segunda-feira, 26 de abril de 2010

Meditações Dias 25 - 30/04/2010

25 de abril Domingo

Famílias em crise

Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem. Mateus 19:6

Em determinada cidade da Califórnia, uma professora da sexta série, de uma escola de classe média alta, ficou espantada com os resultados da redação que pedira aos alunos. O título era: "Eu gostaria..."

A professora imaginava que os meninos e meninas expressassem seus desejos de ganhar bicicletas, animais de estimação, videogames e viagens ao litoral. Mas, em vez disso, vinte dentre os trinta alunos, escreveram composições referindo-se às suas próprias famílias em desintegração. Algumas das frases escritas foram as seguintes:

"Eu gostaria que meus pais não brigassem, e quero que meu pai volte."

"Eu gostaria que minha mãe não tivesse um namorado."

"Gostaria de tirar boas notas, para que meu pai goste de mim."

"Gostaria de ter um pai e uma mãe, para que os outros meninos não caçoassem de mim. Tenho três mães e três pais e isso estraga toda a minha vida."

"Gostaria de ter um revólver para atirar nos que dão risada de mim" (James Dobson, O Amor Tem que Ser Firme, p. 8, 9).

Essa última frase me fez pensar que a delinquência infantil e juvenil está, muitas vezes, relacionada à falta de um lar estável, onde reine o amor. Milhões de crianças enfrentam o caos gerado pela desintegração familiar.

E por que ocorrem esses terremotos na vida das crianças? Porque seus pais se esqueceram de que, no dia de seu casamento, na presença de Deus e dos homens, prometeram amar, proteger e honrar o cônjuge, na doença e na saúde, na riqueza e na pobreza... até que a morte os separe. Infelizmente, muitos mudam de ideia em algum ponto do caminho.

Se você é casado e está enfrentando dificuldades, procure um conselheiro matrimonial. Não deixe a situação se deteriorar até não haver mais remédio.

Esteja disposto a mudar seu comportamento. O seu cônjuge, seja lá quais forem as circunstâncias, não é 100% culpado por todos os problemas do seu casamento.

Leia o que a Bíblia diz sobre o assunto em Mateus 5:31, 32; 19:3-9; Marcos 10:2-12; Lucas 16:18; Romanos 7:1-3; Malaquias 2:13-16; e 1 Coríntios 7:10-17. Leia também O Lar Adventista, capítulo 56; e Mensagens Escolhidas, v. 2, capítulo 41.

Ore a Deus pedindo orientação, paciência, sabedoria e coragem.

As famílias em crise devem procurar a ajuda de profissionais qualificados, aliada à ajuda divina. Deus, o Autor do casamento, tem todo interesse em ver as famílias unidas e felizes.


26 de abril Segunda

Morte por afogamento

Assim, o Senhor livrou Israel, naquele dia, da mão dos egípcios; e Israel viu os egípcios mortos na praia do mar. Êxodo 14:30

Bem cedo, pela manhã, homens, mulheres e crianças viram centenas de corpos espalhados na praia do Mar Vermelho. Não houve um só sobrevivente. Os mortos pertenciam ao exército egípcio.

A Bíblia revela que aquela catástrofe não foi acidental. Antes que o povo de Israel atravessasse o mar, Deus disse a Moisés: "Não temais; aquietai-vos e vede o livramento do Senhor que, hoje, vos fará; porque os egípcios, que hoje vedes, nunca mais os tornareis a ver" (Êx 14:13). Portanto, os corpos dos soldados do Faraó foram jogados na praia devido a um plano premeditado de Deus. Ele avisou a Moisés que faria isso.

Mas esse não era o objetivo de Deus para aqueles egípcios. Através de Moisés Deus deu a Faraó a oportunidade de cooperar com Ele, e ajudá-lo a libertar Israel. E para lhe dar um vislumbre do Seu poder, começou a operar maravilhas pela mão de Moisés.

Não adiantou. Faraó não quis se deixar convencer. Então seguiu-se uma série de pragas, de gravidade progressiva, que devastaram o Egito. Através de rãs, piolhos, moscas, pestes, úlceras, saraiva, gafanhotos, trevas, Deus tentou afastar Faraó e seu exército do Mar Vermelho. Deus estava fazendo o possível para evitar que o exército de Faraó perecesse no mar.

Finalmente Deus fez um último esforço para convencer o Faraó a libertar os israelitas: obrigou-o a ajoelhar-se diante do caixão de seu filho mais velho. Junto à sepultura do príncipe herdeiro ele resolveu deixar o povo ir. E o povo de Israel saiu.

Mas, em seguida, ele voltou à sua incredulidade. Convocou o seu exército e mandou-o atrás do povo de Israel. Foi somente então, depois de Faraó ter desperdiçado todas as oportunidades divinas e ter pecado contra o Espírito Santo, que Deus fez com que os soldados desse governante se afogassem nas águas do Mar Vermelho. Deus não queria que houvessem essas mortes. Mas a dureza de coração do Faraó levou a essa perda de vidas.

O laudo do Instituto Médico Legal da época, sobre a morte dos soldados do Faraó, pode ter sido: Morte por Afogamento. Já o veredito divino sobre a conduta desse monarca foi: Persistente endurecimento do coração à voz do Espírito Santo.

"Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais o vosso coração" (Hb 3:7, 8).


27 de abril Terça

Por quem os sinos dobram

Tornarei o seu pranto em júbilo e os consolarei; transformarei em regozijo a sua tristeza. Jeremias 31:13

Hoje o meu amigo Heber Pintos estaria completando 68 anos de idade. Mas ele não está mais entre nós para comemorarmos o seu aniversário. Ele dormiu em Cristo em janeiro de 2008 e, desde então, está descansando nos braços do Pai, aguardando o momento de despertar.

Quem morre em Cristo tem uma vantagem sobre os vivos: já passou por este vale de lágrimas e agora está fora de perigo, aguardando a ressurreição. Neste sentido, portanto, a morte é como uma cidade de refúgio. Quem está ali está seguro, sob a proteção do Doador da vida. O inimigo não pode mais arrebatá-lo.

Em minha cidade natal há algumas igrejas católicas e uma luterana. Quando criança, ouvi muitas vezes o sino dessas igrejas badalando de forma cadenciada e solene, anunciando a morte de alguém. E pela direção de onde partiam aqueles sons plangentes a população sabia se o morto era católico ou luterano.

O poeta John Donne escreveu: "Nenhum homem é uma ilha isolada; cada homem é uma partícula do continente, uma parte da terra; se um torrão é arrastado para o mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse a casa dos teus amigos ou a tua própria. Sou parte do gênero humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti."

O Heber, como tantos outros, era um torrão que foi arrastado para o mar, diminuindo o continente da humanidade. Sua morte me diminui, porque sua vida fazia parte da minha. Eu poderia acrescentar aqui uma lista de nomes de pessoas que também fizeram parte de minha vida, e já se foram, deixando em meu coração um vazio imenso: meus pais, tios, avós e tantos outros parentes e amigos. Você também tem entes queridos que já descansam. São torrões que foram arrastados para o mar, diminuindo aqueles a quem amaram. Estão todos mortos. Mas Cristo vive. E porque Ele vive quebrará em breve os grilhões das sepulturas e trará os Seus amados de volta, da terra do inimigo.

Os sinos continuam dobrando por mim e por ti, anunciando nossas perdas. Mas a promessa divina, a se cumprir em breve, é: "Tornarei o seu pranto em júbilo e os consolarei; transformarei em regozijo a sua tristeza" (Jr 31:13).


28 de abril Quarta

Sogras e noras

Pois vim causar divisão entre o homem e seu pai; entre a filha e sua mãe e entre a nora e sua sogra. Mateus 10:35

O livro de Juízes narra a história de Jefté, o qual fez um voto prometendo a Deus que, se Ele ajudasse Israel a vencer os amonitas, o primeiro que saísse de casa ao seu encontro, seria oferecido em holocausto (Jz 11:30, 31). Voltando vitorioso da peleja para casa, Jefté ficou angustiado quando sua filha única saiu para lhe dar as boas-vindas. Há quem pense que Jefté esperasse ser recepcionado pela sogra.

Com efeito, ao longo da história, o conceito que se formou a respeito das sogras não tem sido muito positivo, especialmente no que tange ao seu relacionamento com as noras. O problema parece residir no fato de que as duas se acham unidas pelo amor ao mesmo homem. Mas, como ambas vêm de famílias diferentes, tanto uma como a outra possuem valores, hábitos e crenças diferentes, que podem ser incompatíveis e gerar competição. E se vivem debaixo do mesmo teto, o relacionamento entre elas (e mesmo entre o casal) tende a se deteriorar.

O conflito pode ser superado se elas crescerem emocionalmente e entenderem que cada uma deve ter o seu próprio espaço. Para haver uma boa convivência é indispensável haver tolerância, aceitação e respeito. Só assim serão preservados os laços amorosos que deverão unir o filho à mãe e o marido à esposa.

A Bíblia menciona o caso de Rebeca, que se sentia desgostosa por ter como noras as filhas de Hete (casadas com Esaú), que eram idólatras (ver Gn 27:46). Mas também narra o belo exemplo deixado por Noemi e Rute. Quando Noemi decidiu retornar à sua terra natal, "Rute se apegou a ela" e lhe fez uma comovente declaração de lealdade: "Não me instes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te; porque, aonde quer que fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus. Onde quer que morreres, morrerei eu e aí serei sepultada; faça-me o Senhor o que bem Lhe aprouver, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti" (Rt 1:14, 16, 17).

A lealdade de Rute a Noemi e ao Deus de sua sogra foi, portanto, maior do que o apego aos próprios parentes e aos seus deuses. O exemplo de Noemi havia permitido a operação do Espírito Santo no coração de Rute, levando-a a adorar o verdadeiro Deus.

Hoje é o Dia da Sogra. Em vez de lhe mandar uma vassoura, envie-lhe flores, ou um cartão. Você vai ver que um gesto de carinho pode realizar milagres.


29 de abril Quinta

A pombinha do coração de Cristo

Mas uma só é a minha pomba, a minha imaculada, de sua mãe, a única, a predileta daquela que a deu à luz. Cantares 6:9

Nos países ocidentais o casamento se centraliza na noiva. Ninguém se importa muito com o pobre do noivo, que já está na igreja há tempo, torcendo as mãos de angústia, sem saber como encarar o tradicional atraso da noiva. Será que ela desistiu na última hora? Mas estava tudo certo!

Finalmente um sussurro percorre a multidão: "A noiva chegou!" O noivo suspira aliviado. Ela veio. E como está bonita! E se ele antes tremia de preocupação pelo atraso dela, agora treme de medo pelo que terá de enfrentar.

Chegou o grande momento. A pianista executa os primeiros acordes da Marcha Nupcial e a cerimônia tem início. Assim são os casamentos nos países ocidentais.

Mas nos países orientais, onde a Bíblia foi escrita, não é assim. Lá a grande atração num casamento é o noivo! A noiva fica em casa aguardando a chegada do seu amado. Lá é ela quem fica torcendo as mãos de aflição e olhando a todo instante pela janela para ver se o seu noivo ainda não despontou na curva da estrada.

Finalmente, alguém dá o aviso, tal e qual se acha registrado na parábola das dez virgens: "Eis o noivo! Saí ao seu encontro!" (Mt 25:6).

O livro Cantares de Salomão (ou Cântico dos Cânticos) apresenta, de modo poético, essa situação de expectativa da noiva, que aguarda ansiosa a chegada do amado. E quando ele vier, os dois se unirão para sempre. Não haverá mais separação.

Temos aqui uma figura da vinda de Cristo. A igreja, o povo de Deus, é essa noiva, que aguarda ansiosa a breve vinda do noivo – Jesus Cristo. E quando Ele vier, eles não mais se separarão.

O livro de Cantares foi escrito por Salomão quando este ainda era jovem. O rei declara possuir 60 rainhas e 80 concubinas (Ct 6:8, 9). Mas só você é a minha pombinha, diz o apaixonado Salomão. Só você é a dona do meu coração!

Temos aqui outra bela figura de Cristo, o qual possui muitos outros súditos, em mundos não caídos. Mas o interesse de Cristo se centraliza nos santos da Terra. A igreja é Sua favorita. É a pombinha do Seu coração.

Quem é essa jovem, a quem é dedicado esse poema? Provavelmente uma camponesa. Mas um rei casar-se com uma camponesa? Uma tal união só poderia ser por amor. E isso ilustra a relação entre Cristo e Sua noiva, que pertence a uma classe inferior à de Seu noivo. E se o Rei dos reis está disposto a desposar a igreja, fraca e cheia de defeitos como possa ser, essa união só pode ser motivada pelo mais puro e desinteressado amor.

Retribuiremos a Cristo tão grande amor?


30 de abril Sexta

Você já matou alguém?

Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento. Mateus 5:21

Quando Deus escreveu, com o Seu próprio dedo, o sexto mandamento do Decálogo, nas tábuas de pedra, não davam muito valor à vida humana. E nos dias atuais a situação não é muito diferente. Quem não ouviu falar de Isabela, a menina que teria sido jogada do sexto andar de um prédio pelo próprio pai? E da garota que, junto com o namorado, planejou a morte dos próprios pais? O mandamento, portanto, continua mais atual do que nunca. A vida é um dom de Deus, e o ser humano não tem o direito de tirar o que ele não pode repor.

O mandamento tem por objetivo proteger a vida em todas as suas formas, mas sua aplicação primordial é quanto à vida humana. Tanto esta quanto a vida animal são mantidas pela vida vegetal, que precisa morrer para que as formas superiores de vida continuem a existir. Em nosso mundo de pecado, mata-se animais e plantas para a sobrevivência de animais irracionais e do ser humano. Se o sexto mandamento proibisse matar todo e qualquer tipo de vida, sua estrita obediência resultaria em morte por inanição.

Ellen White, em seu tempo, já dizia: "A Terra foi amaldiçoada devido ao pecado, e nestes últimos dias multiplicar- se-ão insetos de toda espécie. Essas pragas precisam ser mortas, senão elas irão incomodar-nos e afligir-nos, e até matar-nos, e destruir a obra de nossas mãos e o fruto de nossa terra. [...] As árvores frutíferas precisam ser pulverizadas, para que sejam mortos os insetos que estragariam as frutas" (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 329).

Entretanto, é preciso ter em mente que as práticas danosas à saúde, e que provoquem morte prematura, também são uma transgressão do sexto mandamento.

Jesus ampliou ainda mais a lei, mostrando que a transgressão já começa com as intenções (Mt 5:21, 22). Insultos e expressões de ódio, os quais contêm o espírito e as sementes do homicídio, são violações da Lei, tornando o transgressor um homicida em potencial. Diante disso, quantos poderiam dizer, em sã consciência, que nunca quebraram o sexto mandamento? Isto seria afirmar que nunca usaram violência verbal contra alguém, nunca sentiram ódio, e nunca desejaram mal a ninguém.

Se formos culpados, não é de mais esforço que necessitamos. Precisamos é de uma entrega sem reservas a Cristo, para que Ele, ao habitar em nós, nos ajude a cumprir, não só o sexto, mas todos os outros nove mandamentos.


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