quarta-feira, 5 de maio de 2010

Meditações Dias 1º - 08/05/2010

1º de maio Sábado

Trabalho – bênção ou maldição?

Todos nós devemos comer e beber e aproveitar bem aquilo que ganhamos com o nosso trabalho. Isso é um presente de Deus. Eclesiastes 3:13, NTLH

Quando chega a sexta-feira, muitos trabalhadores exclamam aliviados: "Graças a Deus que hoje é sexta-feira!" Para a maioria deles, o trabalho é um mal necessário. É apenas um meio de sobreviver e obter as coisas necessárias à vida. Eles trabalham pensando nos intervalos de descanso e almoço, na hora de ir para casa à tardinha, nos fins de semana e nas férias – e no salário, no fim do mês, é claro.

São os que, em pleno domingo, seja no campo de esporte, em casa com a família, assistindo televisão, ou no clube com os amigos, de repente são tomados por uma estranha sensação de desânimo que lhes estraga o restante do dia, e é desencadeada por uma simples lembrança: "Amanhã é segunda-feira!"

Cristina, relações-públicas de uma empresa, afirma que entra numa agonia profunda quando ouve a música-tema do Fantástico, no domingo. Para ela, essa música virou símbolo da segunda-feira e marca o fim do descanso e o começo de uma sensação de vazio. Para este grupo, o trabalho é um obstáculo à felicidade.

No extremo oposto estão os viciados em trabalho. Trabalham no horário do almoço, após o expediente, levam trabalho para casa, trabalham aos domingos e feriados e aguardam com impaciência a chegada da segunda-feira. Os resultados dessa intemperança surgem com o tempo: nervos à flor da pele, estresse, insônia e outros distúrbios.

Alguns dos melhores homens que a obra adventista já teve incorreram nesse erro: "Tiago White, John Loughborough, Urias Smith, Hiram Edson e outros estiveram à beira da morte por causa de transtornos físicos causados pelo excesso de trabalho" (Revista Adventista, em espanhol, fevereiro, 1981, p. 7).

João N. Andrews, nosso primeiro missionário à Europa, morreu com apenas 54 anos de idade. "Ellen White, como conselheira do Senhor, frequentemente o aconselhara a não trabalhar tanto, e a cuidar melhor de sua saúde. Andrews prometeu tentar, mas declarava que seu excesso de trabalho se justificava porque o êxito da causa o requeria [...] Perto do fim ele confessou, arrependido, que havia agido mal" (História do Adventismo, p. 181, 182).

Nenhum desses extremos é recomendável. O grupo ideal é aquele que combina de modo equilibrado trabalho e lazer. Que diz na sexta-feira: "Graças a Deus que é sexta-feira!", e na segunda: "Graças a Deus que é segunda-feira!"

Veja aí com qual desses grupos você se identifica.


2 de maio Domingo

Por que vocês estão com medo?

"Por que estão com medo?" perguntou Ele. "Por que duvidam que seja Eu mesmo?" Lucas 24:38, BV

Era domingo à tardinha, e os discípulos estavam reunidos a portas fechadas, com medo dos judeus. Eles estavam tensos, pois haviam sido amigos íntimos de Alguém que havia sido crucificado dois dias antes, acusado de insurreição contra as autoridades constituídas. E estavam temerosos de que pudessem ser presos a qualquer momento e terem a mesma sorte. O futuro, portanto, lhes parecia muito incerto.

Além disso, estavam agitados e em suspense com os rumores de que Cristo havia ressuscitado. Mas apesar desses relatos, eles não estavam preparados para um encontro pessoal com Ele. Em meio a esse clima de medo e incerteza, Jesus repentinamente apareceu no meio deles, saudando-os com as palavras: Paz seja convosco!

Ora, Jesus havia sido traído por um discípulo e abandonado pelos demais. Ele podia agora começar a repreendê-los por sua falta de fé e covardia. Podia ter-lhes dado uma lição de moral. Em vez disso, porém, Ele os saúda dizendo: Paz seja convosco!

Mas não adiantou, porque eles, surpresos e atemorizados, acreditavam estarem vendo um espírito. Jesus foi paciente com a lerdeza deles para compreender a realidade. E lhes deu três evidências sensoriais para convencê-los de que Ele era um Ser real e material, mesmo após Sua ressurreição: Visão, audição e tato: "Vede as Minhas mãos e os Meus pés, que sou Eu mesmo; apalpai-Me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que Eu tenho" (v. 39).

Por que vocês estão com medo? Esta é uma boa pergunta para muitos de nós. Pesquisas mostram que as pessoas estão perturbadas, infelizes, preocupadas e com medo.

O medo é uma das primeiras emoções que um bebê experimenta. E afirma-se que todos os tipos de medo que sentimos são variações de três medos básicos: de cair, de barulho muito forte, e o de ser abandonado.

A maioria de nós aprende a superar os dois primeiros. Entretanto, o medo de ser abandonado é o pior de todos e pode se tornar mais intenso com o passar dos anos. Não é nada agradável ser abandonado e deixado sozinho, em qualquer idade.

Mas Jesus garante que nunca nos abandonará: "Eis que estou convosco todos os dias" (Mt 28:20), disse Ele. "Não vos deixarei órfãos" (Jo 14:18).
Acredite nisso e viva muito bem acompanhado.


3 de maio Segunda

Escolhido por ser bonito

Tinha ele um filho cujo nome era Saul, moço e tão belo, que entre os filhos de Israel não havia outro mais belo do que ele. 1 Samuel 9:2

Samuel foi um dos grandes profetas de Israel e, durante toda a vida, teve uma conduta irrepreensível. Ao envelhecer, deve ter desejado, como quase todo pai, que seus filhos seguissem o mesmo caminho.

Assim, desejando que seus filhos prestassem bons serviços à nação, constituiu-os como juízes em Israel. Mas daí começaram os problemas, pois os filhos não seguiram o exemplo do pai – inclinaram-se à avareza, aceitaram suborno e perverteram o direito.

A situação chegou a um ponto em que os anciãos de Israel se reuniram e disseram a Samuel: "Olha aqui, você já está velho, e os seus filhos não seguem o seu exemplo. É melhor escolher um rei, que governe sobre nós, como fazem as outras nações."

Em vez de Israel servir de modelo para as outras nações, decidiu copiar o sistema de governo que elas possuíam. E então foi escolhido um rei. Como foi o processo de escolha? Democrático? Cada um deu o seu voto?

Foi Deus quem escolheu. Mas Deus foi democrático, porque escolheu um rei com as características desejadas pelo povo. E que tipo de rei o povo queria? Um rei bonito! A Bíblia diz que Saul era "moço e tão belo, que entre os filhos de Israel não havia outro mais belo do que ele; desde os ombros para cima, sobressaía a todo o povo" (1Sm 9:2).

Geralmente os guerreiros inimigos eram altos e fortes. Será que isso influenciou os israelitas para que também desejassem um rei alto e forte? É isto suficiente para que alguém seja eleito governante? Não. Então por que Deus escolheu a Saul?

Aparentemente Deus escolheu alguém que satisfizesse os ideais do povo, que gratificasse o orgulho daqueles que haviam desejado um rei. Alguém a quem pudessem admirar, e que os liderasse nas batalhas.

Nesse período Saul era suscetível à persuasão e direção divinas. Se ele tivesse permanecido assim, teria sido um conduto através do qual fluiriam as bênçãos de Deus sobre a nação israelita. E seu destino eterno seria outro também.

Mas Saul desviou-se das orientações divinas, cometeu erro após erro e finalmente pecou contra o Espírito Santo, perdendo a vida eterna. Não é sábio, portanto, escolher alguém para ser sócio, amigo, marido (ou esposa), governante, baseado apenas na aparência.

Lembre-se disso ao escolher um marido ou esposa. Lembre-se disso ao escolher um sócio. Lembre-se disso na próxima eleição.


4 de maio Terça

O rosto é o espelho da alma

Jacó, por sua vez, reparou que o rosto de Labão não lhe era favorável, como anteriormente. Gênesis 31:2

É bem conhecida a expressão: "Do que está cheio o coração, fala a boca." Mas não é só a boca que expressa o que nos vai dentro d'alma. O rosto também traduz, e muito, as nossas emoções, pois embora a fala seja o principal veículo de comunicação interpessoal, a expressão facial comunica muito mais do que se possa imaginar.

Os fisiologistas calculam que o rosto humano é capaz de gerar cerca de 20 mil expressões diferentes, através dos olhos, sobrancelhas, nariz, maçãs do rosto, boca e queixo.

Os lábios podem mentir, mas o rosto, especialmente os olhos, não. As esposas geralmente desenvolvem a capacidade de distinguir nos maridos, pela sua expressão facial, os mais leves indícios de que algo não vai bem, e lhes perguntam: "O que você tem? Que cara é essa?"

Nem sempre é possível entender o que significa o enrugamento da testa, o franzir dos olhos, o erguer das sobrancelhas, a boca semiaberta e os olhos descaídos. Mas os pesquisadores afirmam que há seis expressões básicas que são reconhecidas universalmente: alegria, tristeza, nojo, medo, aborrecimento e interesse.

Ellen White menciona também seis sinais de mau caráter revelados no rosto: "egoísmo, astúcia, engano, falsidade, inimizade e ciúme" (Conselhos Sobre a Escola Sabatina, p. 113).

Por outro lado, "se Cristo for o princípio permanente do coração, a pureza, o enobrecimento, a paz e amor se estamparão nas feições" (ibid.).

A Bíblia faz várias referências à expressão facial de seus personagens. "Irou-se, pois, sobremaneira, Caim, e descaiu-lhe o semblante" (Gn 4:5). O rei da Assíria, "com o rosto coberto de vergonha, voltou para a sua terra" (2Cr 32:21). As feições de Absalão revelavam sua intenção de matar Amnom (2Sm 13:32). Jacó viu que o rosto de Labão não lhe era favorável como anteriormente, e chegou à conclusão de que estava na hora de pegar suas coisas e ir embora, antes que a situação se deteriorasse ainda mais. Mas o próprio Jacó proferiu uma das expressões mais belas em seu reencontro com Esaú: "Peço-te que aceites o meu presente, porquanto vi o teu rosto como se tivesse contemplado o semblante de Deus" (Gn 33:10). "O amor estampado no rosto de uma pessoa é um reflexo do semblante de Deus, porquanto Deus é a fonte de todo amor" (R. N. Champlin).

Olhe-se no espelho, antes de iniciar suas atividades, hoje. Seu rosto expressa ódio ou amor? Angústia ou serenidade e confiança em Deus?

Que neste dia, "o Senhor sobre ti levante o rosto e te dê a paz" (Nm 6:26).


5 de maio Quarta

Luz e trevas

Chamou Deus à luz Dia e às trevas, Noite. Gênesis 1:5

Eram mais ou menos 8 horas da noite quando as luzes se apagaram. Ventava muito lá fora. Saí de casa para ver se o apagão era só em nossa rua. Mas não se via sinal de luz em lugar algum. Parecia ser um blecaute geral.

Sem ter o que fazer, eu e minha esposa acendemos velas e ficamos imóveis, esperando a luz voltar. Então comentei: "Ainda bem que o sol não falha. Amanhã cedo, na hora certa, ele vai iluminar esta metade do mundo."

Ela se cansou de esperar e foi dormir. Passava das dez horas quando as luzes finalmente se acenderam. Apaguei-as e também fui me deitar.

Em nosso mundo civilizado nada funciona sem energia: portões eletrônicos, lâmpadas, televisão, som, micro-ondas, geladeira, etc. A melhor maneira de lidar com a escuridão inesperada é relaxar. Pode-se aproveitar esses momentos para passar em revista os acontecimentos do dia, planejar o que fazer a seguir, ou simplesmente viajar mentalmente e desfrutar esses momentos.

A luz é primordial, não só para a vida moderna, mas para qualquer tipo de vida. Por isso Deus a criou em primeiro lugar – não para enxergar o que ia fazer, mas porque a vida que ia surgir dependeria dessa luz.

Geralmente associamos as trevas com o que há de pior: criminalidade, farras, bebedice e pecados de todo tipo, inspirados pelo Príncipe das Trevas. Mas é importante notar que as trevas já existiam na criação do mundo, antes de haver pecado. Em nosso mundo, a vida transcorre nessa alternância de luz e trevas, sendo que o dia é geralmente reservado para as atividades, e a noite para o descanso. Quando Cristo nasceu, uma poderosa luz surgiu no Oriente, e quando Ele morreu, trevas indevassáveis cobriram a terra.

Deus pode usar as noites tempestuosas para nos ensinar preciosas lições de confiança, como a que Jesus procurou transmitir aos discípulos em meio àquela tempestade em alto mar. Os discípulos se esqueceram de que, em meio aos elementos em fúria, Jesus estava com eles. E mostrou que tinha autoridade para repreender o vento e o mar.

Deus procurou ensinar aos egípcios, através da praga das trevas, que os seus deuses não podiam ajudá-los nessa situação. Deus estava sussurrando aos seus ouvidos: "Aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus" (Sl 46:10). Mas eles não quiseram ouvir.

Após a noite, virá a alvorada, na hora certa. A mesma certeza nos é dada com respeito à vinda de Jesus: "Como a alva, a Sua vinda é certa" (Os 6:3).


6 de maio Quinta

Deus fala conosco

Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho. Hebreus 1:1, 2

Um homem foi consultar o médico, com uma lista de preocupações e temores. O sábio doutor aconselhou o paciente a tirar um dia de folga e ir à praia. No fim da consulta o médico colocou-lhe na mão um envelope, dizendo-lhe que só deveria abri-lo quando chegasse ao seu destino.

O homem descobriu um lugar tranquilo, junto a uma praia e abriu o envelope. Num pequeno pedaço de papel ele leu as palavras: "Ouça com atenção." Mais tarde ele contou que, pela primeira vez, em muitos anos, ouvira o ruído das ondas, o canto dos pássaros e o assobio do vento. Às vezes, Deus fala através da beleza da Criação.

Uma senhora tinha uma filha de dezoito anos, a qual foi andar a cavalo, mas caiu e morreu. A mãe a havia visto sair a galope com os cabelos esvoaçando e as faces radiantes. E então a viu ser trazida de volta com os olhos fechados e tendo no rosto a palidez da morte. Ela não conseguia aceitar essa tragédia nem superar esse golpe.

Decidindo viajar para tentar esquecer, ela se dirigiu a um lugar calmo, no interior. Mas a terrível lembrança da tragédia a acompanhou. Um dia, porém, ao entardecer, ela tomou a Bíblia e começou a ler. Leu o Salmo um, o dois, e assim sucessivamente, até o último. Ao terminar, fechou a Bíblia e permaneceu sentada e em silêncio, perdida em seus pensamentos. Então disse a si mesma, com convicção: "Os homens que escreveram esses salmos sabiam tudo a respeito da vida! Eles experimentaram sofrimentos como o meu e encontraram a resposta. E eu também."

A partir daquele momento ela recuperou o equilíbrio emocional e conseguiu retomar sua vida. Ela disse que os salmos lhe deram a resposta que procurava. Deus fala através das Escrituras e de muitas outras maneiras.

A revelação da verdade redentiva foi dada gradualmente, através de várias pessoas, e em épocas diferentes. A medida da revelação foi adaptada à capacidade humana para recebê-la. Ao vir a plenitude dos tempos, veio também a plenitude da revelação divina, através de Jesus Cristo, o qual revelou a essência e o coração do Pai. "Quem Me vê a Mim vê o Pai", disse Ele (Jo 14:9).

Deus nos fala ainda hoje. Ouçamos Sua voz e falemos com Ele também.


7 de maio Sexta

Os fariseus acertaram sem querer

E murmuravam os fariseus e os escribas, dizendo: Este recebe pecadores e come com eles. Lucas 15:2

O partido dos fariseus era constituído principalmente por pessoas da classe média, que pregava a separação do mundanismo e suas práticas. Gradualmente se tornaram os campeões da ortodoxia judaica e exerciam grande influência sobre o povo. Opunham-se aos saduceus, da classe aristocrática, que eram vistos como "liberais" e "modernistas".

Os fariseus eram legalistas, isto é, ensinavam que a salvação só poderia ser obtida através da estrita observância da Lei. Em outras palavras – salvação pelas obras. Sua ocupação era interpretar e aplicar a Lei a cada detalhe e circunstância da vida. No tempo de Cristo este acúmulo crescente de regras e preceitos era conhecido como "a tradição dos anciãos" (Mt 15:2) (SDA Bible Commentary, v. 6 p. 849).

Jesus condenou os fariseus por várias de suas crenças e práticas (ver Mt 23), tais como incoerência, ostentação, avareza, inveja, hipocrisia e muitos outros defeitos de caráter. Os fariseus, por sua vez, condenaram Cristo por andar na companhia de pessoas que não observavam os mínimos detalhes da Lei, e que eram por eles considerados "pecadores", ou "pessoas do mundo". A separação entre as "pessoas do mundo" e os fariseus era total. As regras farisaicas estipulavam: "Quando um homem é do mundo, não confie aos seus cuidados dinheiro algum, não aceite o seu testemunho, não lhe confie algum segredo, não o nomeie tutor de um órfão nem administrador de fundos de caridade, e não o acompanhe numa viagem" (William Barclay).

Um fariseu não podia ser hóspede de tal homem ou hospedá-lo. Era até mesmo proibido, tanto quanto possível, ter negócios com ele, e comprar-lhe ou vender-lhe alguma coisa. Em vez de ensinar, como Cristo, que "há júbilo no Céu por um pecador que se arrepende", o fariseu dizia que "há júbilo no Céu por um pecador que é eliminado". À luz desses fatos, não é de admirar que eles se sentissem ofendidos e chocados por verem Jesus em contato com essa gente.

A insinuação implícita na afirmação dos fariseus: "Este recebe pecadores e come com eles", é que Jesus Se associava com esse tipo de pessoas porque apreciava esse estilo de vida. Embora a intenção fosse atingir a reputação de Jesus, eles sem querer disseram uma grande verdade: "Este recebe pecadores."

Isto é o que Cristo realmente fazia e continua fazendo até hoje: recebe pecadores e os transforma em santos para o reino de Deus.


8 de maio Sábado

O sorriso de Jesus

Olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que Lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. Hebreus 12:2

Muitos anos atrás a Sra. Laura visitou a cidade de Santiago de Compostela, na Espanha, famosa pelos peregrinos que ali afluem constantemente. A tradição reza que no século 9 alguém descobriu naquele local o túmulo do apóstolo Tiago, cujos restos mortais haviam sido transportados da Palestina. Alfonso II construiu uma igreja perto do sepulcro, e a cidade cresceu ao redor.

Perambulando pelas ruas, ela se aproximou de uma pequena e velha igreja, e decidiu dar uma olhada mais de perto. Observando distraidamente os quadros, ela se dirigia para a porta, quando, subitamente, uma pintura de Cristo pregado na cruz chamou-lhe a atenção. Examinando atentamente o quadro, ela não conteve uma exclamação:

– Não pode ser! Isso é uma blasfêmia! Quem esse artista pensa que é? Onde é que já se viu, retratar Cristo com um sorriso nos lábios, nesse momento tão dramático, tão doloroso de Sua vida!

Ela ficou indignada e saiu da igreja. Mas aquela imagem do Cristo crucificado sorrindo não lhe saiu do pensamento. Era um sorriso lindo, pacífico, que não combinava com aquela cena tenebrosa. Em Sua derradeira agonia, separado do Pai, carregando sobre os ombros os pecados de toda a humanidade, e com um sorriso nos lábios?

Mas de tanto pensar no quadro, ela finalmente captou a mensagem que o artista quis transmitir.

– Sim! Por que não um sorriso? É verdade que foi um momento terrível, em que a maior de todas as batalhas foi travada, em que Cristo, vergado sob o peso dos pecados humanos, morreu de coração quebrantado. Mas aquele foi um sorriso de vitória! Ele conseguira realizar Sua missão na Terra – morrer pela humanidade perdida. Satanás seria derrotado. Era um sorriso que antecipava a certeza da ressurreição e o gozo de ver almas salvas em Seu reino, confirmando o que o profeta Isaías havia escrito 700 anos antes: "Ele verá o fruto do penoso trabalho de Sua alma e ficará satisfeito" (Is 53:11).

O sorriso de Cristo é para você e para mim. Vamos sorrir para Ele também.

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