sexta-feira, 28 de maio de 2010

Meditações Dias 23 - 31/05/2010

23 de maio Domingo

Quando a comida se torna um fardo

Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus. 1 Coríntios 10:31

Os livros de receitas culinárias e os de dieta estão entre os mais vendidos, em qualquer livraria. Os de receitas mostram como preparar alimentos saborosos, e os de dieta ensinam a evitar essas iguarias.

Um cientista da Califórnia calculou que o ser humano médio come 16 vezes o seu próprio peso durante um ano, enquanto um cavalo come apenas oito vezes o seu peso. Isto parece indicar que se você quiser perder peso, deve comer como um cavalo.

No entanto, em nosso mundo de contrastes e aberrações, milhões de pessoas diariamente vão para a cama com fome, enquanto outros se envolvem em campeonatos de glutonaria, como o americano Patrick Bertoleti, que comeu 420 ostras em apenas oito minutos.

A Igreja Adventista do Sétimo Dia recebeu, através do ministério de Ellen White, um extraordinário acervo de informações sobre saúde. A própria imprensa secular tem reconhecido que os hábitos saudáveis dos adventistas lhes têm propiciado mais saúde e vida mais longa do que a média dos americanos.

Em seu livro Conselhos Sobre o Regime Alimentar, Ellen White dedica um capítulo inteiro sobre "o comer em demasia", e outro sobre "controle do apetite". Ali ela diz que "quase todos os membros da família humana comem mais do que o organismo requer. Este excesso se deteriora e torna-se uma massa pútrida [...] Se é posto no estômago mais alimento do que requer a maquinaria viva, mesmo que seja alimento de boa qualidade, o excesso torna-se um fardo. O organismo faz desesperados esforços para eliminá-lo, e este trabalho extra causa uma sensação de cansaço e fadiga" (p. 132).

E ela oferece uma sugestão interessante para evitar o excesso: em vez de trazer os pratos aos poucos, coloque-os todos de uma vez na mesa. Assim a pessoa tem uma ideia geral do cardápio, pode fazer logo suas opções e se programar para não comer demais (ver p. 134).

Mesmo o alimento saudável deve ser ingerido com moderação. Moderação no que é bom e abstinência do que é prejudicial é a atitude correta do cristão, não só no tocante à alimentação, mas em todos os hábitos de vida.

Tudo o que fizermos, mesmo as coisas simples e rotineiras da vida, como o comer e o beber, devem honrar a Deus.


24 de maio Segunda

Quem se lembrará de nós?

Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, Eu, todavia, não Me esquecerei de ti. Isaías 49:15

Um dia descobri no livro "O Biênio 1824/25 da Imigração e Colonização Alemã no Rio Grande do Sul", de Carlos H. Hunsche, que o primeiro antepassado meu a pisar em solo brasileiro, se chamava Cristiano Henrique Scheffel e chegou a São Leopoldo, RS, em 26 de novembro de 1825.

Fiquei contente por saber um pouco mais sobre minhas origens, pois geralmente só conhecemos pais, avós, e quando muito, bisavós. Conhecer tetravós é mais raro, e dali para trás, só nos tempos do Antigo Testamento, quando as pessoas viviam mais do que hoje. Adão instruiu sua posteridade até a nona geração (Patriarcas e Profetas, p. 82).

Das pessoas que viveram neste mundo a maioria desapareceu sem deixar vestígio. A sua memória "jaz no esquecimento", pois os historiadores só registram os nomes daqueles que fizeram algo notável, para o bem ou para o mal. Muitos assassinos ocupam um lugar na História, embora seja melhor ser esquecido do que lembrado como criminoso. Quem hoje se orgulharia de ser parente de Hitler?

Os personagens bíblicos se preocupavam em deixar um bom nome à sua posteridade. Os construtores da torre de Babel quiseram tornar célebre o seu nome (Gn 11:4). O sábio Salomão disse que "mais vale o bom nome do que as muitas riquezas" (Pv 22:1). O povo de Israel considerava uma tragédia que o nome de uma família ficasse esquecido, e formularam leis especiais, como a lei do levirato, para evitar que isso acontecesse (Dt 25:5-10).

Deus também não quer que nos esqueçamos de nossa origem, e essa é uma das razões por que instruiu Lucas a incluir em seu evangelho a genealogia de Jesus Cristo, que termina com as magníficas palavras: "Cainã, filho de Enos, Enos, filho de Sete, e este, filho de Adão, filho de Deus" (Lc 3:38). Sem dúvida, uma linhagem bem mais honrosa do que seria: "Adão, filho de um antropoide, filho de um chimpanzé, filho de um anfíbio, filho de um molusco, filho de uma ameba."

Quem se lembrará de nós? Aquele que "chama pelo nome as Suas próprias ovelhas" (Jo 10:3), o mesmo que escreveu nosso nome no Livro da Vida. Só Ele poderá tornar o nosso nome célebre e inesquecível.

Lembremo-nos dEle, e Ele Se lembrará de nós.


25 de maio Terça

Temperando a razão com amor

Vede, porém, que esta vossa liberdade não venha, de algum modo, a ser tropeço para os fracos. 1 Coríntios 8:9

Conheci, em minha infância, o Sr. Teobaldo, que parecia sentir o desejo de mostrar publicamente que estava certo, mesmo que isso custasse a vida de alguém.

No centro de minha cidade natal havia um cinema. E quando começava a sessão da noite, a rua em frente era fechada ao tráfego. Muitos pedestres se aglomeravam então no meio da rua, formando rodinhas para conversar, e ali aguardavam a saída do cinema. Tão logo a sessão acabava, a rua era novamente aberta ao trânsito.

Muitos pedestres, porém, continuavam conversando no meio da rua, distraídos. Nessas circunstâncias, vi várias vezes o Sr. Teobaldo, fazendo do seu carro uma arma, arremeter contra a multidão distraída. Os pedestres pulavam para os lados, atropelando- se para não serem atropelados, e gesticulando furiosos para o Seu Teobaldo, que abria alas na multidão, com o pé no acelerador e a mão na buzina.

Ele parecia pensar: "Eu estou no meu direito. A rua está aberta, e se eles não saírem da frente, eu passo por cima!"

Este é o perigo de ter razão: o de estar disposto a passar por cima dos outros. É provável que quanto maior for o desejo de mostrar que estamos com a razão, menor seja a nossa compaixão, a consideração que devemos ter pelos outros, mesmo com aqueles que estão errados.

O cristão deve estar disposto até a ser crucificado de cabeça para baixo para não transigir com os princípios. Nisto ele não pode ceder. Por outro lado, deve fugir de discussões tolas, em torno de ninharias. Nesses casos, é melhor ceder logo, mesmo tendo razão.

Os levitas, sacerdotes e profetas estavam isentos de pagar o imposto para a manutenção do Templo. Como profeta, Jesus não era obrigado a pagá-lo. "Mas, para que não os escandalizemos", disse Jesus a Pedro, "vai ao mar, lança o anzol, e o primeiro peixe que fisgar, tira-o; e, abrindo-lhe a boca, acharás um estáter. Toma-o, e entrega-lhes por mim e por ti" (Mt 17:27). Jesus não perdeu tempo discutindo com os coletores do Templo, e provando-lhes que estava isento. Pagou o imposto e pronto.

O apóstolo Paulo sabia que não tinha a menor importância comer alimentos sacrificados aos ídolos. Ele podia comê-los com a consciência tranquila. Mas não usou sua liberdade para ferir as pessoas ou servir de tropeço para os fracos.

É bom estar certo. Mas que isto não seja uma parede de separação entre nós e os outros.


26 de maio Quarta

Julgando pela aparência

Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça. João 7:24

Malcolm Forbes conta que uma senhora, usando um vestido de algodão já desbotado, e seu marido, trajando um velho terno feito à mão, desceram do trem em Boston, EUA, e se dirigiram timidamente ao escritório do presidente da Universidade Harvard. Eles não haviam marcado entrevista.

A secretária, num relance, achou que aqueles caipiras do interior nada tinham a fazer em Harvard.

– Queremos falar com o presidente – disse o homem em voz baixa.

– Ele vai estar ocupado o dia todo – respondeu rispidamente a secretária.

– Nós vamos esperar.

A secretária os ignorou por horas a fio, esperando que o casal finalmente desistisse e fosse embora. Mas eles ficaram ali, e a secretária, um tanto frustrada, decidiu incomodar o presidente, embora detestasse fazer isso.

– Se o senhor falar com eles apenas por alguns minutos, talvez resolvam ir embora – disse ela.

O presidente suspirou com irritação, mas concordou. Alguém da sua importância não tinha tempo para atender gente desse tipo, mas ele detestava vestidos desbotados e ternos puídos em seu escritório. Com o rosto fechado, ele foi até o casal.

– Tivemos um filho que estudou em Harvard durante um ano – disse a mulher. – Ele amava Harvard e estava feliz aqui. Mas, um ano atrás ele morreu num acidente e gostaríamos de erigir um monumento em honra a ele em algum lugar do campus.

– Minha senhora – disse rudemente o presidente –, não podemos erigir uma estátua para cada pessoa que estudou em Harvard e morreu. Se o fizéssemos, este lugar pareceria um cemitério.

– Oh, não – respondeu rapidamente a senhora. – Não queremos erigir uma estátua. Gostaríamos de doar um edifício à Harvard.

O presidente olhou para o vestido desbotado da mulher e para o velho terno do marido, e exclamou:

– Um edifício! Os senhores têm sequer uma pálida ideia de quanto custa um edifício? Temos mais de sete milhões e meio de dólares em prédios aqui em Harvard.

A senhora ficou em silêncio por um momento, e então disse ao marido:

– Se é só isso que custa para fundar uma universidade, por que não termos a nossa própria?

O marido concordou. O casal Leland Stanford levantou-se e saiu, deixando o presidente confuso. Viajando para Palo Alto, na Califórnia, eles estabeleceram ali a Universidade Stanford, em homenagem a seu filho, ex-aluno da Harvard.

Não se deve julgar as pessoas pela aparência, e os mais pobres devem ser tratados com bondade.


27 de maio Quinta

Como mudar a natureza humana

Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo. Ezequiel 36:26

Nenhuma religião, por melhor que seja, pode transformar a natureza do ser humano. Essa é uma atribuição exclusiva de Cristo, mas Ele só fará isso se a pessoa deixar. Vamos ver se entendemos melhor esse fato, através da seguinte ilustração:

Malcolm Smith possuía um cãozinho chamado Fred. Ele era muito engraçadinho, mas tinha um defeito: adorava morder, só de brincadeira, as pernas de qualquer pessoa que passasse pela calçada. E as pernas mais apetitosas e que ele mais gostava de morder eram as do carteiro – geralmente as preferidas por todos os cachorros. Quando o carteiro se aproximava, Fred se preparava para a sua diversão predileta.

Mas o carteiro não sentia o mesmo prazer com essa brincadeira. E reclamou para os donos. Ou eles davam um jeito no cachorro ou ele não traria mais a correspondência.
A solução encontrada pelos donos foi comprar uma focinheira para o Fred – uma espécie de mordaça, em que o cachorro consegue latir, meio de boca fechada, um latido que mais parece um resmungo, mas não consegue morder.

Com a focinheira na boca de Fred, a paz voltou a reinar naquela rua. As pessoas já podiam caminhar pela calçada em segurança. Entretanto, embora Fred tivesse se tornado inofensivo, nada havia mudado nele. Todos os dias ele se sentava bem quietinho, na calçada, cobiçando as pernas dos pedestres, especialmente as do carteiro, mas sem poder fazer nada, porque a focinheira não deixava. Os donos haviam mudado o comportamento do animal, mas não a natureza dele.

Assim acontece também com a religião: ela pode mudar o comportamento social das pessoas, mas não a natureza delas. Para haver uma transformação real e completa é essencial a ação divina no coração. A Palavra de Deus nos diz: "Dar-vos-ei coração novo, e porei em vós espírito novo" (Ez 36:26).

Para mudar a natureza do homem é necessário mudar o seu interior, o coração, e isso só Deus pode fazer. Mas é importante repetir: Ele só fará isso se nós deixarmos. "O Espírito trabalha no coração do homem de acordo com o seu desejo e consentimento, nele implantando natureza nova" (Parábolas de Jesus, p. 411).

Cristianismo nada mais é do que convivência com Deus. O restante – boas obras, bom comportamento, testemunho, é tudo consequência. Façamos de Jesus o nosso Companheiro constante. Permitamos a operação do Espírito Santo em nossa vida e Ele implantará em nós a natureza divina.


28 de maio Sexta

Consciência culpada

De nenhum modo Me lembrarei dos seus pecados e das suas iniquidades, para sempre. Hebreus 10:17

Segundo testemunhas, a rodovia I-95, no estado da Flórida, EUA, contém, a certa altura, uma placa amarela com os dizeres: "Inspeção de narcóticos logo adiante". Não há tal inspeção, mas alguns motoristas, ao verem o aviso, entram em pânico e imediatamente fazem um retorno proibido. Então são detidos e o seu carro vasculhado.

Uma consciência culpada leva as pessoas a ver coisas que não existem e a cometer tolices e atos destrutivos. O ex-primeiro- ministro Britânico, William Gladstone, tinha, no porão de sua casa, uma coleção de açoites com os quais se flagelava regularmente. A maioria das pessoas, hoje em dia, não chega a esse ponto, mas bebe até cair ou se droga para não ter de conviver com uma consciência culpada.

O sentimento de culpa cobra caro da mente e do corpo. Leva-nos a imaginar problemas que não temos e destrói nossa autoestima. Como libertar-nos desse monstro?

Tranquilizantes não resolvem. Pensamento positivo também não, pois não tira a culpa do pecado. Se você ofendeu alguém, procure-o e peça-lhe perdão. É difícil, mas dá resultado imediato. Se pecou contra Deus, faça o mesmo: ajoelhe-se e peça-Lhe perdão. Não há outra alternativa.

O Sr. Carlos estava ao volante de seu carro, quando uma senhora amassou-lhe o paralamas com o carro dela. Ela admitiu a culpa e começou a chorar ao ver o próprio carro, com apenas dois dias de uso, amassado. Como poderia ela encarar o marido agora? O Sr. Carlos ficou com pena dela, mas lhe disse que precisavam fazer ocorrência. A mulher procurou no porta-luvas os documentos, que estavam dentro de um envelope, e ao abri-lo, encontrou um papel, com as seguintes palavras: "Querida, em caso de acidente, lembre-se de que é você que eu amo, não o carro."

Estas são as palavras de Deus a nós. É a nós que Ele ama. E porque nos ama, Ele perdoa nossos pecados.

Um homem era dono de um Rolls Royce. Um dia, o carro teve uma falha mecânica. O homem entrou em contato com a firma onde comprara o carro e, então, um mecânico foi enviado da Inglaterra para consertar o veículo. Após esperar algumas semanas, o homem escreveu para a fábrica, na Inglaterra, pedindo a conta do conserto. E recebeu a seguinte resposta: "Não temos registro de nenhum Rolls Royce com falha mecânica."

Se nos arrependermos e confessarmos nossos pecados, Deus nos dirá, um dia: "Não consta em nossos registros nenhum pecado seu."


29 de maio Sábado

Mãos vazias

E eis que alguém, aproximando- se, Lhe perguntou: Mestre, que farei eu de bom, para alcançar a vida eterna? Mateus 19:16

Se a Bíblia dissesse que para merecermos o Céu deveríamos subir de joelhos a escadaria da igreja Nossa Senhora da Penha, no Rio de Janeiro, que tem 365 degraus, sem dúvida, muitos de nós faríamos tal sacrifício, como há, na verdade, muitos penitentes que o fazem. Chegam lá em cima com os joelhos sangrando, mas felizes, por julgarem ter alcançado méritos para a salvação.

Se a Palavra de Deus exigisse que cada candidato ao reino dos Céus provasse seu valor jejuando 40 dias e 40 noites, ou empreendendo uma peregrinação através do deserto do Saara, muitos se aventurariam a uma tal empresa.

Os judeus, certa vez, perguntaram a Cristo: "'Que faremos para executar as obras de Deus?' Tinham estado a realizar muitas e enfadonhas obras, a fim de se recomendarem perante Deus, e estavam prontos a ouvir qualquer nova observância pela qual pudessem obter maior mérito. Sua pergunta significava: Que faremos para merecer o Céu?

Qual o preço que nos é exigido para alcançar a vida por vir?

"Jesus respondeu e disse-lhes: 'A obra de Deus é esta: que creiais nAquele que Ele enviou. O preço do Céu é Jesus. O caminho para o Céu é a fé no Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo'" (O Desejado de Todas as Nações, p. 385).

Paulo nos diz que a salvação é um dom gratuito que nos vem de Jesus (Rm 6:23). Deveríamos, nesse caso, aguardar o arrebatamento de braços cruzados? Não.

Para iniciar-se no caminho da salvação é preciso ir a Jesus e apresentar-Lhe as mãos vazias e sujas. Devemos lembrar-nos, porém, que elas não permanecerão nesse estado, pois enquanto nos mantivermos em ligação com Cristo, Ele operará em nós o querer e o fazer (Caminho a Cristo, p. 62).

Isto significa que o Espírito Santo passará a produzir boas obras em nós e através de nós. E realizar boas obras como resultado de uma entrega total a Cristo é muito diferente de realizar as mesmas boas obras com o objetivo de alcançar a salvação. No primeiro caso, é uma consequência natural da verdadeira conversão. No segundo, é legalismo.

O relacionamento que a pessoa mantém com Cristo é que determinará seu destino eterno. Esse relacionamento se dá através da oração e do estudo da Bíblia. O resultado natural disso são os frutos do Espírito, já mencionados.

Vá a Cristo com fé e Lhe apresente as mãos vazias. Elas não permanecerão vazias.


30 de maio Domingo

Jesus virá em breve?

Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente, venho sem demora. Amém! Vem, Senhor Jesus! Apocalipse 22:20

Há mais de 160 anos os adventistas do sétimo dia pregam e cantam: "Breve virá! Breve virá! Breve Jesus voltará!" Nós vivemos, nos movemos e existimos em torno dessa esperança.

A segunda vinda de Cristo nos faz sonhar à noite e também de dia claro, com os olhos abertos. Quantos de nós já não teremos investigado o céu azul, sem nuvens, em busca de uma nuvenzinha no Oriente! Uma nuvenzinha "aproximadamente da metade do tamanho da mão de um homem" (O Grande Conflito, p. 640), que irá se aproximando mais e mais até tomar conta de todo o céu, mostrando-se como o relâmpago, que ilumina o céu, do Oriente ao Ocidente.

E aqui estamos nós, mais próximos do fim do que ontem ou do que um ano atrás. Mas, quão próximos? Realmente, não sabemos.

Acredito que Deus vai permitir que o mundo continue até não haver mais qualquer esperança humana de sobrevivência em nosso planeta. Quando o caos for total em toda a Terra (ver Is 24:19, 20), quando o mundo estiver totalmente devastado e poluído, o Sol abrasando os homens, a água valendo mais do que pedras preciosas, as doenças se multiplicando sem controle, a violência se tornando insuportável, quando os mercadores e fabricantes chorarem "porque já ninguém compra a sua mercadoria" (Ap 18:11), quando os homens estiverem desmaiando de terror na expectativa do que irá acontecer – em outras palavras, quando o pecado tiver produzido os seus amargos frutos em sua plenitude, e a Terra e a humanidade tiverem chegado ao fundo do poço, então Deus vai intervir.

Então todos os habitantes do Universo contemplarão na Terra os terríveis resultados da administração de Satanás, que prometeu aos seus anjos um governo melhor do que o de Deus – um governo sem leis, onde todos pudessem fazer o que bem entendessem, sem restrições a sua liberdade.

Ao mesmo tempo, o povo remanescente de Deus deverá ter desenvolvido um caráter totalmente oposto ao dos ímpios, e semelhante ao de Cristo. E quando o contraste entre esses dois grupos chegar ao seu ponto extremo, Jesus virá.

Como o remanescente alcançará tal caráter, tal nível de santidade? Através de um reavivamento e reforma, operado pelo derramamento do Espírito Santo (ver Testemunhos Seletos, v. 3, p. 345).


31 de maio Segunda

Como devemos aguardar a volta de Cristo

Negociai até que eu volte. Lucas 19:13

Desde que Cristo ascendeu aos céus, Seu retorno tem sido considerado iminente. O livro de Atos mostra que os cristãos primitivos esperavam que Cristo retornasse dentro de pouco tempo. As maravilhas e sinais executados pelos apóstolos (At 2:43) eram considerados sinais do breve retorno de Cristo. A única coisa que faltava era o Seu glorioso aparecimento.

À luz dessa expectativa, os discípulos acharam conveniente esperar a volta de Cristo em reuniões de oração e louvor a Deus. Eles não pensavam em organizar grupos evangelísticos para pregar o evangelho por todo o império. Também não pareciam preocupados em aumentar suas propriedades ou aperfeiçoar sua experiência vocacional. "Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade" (At 2:44, 45). Tal era o senso de urgência quanto à vinda de Cristo entre os cristãos primitivos.

Algumas pessoas haviam deixado de trabalhar, e estavam vivendo às custas de irmãos diligentes, alegando que "isto era desnecessário, em vista da segunda vinda" (SDA Bible Commentary, v. 7, p. 280). O apóstolo Paulo os repreendeu dizendo: "Se alguém não quer trabalhar, também não coma" (2Ts 3:10).

Atitude semelhante foi adotada pelos mileritas, que aguardaram a volta de Jesus para 22 de outubro de 1844. Quando se aproximou o grande dia, eles abandonaram seus empregos e plantações, e passaram os dias restantes em reuniões de oração.

Nada há de condenável nas reuniões de oração. O problema é não fazer mais nada além disso, pois "a oração não é substituto para o trabalho".

Aí está uma razão porque Cristo não revelou o dia da Sua vinda. Se Ele tivesse dito aos discípulos: "Eu só voltar após o ano 2000", eles provavelmente teriam desanimado, sua pregação teria outro enfoque, e seu preparo espiritual talvez não fosse adequado. Por outro lado, se nós, hoje, soubéssemos que Ele viria dentro de algumas semanas, não faríamos o mesmo que os mileritas? Abandonaríamos trabalho, estudos, planos para o futuro, e ficaríamos aguardando em reuniões de oração o grande evento. Mas esse não é o plano de Deus.

Em Seu sermão profético, Jesus disse que as pessoas estariam trabalhando quando Ele viesse: "Então, dois estarão no campo, um será tomado, e deixado o outro; duas estarão trabalhando num moinho, uma será tomada, e deixada a outra" (Mt 24:40, 41).

Vamos trabalhar e orar até que Ele venha.


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