Lições da Escola Sabatina Mundial – Estudos do Terceiro Trimestre de 2010
Tema geral do trimestre: A Redenção em Romanos
Estudo nº 01 – Apoio Social: laços de amor
Semana de 26 de junho a 03 de julho
Comentário auxiliar elaborado por Sikberto Renaldo Marks, professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (RS)
Este comentário é meramente complementar ao estudo da lição original
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Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil
Verso para memorizar: "Primeiramente, dou graças a meu DEUS, mediante JESUS CRISTO, no tocante a todos vós, porque, em todo o mundo, é proclamada a vossa fé" (Rom. 1:8).
Introdução de sábado à tarde
As treze lições desse trimestre giram em torno de um tema central, que é o modo como podemos ser salvos, pela graça, mediante a fé. Havia em Roma, entre os cristãos romanos, certas peculiaridades bem específicas que levou Paulo a escrever esta carta. Se não entendermos minimamente essas peculiaridades, a carta proporcionará menor entendimento do que deve ser a aplicação de sua mensagem aos nossos dias, que são os últimos. Não se trata de uma reinterpretação dos seus escritos, mas de uma reaplicação. A realidade dos romanos era uma, a nossa é outra, bastante diferente, mas o assunto da carta se aplica tanto a eles quanto a nós. Por isso, o autor e a comissão que cuida da redação das lições se propuseram a esclarecer o contexto dos romanos para conhecermos as razões dessa carta de Paulo a eles. Assim entenderemos melhor a carta a nós, pois para isso deveremos contextualizar seu assunto, primeiramente a eles, depois, aos nossos dias. Portanto, estudaremos algo sobre a história relativa aos cristãos romanos, e as razões dessa carta a esses cristãos. Assim, certamente obteremos grande proveito.
O autor dessa lição foi Don F. Neufeld, falecido em 1980. Essa lição foi elaborada a partir de texto que ele escreveu, portanto, ele é considerado o seu autor. Vai ser muito importante todos nós nos aplicarmos ao estudo destas treze semanas, pois aprenderemos algo importante para esses dias finais da história do povo de DEUS e do mundo.
- Primeiro dia: Data e lugar
Conforme informações, é provável que a carta aos Romanos foi escrita da cidade de Cencreia, que era o porto da outra cidade de Corinto, distando 12 quilômetros uma da outra. Cencreia era uma cidade de tamanho médio. Possuía vários templos e banhos públicos. Na terceira viagem de Paulo, ele embarcou nessa cidade em direção de Jerusalém (Atos 18:18). O livro de Romanos foi escrito provavelmente no início de 58, ou no final de 57, época de inverno na região. Paulo refere-se a Febe, diaconisa da "igreja que está em Cencreia" (Rom 16:1). Ela era uma verdadeira cristã, e alguns historiadores acreditam na possibilidade de ter sido ela a levar a carta aos romanos, pelo que ele escreveu em Rom. 16:1 e 2. Naqueles tempos cartas eram levadas por pessoas de confiança, e entregues pessoalmente ao destinatário. Em nosso dias, Paulo teria enviado um e-mail...
Paulo viajava e ficava alguns meses em um lugar, e geralmente ali fundava uma igreja; assim fez em muitos lugares. O missionário era muito apegado às igrejas que fundava, e obviamente às outras também. Ele era um verdadeiro pastor, que cuida das suas ovelhas. Ele visitava e revisitava seus pequenos rebanhos, e viajava longe para esse fim. Ele os protegia pessoalmente ou por cartas. Estava sempre atento ao que se passava com seus filhinhos na fé; mesmo à distância perguntava sobre essas igrejas e buscava informação. Assim foi que ele decidiu escrever cartas a essas igrejas, e algumas não se perderam, e foram incluídas no cânon da Bíblia. A proteção pastoral de Paulo serve para nós hoje, nos dias finais da obra da igreja.
Como hoje na igreja do final dos tempos, naqueles tempos a igreja infante também enfrentava muitos problemas. Esse era o temor de Paulo, que o frágil povo de DEUS sucumbisse diante dos inimigos da igreja. Parece que ele temia mais os inimigos de dentro da própria igreja, que pregavam doutrinas falsas, muitas vezes misturadas com suficiente verdade para parecerem verdadeiras. Assim falsos mestres, em seus ensinos, no mínimo confundiam os imaturos recém convertidos. Assim sendo, mesmo à distância, Paulo protegia seu filhos na fé.
Por exemplo, alguns mestres, poderosos na argumentação, itinerantes, pregavam da necessidade de os membros se submeterem à circuncisão. Mas ela era uma daquelas leis cerimoniais, que foram extintas com a morte de JESUS. Em nossos dias não temos mais esse problema, não se vê alguém pregando que temos que ser circuncidados. Mas, em nossos dias, há muitos que pregam que o sábado foi abolido. Cada época tem seus argumentos para confundir as pessoas, no sentido de que se percam.
Paulo temia que essa turma chegasse até Roma antes dele; assim sendo, resolveu escrever uma carta com caráter de urgência, e dessa maneira proteger os crentes dessa importante cidade. E de fato, iria levar uns 3 a 4 anos até que Paulo chegasse a Roma, e quando chegou, foi como prisioneiro. É de se lembrar, no entanto, que não foi Paulo quem fundou a igreja de Roma, mas ele amava todos os crentes. Os seguidores de CRISTO em Roma devem ter sido evangelizados por prosélitos judeus vindo de Jerusalém pouco depois das pregações iniciadas no Pentecostes. Alguns autores entendem que foram judeus que ouviram a pregação de Pedro por ocasião da distribuição das línguas que foram até Roma, e lá fizeram novos conversos. Roma era uma cidade grande para a época e para hoje, com em torno de um milhão de habitantes, e uns 50 mil judeus, mas não se sabe qual era o número dos cristãos. Os cristãos romanos vieram de judeus e pagãos convertidos.
Outra polêmica que corria por ali naqueles tempos era sobre o evangelho, restrito aos judeus. Paulo ensinava que o evangelho deveria ser pregado tanto a judeus quanto a gentios, e que não havia a menor diferença entre um e outro. Em nossos dias, essa polêmica não existe mais, senão na mente de algumas poucas pessoas. Não é um problema que enfrentamos. Mas naqueles tempos, até servos de DEUS, como o apóstolo Pedro, eram afetados por essa forma de ver o evangelho.
E havia outros assuntos. Um deles era a questão da salvação, se pelas obras se pela fé. E esse é um ponto que nos afeta grandemente nesses dias finais. Há muitos falsos pregadores que hoje em dia, pregam fortemente que a salvação é pelas obras. Falam tanto na fé, mas dão a entender que as obras valem mais. Principalmente a recompensa em forma de enriquecimento.
A epístola aos Romanos gira em torno da salvação. Ele explica que somente pela fé se pode ser salvo, e a vida eterna está ao alcance de todas as pessoas, não só a alguma raça ou povo. A salvação é gratuita, não se necessitando realizar sacrifícios nem gastar dinheiro para obtê-la, pois é concedida pela graça de DEUS.
Certamente será um estudo bem proveitoso para este trimestre!
Algumas curiosidades sobre Paulo.
Paulo nasceu em Tarso, na Cilícia, que atualmente pertence à Turquia, numa família judaica da Diáspora (dispersão). (Na época já havia uma diáspora de judeus que viviam espalhados pelo mundo, sobretudo na Pérsia, mas também em torno do Mediterrâneo, em Alexandria e no norte da África, na Turquia, Grécia e outras partes do Império Romano, incluindo a atual Península Ibérica). Nasceu numa data desconhecida mas "sem dúvida antes do ano 10 da nossa era" (Étienne Trocme). Seu pai, em circunstâncias que se desconhece, adquiriu a cidadania romana, mas, mantendo a fé judaica, educou-o na tradição judaica. Durante toda sua vida sua cidadania romana foi um meio de proteção física. Como ele próprio diz, foi circuncidado ao oitavo dia e manteve-se sempre na lei mosaica. A sua formação primária foi feita numa escola de cultura grega, como atestam as suas cartas. Mas ele afirma que recebeu também o ensino por parte de rabinos.
Em determinada altura Paulo deve ter ido viver em Jerusalém. As cartas dos apóstolos afirmam que ele foi aluno do rabino Gamaliel em Jerusalém. Não há dúvida de que passou uma parte importante da juventude em Jerusalém.
Foi em Jerusalém que Paulo participou no apedrejamento de Estêvão, um líder de um grupo fervoroso dos seguidores de Jesus, naquela época nomeado diácono. Ainda não se chamava de Cristianismo a doutrina de Cristo, mas sim de "Caminho". Paulo foi um perseguidor destes seguidores de Jesus, núcleo de cristãos que procuravam difundir a nova fé entre os judeus de Jerusalém.
O argumento de Paulo na sua perseguição aos seguidores do "Caminho" era a defesa da "tradição dos pais" e da lei mosaica, que ele via como ameaçada pelos seguidores de Jesus. Alguns autores chegam mesmo a colocar a hipótese de Paulo ter sido um zelote, mas Paulo na verdade foi um fariseu, dado o seu fervor religioso. Também o fato de sua vida ter sido colocada em perigo após ter tomado partido pelos cristãos leva Étienne Trocmé a dizer que isso "corresponde bem ao pouco que sabemos sobre a organização do partido zelote".
Em determinado momento, Paulo de Tarso saiu do mundo judaico e foi para Atenas pregar. Os relatos contam que, na sua estada na Acrópole, ele consegue converter Dionísio Ariopaseta.
Após muitos anos de atividade missionária, com três grandes viagens apostólicas descritas na Bíblia (incluindo Grécia, Macedônia e Ásia Menor nos itinerários), onde fundou diversas comunidades, foi preso em Jerusalém por volta do ano 61 d.C. sob a falsa acusação de estar infiltrando gentios no Templo de Jerusalém, o que era punido com a morte pelos judeus. Conseguindo se desvencilhar das mãos das autoridades do templo, apelou ao Imperador Romano, sendo enviado a Roma.
Na viagem para Roma o navio em que seguia naufragou, tendo ido parar na ilha de Malta. Esteve numa gruta, onde hoje se situa a Igreja de São Paulo em Rabat. Durante os três meses que ali teria passado, São Paulo foi mordido por uma serpente e saído ileso do confronto. Um episódio que levou os habitantes locais a vê-lo como um Deus. Mais tarde, teria curado o pai do governador da ilha antes de partir.
Quando finalmente chegou a Roma teria sido julgado e, após cerca de dois anos encarcerado, foi libertado.
Segundo a tradição e pelo que é descrito em suas cartas, reiniciou sua atividade missionária, sendo que, muito provavelmente, visitou a Península Ibérica e retornou à Ásia Menor, onde, em Trôade, foi denunciado por um ferreiro de nome Alexandre, sendo repentinamente preso e, mais uma vez, enviado a Roma. Lá, ficou encarcerado no Segundo Subsolo do Cárcere Mamertino.
Foi julgado e condenado à morte por Nero que, naqueles tempos, estava perseguindo duramente os cristãos. Em face de ser cidadão romano, em vez de ser crucificado, Paulo teria sido decapitado em 64 d.C. [outras fontes dizem que foi decapitado entre 66 a 68 d.C.] em um lugar conhecido como Águas Salvias.
Quanto ao aspecto físico de Paulo, relatos do século II dão conta que era manco de uma perna, tinha problemas de vista e era calvo, tinha aproximadamente 1,50 metro de altura.
As cartas relacionadas a seguir (conhecidas como Corpus Paulinum) são aquelas que, tradicionalmente, são atribuídas a Paulo: Romanos; I Coríntios; II Coríntios; Gálatas; Efésios; Filipenses; Colossenses; I Tessalonicenses; II Tessalonicenses; I Timóteo; II Timóteo; Tito; Filémon; Hebreus, escrita por discípulos instruídos por Paulo. (Wikipédia)
Paulo, judeu da diáspora, nascido em Tarso, na Cilícia, provavelmente no ano 9 d.C., inicialmente foi fabricante de tendas. Fariseu, em extremo honesto com sua fé, ao chegar a Jerusalém pela primeira vez, pouco depois da crucifixão de JESUS, encontrou ali a seita "O Caminho", posteriormente denominados "cristãos", que pregavam ensinos contrários aos principais ensinos farisaicos, pelo que se revoltou e passou a perseguir essa seita.
Segunda: Toque pessoal
Como o apóstolo Paulo trabalhava? Ele ia desbravando cidades onde ainda nenhum missionário havia estado. Ele não queria edificar sobre fundamento alheio (Rom. 15:20). Não há erro em fazer isso, mas ele sentia-se impulsionado a conquistar novos lugares, onde mais precisava. Outros já tinham o dom de visitar onde já havia algum grupo, e os fortaleciam. Cada um no seu dom, e o evangelho se completa pelo poder do ESPÍRITO SANTO.
Mas Paulo fazia outra coisa mais. Ele não esquecia os grupos de crentes que conquistava. Ele voltava aos lugares onde havia pregado. Às vezes ele enviava alguém em nome dele. E outras vezes ele enviava uma carta.
As pessoas mais novas na fé necessitam de visitas, de assistência, isto é, de pastoreio. Lembro-me de tempos passados quando os pastores visitavam os membros. Esses eram bons tempos. Muitas saudades desses tempos. Ainda há alguns pastores que visitam, mas são tão poucos! Paulo poderia, hoje, servir de modelo aos nossos líderes. E olhe que Paulo não possuía automóvel, nem as rotas por onde ele passava eram de asfalto.
Uma igreja precisa ser pastoreada e administrada. Pastorear uma igreja, em uma só palavra, proteger seus membros; administrar é planejar e executar o planejamento. Sobre isso postamos um esquema em:
Paulo fazia isto. Ah, se hoje, ao menos recebêssemos uma carta de nossos pastores! Ou ao menos um e-mail (para quem tem internet)! Faria muito bem à igreja, ela se fortaleceria. O Pastor, como Paulo, conheceria os problemas que os membros enfrentam, e ajudaria na solução. Quanto isso faz falta, exatamente nesses tempos difíceis, para todos, especialmente para os adolescentes e jovens. Como faz falta! Após os estudos dessas lições, será que vai ficar como vem sendo até agora?
É certo que não só o pastor deve fazer visitas, mas se nem ele faz, alguém espera que outros o façam? Ele também precisa coordenar a visitação na igreja, a iniciar por parte dos anciões, e dos demais que são bons nisso. Uma comunidade de crentes, mas que não se visita, que comunidade é essa. Falta comunhão, e como faz falta! Aliás, para receber visitas, algumas vezes nem ficar doente resolve.
Paulo escrevia e visitava os seus grupos por qual razão? É isto que iremos estudar nesse trimestre. Quem sabe a nossa cultura de individualismo dê uma guinada nesse sentido. Afinal, no aspecto missionário, no aspecto do reavivamento já se veem sinais fortes de desacomodação. E quando a Igreja Adventista se levantar, e isso já vem fazendo, cada vez mais o fim virá logo e JESUS Se manifestará. Falta ainda maior comunhão entre nós, assim como nos tempos do Pentecostes, e nos tempos de Paulo.
- Terça: Paulo chega a Roma
Paulo estava em Cesaréia, e dali iria para Jerusalém. Lá o alertaram que não fosse, pois seria preso. Isso foi declarado por um profeta (Atos 21:10). Se era profeta vinha com mensagem de DEUS, mas Paulo entendia que deveria seguir para Jerusalém, como sendo assim o seu dever. Ele foi, e, conforme a profecia, foi preso por meio de ato violento, muitos judeus radicais que não aceitavam CRISTO e que não aceitavam a anulação da lei cerimonial, arrebataram a Paulo. Se não fosse a providencial aparição de um comandante militar romano, o teriam matado. Ele só não foi maltratado por ser cidadão romano, portanto, tinha proteção imperial. Foi apresentado ao Sinédrio onde se defendeu, mas sem que o libertassem. Pelo contrário, aumentou o ódio dos judeus não-cristãos contra Paulo. O Senhor lhe apareceu de noite, na cela, e disse que assim como testemunhara de JESUS no Sinédrio deveria testemunhar em Roma. Então, depois de longo tempo, Paulo finalmente embarca num navio para a Itália, enfrentando uma viagem que resultou em naufrágio próximo à ilha de Malta. Três meses depois embarcam para Roma, onde os irmãos o receberam com alegria, e o confortaram. No caminho do porto até a cidade de Roma, Paulo, acorrentado a um soldado, ao lado de outros prisioneiros, estes criminosos, caminhando na Praça de Ápio, num trecho de 64 km que teriam que fazer a pé, por onde passavam muitas pessoas, a cada pouco era saudado por alguém que o reconhecia como aquele que lhe havia ensinado o evangelho da salvação. Alguns se lançavam ao pescoço de Paulo, e chorando, agradeciam pelo que o agora idoso apóstolo lhes havia ensinado. Os soldados pacientemente esperavam esses frequentes encontros de Paulo nesse trajeto até Roma. E chegando, outros irmãos o receberam com alegria e amor. Aproximadamente uns 4 anos depois dele ter escrito a carta aos romanos, finalmente, no ano 61 dC, Paulo chega a Roma, mas preso.
Paulo era o real preso que obtivera regalias por bom comportamento. Ele ficou preso em uma casa que alugou, e ali, pregava às pessoas que vinha ouvi-lo. Muitos se emocionavam vendo o idoso pregador anunciando o evangelho, algemado. E isso resultava em força a sua mensagem. Assim outros pregavam com mais destemor, e o evangelho era levado adiante.
Naqueles tempos Paulo, de dentro da prisão, fazia o bem e levava vida eterna aos de fora. Hoje, de dentro das prisões muitos continuam delinquindo. O mundo mudou, mas o evangelho precisa ser concluído, pois ainda há muitas pessoas que estão em condições de serem salvas para a vida eterna.
Paulo pregou em Roma, preso, por dois anos (Atos 28:16–31). Ele também escreveu epístolas, ou cartas, aos efésios, filipenses, e colossenses e a Timóteo e Filemom enquanto estava aprisionado em Roma.
- Quarta: Chamados para ser "santos"
O amor, para gerar seus efeitos naturais, que são: vida eterna, felicidade, saúde, bem estar, etc., precisa ser correspondido. Se você ama uma pessoa, mas ela não lhe ama, os efeitos do amor não podem se manifestar. Está havendo amor numa direção, mas não há correspondência, ou seja, amor da outra parte. Nesse caso, as duas pessoas sofrem: quem ama mas não é correspondido, e quem não quer amar. Essa sofre porque, quem não ama, não vive bem.
JESUS morreu por todos, mas não são todos que aceitam a Sua morte. Não são todos que querem se entregar a JESUS. Isso significa deixar o mundo, as coisas do mundo que são incompatíveis com as coisas do alto. Significa, por exemplo, para o povo de DEUS, deixar, afinal, de serem fanáticos por futebol, de assistirem novelas, de se deixarem pintar (agora até os homens já fazem isso), de se alimentarem como o mundo, de roubarem o governo (sonegação, pirataria, etc.). Significa viver uma vida santa. E o que é uma vida santa? É uma vida separada do mundo, dedicada a DEUS.
Separar-se do mundo não é fácil. Exige uma condição mínima básica, sem a qual é impossível ser santo. Precisa ser humilde. Só os humildes conseguem ter vontade de serem transformados. Vemos, até mesmo na igreja, pessoas de elevados cargos mas que não são humildes, tropeçando flagrantemente nas atrações desse mundo. Só os humildes são capazes de levar uma vida simples, sem ostentação. Só os humildes são aptos a amar a DEUS, a visualizar as delícias abrindo mão das ninharias daqui, que os vaidosos não conseguem sequer imaginar deixar de lado.
Como CRISTO morreu pela humanidade, todos estão sendo chamados a serem agraciados com a salvação de sua própria vida. O chamado à santidade é para todas as pessoas do mundo. Mas há um chamado especial para o povo de DUES. Não é que o povo de DEUS tenha privilégios, bem pelo contrário, esse povo está sendo chamado a dar exemplo aos demais, aqui mesmo na Terra, o quanto é superior uma vida humilde e simples. Além disso, o povo de DEUS é chamado, não só para dar testemunho, mas para anunciar este evangelho ao mundo. O restante do mundo deve ser chamado por meio do trabalho do povo de DEUS. Assim todos serão chamados. Assim todos terão sua oportunidade. MAS, só pregar não é o suficiente; nós, do povo que é chamado e que também deve chamar, além do ensinamento, devemos ser exemplos de vida santa diante do mundo.
- Quinta: Reputação mundial
Os seguidores de CRISTO na cidade de Roma formaram uma igreja auto-constituída, conduzida provavelmente por liderança leiga (se bem que naqueles tempos quase todos eram leigos) bem esclarecida e fundamentada nas escrituras. Sim, em Roma havia forte liderança local. Eles estudavam os escritos (muito raros e caros naqueles tempos), ensinavam e se aprofundavam nos textos do Antigo Testamento (o Novo Testamento estava sendo escrito). Eles se tornaram conhecidos mundo afora pela sua "bondade", "conhecimento" e por que "se admoestavam uns aos outros". A reputação deles favoreceu o conceito de cristão em muitos lugares. Esse é o poder do testemunho positivo. Nesse sentido eles foram o que nós precisamos ser hoje: grupos de crentes que se esforçam por desenvolver harmonia entre os membros, que estudam e se aprofundam no conhecimento e que se corrigem mutuamente.
Por que agiam assim? Eles praticavam a comunhão com CRISTO. Aprenderam dos apóstolos em outros lugares, vieram a Roma, fundaram um grupo de adoradores a DEUS e seguidores de JESUS, e, por dependerem deles mesmos quanto à liderança humana, se empenharam por seu próprio fortalecimento espiritual. Certamente eram missionários, pois não há igreja forte que não seja missionária.
É interessante notar que CRISTO foi crucificado no ano 31. Já no ano 57, portanto 26 anos mais tarde, havia uma igreja bem estabelecida em Roma, e que já se havia tornado famosa pelo mundo. Isso significa que essa igreja não se formou naquele ano, nem alguns poucos anos antes, mas sim, poucos anos depois da morte de CRISTO. Um dia saberemos como foi essa história a nós hoje oculta por falta de registros. Pode ser que estivesse ali alguém que tenha ouvido alguma pregação do próprio CRISTO, ou de João Batista, ou de algum dos apóstolos. Não se sabe, mas uma coisa é fato: ali havia uma liderança bem formada no conhecimento da verdade anunciada por JESUS. Isso era fato, pois se não fosse assim, essa igreja não poderia possuir aquelas três características fortes de bondade, conhecimento e aptidão ao mútuo fortalecimento. Era uma igreja espiritualmente forte, que se auto-matinha e cujos feitos repercutiam mundo afora. Esse é um modelo de igreja que necessitamos hoje, em que haja liderança leiga. Leigo quer dizer pessoas que não possuem curso formal de teologia, mas que pode ter o mesmo conhecimento de um teólogo por vias auto-didáticas. A palavra leigo adquiriu, ao longo do tempo, uma conotação de pessoa desqualificada nalgum conhecimento, e no caso, do conhecimento teológico. Mas essa conotação é falsa, pois a obra da evangelização será concluída por leigos cheios do ESPÍRITO SANTO. O modelo da igreja de Roma deve ser para nós uma inspiração, pois nesses últimos dias a necessidade de líderes leigos preparados e poderosos será tal que, na verdade, todos deverão ser assim qualificados pelo poder do alto.
- Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado
Quando estamos com DEUS, livres ou presos, somos úteis aos Seus planos. Parece que Paulo foi mais profícuo preso que livre. Imagine a situação. Os judeus que não aceitaram CRISTO queriam matar Paulo. Eles o perseguiram por boa parte do trajeto, e houve até uma conspiração para tirar-lhe a vida. O curioso foi que eles não consideraram que o próprio Paulo já agiu desse mesmo modo, tempos atrás, quando era jovem. E eles também não consideraram que ele foi derrubado do cavalo por JESUS, e por isso mudou seu modo de vida. Eles apenas queriam viver em razão de seus interesses, e não admitiam a pregação de JESUS, que foi Aquele que os estabeleceu em Abraão e Sara.
Quando nos entregamos a satanás, e isso facilmente pode acontecer mesmo sendo membros da igreja, e não há necessidade de manifestações demoníacas escandalosas, então não admitimos em hipótese alguma mudança em nossa vida. Em casos assim, nem DEUS muda alguma coisa na vida. O poder que nos domina é de tal modo acariciado que mesmo a mais clara evidência de estarmos errados será rechaçada. Mas as pessoas que por vezes se sentem tristes porque são pecadoras, essas devem agradecer a DEUS, porque isso é evidência de que Ele está trabalhando com elas, e por ser assim, fica claro que elas possuem as condições de serem salvas. As pessoas que são humildes sentem desconforto na consciência, e muitas vezes até exageram no senso de culpa, pois, em muitos casos se tem visto queridos e humildes irmãos na fé se culpando de coisas que DEUS já lhes perdoou. Essas pessoas são as que seguem a JESUS, embora pecadoras, como todos aqui na Terra são. Sentem-se dependentes do Salvador e sabem que precisam da transformação.
Paulo, é muito provável se estivesse livre, seria morto pelos judeus radicais. E preso, estava sob a proteção do poderoso Império Romano. Que ironia, o poder que crucificou CRISTO foi também o que protegeu Paulo, para ele pregar em Roma, livre do poder judaico. Assim ele anunciava o evangelho, de sua casa, nem era numa prisão, e ali se achegavam as pessoas, dando a ele mais tempo para se dedicar à Palavra em vez de se deslocar de um lugar a outro, durante dois anos. Aquilo que os radicais judeus não queriam era exatamente o que estava acontecendo. E mais, as pessoas, vendo a situação de Paulo e a sua fé, só por esse testemunho se tornavam mais receptivas e não só o ouviam, mas também se tornavam corajosas para levar a mensagem adiante. Assim, Paulo, da prisão domiciliar multiplicou sua presença para muitos lugares, quem sabe até mais lugares do que se estivesse livre. É que para Roma, a capital do império, vinham pessoas de muitos regiões do mundo, e havia entre essas pessoas crentes em CRISTO, e aproveitavam para visitar Paulo e fortalecer sua fé, e levar essa força às suas igrejas. Algumas levavam cartas de Paulo para tais igrejas.
De DEUS não se zomba; quem está com Ele sempre será vitorioso.
escrito entre: 21/05 a 26/05/2010 - revisado em 26/05/2010
corrigido por Jair R. Bezerra
Declaração do professor Sikberto R. Marks
O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, crê na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discorda de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. E aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos.