?
B. Que pensamentos o impedem de descansar na certeza do cuidado de Deus? Como você pode se manter focado em Sua Palavra?

III. Fazer: Obras de fé

A. Quais coisas, sem fé, seriam impossíveis de se fazer, e que se tornam possíveis por causa da certeza no amor e vigilante cuidado de Deus?
B. Que podemos fazer para fortalecer nossa fé?

Resumo: Fé é uma conexão com Deus que cresce pelo conhecimento de Seu poder e pelo descanso em Suas promessas de agir em nosso favor. Os efeitos da fé em Deus trazem saúde à mente e ao corpo.

Ciclo do aprendizado

Motivação

Motivação
Conceito-chave para o crescimento espiritual: A confiança em Deus contribui muito mais para uma boa saúde que o medicamento mais potente.

A relação entre a cura e a fé não é uma descoberta moderna. Realmente, o inter-relacionamento entre o espiritual e físico foi reconhecido anos atrás. O estudioso medieval Tomás de Aquino, citado por Paul Tournier em The Person Reborn [A Pessoa Nascida de Novo], escreveu: "'Embora o corpo não seja o assunto imediato da graça, ... não obstante, o efeito da graça flui da alma até o corpo'" (Trad., Edwin Hudson [Nova Iorque: Harper & Row, 1975], p. 121). Para enfrentar a doença, a cultura moderna considera a ciência e o mundo físico. Tome esta pílula, injete esta solução, use esta droga. Se tudo o mais falhar, recorra à cirurgia para resolver o problema. Em nenhuma parte Deus é visto nessa equação.

Embora ainda haja muitos médicos que não reconhecem Deus, a maré da opinião está virando. Estão sendo feitos estudos relativos ao efeito da oração e da espiritualidade no processo de cura, e as pessoas estão começando a reconsiderar o papel da fé na cura. Essa mudança de pensamento não implica que o cristão não aprecia o papel da ciência e os benefícios dos medicamentos; afinal, a verdadeira ciência não deixa de ser uma avenida para o estudo dos caminhos de Deus na criação, e toda medicina útil provém do universo físico que Deus criou. Mas os cristãos olham além das criaturas de Deus e veem o próprio Criador na busca da cura. Qualquer pessoa familiarizada com a verdade bíblica não se surpreende com essa abordagem.

Atividade: Faça uma lista de histórias bíblicas de ressurreição e cura. Procure: histórias de ressurreição e cura na vida de Jesus, Elias e Eliseu, Naamã, Ezequias, Dorcas e milagres de Jesus (por exemplo, a sogra de Pedro, coxos, cegos, leprosos, a mulher no caminho para a casa de Jairo).

Discuta: Quais são os componentes espirituais das histórias?

compreensão

Compreensão
Só para os professores:
Lembre-se de que não é a fé que cura. É Deus que cura. Seria um erro dizer que uma chave de ignição transporta. É o carro que transporta; mas quantos carros funcionam sem chave? (Sem pensar, expressamos fé na capacidade de nosso carro de nos transportar cada vez que pomos a chave na ignição.) Essa distinção é importante porque alguns interpretaram o resultado dos estudos sobre a oração e a cura de modo a sugerir que a maior incidência de cura seja somente resultado de autossugestão. Em outras palavras, essas pessoas diriam que é a crença do paciente na cura divina, em lugar da realidade de um Curador divino, que faz a diferença. Deus tem o poder para curar, quer creiamos, quer não. Porém, quando Deus escolhe curar, não é surpreendente que a fé, a chave que abre os celeiros do céu, esteja presente mais frequentemente.

Comentário bíblico

I. O fator medo
(Recapitule com a classe Mt 6:27-34.)

Será que pensou na morte a pessoa que disse: "Não temos nada a temer a não ser o medo"? Uma pesquisa pediu que um grupo mencionasse seus grandes medos. A morte foi a segunda resposta mais frequente. Falar em público foi o primeiro. Alguém argumentou que esse fato significava que, em um enterro, mais pessoas prefeririam estar no caixão a fazer o discurso fúnebre! Isso é improvável. A morte é o maior inimigo. Pense em quanto dinheiro e esforços são gastos anualmente para adiar a morte. As pessoas gastam centenas de milhões de dólares em tratamentos de câncer a fim de ganhar mais uns preciosos poucos meses de vida.

Os cristãos afirmam crer que têm a vida eterna por meio de um Salvador ressuscitado. Se podemos confiar em Deus em face da morte, enfrentando confiantemente e sem medo essa última realidade, que mais existe que Satanás possa usar para nos assustar? Falar em público?

Pense nisto: Se confiamos em Deus mesmo na morte, por que também podemos confiar nEle para prover todas as nossas necessidades diárias? O que Paulo quis dizer em Filipenses 4:19?

Se nossa confiança em Deus nos livra do medo da morte, por que não deveria também nos livrar de todas as pequenas preocupações? Como essa confiança poderia mudar a economia mundial, a prática médica, para não deixar de mencionar a indústria de armas?

II. Fé e curas milagrosas
(Recapitule com a classe Mt 9:2, 22, 28, 29; 12:9-13; 13:58; 15:28; 17:14-20.)

Embora seja verdade, às vezes, que Jesus não curou os doentes por causa da incredulidade, não é verdade que foi sempre esse o caso. Às vezes, Ele sabia que era melhor não curar. Ele não curou Lázaro porque tinha em mente um propósito maior. Se pessoas não forem curadas, não é necessariamente prova de fé pequena. Se fosse assim, todos os cristãos na história que morreram tinham pequena fé! Talvez fosse necessário ter mais fé para aceitar a morte e não ser curado do que para ser curado. Lembre-se de que Sadraque e seus amigos disseram ao rei que Deus podia livrá-los, mas expressaram confiança nEle mesmo que Ele não fizesse isso (Dn 3:16-18).

Pense nisto: Alguns ministros dizem que orar "seja feita a Tua vontade" demonstra falta de fé, visto que existem promessas de cura nas Escrituras. O que você acha? Lázaro morreu porque as irmãs não oraram ou porque lhes faltou fé? Comente. Que propósito maior Jesus tinha em vista naquele momento e que eles não podiam ver? Pensando com maior amplitude, é possível que uma cura leve a consequências negativas no futuro? (Compare a história da cura de Ezequias em Isaías 38, 39).

Aplicação

Aplicação
Só para os professores:
A esta altura, você provavelmente já tenha estabelecido vários pontos-chave para uma compreensão bíblica apropriada de fé e cura. (1) Existe uma clara interconexão entre o físico e o espiritual. (2) É Deus que cura, não a fé em si. (3) Deus vê o quadro maior e nem sempre escolhe curar. (4) Mesmo a cura que vem pela medicina moderna provém de Deus (compare 2Cr 16:11-13). Com isso em mente, discuta como essa compreensão pode ser aplicada aos seguintes estudos de caso.

Caso 1: Rita, esposa de Gilberto, faleceu recentemente com a idade de 33 anos, deixando-o sozinho sem ajuda para criar três filhos pequenos. Ele não era muito ativo na igreja, e a irmã de Rita, Roberta, dizia repetidamente às crianças que era por culpa de Gilberto que a mãe havia morrido, pois ele não teve suficiente fé para que Rita fosse curada. O que você diria a Gilberto? A Roberta? Às crianças?
Caso 2: Geraldo acaba de receber o diagnóstico de câncer. Ele pede a todos os  membros da igreja que orem por ele e diz que só vai confiar em Deus para ser curado, recusando as opções de tratamento sugeridas pelos médicos. Quando seu tipo de câncer é tratado nas fases iniciais, as chances de um tratamento bem-sucedido chegam a 80 por cento. O que você diria a Geraldo? E à família dele?
Caso 3: Carlos se preocupa com tudo. Ele tem um bom emprego há mais de 12 anos, mas está preocupado porque a crise da economia pode diminuir a demanda pelos produtos de sua empresa, provocando demissões. Ele tem três filhos saudáveis; mas assistiu a um programa de entrevistas que mencionava um parasita raro que atacou mais de trinta crianças no país só neste ano, e ele acha que seus três filhos têm os sintomas. Ele tem pesadelos sobre terroristas explodindo a ponte que atravessa para trabalhar. Finalmente, ele descobriu que tem úlcera. Como você pode ajudar Carlos?

Criação

Criação
Só para os professores:
Salomão escreveu: "O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos" (Pv 17:22). Para encerrar o estudo, comente com a classe como levar alguma alegria a alguém que precisa de bom medicamento.

Atividade: Planeje uma excursão com a classe para alegrar alguém – membros mais idosos, residentes em clínicas de repouso, pacientes com câncer, alguém que tenha perdido o emprego recentemente, crianças em casas de passagem. As possibilidades são infinitas. Seja específico, marcando data e hora, e planeje de forma que esta não se torne outra boa ideia destinada ao "arquivo redondo". Deixe que a alegria que vocês oferecem retorne e os faça sentir-se novas criaturas.