sexta-feira, 4 de junho de 2010

Meditaçõees 1 a 6 junho

Meditaçõees 1 a 6 junho

1º de junho Terça

Lições de um homem cego

Perguntou-lhe Jesus: Que queres que Eu te faça? Respondeu o cego: Mestre, que eu torne a ver. Marcos 10:51. Eugene era um príncipe rejeitado. Raquítico, feio, pálido, doentio e corcunda. Todos, no castelo de Luís XIV, o ignoravam. O jovem príncipe circulava em meio às sombras do castelo, despercebido dos nobres que compareciam aos bailes e festas.

Os amigos de Eugene eram os escravos. Ninguém mais queria conversa com ele. Eugene queria ser um soldado, de modo que foi falar com Luís XIV e lhe pediu um posto em seu exército. Luís nem olhou para ele. Este foi um dos maiores erros que o rei francês cometeu.

Eugene escapou do palácio disfarçado de mulher e fugiu para Viena, onde os turcos estavam invadindo a Europa. Lá ele conseguiu entrar no exército austríaco. Agora o príncipe era mais do que uma sombra num castelo – era um soldado, e dos bons. Aos 20 anos se tornou oficial do exército; aos 29, marechal de campo; aos 40, comandante supremo da Áustria. Nos anos seguintes ele foi um tormento para Luís XIV, e mais tarde Napoleão o reconheceu como um dos grandes generais de todos os tempos.

Bartimeu, além de cego, se sentia rejeitado, pois acreditava-se que uma deficiência física era castigo de Deus. Embora cego, era também decidido. Ele não ficaria calado. Quando ouviu o ruído da multidão e soube que Jesus estava vindo, sentiu que sua
oportunidade de ser curado se aproximava, e clamou em alta voz: "Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!"

Jesus parou e mandou chamá-lo. Bartimeu tornou a ver e se tornou um seguidor de Jesus Cristo. E a partir daquele dia não foi mais o mesmo, pois sabia que tinha importância. Sua cura provava isso.

Um jovem africano foi sequestrado e forçado a cruzar o oceano em um navio negreiro. Após passar meses comendo alimentos estragados, em meio a doenças, mau cheiro de dejetos humanos, e vendo muitos morrerem ao seu redor, o jovem chegou à América.

Os comerciantes o empurraram para o local de leilão. Para surpresa de todos, este escravo não pendia a cabeça em humilhação, como a maioria. Mantinha-se ereto, com o peito estufado, o queixo erguido, e o olhar altivo. A multidão, agitada, murmurava. Por que este escravo era tão diferente?

O atravessador de escravos sabia a razão, e disse ao povo: `Este jovem é filho de um rei na África, e não consegue se esquecer disso.

Creio que Bartimeu sentiu a mesma coisa após encontrar-se com Jesus: Tal qual você e eu, ele era filho de um Rei, e jamais se esqueceria disso.

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2 de junho Quarta

Filho pródigo moderno

Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente. Lucas 15:14

A vida de Oscar é parecida com a parábola do Filho Pródigo, com a diferença de ser uma história real.

Oscar morava nas proximidades de Porto Alegre e era filho de alfaiates. Seus pais praticamente trabalhavam dia e noite, e costumavam lhe dizer: – Filho, você não vai precisar trabalhar como nós, pois vamos lhe deixar uma herança muito grande!

Vitimados pelo excesso de trabalho, o pai faleceu ainda cedo, e algum tempo depois, a mãe, deixando-lhe, realmente, uma enorme fortuna. Antes de falecer, a mãe constituiu uma irmã sua como tutora de Oscar, para administrar os bens até que ele atingisse a maioridade. O menino, ciente do patrimônio que lhe estava reservado, ao visitar uns
primos, disse:  – Eu tenho vergonha de dizer para os meus amigos que vocês são meus primos, pois eu sou tão rico e vocês tão pobres. E afirmava que quando ficasse adulto compraria um avião.

Inconformado por não poder lançar mão dos bens imediatamente, e dizendo para si mesmo que a tia o estava querendo roubar, o moço contratou um advogado e conseguiu obter a maioridade antes do tempo determinado pela lei.

E começou a vender os bens, primeiramente para pagar o advogado, e depois, para esbanjar o dinheiro que os pais, com tanto sacrifício haviam juntado. Casas, terrenos e chácara foram vendidos em Esteio, RS, e Porto Alegre. Não aceitou conselhos de ninguém. Dissipou tudo aos poucos, na ilusão de que o dinheiro jamais acabaria.

Despertou tarde demais do seu ignorante sonho. Pouco lhe restava. A fortuna, tão avidamente assenhoreada, escapara-lhe por entre os dedos. De rico, tornou-se quase um mendigo. Foi visto por um parente no mercado de Porto Alegre, alimentando-se dos restos de alimentos que sobejavam em quantidade após a feira. Finalmente vencido pela
necessidade de trabalhar, pôs-se a vender quinquilharias. Mesmo assim passou fome e acabou morrendo na miséria.

Oscar não teve sabedoria para administrar a herança. Fez papel de tolo. E o resultado não poderia ter sido outro.

O cristão precisa se convencer de que posses materiais não oferecem segurança e não têm valor permanente. Somos mordomos de Deus, e responsáveis pelo uso dos bens que Ele nos permitiu conseguir.

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3 de junho Quinta

As tormentas são passageiras

Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação. 2 Coríntios 4:17

Noé estava dentro da arca com todo tipo de animais e também com sua família. Durante quarenta dias e quarenta noites a chuva caiu, fazendo as águas subirem, destruindo tudo que havia. Seus vizinhos não mais existiam. O mundo, como ele o conhecia, havia desaparecido. Ele teria de começar a vida de novo.

Isso acontece ainda hoje, com as pessoas. De repente, a terra foge debaixo de nossos pés, nosso mundo desaba, e precisamos começar tudo do zero outra vez.

Um homem de 53 anos foi demitido da firma em que trabalhava como gerente. Ele havia gasto a maior parte de sua vida adulta adquirindo conhecimentos e experiência que subitamente se tornaram obsoletos.

O mundo, como ele o conhecia, não mais existia. Ele precisou começar tudo de novo.

A vida nos puxa o tapete, às vezes. Mas as tormentas não duram para sempre. O luto passa e o tempo cura a dor. Muitas pessoas que perdem um emprego acabam conseguindo outro.

Herman Gockel perdeu a voz aos 32 anos. Uma experiência terrível para um jovem pregador. Demitiu-se de sua igreja e foi morar com a esposa e os dois filhos na casa de sua mãe viúva.

A esposa conseguiu trabalho como secretária. E ele ficou em casa com as crianças. Ao cuidar dos afazeres domésticos, um texto bíblico lhe veio à mente: "Aquele que não poupou o Seu próprio Filho, antes por todos nós O entregou, porventura, não nos dará graciosamente com Ele todas as coisas?" (Rm 8:32).

Herman teve um raio de esperança. Orou. Seis meses mais tarde conseguiu um trabalho respondendo cartas de um programa de rádio. E também passou a ajudar na expedição da Editora Concórdia.

Dois anos mais tarde Herman se tornou gerente da Concórdia. Então a esposa ficou gravemente enferma e foi hospitalizada 26 vezes. Seis vezes esteve à morte. Mas Herman continuou crendo em Romanos 8:32. Seus livros e artigos inspiraram milhões de pessoas, e ele foi convidado a criar um novo programa de televisão para sua igreja. Tudo isso depois que ele perdeu a voz.

Após a tormenta surgiu o arco-íris. Ah, é claro que isso nem sempre acontece. Mas Deus nos prometeu que não seremos tentados além das nossas forças; "pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar" (1Co 10:13).

Apeguemo-nos a Deus e confiemos em Suas promessas.

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4 de junho Sexta

Devolvendo a cura

Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos. Mateus 24:24

Uma senhora adventista adquiriu grave enfermidade e, já enfraquecida, procurou seu médico, o qual detectou um câncer muito avançado, sem possibilidade de tratamento. O tumor estava grande em seu útero e já disseminado para outras partes do corpo. O médico explicou, consternado, a situação dela, dizendo que não havia mais o que fazer. Restavam-lhe poucos dias de vida.

Em desespero, ela ouviu uma amiga, que lhe falou de um pastor carismático em uma das igrejas que faz curas milagrosas. Ela decidiu ir. Chamada à frente, participou dos rituais. Imediatamente começou a sentir-se melhor. Após 15 dias, sentindo-se fisicamente bem, voltou ao ginecologista. Ao examiná-la, o médico foi tomado de grande espanto, pois não havia vestígio da doença. Estava totalmente curada.

Aliás, não totalmente, porque ela, antes alegre, ativa na igreja, emocionalmente estável, desde o momento da cura foi acometida de uma grande angústia e um estado depressivo incontrolável, que a levava a um único desejo: Suicidar-se. E foi exatamente o que procurou fazer alguns dias depois.

Ela foi encontrada semimorta e levada ao hospital, onde, com muito esforço, os médicos conseguiram recuperá-la. Mas revelou, em prantos, a uma amiga, que ainda pensava em morrer. Esta amiga, fiel e muito cristã, a convidou a falar com o pastor adventista. Este,
percebendo a gravidade da situação, orou com ela e disse-lhe: "A única coisa que me ocorre é que, a irmã deverá voltar àquela igreja e devolver a cura."

E foi o que ela fez. Todos, naquela igreja, se espantaram, pois as pessoas sempre vão lá em busca de curas milagrosas. Foram feitos os arranjos e os rituais, e "devolvida" a cura.

A irmã começou a sentir uma fraqueza progressiva, mas, sua alegria e paz de espírito voltaram. Sua fé ficou fortalecida, mas, fisicamente mais fraca, retornou ao médico 15 dias depois, o qual constatou: Lá estava o tumor exatamente como antes. Comunicou
novamente à nossa irmã sua verdadeira situação. Mas desta vez ela reagiu de forma totalmente diferente, dizendo com muita segurança: "Doutor, sei que vou morrer, mas estou certa de que descansarei nos braços de Jesus" (Eduardo Clajus, Seminário de
Enriquecimento Espiritual II, p. 75, 76).

Não vale a pena aventurar-se no terreno de Satanás. É melhor morrer em Cristo do que prolongar a vida por mais alguns anos, em sofrimento, e no fim, perder a vida eterna.

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5 de junho Sábado

Cidadania dupla

Eu sou judeu, nasci em Tarso da Cilícia, mas criei-me nesta cidade e aqui fui instruído aos pés de Gamaliel. Atos 22:3

A Constituição Brasileira permite a obtenção de outras cidadanias, sem que isso implique a perda da nacionalidade brasileira. Assim sendo, muitos brasileiros descendentes de imigrantes europeus, de olho na possibilidade de se tornarem também cidadãos de um país desenvolvido, têm requerido passaporte expedido pelo país de
origem de seus ancestrais, apoiados em seu "direito de sangue".

A dupla cidadania oferece várias vantagens na Comunidade Europeia, inclusive a possibilidade de fixar residência sem precisar de visto, e estudar e trabalhar legalmente como qualquer cidadão europeu.

No tempo do apóstolo Paulo, a cidadania romana era também altamente valorizada, e se a pessoa não a possuísse por direito de nascimento, poderia adquiri-la por 500 dracmas, o que equivalia a quase dois anos de salário de um trabalhador comum. E oferecia os seguintes privilégios: um romano não poderia ser açoitado ou morto sem ter sido julgado e condenado; tinha o direito de votar, fazer contratos, casar-se legalmente, e era isento de impostos.

Paulo tinha cidadania dupla: era romano por nascimento, e judeu por "direito de sangue". Reza a tradição que os pais de Paulo viviam originalmente na Galileia, e por volta do ano 4 a.C. teriam sido capturados e levados como escravos para Tarso, a principal cidade da Cilícia, na Ásia Menor, onde, posteriormente, recuperaram a
liberdade, prosperaram e se tornaram cidadãos romanos. E ali nasceu Paulo. Tinha provavelmente 12 anos de idade quando foi enviado a Jerusalém para ser educado por Gamaliel (SDA Bible Commentary, v. 6, p. 209). A dupla cidadania de Paulo o livrou de ser açoitado em pelo menos uma ocasião (ver At 22:25-29).

Quando Adão e Eva pecaram, Satanás preparou o discurso que faria para Deus: "Este lugar agora é meu. Seus habitantes me escolheram e Te rejeitaram. Não tens mais nada a ver com este mundo. Passe bem!"

Satanás pretendia expulsar Deus da Terra, dizendo que Ele não tinha o direito de intervir aqui. Deus concordou. Ele não forçaria a situação. Ele nasceria aqui e adquiriria a cidadania terrestre por direito de nascimento. E como homem, venceria a Satanás. Ninguém poderia dizer-Lhe: "Não Se intrometa. Você não é daqui."

Jesus é daqui. Ele é nosso. Ele Se fez carne e habitou entre nós. Tornou-Se o Filho do homem para buscar e salvar o perdido. Adquiriu para Si e para o crente cidadania dupla: a terrestre e a celestial.

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