sábado, 31/7/2010 - › INTRODUÇÃO "Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus". – Rm 5:1 e 2.
Todos os atributos do caráter de Deus são eternos, porque Deus é eterno, e, portanto, são imutáveis. Não podemos aqui falar sobre todos os atributos, mas uma referência apenas a dois. "Eu o amei com amor eterno". – Jr 31:3. "A tua justiça é eterna". – Sl 119:142
A justiça e o amor de Deus estão expressos em Sua lei: "Que puno a iniquidade dos pais sobre os filhos até a terceira e quarta geração dos que me odeiam, mas que também ajo com amor até a milésima geração...". – Êx 20:6 – Bíblia de Jerusalém.
A justiça divina, expressa em Sua lei moral, que deveria ser executada no pecador, foi executada em Jesus, o Justo. Por Sua morte Jesus livrou o pecador – a cada um de nós - da condenação justa que era contra nós, isto, por amor e graça, pois Ele sofreu a sentença em nosso lugar. Este ato da justiça de Deus, executada em Si mesmo, na pessoa de Seu Filho Jesus, para revelar graça e amor para o pecador, anulou a justiça de Deus expressa em Sua lei? Não. Mas, sim, confirmou-a: Transferindo a sentença e a condenação para o substituto, que era inocente, sem pecado. Era o próprio Deus executando a Sua justiça em Si mesmo. A justiça de Deus, expressa em Sua lei, não pode ser abolida, porque é eterna. O amor de Deus não pode ser alterado, é imutável, é eterno. Esta é a razão porque o rio da graça de Deus transbordou em suas margens, trazendo perdão, justificação reconciliação, vida, para o pecador.
Pense: "Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores". – Rm 5:8 – Nova Versão Internacional.
Desafio: "Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para sempre". – Hb 13:8 – Nova Versão Internacional.
domingo, 1/8/2010 - › JUSTICADOS, POIS... A graça não seria graça, se a eternidade da justiça fosse abolida e a eternidade do amor modificado. A graça é graça porque sobre a Cruz do Calvário, "Amor e Verdade se encontram, Justiça e Paz se abraçam". – Sl 85:11 – Bíblia de Jerusalém. Os atributos do caráter de Deus, na Pessoa de Jesus, em sua integridade e imutabilidade, se encontram e se abraçam, proclamando a sua eternidade, para oferecer graça para o condenado à morte eterna. Isto é graça! Como explicar?
Aquele que viveu vida perfeita e em perfeita obediência à lei quando viveu entre os pecadores, assumiu a culpa e a condenação destes, morreu em seu lugar e em seu favor e oferece graça, perdão e justificação. Justificados, pois pela fé nesta graça, somos reconciliados com Deus e estamos em paz com Ele.
É importante que Paulo traz para a sua argumentação em defesa da justificação pela fé, a experiência de Davi: "Assim também Davi proclama a felicidade do homem a quem Deus credita a justiça independentemente das obras: 'Bem-aventurados aqueles cujas iniquidades foram perdoadas, e cujos pecados foram cobertos. Bem-aventurado o homem a quem Deus não imputar o pecado". Rom. 4:6-8 – Pontifício Instituto Bíblico de Roma.
Jesus livrou o pecador da sentença de condenação da justiça, mas não liberou-o para viver em desarmonia com a justiça. Mas, assim como Ele, como Deus, está em perfeita harmonia com a Sua própria justiça, Ele oferece o perdão, a reconciliação e o poder, por graça, para tornar o pecador semelhante a Ele, em harmonia com a justiça, pela presença e atuação do Espírito Santo.
Pense: "E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu". – Rm 5:1 – Nova Versão Internacional.
Desafio: "Por meio de quem obtivermos acesso pela fé a esta graça na qual agora estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus". – Rm 5:2 – Nova Versão Internacional.
segunda-feira, 2/8/2010 - › DEUS EM BUSCA DO HOMEM O sacrifício substituto de Deus, ensinando o plano de graça em favor do pecador teve início junto ao portão do jardim do Éden. A iniciativa para o plano da salvação é de Deus e não do homem. Assim, quando Adão e Eva pecaram e quebraram seu relacionamento de amor com Deus, "percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira, e fizeram cintos para si". - Gn 3:7 – Almeida Revista e Atualizada.
Despidos da justiça de Cristo, recorreram à justiça própria para suprir a nudez espiritual e física. Todavia, como a justiça própria torna o homem "como o imundo, e todas as nossas justiças como trapos da imundícia," - Is 64:6, eles afastaram-se e "esconderam-se da presença do Senhor Deus,... entre as árvores do jardim". - Gn 3:8 – Almeida Revista e Atualizada. Deus tomou a iniciativa procurando-os e, depois de confrontá-los com o pecado, apresentou o plano de Sua graça redentora. Para confirmar a oferta da graça, o primeiro cordeiro foi morto em sacrifício em favor do pecador. Não como iniciativa do homem, sentindo sua necessidade e apresentando algo para obter o favor divino. Mas como iniciativa de Deus, revelando o Seu amor eterno, o Seu plano de graça e oferecendo ao homem caído a oportunidade de aceitar ou rejeitar a dádiva.
Aceitando a dádiva, somos – "justificados por seu sangue", porque é o sangue de Jesus que é o preço da redenção. Pelo sangue de Jesus somos remidos, resgatados da escravidão do pecado e libertos da condenação à morte eterna. Pelo sangue de Jesus também "seremos salvos da ira de Deus", porque ela será executada contra o pecador que rejeita a oferta da graça. Quem aceita a graça, é coberto com o manto da justiça de Jesus, que se tornou objeto da ira de Deus.
Pense: "Se quando éramos inimigos de Deus fomos reconciliados com ele mediante a morte de seu Filho, quanto mais agora, tendo sido reconciliados, seremos salvos por sua vida!" - Rm 5:10 – Nova Versão Internacional.
Desafio: "Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores". – Rm 5:8 – Nova Versão internacional
terça-feira, 3/8/2010 - › A MORTE TRAGADA "Portanto, da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram". - Rm 5:12 – Nova Versão Internacional.
Quando Adão pecou, seu pecado foi como raça. Ele havia recebido a Terra como seu domínio: "Tenha ele domínio sobre... toda a terra". - Gn 1:26. Portanto, o pecado de Adão atingiu a todos os seus descendentes e toda a criação em relação à nossa Terra, porque em Adão todos pecaram. "Porque sabemos de que a própria criação a um só tempo geme e suspira angústias até agora... Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus". - Rm 8:22 e 3:23 – Almeida Revista e Atualizada.
Em Jesus, todos obtém a oportunidade para justificação do pecado como raça: "Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo". – Rm 5:17 – Almeida Revista e Atualizada. Assim como a condenação foi ampla, atingindo todos os descendentes de Adão, assim a justificação é ampla para toda a raça humana. A provisão da graça foi oferecida para Adão e para todos os seus descendentes. Cristo Jesus veio a este mundo e sofreu a sentença de morte eterna para conceder a cada pecador a oportunidade de reconciliação.
Não somente isto. Jesus veio para salvar, mas como a Vida, veio também para por Sua morte aniquilar a morte. O pecado trouxe como conseqüência final, a morte. A morte de Jesus trouxe como consequência final, o triunfo da Vida sobre a morte. "Onde está, ó morte, a sua vitória?" – 1Co 15:55.
Pense: "Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida". – Rm 5:18 – Almeida Revista e Atualizada.
Desafio: "Porque, como pela desobediência de um só homem muitos se tornaram pecadores, assim também por meio da obediência de um só muitos se tornaram justos". - Rm 5:19 – Almeida Revista e Atualizada.
quarta-feira, 4/8/2010 - › A LEI DESPERTA A NECESSIDADE Em Gálatas 3:17, Paulo declara: "A lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois" da promessa. Em Romanos 5:13, declara: "Pois antes de ser dada a Lei". Como Paulo está argumentando sobre o processo de justificação, ele só pode ter em mente a lei cerimonial. Era por esta lei que o israelita pecador obtinha perdão e justificação. (Lv 4)
Mesmo o Faraó, governante do Egito do tempo de Abraão, vivia segundo a lei moral. (Gn 12:17-19). Logo, não foi a lei moral que veio quatrocentos e trinta anos depois da promessa, e sim a cerimonial. Abimileque, rei filisteu, contemporâneo de Abraão aferia sua conduta moral pela lei eterna. (Gn 20:3-10) Sabia Abimileque que violar a lei moral de Deus trazia desgraças sobre o transgressor. Paulo era conhecedor destes fatos.
Ora, se a lei moral era conhecida e obedecida ao tempo da promessa, como argumentar que foi dada quatrocentos e trinta anos depois? Ou, antes de ser dada a lei? É preciso procurar outra lei que foi dada neste tempo indicado e que confira coerência e consistência ao argumento de Paulo. Esta lei foi a das cerimônias, dada a Israel como nação.
Aos romanos Paulo declara: "A Lei foi introduzida para que a transgressão fosse ressaltada...". Rm 5:20 – Nova Versão Internacional. Com os gálatas argumenta: "Qual era então o propósito da Lei? Foi acrescentada por causa das transgressões,..". – Gl 3:19 – Nova Versão Internacional. Paulo pergunta: Qual o propósito da lei? Qual lei? A moral? Não cabe. Seria o mesmo que um cidadão perguntar: Qual a razão da constituição? Ou o motorista: Para que as leis de trânsito? A lei moral é a base do governo de Deus no Universo e tem razões sobejas de ser. Paulo está argumentando sobre o propósito da lei cerimonial depois da cruz. Não mais tinha propósito prático.
Pense: "Deus, porém, veio a Abimileque em sonhos de noite e lhe disse: Vais ser punido de morte por causa da mulher que tomaste, porque ela tem marido... Então chamou Abimileque a Abraão e lhe disse: Que é isso que me fizeste? em que pequei eu contra ti, Tu me fizeste o que não se deve fazer. Disse mais Abimileque a Abraão: Que estavas pensando para fazeres tal coisa?" - Gên. 20:3, 9 e 10 – Almeida Revista e Atualizada Desafio: "A lei foi introduzida para que a transgressão fosse ressaltada. Mas onde aumentou o pecado, transbordou a graça". – Rm 5:?20 – Nova Versão Internacional.
quinta-feira, 5/8/2010 - › O SEGUNDO ADÃO Quando Adão pecou, seu pecado foi como raça. Ele havia recebido a Terra como seu domínio: "Tenha ele domínio sobre... toda a terra". - Gn 1:26. Portanto, o pecado de Adão atingiu a todos os seus descendentes e toda a criação em relação à nossa Terra, porque em Adão todos pecaram. "Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens porque todos pecaram". - Rm 5:12.
Portanto, a restauração teria de ser completa, envolvendo todas as coisas. Jesus, vindo como o segundo Adão, venceu o inimigo, agora em seu próprio território, e concede a todos a oportunidade para obter justificação do pecado como raça: "Todavia, não é assim o dom gratuito como a ofensa; porque, se, pela ofensa de um só, morreram muitos, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, foram abundantes sobre muitos". – Rm 5:15 – Almeida Revista e Atualizada
Assim como a condenação foi ampla, atingindo todos os descendentes de Adão, assim a justificação é ampla para toda a raça humana. A provisão da graça foi oferecida a Adão e a todos os seus descendentes. Cristo Jesus veio a este mundo e sofreu a sentença de morte eterna para conceder a cada pecador a oportunidade de reconciliação. O apóstolo Paulo qualifica este ato de Deus por intermédio de Jesus, como o grande mistério: "Evidentemente, grande é o mistério da piedade: Aquele que foi manifestado na carne foi justificado em espírito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glória". - 1Tm 3:16 – Almeida Revista e Atualizada.
Pense: "O dom, entretanto, não é como no caso em que somente um pecou; porque o julgamento derivou de uma só ofensa, para a condenação; mas a graça transcorre de muitas ofensas, para a justificação". – Rm 5:16 – Almeida Revista e Atualizada.
Desafio: "Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo". - Rm 5:17 – Almeida Revista e Atualizada.
sexta-feira, 6/8/2010 - › ESTUDO ADICIONAL Perguntamos: Qual a razão da lei de cerimônias? A resposta vem firme e certa: "Foi adicionada por causa das transgressões até que viesse o descendente". Ou, como Paulo declara aos Romanos: "A lei foi introduzida para que a transgressão fosse ressaltada". Ora, a lei moral é existente desde a eternidade e nunca foi acrescentada a nenhum programa ordenado por Deus. O Universo é regido pela lei moral, ainda que possa ser expressa em outras palavras para os seres não caídos, mas os princípios trazem a mesma essência. Foi a lei moral que acusou a entrada do pecado no Universo, quando Lúcifer se rebelou contra o seu Criador. Foi a lei moral que acusou a entrada do pecado em nosso mundo quando Adão e Eva foram vencidos por Satanás.
A lei cerimonial, sim, foi adicionada às promessas, por causa das transgressões, para cumprir o papel de tipificar o descendente da promessa. Por que acrescentada por causa das transgressões? O pecador, antes da vinda do Redentor necessitava de informações que o orientassem como lidar com as transgressões. Como solucionar o problema de seus pecados. Deus estabeleceu um sistema de ritos e símbolos, partindo de fatos conhecidos e terrenos para o desconhecido e celestial. Assim o pecador sabia o que fazer para obter graça, perdão e justificação.
Aos romanos declara que a lei foi introduzida para ressaltar as transgressões, mostrar ao pecador a sua desobediência à lei moral. Por outro lado, a lei cerimonial provia abundante graça no serviço típico do santuário. Contudo, em Cristo a graça foi revelada de maneira superabundante, porque não foi um sacrifício típico, mas um sacrifício real, o sangue do Filho de Deus.
Pense: A respeito da queda de Lúcifer é dito: "Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniquidade em ti. Na multidão do teu comércio, se encheu o interior de violência, e pecaste... Pela multidão das tuas iniquidades, pela injustiça do teu comércio, profanaste os teus santuários ...". - Ez. 28:15-18 – Almeida Revista e Atualizada.
Desafio: "Ora, as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E aos descendentes, como se falando de muitos, porém com de um só: E ao teu Descendente, que é Cristo". - Gl 3:16 – Almeida Revista e Atualizada.
| Conheça o autor |  | Pr. Albino Marks Especialista em aconselhamento familiar e profundo estudioso da Bíblia, o pastor Albino Marks já atuou como preceptor (IAP, IACS, IAE-SP); capelão (IACS e Hospital do Pênfigo); diretor geral do IAP; departamental em várias associações e na UCB. | |